FUTEBOL MEDIEVAL
05/08/2010 -
FUTEBOL SHOW
BRASĂO ESPORTIVO
English:
http://www.bbc.co.uk/news/10327864
Peça do século 13 é encontrada na Inglaterra.
Uma figura de trĂȘs leĂ”es estampa um crachĂĄ medieval de cobre recentemente encontrado junto a pedras de um muro na cidade de Coventry, na Inglaterra. Acredita-se que a peça, que traz o logotipo de um time de futebol britĂąnico, seja do arreio de um cavalo e date do sĂ©culo 13. Para Caroline Rann, arqueĂłloga responsĂĄvel pelo achado, o objeto pode ter ficado incrustado entre blocos de arenito durante a construção do muro. O material, que, especula-se, nĂŁo seja muito valioso, representa os trĂȘs animais usados atĂ© hoje como sĂmbolo oficial do trono inglĂȘs - e do time nacional britĂąnico.
Aretha Yarak - Fonte: Aventuras na História - Edição 85.
Mais detalhes:
http://www.bbc.co.uk/news/10327864
FUTEBOL CIVILIZADO
SĂŁo elogiĂĄveis as medidas sancionadas pelo presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva que aperfeiçoam o Estatuto do Torcedor. Passam a ser consideradas crime, que poderĂĄ ser punido com prisĂŁo e multa, prĂĄticas como a manipulação de resultados de jogos, a venda de ingressos por cambistas e a violĂȘncia promovida por torcedores.
As novas regras jĂĄ estĂŁo em vigor e Ă© de esperar que o tempo necessĂĄrio a adaptaçÔes nĂŁo se alongue a ponto de termos mais uma boa lei que nĂŁo irĂĄ "pegar" -como aconteceu, aliĂĄs, com alguns itens do prĂłprio Estatuto, gestado no Ășltimo mandato do governo Fernando Henrique Cardoso.
A reforma do diploma legal supre uma carĂȘncia da legislação, que nĂŁo descia a aspectos caracterĂsticos dos espetĂĄculos esportivos. Em relação Ă s torcidas organizadas, por exemplo, se policiais detivessem um ĂŽnibus com torcedores e encontrassem uma bomba caseira, o artefato seria recolhido, mas o grupo estaria livre para entrar no estĂĄdio. Com as novas normas, o ingresso serĂĄ vetado.
A proposta levou em conta a experiĂȘncia internacional, que demonstrou a necessidade de normas especĂficas para identificar e punir frequentadores envolvidos em atos de violĂȘncia.
Sabe-se que as partidas de futebol no Brasil ainda são eventos organizados de maneira precåria, em desrespeito aos direitos båsicos do consumidor e em contradição com os interesses econÎmicos dos próprios clubes, entidades esportivas e jogadores.
Os riscos de conflitos e a falta de condiçÔes adequadas na maior parte dos estĂĄdios afastam o pĂșblico, brutalizam o esporte e diminuem as receitas que poderiam ser obtidas na bilheteria.
à preciso que a legislação seja rigorosamente aplicada -e o quanto antes- para que seus efeitos jå estejam integrados ao cotidiano do esporte na Copa de 2014.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/08/10.
TORCIDA SOLIDĂRIA
Existe no direito um conceito chamado responsabilidade solidåria. Significa, em linhas gerais, que a responsabilidade sobre um ato cometido por membro de um grupo, empresa ou organização pode ser compartilhada por todos os seus componentes.
LĂderes de torcidas organizadas pretendem entrar na Justiça para tirar de seus ombros essa responsabilidade, estabelecida nas recentes mudanças feitas no Estatuto de Defesa do Torcedor.
A partir de agora, de acordo com o estatuto, as torcidas organizadas respondem "de forma objetiva e solidåria" por danos causados por seus membros em estådios, nas suas imediaçÔes e no trajeto de ida e volta para os jogos. Podem, por conta dos atos de torcedores, ser banidas das arquibancadas.
As organizadas argumentam que as penas devem ser aplicadas apenas aos indivĂduos que desrespeitaram o estatuto.
Dizem que nĂŁo tĂȘm como controlar os que entoam cĂąnticos discriminatĂłrios, racistas ou xenĂłfobos.
Deveriam ter. Se conseguem organizar multidÔes, fretar Înibus que as levem aos jogos e criar musiquinhas que se espalham por todo o estådio, com um pouquinho de boa vontade convencerão seus componentes de que respeitar o estatuto serå bom para todos.
Em entrevista Ă Folha, o presidente de uma das torcidas organizadas queixou-se: "Por acaso, quando um policial comete um crime, a polĂcia Ă© fechada?"
NĂŁo, e nem o Estatuto do Torcedor prevĂȘ o fechamento das organizadas. Mas, quando um policial agride um torcedor, por exemplo, ele responde judicialmente por seu ato. Pode ser condenado e ir parar na cadeia.
Ao Estado, que empregou o policial, cabe indenizar a vĂtima em caso de violação da lei. Das torcidas organizadas, que cobram mensalidades de seus associados, espera-se compromisso semelhante.
Cristina Grillo - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/08/10.
OS FRANCESES VĂM AĂ
O gigantesco grupo francĂȘs LagardĂšre, conglomerado de mĂdia e marketing esportivo, entre outras atividades pelo mundo afora, quer comprar parte da Traffic, parceira do Palmeiras.
A Traffic, que tambĂ©m opera no setor de mĂdia, direitos de transmissĂŁo e de atletas, gestĂŁo de arenas, negociaria, por incrĂvel R$ 1 bilhĂŁo, seus braços menos rentĂĄveis no momento, os que dizem respeito Ă s transmissĂ”es de TV e compra e venda de atletas.
Na penĂșltima semana de julho, uma turma da LagardĂšre esteve no CT da Traffic.
Um executivo francĂȘs, que nĂŁo quer ser identificado, conta que hĂĄ cinco anos jĂĄ havia negociaçÔes entre as duas empresas, mas que, entĂŁo, divergĂȘncias sobre o valor emperraram a continuidade das conversas, agora retomadas e aceleradas durante a Copa, em encontros na cidade de Johannesburgo.
Até mesmo o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, velho parceiro do empresårio J. Hawilla, dono da Traffic, esteve em pelo menos uma dessas reuniÔes.
Para o presidente da Traffic, JĂșlio Mariz, no entanto, hĂĄ exagero em torno dos entendimentos.
Mariz garantiu que nada da Traffic estĂĄ Ă venda, que o interesse da empresa Ă© apenas na experiĂȘncia da LagardĂšre no gerenciamento de arenas, algo nevrĂĄlgico no momento em que o Brasil se prepara para organizar uma Copa. "E nossos encontros na Ăfrica do Sul foram mais para jogar conversa fora", explica.
De fato, não é essa a visão do outro lado. "A Traffic quer crescer na årea das arenas e estå perdendo dinheiro com transmissÔes de eventos. A Traffic Arenas tem a ambição de faturar coisa de R$ 80 milhÔes por ano e conta com a do Palmeiras para tanto, na Copa do Mundo, inclusive", conta um dos envolvidos na mirabolante, bilionåria transação.
Que argumenta, alĂ©m do mais, com a dificuldade de se captar dinheiro privado para o projeto da nova arena alviverde com a WTorre, razĂŁo pela qual nĂŁo sĂł o tal bilhĂŁo de reais seria muito bem-vindo como, alĂ©m do mais, a demonstração da viabilidade do projeto posto em pĂ© facilitaria o indispensĂĄvel socorro de dinheiro pĂșblico.
Nada disso impressiona Mariz, que, otimista, chama a atenção para o momento de repatriaçÔes do futebol brasileiro, até de técnicos, como Luiz Felipe Scolari. "Depois de muitos anos, a balança de negociaçÔes com o exterior, importaçÔes x exportaçÔes, é negativa. O momento para a Traffic não é de vender braços, mas de acumular expertise."
Expertise. Palavra, coincidentemente, de origem francesa.
Juca Kfouri (http://blogdojuca.uol.com.br/) - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/08/10.
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