"HERROS" POLICIAIS
16/10/2008 -
A JENTE HERRAMOS
POLĂCIA X POLĂCIA
Policiais civis em greve entram em confronto com policiais militares durante manifestação perto do Palåcio dos Bandeirantes em São Paulo.
Fonte: Folha Online - 16/10/08.
Leia mais: http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid261095,0.htm
AĂĂO INTOLERĂVEL
As cenas lamentåveis de confronto entre policiais civis e militares concretizaram um dos grandes temores associados à sindicalização e ao direito de greve entre servidores armados.
ApĂłs um mĂȘs de paralisação, um grupo de policiais civis se dirigiu ao PalĂĄcio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, exigindo diĂĄlogo. Os grevistas investiram contra o bloqueio da PolĂcia Militar, o que deu inĂcio a uma intolerĂĄvel batalha campal entre agentes pĂșblicos armados. No confronto, um coronel da PM foi baleado e ao menos 29 pessoas ficaram feridas. Carros policiais foram depredados, balas letais foram utilizadas e metralhadoras, empunhadas.
A ameaça, feita ontem por federaçÔes de policiais civis de trĂȘs regiĂ”es do paĂs, de uma paralisação nacional por 24 horas em solidariedade aos colegas paulistas, sĂł reforça a gravidade do precedente. Para que nĂŁo se torne o estopim de uma crise de proporçÔes nacionais, exigem-se açÔes enĂ©rgicas das autoridades.
Ă urgente uma lei que proĂba greve entre policiais -civis e militares-, a exemplo do que a Carta estabelece para as Forças Armadas. Agentes pĂșblicos com autorização de portar armas nĂŁo podem utilizar esse mandato para pressĂ”es covardes, acuando autoridades, ameaçando a população e disseminando a sensação de descontrole numa ĂĄrea vital.
Desde a promulgação da Constituição, em 1988, o Congresso se omite em deliberar sobre a greve no funcionalismo. Para preencher o vazio, o Supremo Tribunal Federal restringiu as greves nos serviços pĂșblicos. ImpĂŽs limites semelhantes aos vigentes para a iniciativa privada, impedindo interrupção completa de serviços essenciais. Ă pouco.
Ainda que a Justiça tenha determinado que nenhum serviço fosse interrompido pelos policiais civis -que deveriam manter 80% de seu efetivo-, a população enfrenta paralisação e precariedade em diversos setores.
Ao protagonizarem o motim, os lĂderes grevistas deram uma demonstração de irresponsabilidade e precisam ser punidos. A contaminação partidĂĄria do movimento tambĂ©m Ă© mais um ingrediente explosivo que deveria ter sido evitado. LĂderes polĂticos e sindicais insuflaram o conflito para atingir o governo. Essa Ă© receita para desastres.
NĂŁo hĂĄ dĂșvida de que os salĂĄrios dos policiais civis paulistas, especialmente dos delegados, Ă© baixo. Vencimentos iniciais de R$ 3.700 nĂŁo condizem com a importĂąncia que deve ser dedicada Ă carreira. Mas Ă© impossĂvel, sob pena de um desarranjo brutal nas contas estaduais, atender ao pleito dos manifestantes por uma correção rĂĄpida e generosa dessas distorçÔes. Com mais de 150 mil servidores, na ativa e aposentados, cada real de aumento salarial em SĂŁo Paulo tem um peso para o erĂĄrio muito superior ao de um aumento equivalente em outros Estados.
Sob essas balizas deve dar-se a negociação salarial em São Paulo. Mas é imperioso que os policiais renunciem à greve e à intimidação armada para que se possa voltar à mesa de negociaçÔes.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/10/08.
TRATA BRASIL
Sem coleta e tratamento de esgoto nĂŁo hĂĄ saĂșde. Ajude nosso paĂs a saltar essa realidade.
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CULTURA E ATENĂĂO SĂO OS RECURSOS ANTI-GAFES
Atire a primeira pedra quem nunca cometeu uma gafe na vida. Embora poucos admitam suas "escorregadas", tem sempre alguém disposto a contar,com riqueza de detalhes, o mico "daquele" amigo anÎnimo, para deleite geral. Só que a piada de hoje foi a tremenda saia justa de ontem, que deixou os envolvidos literalmente sem chão.
Com o agravante de que esse constrangimento inicial, que acaba passando com o tempo, pode ter conseqĂŒĂȘncias desastrosas se essa manota for dada fora do paĂs. Pois, a depender do tipo de equĂvoco cometido, pode-se constituir numa profunda ofensa aos costumes e crenças das populaçÔes locais.EmsituaçÔes extremas, atĂ© resultar em incidentes diplomĂĄticos.
EntĂŁo, se vocĂȘ estĂĄ de viagem marcada, mergulhe logo na leitura de tudo o que diz respeito ao seu destino - pesquise livros de geografia humana e qualquer outra literatura que retrate a cultura do paĂs, Estado ou cidade, aconselham os especialistas em etiqueta.
Eles sĂŁo unĂąnimes em justificar que as mancadas sĂŁo cometidas, principalmente em função do desconhecimento dos costumes das sociedades. Ăs vezes, tambĂ©m por displicĂȘncia, um luxo que, ao colocar o pĂ© fora da fronteira, ninguĂ©m pode se dar, alerta o professor de etiqueta, o ator JĂșlio CĂ©sar Moraes,com visitas a vĂĄrios paĂses.
"Em minhas viagens, sempre procurei conhecer antes os valores sociais, culturais e econĂŽmicos locais, porque Ă© o mergulhar nas caracterĂsticas dos povos o que torna cada viagem interessante", explica JĂșlio CĂ©sar, com a aquiescĂȘncia do diretor da Visa Turismo, FlĂĄvio GĂ©o, outro expert nos costumes de vĂĄrios paĂses.
AlĂ©m de facilitar a imersĂŁo cultural, o conhecimento prĂ©vio vai evitar que o turista seja maltratado pelos nativos caso incorra em algum equĂvoco, acrescenta a consultora GlĂłria Kalil.
Curiosidades de alguns paĂses
EscĂłcia: As estrangeiras que usam Kilt (saia dos homens, que tambĂ©m nĂŁo pode ser assim chamada) nĂŁo sĂŁo bem vistas â as cores dos clĂŁs sĂŁo levadas a sĂ©rio
FinlĂąndia: NĂŁo se deve cumprimentar as pessoas ao entrar num estabelecimento pĂșblico
Ăustria: NĂŁo se coça o queixo ao falar com alguĂ©m â significa que, na sua opiniĂŁo, o interlocutor diz tolices
IndonĂ©sia: Ă preciso pechinchar bastante, caso contrĂĄrio, Ă© falta de educação. Casais nĂŁo se beijam em pĂșblico
China: Assoar o nariz na rua ou cuspir no chĂŁo sĂŁo sinais de higiene: tirar algo sujo do corpo. Ă ofensivo nĂŁo beber tudo durante um brinde
RĂșssia: Ă falta de educação nĂŁo utilizar as chapelarias nos restaurantes e teatros, assim como recusar vodca
ZimbĂĄbue: Cuidado com roupas camufladas: sĂŁo proibidas â tambĂ©m no Botsuana
Vietnã: Ao chamar alguém, não se deve dobrar o indicador com a palma da mão voltada para cima: é um apelo sexual
Ăndia: NĂŁo se usa a mĂŁo esquerda para cumprimentar e comer; ela Ă© usada somente para a higiene pessoal. E encarar as pessoas nas ruas Ă© tido como uma forma de humilhação
ItĂĄlia: Nunca se deve tirar o paletĂł e muito menos ainda Ă mesa
JapĂŁo: Quando se estĂĄ resfriado, deve-se utilizar uma mĂĄscara para sair Ă s ruas
Coréia do Sul: Nunca converse com as mãos nos bolsos ou para trås: é um ato muito grosseiro
* Arrotar após as refeiçÔes na Aråbia Saudita é um sinal de boa educação e de satisfação pela comida
* Palitar os dentes na ItĂĄlia significa que gostou da refeição, mas na França e em outros paĂses Ă© extrema grosseria
* Dar tapinhas nas costas durante o cumprimento â sĂł um aperto de mĂŁos â Ă© falta de educação nos EUA, JapĂŁo e vĂĄrios paĂses europeus
TĂąnia Ramos - Fonte: O Tempo - 14/10/08.
POR QUĂ NO TE CALLAS, LULA?
Para o bem de todos, Nosso Guia precisa aprender a ficar calado diante da crise financeira. Suas bobagens comprometem a credibilidade do paĂs. Em setembro, falando nas ONU, ele disse o seguinte:
"Das NaçÔes Unidas, måximo cenårio multilateral, deve partir a convocação para uma resposta vigorosa às ameaças que pesam sobre nós".
Quem conhecer uma pessoa capaz de acreditar que a ONU tem capacidade, estrutura e autoridade para tratar desse assunto, ganha uma passagem de ida e volta a Cuba. Quem conhecer duas, ganha sĂł a de ida.
Semanas depois, tratando da capotagem da Sadia e da Aracruz, que torraram R$ 2,7 bilhĂ”es em operaçÔes cambiais exĂłticas, Nosso Guia acusou as empresas de estarem apostando contra o real. Falso. Elas perderam dinheiro porque apostaram a favor. Mesmo que estivesse certo, nĂŁo fica bem para um presidente da RepĂșblica o comportamento que o jornalista americano Murray Kempton atribuiu aos editorialistas:
"Depois da batalha eles vĂŁo ao campo e matam os feridos."
Admita-se que sua teoria da "marolinha" foi conversa de palanqueiro. Até porque dias depois, tratando do problema, disse que "não sabemos o seu tamanho". Releve-se a sua interpretação da geografia ao dizer que "até agora, graças a Deus, a crise americana não atravessou o Atlùntico". Foi a segunda vez que Nosso Guia relacionou a travessia do Atlùntico com um percurso Norte-Sul. Em geral, as pessoas associam essa travessia às viagens de Colombo (de barco) e Charles Lindbergh (de avião), no sentido Leste-Oeste (ou o contrårio).
Administrando uma crise que botou a Bolsa de joelhos, meia dĂșzia de bancos no vermelho e o dĂłlar a R$ 2,30, o presidente da RepĂșblica pode fazer tudo, menos tratĂĄ-la com olhar de marqueteiro. Foi isso que George Bush fez nos Ășltimos 12 meses. PagarĂĄ o preço de uma vergonhosa saĂda da Casa Branca.
Quem trata a crise como coisa pitoresca, num personagem pitoresco se transforma. Como ele mesmo jĂĄ disse, a crise exige "juĂzo e responsabilidade". Sobretudo dele.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 12/10/08.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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