"HERROS" VICIADOS
25/02/2010 -
A JENTE HERRAMOS
"A GUERRA DO VĂCIO DE INTERNET"
English:
http://blogs.wsj.com/digits/2010/02/12/war-of-internet-addiction-wins-hearts-and-minds-in-china/
http://digicha.com/?p=125
Video:
http://www.psfk.com/2010/02/chinese-satirical-machinima-movie-more-popular-than-avatar.html
Começou hĂĄ duas semanas, com um filme de uma hora, e jĂĄ chegou ao "WSJ", que fala em disputa por "coraçÔes e mentes". Mais do que as crĂticas do Google, o que mobiliza os "netizens" chineses sĂŁo as restriçÔes do acesso ao game "World of Warcraft". O filme on-line denuncia a censura, com humor e cenas adaptadas do game.
Nelson de SĂĄ - Toda MĂdia (http://www.todamidia.folha.blog.uol.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 17/02/10.
VĂdeo:
http://www.psfk.com/2010/02/chinese-satirical-machinima-movie-more-popular-than-avatar.html
A FRASE DA DĂCADA
"O DEM leva na meia, o PT leva na cueca e o povo leva no mesmo lugar de sempre".
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/) - Fonte: O Tempo â 26/02/10.
ETIQUETA PETISTA
A nação petista inventou uma nova moda na etiqueta de BrasĂlia. Quando um "alto companheiro" quer falar com alguĂ©m, pede a um sherpa que ligue para a vĂtima informando que Ă s tantas horas ela receberĂĄ um telefonema.
Essa pråtica é comum entre chefes de Estado e destina-se a permitir que o interlocutor reserve tempo para uma conversa que pode ser demorada. Se a solicitação é feita por uma pessoa que não tem tamanho cacife, fica no ar uma ponta de presunção, mas tudo bem.
A inovação petista estĂĄ em outro aspecto. Numa amostra de quatro episĂłdios, trĂȘs "altos companheiros" marcaram a hora e nĂŁo deram telefonema algum. Nem para pedir desculpas. Caso tĂpico de articulação do caos por meio da simulação de produtividade.
Elio Gaspari (http://pt.wikipedia.org/wiki/Elio_Gaspari) - Fonte: Folha de S.Paulo â
21/02/10.
UMA CAMĂRA POR PERTO
Com a ilustração acima, a "Economist" publica o texto "A trilha do dinheiro", com o subtĂtulo "Muitos escĂąndalos de corrupção no Brasil derivam do alto custo da polĂtica e das regras rĂgidas e irrealistas de financiamento de campanha". Diz que a maior diferença do caso JosĂ© Roberto Arruda foi ter uma cĂąmera por perto. E que "o Brasil provavelmente nĂŁo Ă© mais corrupto que outros de tamanho e riqueza similares", citando que a TransparĂȘncia Internacional vĂȘ o paĂs Ă frente de China e Ăndia.
Encerra com pessimismo, dizendo que a maior lição de Arruda, para os colegas, é que devem passar a checar seus escritórios, atrås de "cùmeras ocultas".
Nelson de SĂĄ - Toda MĂdia (www.todamidia.folha.blog.uol.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 26/02/10.
A reportagem original em inglĂȘs:
http://www.economist.com/world/americas/displaystory.cfm?story_id=15580390&fsrc=rss
A PRIMEIRA RĂPIA
Nas distantes terras do PaquistĂŁo, hĂĄ muitos anos, vivia um honrado mercador, chamado KrivĂĄ, viĂșvo e que tinha apenas um filho de nome Samuya.
KrivĂĄ, um homem trabalhador, gozava de alto prestĂgio na comunidade, enquanto seu filho, o jovem Samuya, era leviano, preguiçoso e de pĂ©ssimo comportamento.
Rara era a semana em que este não praticava uma desordem que agitava todo o vilarejo, desgostando o coração de seu bondoso pai.
Um dia, ao cair da tarde, Samuya foi chamado pelo pai para uma conversa.
Deitado no leito, KrivĂĄ recebeu o filho e disse-lhe ter pleno conhecimento de seus vĂcios e equĂvocos.
Afirmou que, por essa razĂŁo, decidira deserdĂĄ-lo, uma vez que a fortuna que possuĂa seria, por certo, dilapidada em festas e orgias quando caĂssem nas mĂŁos de Samuya.
Diante do espanto que invadiu o filho, KrivĂĄ acrescentou que lhe oferecia uma Ășltima e Ășnica oportunidade para continuar sendo seu herdeiro.
Seu filho teria que conseguir, com o seu prĂłprio trabalho, no prazo de trĂȘs dias, uma rĂșpia, a moeda corrente.
Se assim agisse, seria o Ășnico herdeiro da fortuna de seu pai, mas se falhasse, depois da morte deste, seria atirado Ă misĂ©ria e Ă indigĂȘncia.
Certo de que seu pai, homem de palavra como era, cumpriria sua promessa, Samuya ficou apreensivo.
Na presença dos amigos equivocados, porĂ©m, foi seduzido pela idĂ©ia de iludir o pai, uma vez que lhe emprestaram uma rĂșpia e sugeriram-lhe que mentisse.
No dia seguinte, ao cair da tarde, Samuya apresentou-se diante do pai e entregou-lhe a rĂșpia que lhe haviam emprestado, dizendo que a ganhara trabalhando.
ApĂłs segurĂĄ-la por alguns instantes, KrivĂĄ disse que aquela moeda nĂŁo havia sido ganha com o seu trabalho, jogando-a ao fogo.
Esmagado pela verdade, Samuya retirou-se em silĂȘncio.
No dia seguinte, novamente orientado pelos companheiros de vĂcios, Samuya apresentou-se diante do pai, sujo e mal-vestido, fingindo ter trabalhado o dia todo e trazendo nas mĂŁos outra rĂșpia que lhe havia sido emprestada pelos amigos.
Outra vez KrivĂĄ disse que aquela moeda nĂŁo havia sido fruto do trabalho do filho, atirando-a ao fogo.
Samuya nĂŁo protestou e, humilhado, retirou-se.
Na manhĂŁ seguinte, consciente de que havia errado por duas vezes consecutivas, fugiu da companhia dos amigos e decidiu procurar por trabalho.
Abandonando à costumeira preguiça passou o dia auxiliando todos aqueles que encontrava.
Trabalhou no perĂodo da manhĂŁ na colheita da juta e amassando barro para um oleiro.
Ă tarde conseguiu trabalhar no mercado, vendendo ervas aromĂĄticas e, depois, junto ao rio, auxiliou no transporte de pessoas, remando por vĂĄrias horas.
Ao final do dia, quando se apresentou perante o pai, muito cansado, tinha em suas mĂŁos a primeira rĂșpia que conseguira trabalhando duramente.
Mais importante, porĂ©m, do que a moeda que trazia nas mĂŁos, era o bem-estar que sentia no Ăntimo, satisfeito com seu prĂłprio esforço e com a mudança de conduta que percebia em si mesmo.
Ao entregar a moeda ao pai, porém, este disse que ela não era fruto de seu trabalho e ia atirå-la ao fogo, o que gerou um incontido protesto de Samuya.
KrivĂĄ, entĂŁo, sorriu e disse que isso era a prova de que a moeda era fruto do trabalho do rapaz
Pois nas outras vezes Samuya nada havia dito e desta vez protestara, porque aprendera que o dinheiro ganho com o trabalho nĂŁo deve ser atirado, como palha sem valor, ao fogo do desperdĂcio.
***
Apenas o trabalho honrado nobilita o homem. Somente pelo trabalho o homem pode servir Ă famĂlia, aos amigos e Ă sociedade.
(Colaboração: A.M.B.)
A ERA INDECOROSA
Todo agente pĂșblico dos trĂȘs poderes deve respeitar as regras do decoro. Nos parlamentares, o dever geral de conduta vem previsto em leis e regimentos, a contar da prĂłpria Constituição. HĂĄ exemplos desses deveres, inerentes a todos os momentos da vida legislativa, da dignidade da função, na tradição e da importĂąncia da cĂąmara na qual atua. Deveres cujo exemplo mais atual Ă© vivido (e aparentemente desrespeitado) no Executivo e no Legislativo, do Distrito Federal.
Invoco o decoro pela constĂąncia em que sua omissĂŁo aparece no noticiĂĄrio, mas tambĂ©m por se tratar de palavra cuja relevĂąncia para a vida em comunidade, nasceu de preceitos estranhos Ă lei, ligados ao ser humano e Ă noção do que Ă© digno. Produz reflexos em todos os momentos e circunstĂąncias da atuação do homem pĂșblico. Na polĂtica atual hĂĄ maus exemplos, denunciados aqui e vindos de fora. Aqueles e esses sugerem que as confusĂ”es do presente foram geradas pela velocidade das transformaçÔes radicais da vida em grupo, dos novos e crescentes meios de comunicação e na criação de costumes mutantes. Foi esse o caminho percorrido pelo decoro ante as normas criadas para o preservar, com sucessivos episĂłdios negativos.
Na vida parlamentar brasileira se passaram anos desde o exemplo do deputado federal que se deixou fotografar em cuecas, para uma revista de grande circulação. Foi cassado por falta de decoro, num episĂłdio atĂ© ingĂȘnuo. Nos anos passados, desde entĂŁo, o nĂvel piorou. Nos municĂpios e nos Estados brasileiros sĂŁo frequentes as decisĂ”es polĂticas de punição por quebra do decoro, sem grandes melhoras do padrĂŁo. O polĂtico italiano Silvio Berlusconi correria algum risco de ser punido por falta de decoro em comportamentos revelados pela mĂdia. Risco amenizado porque, alĂ©m da imensa fortuna, controla parte importante da televisĂŁo de seu paĂs.
O leitor pode perguntar quais seriam as causas diretas do crescimento de eventos desmoralizantes cada vez que se cuida do nepotismo evidente, nos atos secretos e do dinheiro na meia, com variĂĄveis que chegam mais raramente, atĂ© ao JudiciĂĄrio. Na Inglaterra hĂĄ uma versĂŁo original: fala-se do primeiro ministro tratando subordinados a tapa. Por toda parte vĂȘ-se o adversĂĄrio severamente criticado de hoje passar a ser digno do melhor julgamento amanhĂŁ, por clara conveniĂȘncia da hora que passa. A falta do decoro Ă© grave: quebra o respeito e a consideração das instituiçÔes.
Idealmente o decoro deve ter permanĂȘncia. Deve ser levado a sĂ©rio, mesmo sendo palavra de muitos significados. No tratamento dos valores sĂł se compreende o decoro como o comportamento correto independente do que a lei diga a respeito. HĂĄ algum tempo o presidente da RepĂșblica, que a representa, para todos os fins de direito, nacional e internacionalmente, chamou seus opositores no Senado de pizzaiolos, corruptela do italiano, designando os que transformam todas as irregularidades em pizza, com sacrifĂcio do decoro. DaĂ a expressĂŁo "acabar em pizza" (jĂĄ inserida no dicionĂĄrio Houaiss). Quando as condutas indecorosas terminam esquecidas, "ajustadas" ou viram chacota, que eterniza o dito-pelo-nĂŁo-dito, cria-se a falĂȘncia das instituiçÔes. Seu oposto Ă© o caminho para por fim da era indecorosa.
Walter Ceneviva - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/02/10.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
Se vocĂȘ vir alguma coisa errada, mande um e-mail pelo FALE CONOSCO que "a ajente correge". Clique aqui e envie: http://www.faculdademental.com.br/fale.php