O MUNDO Ă NOSSO!
04/12/2006 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROFESSORA PASQUALINA
Parabéns ao Cara, Carinha e Canalha pela centésima edição do jornal, que outras tantas possam ser comemoradas.
Nesta Ășltima edição de 2006, inicio agradecendo a um leitor pelo envio de uma narração feita por uma aluna do curso de letras da Universidade Federal de Pernambuco, vencedora de um concurso interno. Muito interessante e criativa, mostra-nos que um verdadeiro escritor nĂŁo domina conceitos gramaticais e textuais apenas, tem o dom da palavra. Finalizo 2006 com uma âpequena revisĂŁo gramaticalâ.
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposiçÔes da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingĂȘnua, silĂĄbica, um pouco ĂĄtona, atĂ© ao contrĂĄrio dele: um sujeito oculto, com todos os vĂcios de linguagem, fanĂĄtico por leituras e filmes ortogrĂĄficos.
O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguĂ©m ver ou ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar. O artigo feminino deixou as reticĂȘncias de lado e permitiu esse pequeno Ăndice.
De repente, o elevador pĂĄra, sĂł com os dois lĂĄ dentro: Ăłtimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinĂŽnimos. Pouco tempo depois, jĂĄ estavam bem entre parĂȘnteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: sĂł que em vez de descer, sobe e pĂĄra justamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexĂŁo verbal e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silĂȘncio, ouvindo uma fonĂ©tica clĂĄssica, bem suave e gostosa. Preparam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.
Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial e, rapidamente, chegaram a um imperativo, todos os vocĂĄbulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulĂĄrio, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tĂŁo minĂșscula, que nem um perĂodo simples passaria entre os dois. Estavam nessa ĂȘnclise quando ela confessou que ainda era vĂrgula, ele nĂŁo perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apĂłstrofo.
Ă claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxĂtona Ă s vontades dele e foram para o comum de dois gĂȘneros Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa.
Entre beijos, carĂcias, parĂŽnimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais, ficaram uns minutos nessa prĂłclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta. Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular, ele era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxĂtono, sentindo o pronome do seu grande travessĂŁo forçando aquele hĂfen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifĂcio. Ele tinha percebido tudo e entrou dando conjunçÔes e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposiçÔes, locuçÔes e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tĂŽnica, ou melhor, subtĂŽnica, o verbo auxiliar diminuiu seus advĂ©rbios e declarou o seu particĂpio na histĂłria.
Os dois se olharam e viram que isso era melhor do que uma metĂĄfora em todo o edifĂcio. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo nĂŁo era nem comparativo, era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiĂșscula, com aquele predicativo do sujeito apontando para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo e o seu tritongo, propondo claramente uma mesĂłclise-Ă -trois. SĂł que as condiçÔes eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerĂșndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino. O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na histĂłria; agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel Ă lĂngua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenada conclusiva.
Feliz Natal a todos. Até 2007.
Professora Pasqualina
PROFESSOR X
Olå amigos! Recebi a mensagem abaixo de um "amigão" e gostaria de compartilhar com todos. Interessante que leiam com bastante atenção, pois se ainda não se depararam, em breve vão se deparar com algumas dessas expressÔes.
HEADHUNTER APRESENTA OS NOVOS JARGĂES DO MUNDO EMPRESARIAL
As 20 expressÔes mais usadas na årea de gestão de pessoas. Constantemente palavras "importadas" de diferentes segmentos invadem os escritórios e a rotina dos executivos e uma das maiores saias juntas que um profissional pode passar é não entender o que estå sendo discutido em uma reunião de negócios. Muitos fingem que entendem e até discorrem sobre o tema e acabam fazendo comentårios totalmente equivocados. Outros ouvem e ficam quietos por vergonha de admitir que não sabem o que estå sendo falado.
Desconhecer algumas expressÔes não significa estar ultrapassado, mas estar atualizado e antenado com as novidades passa a ser pré-requisito importante para ascender profissionalmente.
João Pedro Caiado, presidente da Human Development Organization International, especialista em serviços de headhunter e coaching, diz que para se manter atualizado sobre os termos e acompanhar a velocidade das informaçÔes, pesquisa e leitura são fundamentais. "O profissional deve acompanhar as mudanças e estar antenado nas novidades para não se expor negativamente em reuniÔes importantes", afirma o consultor.
Para auxiliar os profissionais neste assunto, o especialista conversou com executivos de diversas ĂĄreas e relacionou as expressĂ”es que um profissional necessita conhecer. "Selecionei os 20 principais termos que estĂŁo na boca dos executivos contemporĂąneos e busquei o significado de cada uma delas. Com isso em mĂŁos fica mais difĂcil 'pagar um mico' em uma entrevista de trabalho ou atĂ© em reuniĂ”es de negĂłcios", diz Caiado.
As vinte expressÔes mais atuais:
1.Coach - facilitador; instrutor; entidade (pessoa, equipe, departamento, empresa, etc.) que atua como agregador das capacidades de cada elemento da cadeia (equipe, departamento etc.);
2.Empowerment - dar poder ao grupo/equipe;
3.Benchmark - (marcos referenciais) - processo sistemåtico usado para estabelecer metas para melhorias no processo, nas funçÔes, nos produtos etc, comparando uma empresa com outras. As medidas de benchmark derivam em geral, de outras empresas que apresentam o desempenho "melhor da classe", não sendo necessariamente concorrentes;
4.E-Procurement - utilização da internet para a automatização dos processos de compra e gestão de bens e serviços necessårios à atividade da empresa;
5.Housekeeping - técnica para iniciar e manter os processos de Qualidade e Produtividade Total em uma empresa;
6.On the job - No dia-a-dia do trabalho. Exemplo Treinamentos on the job. Utilizar a rotina, dentro das tarefas prĂĄticas de um indivĂduo sem retirĂĄ-lo para a sala de aula. Como um estĂĄgio prĂĄtico superviosanado diretamente;
7.Team Building - dinĂąmica de grupo em ĂĄrea externa, na qual os participantes sĂŁo expostos a vĂĄrias tarefas fĂsicas desafiadoras, que sĂŁo exemplos comparativos dos problemas do dia-a-dia da empresa. Tem como finalidade tornar uma equipe integrada;
8.Downsizing - redução dos nĂveis hierĂĄrquicos em uma organização com o objetivo de aproximar os nĂveis operacionais da alta direção;
9.Joint-venture - Associação de empresas, nĂŁo definitiva, para explorar determinado negĂłcio, sem que nenhuma delas perca sua personalidade jurĂdica;
10.Market Share - participação no mercado;
11.Outplacement - investimento de uma empresa na recolocação de ex-funcionårio em outra organização;
12.Outsourcing - terceirização de tudo o que não faz parte do negócio principal de uma empresa;
13.Turnover - palavra em inglĂȘs que na tradução quer dizer: rotatividade, movimentação, giro; circulação; medida da atividade empresarial relativa ao realizĂĄvel em curto prazo, vendas;
14.Core Business - relativo ao prĂłprio negĂłcio ou especialidade no negĂłcio que faz;
15.B2E - Business-to-employee - relação entre a empresa e o funcionårio;
16.Budget - porcentagem do faturamento da empresa destinada a açÔes de MKT, vendas, novos negócios etc;
17.Kaizen - processo de melhorias contĂnuas, com bom senso e baixos investimentos;
18.AbsenteĂsmo - do francĂȘs absentĂ©isme, derivado do inglĂȘs absenteeism, de absentee, ou pessoa que falta ao trabalho, Ă escola etc. Que vive ou estĂĄ, via de regra, ausente;
19.Just-in-time - metodologia com base nas pessoas, cuja filosofia é eliminar tudo aquilo que não adiciona valor ao produto. O objetivo é fornecer exatamente as peças necessårias, nas quantidades necessårias, no tempo necessårio.
20.Stock options - incentivo que permite aos funcionårios comprar açÔes da empresa em que trabalham por um preço abaixo do mercado.
Fonte: JoĂŁo Pedro Caiado Ă© consultor em recursos humanos, e especialista em serviços de headhunter e outplacement e fundou a empresa especializa na ĂĄrea, Human Development Organization, em janeiro de 2000. Com toda experiĂȘncia acumulada no total de dez anos na ĂĄrea de recursos humanos, o executivo se tornou referĂȘncia no mercado por seu trabalho como caçador de talentos de profissionais para empresas, realizando tambĂ©m relacionamento com profissionais de diretoria e presidĂȘncia e entrevistas candidatos.
(Colaboração: Bob Pai)
Até o ano que vem pessoal. Um ótimo Natal e Fantåstico 2007 a todos!
Abraços
Professor X