TURMAS RARAS...
09/08/2012 -
TURMAS DO FM
A ESCOLA DE LIVROS RAROS
English:
http://www.nytimes.com/2012/07/24/books/rare-book-school-at-the-university-of-virginia.html?pagewanted=all
The site:
http://www.rarebookschool.org/2006/
Facebook:
http://www.facebook.com/rarebookschool
http://www.facebook.com/#!/UniversityofVirginia
Revelando a histĂłria de pĂĄginas, capas e lombadas.
Todos os anos, durante cinco semanas no verĂŁo, a Escola de Livros Raros da Universidade da VirgĂnia atrai 400 bibliotecĂĄrios, conservadores, acadĂȘmicos, vendedores, colecionadores e bibliĂłfilos para cursos intensivos, de uma semana de duração, ministrados num ambiente que une a intensidade de um seminĂĄrio, o carĂĄter nerd de uma convenção de fĂŁs de "Jornada nas Estrelas" e o clima de camaradagem de um acampamento de fĂ©rias.
Vic Zoschak, de Alameda, na Califórnia, é piloto aposentado da Guarda Costeira e hoje dono de uma livraria de obras antigas. Ele fez seu primeiro curso na escola em 1998; desde então, jå retornou para outros 14. "Pilotar missÔes de busca e resgate era um trabalho que me realizava", disse. "Mas aqui eu encontrei pessoas do meu tipo."
Para muitos, a Escola de Livros Raros representa uma oportunidade importante para fazer contatos Ășteis. Mas ela tambĂ©m preenche um nicho intelectual valioso, ensinando habilidades e conhecimentos que vĂȘm sendo deixados de lado por escolas de biblioteconomia cada vez mais voltadas Ă tecnologia e departamentos de literatura cada vez mais imersos na teoria.
Trazer de volta aos estudos literĂĄrios uma compreensĂŁo dos aspectos fĂsicos do livro Ă© algo do qual o padre jesuĂta Michael Suarez, especialista formado em Oxford em literatura britĂąnica do sĂ©culo 18 e, desde 2009, diretor da escola, fala com fervor quase missionĂĄrio.
"Um livro Ă© o fruto de uma coalizĂŁo de intençÔes humanas", disse, usando uma frase repetida com frequĂȘncia na escola. "Achamos que sabemos ler o livro porque sabemos ler a lĂngua. Mas a leitura implica em muito mais que simplesmente a linguagem do livro." O ambiente na Escola de Livros Raros Ă© casual e igualitĂĄrio, nĂŁo obstante a presença entre o corpo docente de alguns dos maiores especialistas mundiais na histĂłria dos livros.
A iniciação nas complexidades da histĂłria do livro Ă© feita em palestras e sessĂ”es em laboratĂłrio, onde os estudantes aprendem a olhar mais alĂ©m das palavras escritas no papel, recuperando o momento em que a tinta foi colocada sobre a pĂĄgina. Numa sala de leitura no andar de cima da Biblioteca Alderman, da universidade, certa manhĂŁ, alunos do curso de Bibliografia Descritiva Avançada se debruçavam sobre livros, armados com fitas mĂ©tricas e pequenas espadas de luz chamadas Zelcos, vasculhando as pĂĄginas em busca de filigranas, linhas e outras pistas que pudessem indicar a origem de uma folha dada: uma forma especĂfica de uma fĂĄbrica especĂfica de papel.
O objetivo do curso de Bibliografia Descritiva Avançada é determinar com precisão como as påginas de um livro foram dobradas, cortadas, impressas e reunidas.
Mas a Escola de Livros Raros nĂŁo se limita a estudar obras-primas da impressĂŁo. O que torna a experiĂȘncia singular, dizem os alunos, Ă© a oportunidade de ver e tocar vĂĄrios objetos da coleção de 80 mil livros da escola, incluindo muitos que foram dobrados, manchados, encharcados de ĂĄgua, sobrescritos, devorados por traças ou, em alguns casos, totalmente eviscerados.
"Nós nos interessamos pelo modo como os livros são marcados pela passagem do tempo", disse Barbara Heritage, diretora da escola e curadora da coleção.
Jennifer Schuessler â Fonte: Folha de S.Paulo â 06/08/12.
Reportagem original em inglĂȘs do âThe New York Timesâ:
http://www.nytimes.com/2012/07/24/books/rare-book-school-at-the-university-of-virginia.html?pagewanted=all
O site:
http://www.rarebookschool.org/2006/
Facebook:
http://www.facebook.com/rarebookschool
http://www.facebook.com/#!/UniversityofVirginia
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
A CORPORAĂĂO QUE MUDOU O MUNDO
Primeira multinacional Ă© fonte de liçÔes, indica livro. Historiador usa Companhia das Ăndias para apontar problemas em empresas.
A primeira multinacional da história deixou muitas liçÔes para as corporaçÔes modernas. Mas poucas aprenderam com o passado.
Essa Ă© a anĂĄlise que o historiador Nick Robbins, autor de "A Corporação que Mudou o Mundo", tenta comprovar na narrativa sobre a Companhia das Ăndias Orientais.
A relação entre a companhia, formada por comerciantes de Londres no inĂcio do sĂ©culo 17, e as empresas atuais Ă© o cerne do livro e o diferencia de outros dedicados exclusivamente Ă histĂłria da Companhia das Ăndias.
Antes da anålise, vale um breve relato da trajetória histórica da corporação.
Fundada em 1600, a Companhia das Ăndias Orientais deteve, durante mais de 200 anos, o monopĂłlio do comĂ©rcio com o Oriente, garantido pelo governo britĂąnico.
A sua relação com a Coroa britùnica, portanto, foi marcada por troca de interesses, o que abriu brechas para episódios de corrupção.
A companhia foi pioneira no modelo corporativo de sociedade por açÔes e vivenciou até uma espécie de pioneira bolha nas negociaçÔes dos seus papéis.
Também se envolveu em guerras pelo poder e foi apontada como responsåvel pelo episódio conhecido como a "Fome de Bengala", que resultou na morte de milhÔes de indianos por inanição.
Embora as empresas modernas raramente se envolvam em casos de violĂȘncia, as comparaçÔes com a Companhia das Ăndias sĂŁo muitas: vĂŁo do monopĂłlio de mercado Ă s prĂĄticas de gestĂŁo, passando por açÔes especulativas de executivos e de investidores, uso de informaçÔes privilegiadas e casos de corrupção.
ERROS
O autor, que tem mais de 20 anos de experiĂȘncia em questĂ”es de responsabilidade corporativa, ataca empresas de todos os setores da economia moderna.
Altamente concentradas, as tradings de commodities geram pressĂ”es de baixa sobre os preços das matĂ©rias-primas exportadas pelos paĂses emergentes, afirma.
Ele tambĂ©m diz que a concentração na ĂĄrea de geração de energia Ă© uma ameaça Ă sustentabilidade e que as grandes varejistas mundiais usam o seu poder de mercado para "drenar" a riqueza das comunidades agrĂcolas.
Ele usa como exemplo o Wal-Mart, classificado como "o emblema da nova era monopolista", citando milhares de açÔes judiciais contra o gigante norte-americano.
Em alguns momentos, o autor deixa o radicalismo de lado e usa a teoria econÎmica de Adam Smith para dar base às suas conclusÔes, ao citar vårios trechos do clåssico "A Riqueza das NaçÔes".
HERANĂA
Embora Robins dĂȘ ĂȘnfase mais a heranças negativas da Companhia das Ăndias, nem tudo Ă© crĂtica na obra.
"Os comerciantes ingleses ensinaram como promover o equilĂbrio entre oferta e demanda em lados opostos do globo", escreve.
Além disso, apresentou ao mundo empresarial a separação entre investidores e administradores e o compartilhamento de riscos e lucros entre os acionistas.
E foi esse revolucionĂĄrio modelo que a permitiu ampliar o seu capital para iniciar, de tempos em tempos, uma nova viagem ao Oriente.
A versĂŁo brasileira do livro, editado em 2005, chega tarde -o lançamento no paĂs ocorreu neste ano.
No entanto, como a crise de 2008 incentivou a consolidação de empresas em vĂĄrios setores, o debate sobre monopĂłlio e suas consequĂȘncias continua bem atual.
A CORPORAĂĂO QUE MUDOU O MUNDO
AUTOR Nick Robins
EDITORA Difel
TRADUĂĂO Pedro Jorgensen
QUANTO R$ 49 (304 pĂĄgs.)
AVALIAĂĂO Bom
Tatiana Freitas â Fonte: Folha de S.Paulo â 04/08/12.
Detalhes:
http://www.relativa.com.br/livros_template.asp?Codigo_Produto=164885&Livro=A-Corporacao-que-Mudou-o-Mundo-2012&Autor=NICK-ROBINS
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