O SHOW DOS "REIS" DA LOGĂSTICA
09/08/2012 -
FORMANDOS & FORMADOS
LOGĂSTICA LUNĂTICA (AS BANDEIRAS DA LUA)
English:
http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-19050795
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http://news.discovery.com/space/flags-on-the-moon-still-standing-120731.html
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http://news.sky.com/story/966979/apollo-landing-flags-still-upright-on-moon
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http://www.facebook.com/NASA
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Os astronautas das missĂ”es Apollo que pousaram na Lua deixaram a marca do pioneirismo americano: seis bandeiras bem fincadas. Na semana passada uma sonda operada pela Nasa mostrou que elas ainda estĂŁo lĂĄ, apesar das baixĂssimas temperaturas e dos raios ultravioleta aos quais nosso satĂ©lite Ă© naturalmente submetido. A comprovação foi obtida por meio da anĂĄlise das sombras que elas projetam no solo lunar. A Ășnica flĂąmula da qual nĂŁo se encontrou rastro Ă© a da missĂŁo Apollo 11, provavelmente arrancada pela força dos motores da nave no momento em que ela partiu de volta para a Terra.
Antonio Carlos Prado, FabĂola Perez e Laura DaudĂ©n â Fonte: Isto Ă â Edição 2230.
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PARA ONDE VĂO AS NOSSAS UNIVERSIDADES
A expansĂŁo do ensino superior durante os governos Lula e Dilma foi quantitativamente ampla, tanto para as universidades pĂșblicas quanto para as privadas.
O primeiro grupo vivenciou uma expansão dos campi muito significativa, através da profusão de cursos -muitos dos quais, entretanto, pautados pela razão instrumental, de qualidade duvidosa e em sintonia com a era da flexibilidade.
O segundo grupo viu o governo do PT mostrar também um lado generoso em relação aos mercados.
Faculdades em sua grande maioria de fachada, autodefinidas como "instituiçÔes do ensino superior", carentes de rigor cientĂfico mĂnimo em sua docĂȘncia e pesquisa (esta, salvo raras exceçÔes, inexiste neste ramo empresarial), tiveram seus cofres inflados com o ProUni.
JĂĄ que os pobres sĂŁo tolhidos em larga escala das universidades pĂșblicas -uma vez que frequentam o ensino fundamental em escolas pĂșblicas, que se encontram destroçadas-, o governo Lula encontrou uma saĂda bĂĄrbara: reuniu-os nos espaços privados do ProUni.
De outra parte, deu-se positivamente a ampliação das universidades pĂșblicas, atravĂ©s da expansĂŁo dos cursos nas instituiçÔes federais e da contratação significativa de docentes. Mas o governo o fez deslanchando o Reuni, programa de expansĂŁo das universidades federais.
Constrangidos pelo produtivismo (anti)acadĂȘmico e calibrados pela competição, hĂĄ precarização de condiçÔes de trabalho. Os salĂĄrios sĂŁo baixos. A carreira, mal estruturada.
Mas o governo nĂŁo contava que essa ampliação quantitativa tivesse fortes consequĂȘncias qualitativas: a nova geração de jovens professores, doutores em sua grande maioria, parece nĂŁo aceitar sem questionamentos esse lado perverso do Reuni, que quer assemelhar universidades pĂșblicas Ă quelas onde viceja o ProUni.
Dando aulas muitas vezes em galpÔes, sem salas de professores (quando hå, sem condiçÔes de pesquisar), os docentes, cujos adoecimentos e padecimentos, para não falar de mortes, não param de se ampliar, decretaram uma ampla e massiva greve nas federais.
Querem melhores salårios, condiçÔes de trabalho dignas e carreira efetivamente estruturada.
Os conservadores dizem, tentando mascarar o desejo pela completa privatização, que a greve dos docentes pĂșblicos Ă© uma forma de "receber sem trabalhar". "Esquecem" algo elementar: qual docente, no juĂzo razoĂĄvel de suas faculdades, quer arrebentar seu calendĂĄrio e repor aulas quando deveria estar em fĂ©rias?
Só mesmo as vozes conservadoras podem identificar uma greve, com suas atividades, assembleias, debates, desgastes, riscos e tensÔes, como "descanso remunerado", argumento histórico das direitas derrotado pela Constituição de 1988.
Para muitas dessas vozes, a pesquisa e a reflexão livres incomodam. Elas gostariam de privatizar as federais, convertendo-as ou em universidades profissionalizantes ou, ao menos parte delas, em "universidades corporativas", uma flagrante contradição, pois universalidade não rima com corporação.
HĂĄ um segundo ponto importante: muitos alegam que Ă© preciso investir no ensino bĂĄsico, o que os leva a recusar o apoio Ă universidade pĂșblica. Mas alguĂ©m seriamente acredita que aqueles que querem destroçar a universidade pĂșblica querem, de fato, um ensino bĂĄsico pĂșblico, laico e de qualidade?
Ricardo Antunes, 59, Ă© professor titular de sociologia na Unicamp e autor de "O Continente do Labor" (Boitempo). Fonte: Folha de S.Paulo â 06/08/12.
O Continente do Labor - http://www.boitempo.com/livro_completo.php?isbn=978-85-7559-178-9
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