CRIATIVIDADE NO MARKETING XCV
29/10/2009 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES XCV (PAPEL TOALHA - SAVE PAPER - SAVE THE PLANET)
English:
http://adsoftheworld.com/media/ambient/wwf_paper_dispenser?size=_original
http://www.davidairey.com/world-wildlife-federation-ad-campaign/
Esta campanha foi feita para a World Wildlife Fund. Ă medida que o papel acaba, o verde da AmĂ©rica do Sul tambĂ©m vai embora, simbolizando o impacto ambiental que o uso de simples toalhas de papel Ă© capaz de provocar, alĂ©m de alertar para outros desperdĂcios que podem levar Ă s mesmas consequĂȘncias.
Não disperdiçe papel. Salve o Planeta!
(Colaboração: Sueli Olinto)
MOEDA Ă DINHEIRO PRA VALER
Quando vocĂȘ usa suas moedas, elas viram um cafĂ© fresquinho.
Seja para comprar um lanche, tomar uma bebida ou ler um jornal, sempre tem uma moeda que resolve o seu problema. Por isso, coloque suas moedas para circular. Porque moeda sĂł tem valor quando estĂĄ na sua mĂŁo. NĂŁo quando fica perdida por aĂ.
Saiba mais em http://www.usesuasmoedas.bcb.gov.br/.
Leia mais:
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/10/19/bc-lanca-campanha-para-colocar-moedas-guardadas-em-circulacao-768123575.asp#
PROFESSOR X
ESCOLA DO MUNDO
Formado em arquitetura em Belo Horizonte, Argus Caruso Saturnino passou oito meses em SĂŁo Paulo construindo uma loja na rua Oscar Freire (Maria Bonita). Mas esse era seu projeto de fachada. Estava se preparando para a grande aventura de sua vida: uma volta ao mundo. "Sempre achei que, mais cedo ou mais tarde, iria fazer uma grande viagem."
O turista acabou inventando um jeito diferente de ser professor: montado numa bicicleta.
Durante o tempo em que esteve metido na obra, estudou as rotas e analisou a situação polĂtica dos paĂses, para nĂŁo entrar em ĂĄreas conflagradas. Buscou parcerias de empresas e conseguiu economizar dinheiro para comprar a bicicleta de 21 marchas, alĂ©m de um equipamento fotogrĂĄfico.
Terminada a travessia de quase quatro anos, agora ele resolveu ser um professor ambulante, viajando pelo Brasil.
Quando saiu em sua viagem de volta ao mundo, Argus se dispĂŽs a fazer um relato de seu percurso pela internet. Queria que os estudantes pudessem acompanhĂĄ-lo a distĂąncia. "Achava que esse clima de aventura seria uma maneira sedutora de ensinar."
Nem sempre se encontra um professor de bicicleta, documentando cenĂĄrios e personagens de rotas exĂłticas na AmĂ©rica, Europa, Ăsia e Ăfrica. A partir dali, conheceria nĂŁo sĂł as paisagens, mas a histĂłria da humanidade.
O passeio começou solitĂĄrio, mas, pelo caminho, foi conhecendo outros ciclistas com rotas semelhantes. Nunca sabia exatamente onde iria dormir; se nĂŁo encontrasse uma cama, montava sua pequena barraca, mas, em geral, sempre encontrava alguĂ©m disposto a recebĂȘ-lo. "AĂ eu conhecia os habitantes locais."
Esses contatos se traduziram em fotos. No final do percurso, selecionou as melhores imagens para publicar um livro, intitulado "Caminhos". Mas estava incomodado com o fato de que tinha conhecido mais lugares no exterior do que em seu prĂłprio paĂs.
Resolveu que seu próximo projeto serå uma viagem de norte a sul do Brasil, agora de carro e, mais uma vez, serå um misto de aventureiro com professor. Vai levar na sua bagagem uma exposição das fotos, que pretende montar para os estudantes. Batizou o projeto de "Escola do Mundo".
Nessa semana, ele volta a São Paulo para mostrar seu livro e, ao mesmo tempo, dar sua primeira aula na "Escola do Mundo", cuja principal lição serå o prazer da diversidade.
PS- Coloquei no site (www.catracalivre.com.br) uma seleção com as fotos do livro "Caminhos". Serå, certamente, uma das aulas mais fascinantes que muitos estudantes terão em toda a sua vida.
Gilberto Dimenstein (http://www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo â 28/10/09.
Argus Caruso Saturnino -
http://www.pedalandoeeducando.com.br/
http://www.arguscaruso.com.br
ACADEMIA DE GINĂSTICA (MENTAL)
As primeiras ondas encantaram os turistas. Eles ficaram entĂŁo esperando as prĂłximas. Contudo, foram salvos por uma inglesinha bem jovem, em cujo livro de ciĂȘncias estava explicado o que era um tsunami e que perigos trazia. Que corressem todos, o pior estava por vir! Em contraste, alguns pobres coitados de GoiĂąnia receberam doses fulminantes de radiação ao desmontar o nĂșcleo radioativo de um aparelho de raio X vendido como sucata. Os turistas foram salvos pelo conhecimento cientĂfico da jovem inglesa. Os sucateiros foram vĂtimas da sua ignorĂąncia cientĂfica. NĂŁo Ă© fortuita a nacionalidade de cada um.
H. Habermeier mostrou que, dentro de nĂveis comparĂĄveis de qualidade da educação, os paĂses com melhor desempenho em ciĂȘncias obtinham resultados econĂŽmicos mais expressivos. Ou seja, hĂĄ argumentos poderosos sugerindo o efeito de uma boa base cientĂfica no desempenho econĂŽmico. Estamos cercados de aparelhos com extraordinĂĄria densidade de ciĂȘncia e tecnologia. Decifrar e manipular a natureza Ă© crĂtico para a nossa produtividade. A liderança do paĂs no etanol requer que um reles pĂ© de cana incorpore melhoramentos genĂ©ticos de altĂssima complexidade.
Esses argumentos vĂȘm sendo repetidos ad nauseam. Apesar disso, Ă© lastimĂĄvel o desempenho brasileiro em ciĂȘncias. Nas provas do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), o Brasil estĂĄ entre os Ășltimos lugares, abaixo da mĂ©dia da AmĂ©rica Latina, um continente de pĂfio desempenho educativo (vejam o livro recente O Ensino de CiĂȘncias no Brasil, do Instituto Sangari). Quero trazer mais dois argumentos possantes. O primeiro tem a ver com a ideia de que aprender a pensar Ă© uma das tarefas mais nobres e mais ĂĄrduas da escola. Mas, ao contrĂĄrio do que almas ingĂȘnuas poderiam imaginar, nĂŁo se aprende a pensar em cursos do tipo "Como pensar". Aprende-se pensando sobre assuntos que se prestam para tais exercĂcios. E, entre eles, as ciĂȘncias oferecem um campo excepcional. Exercitamos os mĂșsculos nas academias. E exercitamos os mĂșsculos do intelecto lidando com as ciĂȘncias e outros assuntos de lĂłgica exigente. Que fantĂĄstica academia para exercĂcios mentais sĂŁo as teorias cientĂficas! O rigor das definiçÔes, a precisĂŁo das leis e as abstraçÔes disciplinadas oferecem um terreno ideal para ginĂĄsticas simbĂłlicas. Portanto, mesmo que os conhecimentos nĂŁo servissem para melhor operar em um mundo complexo, a ginĂĄstica mental que permitem Ă© uma das fases mais nobres do processo educativo.
Vejamos o segundo argumento. Se pensamos na contribuição da Europa nos Ășltimos cinco sĂ©culos, muitas ideias nos vĂȘm Ă cabeça. Mas talvez uma das mais decisivas tenha sido o desenvolvimento do mĂ©todo cientĂfico, salto que teve Bacon e Descartes como Ăcones. Por trĂĄs dos gigantescos avanços cientĂficos estĂĄ o mĂ©todo. Com ele, a ciĂȘncia avança, seja com passinhos, seja com saltos. NĂŁo hĂĄ marcha a rĂ©, pois atĂ© o erro educa.
O mĂ©todo impĂ”e a disciplina de formular as perguntas de maneira rigorosa e sem ambiguidades. Em seguida, propĂ”e e fiscaliza um plano de ação para verificar se as hipĂłteses para responder Ă s perguntas, de fato, descrevem o mundo real. Sem essa disciplina para escoimar de imprecisĂ”es e equĂvocos a busca cientĂfica das respostas, nĂŁo poderĂamos ter confiança nos resultados. A vulgarização do poder da ciĂȘncia se traduz nas afirmativas publicitĂĄrias de que "a ciĂȘncia demonstrou...".
Sem o desenvolvimento do mĂ©todo cientĂfico, nĂŁo terĂamos os avanços tecnolĂłgicos que tanto beneficiam a humanidade. Mas o meu argumento aqui vai em outra direção. O mĂ©todo tornou-se uma espĂ©cie de roteiro seguro para pensar bem sobre todos os assuntos, nĂŁo apenas para fazer pesquisas. Quem aprendeu a pensar como cientista e a usar o mĂ©todo cientĂfico tem um raciocĂnio mais enxuto e rigoroso. As perguntas sĂŁo mais bem formuladas e jĂĄ facilitam a busca sistemĂĄtica das respostas. NĂŁo importa o assunto (mas, obviamente, uma boa base cientĂfica apenas dĂĄ a embocadura para entrar com segurança no assunto, nĂŁo substitui o conhecimento especĂfico). SĂł falta dizer que hĂĄ uma enorme diferença entre aprender a pensar como um cientista e decorar fĂłrmulas, teoremas e leis. Infelizmente, nosso ensino pende para a segunda versĂŁo. E o Pisa joga isso na nossa cara.
Claudio de Moura Castro (http://www.claudiomouracastro.com.br/) - Fonte: Veja - Edição 2136.
Pisa - http://www.inep.gov.br/internacional/pisa/
Instituto Sangari - http://www.institutosangari.org.br/instituto/
PROFESSORA PASQUALINA
LITERATURA â SISTEMA DE REGISTRO INTERNACIONAL DE LIVROS
O http://isbndb.com/ reĂșne informaçÔes de centenas de bibliotecas do mundo e permite fazer busca de livros por palavra-chave, tĂtulo, autor, editora, assunto ou ISBN (sistema de registro internacional de livros).
tec-tec-tec - Fonte: Folha de S.Paulo â 28/10/09.
EM BUSCA DE AUTONOMIA
A produção africana de lĂngua francesa Ă© o foco da mostra 50 Anos de Cinema da Ăfrica FrancĂłfona: Olhares em Construção e Identidades Reinventadas, tida como maior do gĂȘnero no Brasil. SĂŁo 50 filmes das Ășltimas cinco dĂ©cadas, cujas produçÔes buscam confrontar a colonização e construir uma identidade prĂłpria de paĂses como Senegal, MauritĂąnia e Burkina Fasso. A programação, dividida entre exibiçÔes e debates com cineastas africanos e franceses, acontece em trĂȘs endereços em Salvador: na sala Walter da Silveira, Aliança Francesa e Museu de Arte Moderna. A entrada Ă© gratuita.
Ă de 1962 o primeiro curta de um diretor africano, o senegalĂȘs Ousmane Sembenne. Borom Sarret, filmado depois da liberação das colĂŽnias francesas, tem vinte minutos e retrata a vida de um carroceiro pobre pelos bairros ricos de Dacar. Morto em 2007, Sembenne recebe uma retrospectiva no evento.
A visĂŁo francesa sobre o impacto da colonização africana terĂĄ representantes. Considerado por Jean-Luc Godard uma ârevolução cinematogrĂĄficaâ, o filme Moi, un Noir (1958), de Jean Rouch, oferece aos atores africanos a palavra. âAs histĂłrias contadas por esses filmes tratam sempre da relação com os outros e das diferenças entre culturas, promovendo reflexĂ”es fundamentais hojeâ, escreve a curadora Amaranta CĂ©sar no texto de apresentação da mostra (www.cinemaafricafrancofona.blogspot.com).
Ana LuĂsa Vieira - Fonte: Carta Capital - Edição 569.
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php