FALANDO, APRENDENDO E JOGANDO...
24/12/2013 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
MANDARIN JOURNEY
English:
http://www1.folha.uol.com.br/mandarin
The site:
http://www.mandarinjourney.com/press/
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Mother Gaia â
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Brasileiro do MIT cria jogo gratuito para quem quer aprender mandarim.
No ano passado, antes de começar sua pós em administração de empresas no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), o carioca Marcelo Zilberberg, 29, tinha cinco meses livres e fez o que qualquer um faria: foi para a China estudar mandarim.
LĂĄ, enquanto tinha quatro horas de aulas diĂĄrias da principal lĂngua chinesa, procurou maneiras de aprimorar seu aprendizado por meio de aplicativos. "Tudo o que eu achei foram coisas ou ruins ou entediantes", disse em entrevista por telefone. "Tive, entĂŁo, a ideia de criar um game para mostrar que Ă© possĂvel aprender chinĂȘs de uma maneira mais simples."
Baixe o aplicativo (iOS)
Da iniciativa nasceu o Mandarin Journey, aplicativo gratuito para iOS lançado na Ășltima quinta-feira, que funciona como um RPG: a narrativa toma cursos diferentes, dependendo das decisĂ”es que sĂŁo tomadas ao longo do jogo. "Na primeira vez em que vocĂȘ tem de usar o chinĂȘs Ă© quando vocĂȘ chega a uma loja. Se decidir falar 'ni hao' [tudo bem?], ela fica mais feliz do que se disser em portuguĂȘs", explica.
Alternativas para aprender lĂnguas de graça sĂŁo os serviços Duolingo e o Livemocha.
O interesse do brasileiro em aprender o mandarim Ă© grande, conta o engenheiro, formado pela PUC-Rio (PontifĂcia Universidade CatĂłlica) e com passagens pela TIM e pelo banco UBS em Londres. "O retorno tem sido muito bom, as pessoas gostam muito. A principal demanda Ă© que seja incluĂda a opção de gravar ĂĄudio, para aprimorar a pronĂșncia. Mas preferi lançar o app mesmo imperfeito para tomar as decisĂ”es ao longo do caminho", diz.
AlĂ©m do portuguĂȘs, o Mandarin Journey estĂĄ disponĂvel em inglĂȘs. Uma versĂŁo para Android deve sair nos prĂłximos dois meses. Uma para Windows Phone tambĂ©m estĂĄ no horizonte, segundo Zilberberg.
DESENVOLVIMENTO
O interesse pela lĂngua chinesa nasceu da sua experiĂȘncia no mercado financeiro. "Trabalhava com commodities, entĂŁo minha atribuição essencial era adivinhar que produto seria demandado pela China no mĂȘs seguinte", conta. "Ir para lĂĄ tambĂ©m me ajudou a ter a noção do tamanho da potĂȘncia que Ă©."
O desenvolvimento do aplicativo foi feito por uma empresa de Bauru (SP), a Mother Gaia. "Conversei com diversos desenvolvedores, e como esses jĂĄ tinham um trabalho de narrativa interativa, achei que isso poderia ser adaptado para o aprendizado de lĂnguas", diz Zilberberg, que nĂŁo havia trabalhado em outros projetos de programação.
Como Ă© distribuĂdo em capĂtulos, o app cadastra quem estiver interessado em continuar a "jornada" nesta pĂĄgina.
Yuri Gonzaga â Fonte: Folha de S.Paulo â 17/12/13.
Mais detalhes:
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MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
"EXPRESSĂES CURIOSAS NA LĂNGUA PORTUGUESA"
MOTORISTA BARBEIRO:
Nossa, que cara mais barbeiro!No sĂ©culo XIX, os barbeiros faziam nĂŁo somente os serviços de corte de cabelo e barba, mas tambĂ©m, tiravam dentes, cortavam calos, etc, e por nĂŁo serem profissionais, seus serviços mal feitos geravam marcas. A partir daĂ, desde o sĂ©culo XV, todo serviço mal feito era atribuĂdo ao barbeiro, pela expressĂŁo "coisa de barbeiro".
Esse termo veio de Portugal, contudo a associação de "motorista barbeiro", ou seja, um mau motorista, é tipicamente brasileira..
Fonte: Jane Rivelli (Colaboração: A. M. Borges)
MANIFESTAĂĂO: NĂO ERA PELOS 20 CENTAVOS
Quando um grupo de jovens se reuniu no dia 6 de junho na avenida Paulista para contestar o aumento da tarifa de ĂŽnibus de SĂŁo Paulo ninguĂ©m poderia imaginar que aquele seria o marco zero da maior sequĂȘncia de protestos no paĂs desde o Fora Collor.
Afinal, o MPL (Movimento Passe Livre) fazia ali mais uma de suas manifestaçÔes, convocadas apĂłs o anĂșncio de cada reajuste da tarifa --que, neste ano, diga-se, foi abaixo da inflação.
Mas como o ato transformou-se numa explosĂŁo de protestos pelo paĂs? Olhando a cadeia de acontecimentos Ă distĂąncia Ă© possĂvel observar um fenĂŽmeno Ă Ă©poca invisĂvel e levantar hipĂłteses.
No mesmo dia em que o MPL se reuniu na Paulista, pesquisadores do Datafolha estavam nas ruas. O que eles colheram, publicado trĂȘs dias depois na Folha, mostrava que algo estava fora da curva.
A popularidade da presidente Dilma caiu 8 pontos, o primeiro tombo desde sua posse, em 2011. A pesquisa também detectou um aumento do pessimismo do brasileiro de uma forma geral.
Ă Ă©poca, ninguĂ©m (jornalistas, cientistas sociais e polĂticos incluĂdos) ligou uma coisa Ă outra. O ministro Aloizio Mercadante (Educação) chegou a eleger um culpado: o tomate, item que sofrera forte aumento de preço.
Os famosos cartazes nos atos seguintes evidenciaram essa grande e silenciosa insatisfação, que encontrou no aumento da tarifa, que tem efeito sobre grande parcela da população, o catalisador perfeito. "Não era pelos 20 centavos", dizia um deles.
TambĂ©m nĂŁo hĂĄ dĂșvida de que os governos deram sua contribuição ao reprimir violentamente alguns protestos, apĂłs atos de vandalismo, principalmente em SĂŁo Paulo e no Rio de Janeiro, despejando gasolina na fogueira.
Ă possĂvel distinguir ao menos trĂȘs fases de protestos. A primeira teve foco na tarifa e reuniu majoritariamente estudantes. A segunda --com forte apoio popular e mais efĂȘmera-- arrastou multidĂ”es contra a baixa qualidade dos serviços pĂșblicos, a corrupção, a polĂcia e tudo o mais.
Por fim, restaram as "manifestaçÔes" mais radicais, jå sem o apoio da maioria da população, marcadas pela quebradeira dos adeptos da tåtica black bloc.
Num balanço de "conquistas das ruas" hĂĄ muito o que enumerar. Talvez a maior delas tenha sido impor Ă classe polĂtica a sensação de estar sob constante vigilĂąncia.
A pergunta agora é: haverå protestos na Copa? à provåvel que sim, mas dificilmente veremos algo na mesma proporção. O gigante, por ora, voltou a adormecer.
Alan Gripp - Editor de "Cotidiano" - Fonte: Folha de S.Paulo - 27/12/13.
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