JOIAS ĂTEIS
18/05/2009 -
MARILENE CAROLINA
DESIGN TERAPĂUTICO
English:
http://www.telegram.com/article/20090512/NEWS/905120430
Leah Heiss -
http://heiss.anat.org.au/
A estilista australiana Leah Heiss criou um conjunto de anel e colar para aplicar emplastos de insulina para diabĂ©ticos. Leah trabalha para misturar arte e ciĂȘncia em coleçÔes de roupas e joias terapĂȘuticas. Suas criaçÔes recentes tambĂ©m incluem uma garrafa de ĂĄgua estilizada que filtra arsĂȘnico e uma roupa eletrĂŽnica que transmite as batidas do coração Ă pessoa amada.
Foto: O colar de aplicação de insulina de Heiss.
ETC - Interessa - Fonte: O Tempo - 16/05/09.
Leah Heiss -
http://heiss.anat.org.au/
INTERCĂMBIO
Os brasileiros poderĂŁo fazer doação de medula Ăłssea para pacientes do exterior. O Instituto Nacional de CĂąncer (Inca) assina convĂȘnio com o National Marrow Donor Program (NMDP), o registro de doadores voluntĂĄrios dos Estados Unidos. Com a parceria, os americanos poderĂŁo acessar o sistema do Inca em busca do tecido, pagando cerca de US$ 34 mil por consulta. O valor, que inclui tambĂ©m os exames de compatibilidade e a retirada do material, serĂĄ revertido para o atendimento dos pacientes brasileiros.
TOMA LĂ, DĂ CĂ
O preço mĂ©dio de US$ 34 mil Ă© o mesmo que o Inca paga para localizar doadores internacionais para pacientes brasileiros e viabilizar a vinda do material para o transplante. No ano passado, foram gastos R$ 5,5 milhĂ”es no paĂs com essas buscas.
MĂŽnica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/05/09.
Instituto Nacional de CĂąncer - http://www.inca.gov.br/
National Marrow Donor Program - http://www.marrow.org/
PAPEL DE PAREDE â VISĂES DA TERRA â INGLATERRA
Perdidos em um labirinto de loureiros em Glendurgan, na Cornualha - um conjunto de jardins da década de 1820 e legado a PatrimÎnio Histórico em 1962 -, dois visitantes se abrigam em uma cabana.
Confira a foto:
http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/papeis-de-parede/edicao110-maio-2009-450650.shtml?foto=0p#foto
Fonte: National Geographic Brasil - Maio 2009.
CAFĂ ALEXANDRINA
Reservas: 3261.26.33
Rua Pernambuco , 797
Savassi
PROGRAMA MAIS CULTURA
O MinistĂ©rio da Cultura anuncia investimento de R$ 13,5 milhĂ”es no semiĂĄrido brasileiro, para financiar cerca de 1.200 projetos culturais de 11 Estados. A medida, que faz parte do Programa Mais Cultura, vai beneficiar especialmente jovens entre 17 e 29 anos, oriundos de ĂĄreas socialmente necessitadas. Mais detalhes do programa vocĂȘ encontra no site http://mais.cultura.gov.br/.
Lupa - Fonte: O Tempo - 21/05/09.
A LUTA LITERĂRIA
Para a maioria dos autores, escrever Ă© como se exercitar; o prazer nĂŁo estĂĄ na prĂĄtica, mas no fato de ter praticado. Por quĂȘ? O ato literĂĄrio Ă© uma luta que sĂł acaba com o Ășltimo ponto. Mas o tipo e a intensidade dela variam com o escritor.
JoĂŁo Cabral de Melo Neto disse que sua luta envolve a necessidade de preencher um vazio. A de Rachel de Queiroz era econĂŽmica, nĂŁo existencial, pois escrevia para se sustentar.
"Se eu morrer agora, nĂŁo vĂŁo encontrar nada inĂ©dito na minha casa", disse. Para VerĂssimo, o adversĂĄrio Ă© o prazo dos jornais, que nĂŁo dĂĄ a suas ideias bastante tempo para incubar. Ariano Suassuna, a rara exceção, escreve para entrar no mundo dos personagens e suas aventuras enquanto os cria. Para ele, o ato literĂĄrio Ă© interativo, e a gratificação, imediata. A maioria dos mĂșsicos gosta mais de tocar mĂșsicas do que de compor pela mesma razĂŁo: a recompensa instantĂąnea.
Escrever, como compor, adia a gratificação. O prazer nĂŁo vem com a palavra certa para terminar a frase ou o parĂĄgrafo, mas com os primeiros esboços, quando, como diz Philip Roth, "vocĂȘ tem chĂŁo embaixo dos pĂ©s". Para o ganhador do Nobel Orhan Pamuk, o fim tambĂ©m Ă© o objetivo. "Escrevo porque quando inicio um romance ou ensaio, quero acabar", disse.
Para Pamuk, escrever é o longo e årduo processo de "descobrir o ser dentro de si que fala de coisas que todos sabemos, mas não sabemos que sabemos". Concordo. Só ao colocar minhas ideias e sentimentos no papel consigo elaborå-los e elucidå-los. Uma vez, ao escrever um poema para uma mulher que me abandonara, chorei porque nunca tinha ouvido minha mågoa sair de modo tão simples e sintético. Como disse E.M. Forster: "Para saber o que penso, preciso ver o que digo".
Meu pai disse que eu seria escritor quando meu nome estivesse na capa de um livro. Mas virei escritor pagando o preço -disciplina, paciĂȘncia, coragem- que o ofĂcio cobra. TambĂ©m tive que buscar um equilĂbrio entre a necessidade de interagir com o mundo para entendĂȘ-lo e a de me isolar para pĂŽ-lo em perspectiva no papel.
Para virar escritor, tambĂ©m precisava achar minha voz -afinando ideias para acertar o tom. Essa voz tem que refletir quem vocĂȘ Ă©! Hemingway achou a sua em frases secas e concisas como: "Ă venda, sapatinhos de nenĂȘ, nunca usados".
Autores como Hemingway e Faulkner buscavam imortalidade, sĂł desfrutĂĄvel do alĂ©m. Como Woody Allen disse, "melhor do que continuar vivendo nos coraçÔes e mentes do pĂșblico Ă© continuar vivendo no prĂłprio apartamento".
Outros sĂŁo atormentados pela pergunta: "Eu tenho talento?" Veja o dramaturgo no filme "Tiros na Broadway". Depois de se recusar a pagar o preço do ofĂcio e contratar um novato promissor para reescrever suas peças medĂocres, Ă© forçado a admitir que nĂŁo tem talento. NĂŁo pago o preço para provar meu talento, nem para que me leiam, muito menos para ser lembrado. Pago porque quero saber o que sei.
Outras Ideias - Michael Kepp, jornalista norte-americano radicado hå 26 anos no Brasil, é autor do livro de crÎnicas "Sonhando com Sotaque - ConfissÔes e Desabafos de um Gringo Brasileiro" (ed. Record). http://www.michaelkepp.com.br/ - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/05/09.
A TORTURA IDEOLĂGICA E A MORTE DE SIMONAL
Fui ver o filme "NinguĂ©m Conhece o Duro Que Dei", em que Ă© narrada a histĂłria do cantor mais popular dos anos 60 e 70, Wilson Simonal, vĂtima de intolerĂĄvel e revoltante perseguição polĂtica que culminou com seu ostracismo e morte. O documentĂĄrio, que recorda o extraordinĂĄrio sucesso do artista, especialmente na cena em que comanda um coro de vozes de 30 mil pessoas no MaracanĂŁnzinho - impressionante demonstração de aceitação popular e artĂstica e as consequĂȘncias daĂ decorrentes: o aumento de seu prestĂgio e das graças da boa fortuna a gerarem despeitos e Ăłdios enrustidos contra homem de cor distanciado de esquemas ideolĂłgicos ou polĂticos -, deve ser visto como testemunho incontrastĂĄvel do quanto pode o terrorismo ideolĂłgico quando acionado sem peias e medidas. VĂtima de mal-entendido transformado em intriga, Simonal cai na desgraça dos comandantes da esquerda daquele tempo, especialmente do jornal "O Pasquim", erigindo-o como alcaguete de militares contra militantes esquerdistas, sem demonstrar a existĂȘncia de uma sĂł vĂtima. Vendo o documentĂĄrio, fazendo exercĂcios de memĂłria, acatando como vĂĄlidos e sĂ©rios os depoimentos de coetĂąneos do cantor, realmente sĂł existe uma Ășnica razĂŁo para a ação terrorista de cunho ideolĂłgico praticado contra o artista: forte carga de despeito e a indisponibilidade de seu carisma para as patrulhas ideolĂłgicas que combatiam o regime militar. Quando perceberam nĂŁo poder contar com Simonal para seus objetivos polĂticos, para os quais muitos artistas se deixaram envolver mesmo sem qualidades que os colocasse aos pĂ©s do grande Wilson Simonal, naquele tempo com prestĂgio popular nos mesmos nĂveis de Roberto Carlos, decretaram a morte polĂtica e artĂstica do crioulo que despertava infindas alegrias entre as multidĂ”es. Por que Simonal o escolhido e nĂŁo Roberto Carlos, este tambĂ©m refratĂĄrio ao uso de sua imagem para finalidades polĂticas? Esta Ă© a dĂșvida que assalta quantos puderam testemunhar na Ă©poca o episĂłdio do cumprimento da sentença do silĂȘncio imposta ao cantor para poder dela se livrar ao ouvir os depoimentos gravados no filme, entre os quais o de Chico Anysio, que pediu fosse identificado alguĂ©m, filho ou neto, parente prĂłximo ou distante, vĂtima da ação de alcaguete de Simonal. Essa forma de justiçamento de tribunais ocultos Ă© regra geral dos regimes autoritĂĄrios de origem marxista, no Brasil sublimada com tonalidades nativas especiais, que permitem sejam pagas Ă s supostas vĂtimas do sistema, travestidas de julgadores, polpudas indenizaçÔes e folgadas pensĂ”es que lhes permite posar para a histĂłria como defensores da democracia e da liberdade. E, por espantoso que possa parecer, dois dos acusadores de Simonal, ex-editores de "O Pasquim", aquinhoados com largas indenizaçÔes, prestam depoimento no filme, dos quais se extrai o sumo do desprezo e do deboche com que se apresentam perante a histĂłria e a ĂĄspera verdade que dela se extrai do quanto de brutalidade cometeram contra o artista.
Murilo BadarĂł - Presidente da Academia Mineira de Letras - Fonte: O Tempo - 23/05/09.
O filme - http://www.simonal.com/
Academia Mineira de Letras - http://www.academiamineiradeletras.org.br/
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php