FM - Faculdade Mental

O PODER DO PENSAMENTO E DA REFLEXÃƒO!
01/10/2006 - PENSE!

MENSAGEM DO CARA

Srs, Assunto: Re: LULA PRESIDENTE

NÃ£o podemos passar para a responsabilidade do PRESIDENTE LULA todas as
mazelas do Congresso Nacional e alguns trapalhÃµes do Partido dos
Trabalhadores. Lembre se o GOVERNO DO PRESIDENTE LULA Ã‰ REALMENTE PARA AQUELES BRASILEIROS QUE MAIS PRECISAM - OS MAIS POBRES, QUE FORAM ESQUECIDOS POR TODOS OS GOVERNANTES A MAIS DE 50 ANOS.
Fator importante que nÃ£o podemos esquecer, se a corrupÃ§Ã£o esta sendo
mostrada para todos e por que este governo Ã© o que mais tem combatido este
mal, nÃ£o como governos anteriores que nÃ£o apuravam, o congresso nÃ£o
conseguia instalar uma CPI por que FHC nÃ£o deixava era tudo enfiado pra
baixo do tapÃªte, compra de parlamentar, sanguessugas, dossiÃªs, privatizaÃ§Ã£o
das Teles (onde estÃ£o os 120 bilhÃµes das privatizacÃµes) Proer (dinheiro
pÃºblico que passou ou doou para os banqueiros), SIVAN e etc.

EMPREGOS (emprego Formal)
FHC - mÃ©dia anual 87.500 - mensal 7.291
LULA - mÃ©dia anual - 1.280.000 - mensal 106.666

Crescimento Bens durÃ¡veis
1995 a 2002 - FHC 2,4%
2003 a 2006 - 12,1%

Desemprego
2002 - FHC - 11,7%
2006- LULA 8,3% - queda de 29%
Queda em todas as faixas etÃ¡rias e escolaridades

ProduÃ§Ã£o de veÃculos
2002 - FHC - 1,8 milhÃµes
2005 - LULA - 2,4 milhÃµes (recorde)

PopulaÃ§Ã£o desempregada
2002 - FHC 2.141 milhÃµes
2006 - LULA 1.840 milhÃµes queda de 14%

Crescimento do salÃ¡rio mÃnimo
1 e 2 - FHC - 20,6%
LULA - 25%

ExportaÃ§Ã£o
2002 - FHC 60,4 bilhÃµes US$
2006 - Lula 124,5 bilhÃµes US$ (julho 2006)

Valor salÃ¡rio mÃnimo em dÃ³lares
Dezembro 2002 - FHC - 55 dÃ³lares
Abril/2006 - LULA - 159 dÃ³lares
Crescimento das expotaÃ§Ãµes
1995 a 2002 - FHC - 4,2%
2003 a 2006 - LULA - 28,6%

RelaÃ§Ã£o salÃ¡rio mÃnimo/cesta bÃ¡sica
Dezembro 2002 - FHC - 1,3
Julho/2006 - LULA - 2,67

Saldo da balanÃ§a comercial
1995 a 2002 - FHC -8,4% (dÃ©ficit) -1,06 bilhÃµes de dÃ³lares Ãndice GINI
2003 a 2006 - LULA 103,3% 44 bilhÃµes de dÃ³lares

GrÃ¡u de desigualdade social cai
2002 - FHC - 0,573
2005 - LULA - 0,559 (nÃvel mais baixo desde 1981)

ParticipaÃ§Ã£o dos 50% mais pobres na renda
2002 - FHC - 14,4%
2005 LULA - 16,5%

Ãndice de inflaÃ§Ã£o
2002 - FHC- 12,53%
2006 - LULA - 3,59% (menor Ãndice em 20 anos)

Cai o percentual de pobre no Brasil
2002 FHC - 34,34%
2006 - LULA - 27,82

MÃ©dia anual de variaÃ§Ã£o do PIB - crescimento do Brasil
1995 a 2002 - FHC 2,3%
2003 a 2006 - 3,59%

TransferÃªncia de Renda
2002 - FHC - R$ 25,00
2005 - LULA - R$85,00

Crescimento Industrial
1995 a 2002 - FHC 1,94%
2003 a 2006 - LULA 4,2%

SaÃºde bucal
2002 - FHC - 17,5%
2006 - LULA 35,7%

Mortalidade infantil indigena
2002- FHC - 55,7/1000
2006 - LULA - 21,6/1000

ProduÃ§Ã£o agrÃcola
2002 - FHC - 98 milhÃµes toneladas
2006 - LULA - 106 milhÃµes de toneladas

Taxas de juros selic
2002 - FHC - 26% com pico durante o governo 79%
2006 - LULA - 14,25%

DÃ³lar
2002 - FHC - 3,90
2006/set/LULA - 2,20

Risco PaÃs
2002 - FHC - 2.436 pontos
2006 - LULA - 206 pontos

CriaÃ§Ã£o de 10 universidades federais, 42 CEFTS, PROUNI- 204 mil jovens carentes estudando em universidades particulares.

RESPOSTA DO CANALHA

Me admira vocÃª, uma pessoa da sua inteligÃªncia, do seu conhecimento, de sua posiÃ§Ã£o social, formado em administraÃ§Ã£o, exercendo um cargo altamente importante dentro de sua empresa e dentro do mercado de trabalho, ter o displante de perder seu tempo caÃ§ando dados que possam, de alguma forma, querer provar que o governo Lula tenha sido melhor que o anterior.
Os nÃºmeros podem atÃ© ser melhores, mas seriam absolutamente impossÃveis de serem atingidos se nÃ£o fossem os 8 anos de nÃ©o-liberalismo, pois se nÃ£o fosse os governos Collor e FHC, ainda estarÃamos andando pelas ruas de Chevette, Passat, Opala, estarÃamos pagando a conta da ineficiÃªncia do sistema TelebrÃ¡s - comprando linhas telefÃ´nicas de baixa qualidade a preÃ§os absurdos, da Vale do Rio Doce - que hoje registra recordes de lucratividade, da Usiminas - idem na lucratividade, nÃ£o terÃamos uma telefonia celular de primeiro mundo e outras coisas mais.
Desconsiderar que tudo isso sÃ³ foi possÃvel graÃ§as aos Srs. Collor e FHC Ã© no mÃnimo estranho.
AlÃ©m do mais, o Sr. Lula nÃ£o fez mais do que sua obrigaÃ§Ã£o, apesar de nÃ£o ter cumprido metade de suas promessas de campanha. Mesmo assim, as grandes conquistas junto aos pobres tratam de assistencialismo puro, sem nenhuma melhora de vida para esse povo na pirÃ¢mide social. Ã‰ o "toma isso, mas fica aonde estÃ¡", pois nÃ£o interessa a um governo desse tipo que a populaÃ§Ã£o pobre saia desse patamar.
Outro ponto importante a destacar Ã© que o volume de exportaÃ§Ãµes cresceu significativamente no governo Lula porque o mundo demandou produtos. A Vale do Rio Doce (privatizada) responde por uma parcela enorme das exportaÃ§Ãµes brasileiras, tendo a China como destino principal do aÃ§o exportado.
Portanto, o crescimento das exportaÃ§Ãµes nÃ£o diz respeito ao Sr. Lula, mas sim a uma condiÃ§Ã£o mundial de economias em crescimento. Ou serÃ¡ que o Sr.
Lula tambÃ©m Ã© responsÃ¡vel pelo crescimento mundial?
O governo FHC atravessou crises de preÃ§o do petrÃ³leo, crise de paÃses asiÃ¡ticos - Tigres e RÃºssia, crise do MÃ©xico, crise da Argentina, sem falar na prÃ³pria crise da economia americana, da introduÃ§Ã£o do Euro e etc e tal.
A participaÃ§Ã£o do governo Lula na autosuficiÃªncia de petrÃ³leo brasileira Ã© Ãnfima, dado que a maior parte do trabalho se deu no governo FHC, deixando para o Sr. Lula as condiÃ§Ãµes para que ele alcanÃ§asse os menos de 10% que faltavam para isso. EstÃ¡ no site da PetrobrÃ¡s, pode procurar.
JÃ¡ os banqueiros, nunca tiveram lucros como os que conseguiram atingir no governo Lula. Os empregos - serÃ£o 4,8 milhÃµes ao fim destes 4 anos, nÃ£o Ã© mais do que a obrigaÃ§Ã£o de um governante que se propÃ´s a criar 10 milhÃµes de empregos e nÃ£o conseguiu nem metade disso.
MÃ©ritos para o crescimento real do salÃ¡rio, mas isso ainda nÃ£o siginifica melhor distribuiÃ§Ã£o de renda para os mais carentes que vÃ£o se virando com as diversas bolsas assistencialistas.
Os nÃºmeros apresentados no seu e-mail sÃ£o lindos, mas sÃ£o uma defesa tÃ£o igual a apresentada pelo Sr. Lula e sÃ³ servem mesmo pra enganar pessoas ignorantes que usam o jornal pra limpar a bunda ao invÃ©s de se informar atravÃ©s deles.
Mas jÃ¡ que esse Ã© seu pensamento, e eu o respeito (nÃ£o muito, mas respeito), faltou o Sr. dizer que o Sr. Lula nÃ£o sabia nada sobre o mensalÃ£o, sanguessugas, correios, Marcos ValÃ©rio, quebra do sigilo do caseiro, dossiÃª tucano, etc, etc, e etc.
E faltou tambÃ©m o Sr. dizer que o Lula foi traÃdo pelos Sr. JosÃ© Dirceu, DelÃºbio Soares, Silvinho, Ricardo Berzoini, e todos os assessores, auxiliares e amigos que roubaram dos nossos bolsos (e o seu estÃ¡ incluÃdo nisso) quantias jamais roubadas nesse paÃs, e, diga-se de passagem, em tempo recorde.
O Alckmin nÃ£o Ã© a soluÃ§Ã£o da lavoura, com toda certeza. Mas o Brasil carece de lÃderes com competÃªncia para transformar nosso povo atravÃ©s da educaÃ§Ã£o, da distribuiÃ§Ã£o de renda, sem discursos populistas que sÃ³ comovem mesmo o povÃ£o, mas que nÃ£o se traduzem em evoluÃ§Ã£o no sistema social.
Se o Sr. se contenta em saber que os pobres estÃ£o recebendo as diversas bolsas e estÃ£o comendo melhor do que comiam no governo anterior, eu entendo que isso tudo Ã© muito pouco, pois o que desejo para as minhas filhas (e para as suas tambÃ©m) Ã© um futuro onde o governo do Sr. Lula tenha sido apenas um mal necessÃ¡rio ao processo democrÃ¡tico, pois no fim das contas creio que daqui a alguns anos nem os pobres sentirÃ£o falta dele.
Vote 13 para Presidente novamente e dÃª ao Srs. Lula, JosÃ© Dirceu, JosÃ© GenuÃno, AntÃ´nio Palocci, Ricardo Berzoini - e essa corja nojenta que tomou conta do paÃs - uma nova chance de terminar a roubalheira com chave de ouro, pois com certeza eles ainda nÃ£o terminaram o que tinham pra fazer.
NÃ£o sou nÃ©o-liberal, mas nÃ£o sou tolo nem por conveniÃªncia.
Passar bem. Eu voto 45

TRÃ‰PLICA DO CARA

Realmente que quem apÃ³ia Collor de Melo, Fernando "Ã‰rrico" Cardoso, AntÃ´nio Carlos MagalhÃ£es (vulgo Toninho Malvadeza), Eliseu Resende (D.N.E.R.), Proer, Sivam, Pasta Rosa, dentre outros tem muita moral para criticar os "Aloprados do PT".
Os aloprados sÃ£o uns incompetentes. Depois de tantos exemplos do PSDB e PFL de como dilapidar o patrimÃ´nio do Brasil sem deixar rastros aparentes ou impedir as investigaÃ§Ãµes, eles agiram como amadores.
Talvez, faltou mais convivÃªncia com essa turma de doutores, com diplomas em Sobourne. Veja alguns exemplos que estÃ£o na mÃdia, mas nÃ£o na revista "amarela e azul" daVeja:

"O documento" O Brasil nÃ£o esquecerÃ¡ - 45 escÃ¢ndalos que marcaram o governo FHC ", de julho de 2002, Ã© um trabalho da LideranÃ§a do PT na CÃ¢mara Federal de Deputados. O objetivo do levantamento de aÃ§Ãµes e omissÃµes dos Ãºltimos sete anos e meio do governo FHC, segundo o entÃ£o lÃder do PT, deputado JoÃ£o Paulo (SP), nÃ£o Ã© fazer denÃºncia, chantagem ou ataque ". Estamos fazendo um balanÃ§o Ã©tico para que a avaliaÃ§Ã£o da sociedade nÃ£o se restrinja Ã s questÃµes econÃ´micas ", argumentou. Entres os 45 pontos estÃ£o os casos Sudam, Sivam, Proer, caixa-dois de campanhas, TRT paulista, calote no Fundef, mudanÃ§as na CLT, intervenÃ§Ã£o na Previ e erros do Banco Central. A intenÃ§Ã£o da Revista ConsciÃªncia.Net em divulgar tal documento nÃ£o Ã© apagar ou minimizar os erros do governo que se seguiu, mas urge deixar este passado obscuro bem registrado".

"O doleiro AntÃ´nio Claramunt - o Toninho da Barcelona - disse ao deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) que a abertura das contas de doleiros brasileiros no MTB Bank, nos Estados Unidos, ''pode derrubar o governo Lula e jogar lama sobre o governo de Fernando Henrique Cardoso''. "Ele me disse que, se quebrarem as contas dos doleiros brasileiros no MTB Bank, derruba esse governo e enlameia o outro", confirma Pompeo (...) Do Jornal do Brasil, 18/8/2005..[+]
Ex-tesoureiro de Serra tem empresa em paraÃso fiscal
"Acusado de receber propina durante a privatizaÃ§Ã£o do sistema de telefonia, para favorecer o consÃ³rcio que comprou a Telemar, ex-diretor do BB comanda empresa com sede nas Ilhas Virgens". Do Correio Braziliense, 15/4/2002..[+]
Nem ligue, corrupÃ§Ã£o do passado Ã© coisa da Historia
O ex presidente Fernando Henrique entrevistado pelo Globo hoje, falando de corrupÃ§Ã£o - "Precisamos passar o Brasil a limpo e temos que investigar tudo, mas sem perder o foco de que a crise Ã© hoje". Separou - "O que aconteceu no passado, no meu Governo, Ã© coisa da Historia". Sim, foi isso que ele disse, leia aqui. Leia tambÃ©m, a propÃ³sito, a coluna do Elio Gaspari de hoje aqui. Do BlueBus, 27/7..[+]
Querem FHC na cadeia
"Faz trÃªs anos hoje o inquÃ©rito contra o acordo Brasil-EUA na Base de AlcÃ¢ntara (MA), movido pelo engenheiro MÃ¡rio Villas Boas. Denunciou por "alta traiÃ§Ã£o" o ex-presidente FHC e os ministros Ronaldo Sardenberg (CiÃªncia e Tecnologia) e Celso Lafer (RelaÃ§Ãµes Exteriores), com base no artigo 142 do CÃ³digo Penal Militar. A pena Ã© de 15 anos. Iniciado no MinistÃ©rio PÃºblico Militar do Rio, o processo foi ao Superior Tribunal Militar"..-.ClÃ¡udio Humberto, O Dia, 13/9/2004
Caixa explosivo: Caso Ricardo SÃ©rgio
"Principal articulador da formaÃ§Ã£o dos consÃ³rcios que disputaram o leilÃ£o das empresas de telecomunicaÃ§Ãµes, o ex-diretor da Ã¡rea internacional do Banco do Brasil, Ricardo SÃ©rgio de Oliveira, estÃ¡ tirando o sono da cÃºpula do PSDB e dos coordenadores da candidatura do senador JosÃ© Serra. Companheiro de militÃ¢ncia polÃtica de Serra desde a Ã©poca do regime militar, Ricardo SÃ©rgio, que em 1998 foi caixa das campanhas de Fernando Henrique Cardoso, para a PresidÃªncia, e de Serra, para o Senado, acaba de ser responsabilizado pelo Banco Central por um caminhÃ£o de irregularidades que favoreceram a entrada do Banco Opportunity em um consÃ³rcio para disputar o leilÃ£o da TelebrÃ¡s. Mantido em absoluto sigilo, o relatÃ³rio do BC, ao qual ISTOÃ‰ teve acesso, Ã© uma bomba que vai jogar estilhaÃ§os por todos os lados. O efeito Ã© tÃ£o devastador que uma operaÃ§Ã£o foi montada na PolÃcia Federal do Rio de Janeiro para abafar o caso". Por Amaury Ribeiro Jr., da Revista IstoÃ‰, 24/3/2002..[+]
NegÃ³cios de telefonia celular efetuados durante governo de FHC deixaram dÃvida de R$ 1,1 bilhÃ£o
"Quatro empresas de telefonia celular foram condenadas a recolher aos cofres pÃºblicos R$ 1,1 bilhÃ£o por conta de negÃ³cios irregulares feitos durante o governo FHC. A irregularidade foi detectada pelo TCU em 1997. Vem sendo confirmada em sucessivos julgamentos. Mas nÃ£o hÃ¡ sinal de liquidaÃ§Ã£o da dÃvida. A encrenca envolve quatro empresas: BCP, Americel, BSE e Maxitel. As trÃªs primeiras sÃ£o controladas pela Claro. A Ãºltima pertence Ã TIM. As empresas nÃ£o reconhecem a dÃvida". Por Josias de Souza, em 29/11/2005..[+]
Acessem www.consciencia.net/corrupcao/fhc
Bem amigo Canalha, por que serÃ¡ que a mÃdia tucana nÃ£o divulga isto?
Com certeza se tudo for apurado, o FHC adoraria que o seu Ex-ministro da JustiÃ§a tivesse mais tempo de escola nÃ£o como Jurista, mas sim como Criminalista.
Acredito que Ã© assim que construÃmos um Brasil melhor, uns criticando as mazelas dos outros para verdadeiramente passarmos este paÃs a limpo, e nÃ£o esconder a corrupÃ§Ã£o e empurrar tudo para debaixo do tapete.
NÃ£o sou PT, talvez com certeza anti PSDB e PFL, mas acima de tudo sou Brasil e nÃ£o concordo com o que "um bando de aloprados do PT" fazem com o meu paÃs nem o que uma "corja de doutores" do PSBB e PFL fizeram com o Brasil recentemente.
Estamos elegendo o menos ruim,e, com certeza estamos perdendo todos nÃ³s.
Um grande abraÃ§o fraterno do seu amigo O Cara

ENTREVISTA COM CHICO BUARQUE

A cada uma de suas entrevistas, o compositor e cantor Chico Buarque de
Holanda sempre surpreende por sua lucidez e enorme coerÃªncia.

Agora, no lanÃ§amento do seu novo CD, Carioca, ele novamente brilhou ao falar
sobre a situaÃ§Ã£o polÃtica brasileira. A direita deve ter ficado furiosa, com
saudades dos tempos da ditadura militar que o perseguiu e censurou; a
esquerda "rancorosa" deve ter ficado ressentida com seus irÃ´nicos
comentÃ¡rios; jÃ¡ os setores da sociedade que, mesmo crÃticos das limitaÃ§Ãµes
do governo Lula, nÃ£o perderam a perspectiva, ganharam novo impulso criativo
para a sua atuaÃ§Ã£o. Mas Ã© melhor deixar o poeta falar, pinÃ§ando trechos das
suas entrevistas na revista Carta Capital e no jornal Folha de S.Paulo:

Sobre a crise polÃtica:
Ã‰ claro que esse escÃ¢ndalo abalou o governo, abalou quem votou no Lula,
abalou sobretudo o PT. Para o partido, esse escÃ¢ndalo Ã© desastroso. O outro
lado da moeda Ã© que disso tudo pode surgir um partido mais correto, menos
arrogante. No fundo, sempre existiu no PT a idÃ©ia de que vocÃª ou Ã© petista
ou Ã© um calhorda. Um pouco como o PSDB acha que vocÃª ou Ã© tucano ou Ã© burro
(risos).

Agora, a crÃtica que se faz ao PT erra a mÃ£o. NÃ£o sÃ³ ao PT, mas
principalmente ao Lula. Quando a oposiÃ§Ã£o vem dizer que se trata do governo
mais corrupto da histÃ³ria do Brasil Ã© preciso dizer: 'espera aÃ'.
Quando aquele senador tucano canastrÃ£o diz que vai bater no Lula, dar
porrada, quando chamam o Lula de vagabundo, de ignorante - aÃ estÃ£o errando
muito a mÃ£o. Governo mais corrupto da histÃ³ria?

Onde estÃ¡ o corruptÃ´metro? Ã‰ preciso investigar as coisas, sim. Tem que
punir, sim. Mas vamos entender melhor as coisas. A gente sabe que a
corrupÃ§Ã£o no Brasil estÃ¡ em toda parte. E vem agora esse pessoal do PFL,
justamente ele, fazer cara de ofendido, de indignado. NÃ£o vÃ£o me comover...

Preconceito de classe:
O preconceito de classe contra o Lula continua existindo - e em graus atÃ©
mais elevados. A maneira como ele Ã© insultado eu nunca vi igual.

Acaba inclusive sendo contraproducente para quem agride, porque o sujeito
mais humilde ouve e pensa: 'Que histÃ³ria Ã© essa de burro!? De ignorante!? De
imbecil!?'. NÃ£o me lembro de ninguÃ©m falar coisas assim antes, nem com o
Collor. Vagabundo! LadrÃ£o! Assassino! - atÃ© assassino eu jÃ¡ ouvi.

Fizeram o diabo para impedir que o Lula fosse presidente.
Inventaram plebiscito, mudaram a duraÃ§Ã£o do mandato, criaram a reeleiÃ§Ã£o.
Finalmente, como se fosse uma concessÃ£o, deixaram Lula assumir. 'Agora sai
jÃ¡ daÃ, vagabundo!'. Ã‰ como se estivessem despachando um empregado a quem se
permitiu o luxo de ocupar a Casa Grande. 'Agora volta pra senzala!'. Eu nÃ£o
gostaria que fosse assim.

Eu voto no Lula!
A economia nÃ£o vai mudar se o presidente for um tucano. A coisa estÃ¡ tÃ£o
atada que honestamente nÃ£o vejo muita diferenÃ§a entre um prÃ³ximo governo
Lula e um governo da oposiÃ§Ã£o. Mas o paÃs deu um importante elegendo Lula.
Considero deseducativo o discurso em voga: 'TÃ£o cedo esses caras nÃ£o voltam,
eles nÃ£o sabem fazer, nÃ£o sÃ£o preparados, nÃ£o sÃ£o poliglotas'.
Acho tudo isso muito grave.

Hoje eu voto no Lula. Vou votar no Alckmin? NÃ£o vou. Acredito que, apesar de
a economia estar atada como estÃ¡, ainda hÃ¡ uma margem para investir no
social que o Lula tem mais condiÃ§Ãµes de atender.

Vai ficar devendo, claro. JÃ¡ estÃ¡ devendo. Precisa ser cobrado. Ele dizia
isso: 'Quero ser cobrado, vocÃªs precisam me cobrar, nÃ£o quero ficar lÃ¡
cercado de puxa-sacos'. Ouvi isso dele na Ãºltima vez que o vi, antes dele
tomar posse, num encontro aqui no Rio.

Sobre o PSOL:
Percebo nesses grupos um rancor que Ã© prÃ³prio dos ex: ex-petista,
ex-comunista, ex-tudo. NÃ£o gosto disso, dessa gente que estÃ¡ muito prÃ³xima
do fanatismo, que parece pertencer a uma tribo e que quando rompe sai
cuspindo fogo. Eleitoralmente, se eles crescerem, vÃ£o crescer para cima do
PT e eventualmente ajudar o adversÃ¡rio do Lula.

Papel da mÃdia:
NÃ£o acho que a mÃdia tenha inventado a crise. Mas a mÃdia ecoa muito mais o
mensalÃ£o do que fazia com aquelas histÃ³rias do Fernando Henrique, a compra
de votos, as privatizaÃ§Ãµes. O Fernando Henrique sempre teve uma defesa
sÃ³lida na mÃdia, colunistas chapa-branca dispostos a defendÃª-lo a todo
custo. O Lula nÃ£o tem. Pelo contrÃ¡rio, Ã© concurso de porrada para ver quem
bate mais.

CARTA PARA O CHICO BUARQUE

29.09, 14h02
por JosÃ© Danon, no EstadÃ£o

Chico, vocÃª foi, Ã© e serÃ¡ sempre meu herÃ³i. Pelo que vocÃª foi, pelo que vocÃª Ã© e pelo que creio que continuarÃ¡ sendo. Por isso mesmo, ao ver vocÃª declarar que vai votar no Lula "por falta de opÃ§Ã£o", tomei a liberdade de lhe apresentar o que, na opiniÃ£o do seu mais devoto e incondicional admirador, pode ser uma opÃ§Ã£o.
Eu tambÃ©m votei no Lula contra o Collor. Tanto pelo que representava o Lula como pelo que representava o Collor. Eu tambÃ©m acreditava no Lula. E atÃ© aprendi vÃ¡rias coisas com ele, como citar ditos da mÃ£e. Minha mÃ£e costumava lembrar a piada do bÃªbado que contava como se tinha machucado tanto. Cambaleante, ele explicava: "Eu vi dois touros e duas Ã¡rvores, os que eram e os que nÃ£o eram. Corri e subi na Ã¡rvore que nÃ£o era, aÃ veio o touro que era e me pegou." Acho que nÃ³s votamos no Lula que nÃ£o era, aÃ veio o Lula que era e nos pegou.
Chico, meu mestre, acho que nÃ³s, na nossa idade, fizemos a nossa parte. Se a fizemos bem feita ou mal feita, jÃ¡ Ã© uma outra histÃ³ria. Quando a fizemos, acreditÃ¡vamos que era a correta. Mas desconfio que nossa geraÃ§Ã£o nÃ£o foi tÃ£o bem-sucedida, afinal. Menos em funÃ§Ã£o dos valores que temos defendido e mais em razÃ£o dos resultados que temos obtido. Creio que hoje nossa principal funÃ§Ã£o serÃ¡ a de disseminar a mensagem adequada aos jovens que vÃ£o gerenciar o mundo a partir de agora. Eles que faÃ§am mais e melhor do que fizemos, principalmente porque o que deixamos para eles nÃ£o foi grande coisa. Deixamos um governo que tem o cinismo de olimpicamente perdoar os "companheiros que erraram" quando a corrupÃ§Ã£o Ã© descoberta.
Desculpe, senhor, acho que nÃ£o entendi. Como Ã©, mesmo? Erraram? Ora, Chico. O erro Ã© uma falha acidental, involuntÃ¡ria, uma tentativa frustrada ou malsucedida de acertar. Podemos dizer que errou o Parreira na estratÃ©gia de jogo, que erramos nÃ³s ao votarmos no Lula, mas nÃ£o que tenham errado os zÃ©sdirceus, os marcosvalÃ©rios, os genoinos, dudas, gushikens, waldomiros, delÃºbios, paloccis, okamottos, adalbertos das cuecas, lulinhas, beneditasdasilva, burattis, professoresluizinhos, silvinhos, joÃ£opaulocunhas, berzoinis, hamiltonlacerdas, lorenzettis, bargas, expeditovelosos, vedoins, freuds e mais uma centena de exemplares dessa espÃ©cie tÃ£o abundante, desafortunadamente tÃ£o preservada do risco de extinÃ§Ã£o por seu tratador. Esses nÃ£o erraram. Cometeram crimes. NÃ£o sÃ£o desatentos ou equivocados. SÃ£o criminosos. NÃ£o merecem carinho e consolo, merecem cadeia.
Obviamente, nÃ£o perguntarei se vocÃª se lembra da ditadura militar. Mas perguntarei se vocÃª nÃ£o tem uma sensaÃ§Ã£o de dÃ©jÃ vu nos rompantes de nosso presidente, na prepotÃªncia dos companheiros, na irritaÃ§Ã£o com a imprensa quando a notÃcia nÃ£o Ã© a favor. NÃ£o Ã© exagero, pergunte ao Larry Rother do New York Times, que, a propÃ³sito, nÃ£o havia publicado nenhuma mentira. Nem mesmo o Bush, com sua peculiar e texana soberba, tem ousado ameaÃ§ar jornalistas por publicarem o que quer que seja. Pergunte ao Michael Moore. E olhe que, no caso do Bush, fazem mais que simples e despretensiosas alusÃµes aos seus hÃ¡bitos ou preferÃªncias alcoÃ³licas no happy hour do expediente.
Mas devo concordar plenamente com o Lula ao menos numa questÃ£o em especial: quando acusa a elite de ameaÃ§Ã¡-lo, ele tem razÃ£o. Explica o AurÃ©lio Buarque de Hollanda que elite, do francÃªs Ã©lite, significa "o que hÃ¡ de melhor em uma sociedade, minoria prestigiada, constituÃda pelos indivÃduos mais aptos". Poxa! Na mosca. Ele sabe que seus inimigos sÃ£o as pessoas do povo mais informadas, com capacidade de anÃ¡lise, com condiÃ§Ãµes de avaliar a eficiÃªncia e honestidade de suas aÃ§Ãµes. E nÃ£o seria a primeira vez que essa mesma elite faz esse serviÃ§o. Essa elite lutou pela independÃªncia do Brasil, pela RepÃºblica, pelo fim da ditadura, pelas diretas-jÃ¡, pela defenestraÃ§Ã£o do Collor e atÃ© mesmo para tirar o Lula das grades da ditadura em 1980, onde passou 31 dias. Mas ela Ã© a inimiga de hoje. E eu acho que Ã© justamente aÃ que nÃ³s entramos.
NÃ³s, que neste paÃs tivemos o privilÃ©gio de aprender a ler, de comer diariamente, de ter pais dispostos a se sacrificar para que pudÃ©ssemos ser capazes de pensar com independÃªncia, como Ã© prÃ³prio das elites - o que, a propÃ³sito, nÃ£o considero uma ofensa -, nÃ£o deverÃamos deixar como heranÃ§a para os mais jovens presentes de grego como Lula, ChÃ¡vez, Evo Morales, Fidel - herÃ³i do Lula, que fuzila os insatisfeitos que tentam desesperadamente escapar de sua "democracia". Nossa heranÃ§a deveria ser a experiÃªncia que acumulamos como justo castigo por admitirmos passivamente ser governados pelo Lula, pelo ChÃ¡vez, pelo Evo e pelo Fidel, juntamente com a sabedoria de poder fazer dessa experiÃªncia um antÃdoto para esse globalizado veneno. Nossa melhor heranÃ§a serÃ¡ o sinal que deixaremos para quem vem depois, um claro sinal de que permanentemente apoiaremos a Ã©tica e a honestidade e repudiaremos o contrÃ¡rio disto.
Da mesma forma que elegemos o bom, destronamos o ruim, mesmo que o bom e o ruim sejam representados pela mesma pessoa em tempos distintos.
Assim como o maior mal que a inflaÃ§Ã£o causa Ã© o da supressÃ£o da referÃªncia dos parÃ¢metros do valor material das coisas, o maior mal que a impunidade causa Ã© o da perda de referÃªncia dos parÃ¢metros de justiÃ§a social. Aceitar passivamente a livre aÃ§Ã£o do desonesto Ã© ser cÃºmplice do bandido, condenando a vÃtima a pagar pelo malfeito. Temos opÃ§Ã£o. A opÃ§Ã£o Ã© destronar o ruim. Se o oposto serÃ¡ bom, veremos depois. Se o oposto tampouco servir, tambÃ©m o destronaremos. A nossa tolerÃ¢ncia zero contra a sacanagem evitarÃ¡ que as passagens importantes de nossa HistÃ³ria, nesse sanatÃ³rio geral, terminem por desbotar-se na memÃ³ria de nossas novas geraÃ§Ãµes.
AÃ, sim, Chico, acho que cada paralelepÃpedo da velha cidade, no dia 1Âº de outubro, vai se arrepiar.
Seu admirador nÃºmero 1,

ZÃ© Danon
Economista e consultor de empresas

FRANCISCO CÃ‚NDIDO XAVIER

Vida: Ã‰ o Amor existencial.
RazÃ£o: Ã‰ o Amor que pondera.
Estudo: Ã‰ o Amor que analisa.
CiÃªncia: Ã‰ o Amor que investiga.
Filosofia: Ã‰ o Amor que pensa.
ReligiÃ£o: Ã‰ o Amor que busca Deus.
Verdade: Ã‰ o Amor que se eterniza.
Ideal: Ã‰ o Amor que se eleva.
FÃ©: Ã‰ o Amor que se transcende.
EsperanÃ§a: Ã‰ o Amor que sonha.
Caridade: Ã‰ o Amor que auxilia.
Fraternidade: Ã‰ o Amor que se expande.
SacrifÃcio: Ã‰ o Amor que se esforÃ§a.
RenÃºncia: Ã‰ o Amor que se depura.
Simpatia: Ã‰ o Amor que sorri.
Trabalho: Ã‰ o Amor que constrÃ³i.
IndiferenÃ§a: Ã‰ o Amor que se esconde.
Desespero: Ã‰ o Amor que se desgoverna.
PaixÃ£o: Ã‰ o Amor que se desequilibra.
CiÃºme: Ã‰ o Amor que se desvaira.
Orgulho: Ã‰ o Amor que enlouquece.
Sensualismo: Ã‰ o Amor que se envenena.
Finalmente, o Ã“dio, que julgas ser a antÃtese do Amor, nÃ£o Ã© senÃ£o o prÃ³prio Amor que adoeceu gravemente.

Francisco CÃ¢ndido Xavier

Tenha um Ã³timo dia, uma Ã³tima hora,um Ã³timo segundo. Que tudo em sua vida seja Ã³timo hoje e sempre, que a paz, a alegria, a simplicidade e a esperanÃ§a perpetue em sua alma por toda a sua existÃªncia.. Portanto.. AME a si mesmo e a todos ao Seu redor.. Lembre-se o Universo Ã© um eco de nossas aÃ§Ãµes e pensamentos!

(ColaboraÃ§Ã£o: Alencar)

10 COISAS QUE FAZEM AS PESSOAS REALMENTE COMPROMETIDAS

Luiz Marins

Quando perguntamos a qualquer empresÃ¡rio, presidente, diretor, gerente, supervisor, chefe, o que ele mais deseja de seus colaboradores, a resposta Ã© imediata: "Gostaria que eles fossem mais comprometidos".
Quando perguntamos a amigos, professores, pais, filhos, membros de clubes e associaÃ§Ãµes, o que eles mais sentem falta nas pessoas de seu relacionamento, a resposta Ã© a mesma. "Gostaria que as pessoas fossem mais comprometidas".
Mas, afinal, o que Ã©, de fato, "ser uma pessoa comprometida"?
Veja 10 coisas que nos disseram:

1. Uma pessoa comprometida procura sempre colocar-se no lugar das outras; sentir o que as outras sentem;
2. Uma pessoa comprometida faz tudo com atenÃ§Ã£o aos detalhes. Ela presta atenÃ§Ã£o em tudo o que faz, no detalhe do detalhe;
3. Uma pessoa comprometida termina o que comeÃ§a e nÃ£o deixa as coisas pela metade;
4. Uma pessoa comprometida vem com soluÃ§Ãµes, e nÃ£o com mais problemas, quando tem uma tarefa a cumprir;
5. Uma pessoa comprometida pergunta o que nÃ£o sabe e demonstra vontade de aprender. Vai fundo atÃ© dominar o que nÃ£o sabe e deveria saber;
6. Uma pessoa comprometida cumpre prazos e horÃ¡rios;
7. Uma pessoa comprometida nÃ£o vive dando desculpas por seus atos e nem procura culpados pelos erros cometidos;
8. Uma pessoa comprometida nÃ£o vive reclamando da vida e falando mal das pessoas. Ela age para modificar a realidade;
9. Uma pessoa comprometida nÃ£o desiste facilmente. Ela nÃ£o descansa enquanto nÃ£o resolver um problema. Ela vai atrÃ¡s da soluÃ§Ã£o;
10.Uma pessoa comprometida estÃ¡ sempre pronta a colaborar com as outras. Ela participa. DÃ¡ idÃ©ias. VocÃª pode contar com ela.

Pense nisso. Sucesso!
cortesia: TILIBRA

(ColaboraÃ§Ã£o: Aglai)

FELIZ DA VIDA, SEGREDOS DA FELICIDADE

Novos estudos comprovam: a satisfaÃ§Ã£o com a vida depende muito mais do bom relacionamento com a famÃlia e os amigos, trabalho prazeroso e saÃºde em dia do que das alegrias geradas pelos bens materiais.

A Dinamarca Ã© um paÃs com 43 mil quilÃ´metros quadrados â€“ Ã¡rea similar Ã do Estado do Rio de Janeiro â€“ onde 5,4 milhÃµes de pessoas compartilham um Produto Interno Bruto de US$ 187 bilhÃµes. No Brasil, uma populaÃ§Ã£o 35 vezes superior colhe as migalhas de um PIB trÃªs vezes maior. Dona de um sistema educacional irrepreensÃvel e de um eficiente modelo de saÃºde, a Dinamarca lidera o ranking mundial da felicidade criado pelo psicÃ³logo Adrian White, da Universidade de Leicester, na GrÃ£-Bretanha. O Brasil Ã© o 81Âº. Para estabelecer essa lista, ele avaliou 100 estudos de 178 naÃ§Ãµes. â€œA saÃºde foi apontada como o fator mais importante para a felicidade, seguida por prosperidade e acesso Ã educaÃ§Ã£oâ€, diz.
Atrelar a felicidade ao desenvolvimento do paÃs ou Ã renda per capita, porÃ©m, Ã© uma prÃ¡tica que nÃ£o dÃ¡ conta da complexidade do tema. Ã‰ a conclusÃ£o de muitos especialistas, como o economista alemÃ£o Johannes Hirata. Ele comparou a renda e o Ãndice de bem-estar de diversas populaÃ§Ãµes para a tese Felicidade como um objetivo polÃtico, apresentada recentemente na Universidade de St. Gallen (SuÃÃ§a), e afirma que a economia pouco interfere na felicidade. No JapÃ£o, apesar de a renda mÃ©dia ter passado de US$ 880 para US$ 25 mil anuais em 50 anos, o grau de satisfaÃ§Ã£o com a vida permaneceu estÃ¡vel.
Mas o que, afinal, gera a felicidade? Essa pergunta tem chamado a atenÃ§Ã£o de especialistas de um movimento da psicologia que tem se fortalecido na Ãºltima dÃ©cada. Ã‰ a psicologia positiva. AnÃ¡lises sobre o conceito de bem-estar subjetivo â€“ ou pessoal â€“ se tornaram o objeto principal de estudos desse grupo. Entre seus representantes estÃ¡ Martin Seligman, que defende que os psicÃ³logos nÃ£o devem apenas se preocupar com as doenÃ§as, e sim tornar ainda melhor a vida de gente saudÃ¡vel. Desde o lanÃ§amento de Felicidade autÃªntica, suas idÃ©ias se espalham pelo mundo.
No Brasil, a psicologia positiva conquista adeptos. Um dos primeiros trabalhos acadÃªmicos do gÃªnero Ã© a tese de doutorado de Lilian Graziano, da Universidade de SÃ£o Paulo. Em A felicidade revisitada, ela constata a relaÃ§Ã£o entre o estado de satisfaÃ§Ã£o e a capacidade de se sentir no controle da vida. Segundo Lilian, hÃ¡ dois tipos de pessoas: aquelas para as quais as coisas sÃ³ mudam por influÃªncias externas e as que se sentem responsÃ¡veis pelas mudanÃ§as. Na escola, o primeiro grupo seria formado por alunos que agradecem Ã professora pela nota e o segundo pelos que se sentem responsÃ¡veis por ela. â€œO primeiro perfil Ã© menos feliz do que o segundo. Costuma adiar a felicidade para quando o trÃ¢nsito ou o chefe melhoraremâ€, diz.

Receitas para a felicidade hÃ¡ muitas. Mesmo porque atÃ© hoje nÃ£o hÃ¡ consenso quanto ao que traz mais alegria. Pesquisas feitas em diversos paÃses oferecem elementos que podem nortear essa busca. Confira a seguir alguns caminhos:

Invista nas relaÃ§Ãµes
Professor da Universidade da VirgÃnia (EUA), Jonathan Haidt escreveu em seu livro The happiness hypothesis que a famÃlia e os amigos sÃ£o mais relevantes do que o dinheiro e a beleza. â€œUma condiÃ§Ã£o que nos torna felizes Ã© a capacidade de nos relacionarmos e estabelecermos laÃ§os com os demaisâ€, afirma. Todo ser humano necessita do outro para compartilhar sensaÃ§Ãµes, experiÃªncias e objetivos. Sentir-se responsÃ¡vel por uma pessoa pode ser a chave da realizaÃ§Ã£o. Isso vale para o casamento e para as amizades. Um estudo do Centro de Pesquisa em OpiniÃ£o PÃºblica da Universidade de Chicago mostrou que pessoas com pelo menos cinco amigos prÃ³ximos se dizem 50% mais felizes do que as que tÃªm um cÃrculo social menor.

Tenha um projeto
Postergar a felicidade Ã© um erro grave, segundo o psicÃ³logo Ari Rehfeld, da PUC de SÃ£o Paulo. Quem faz isso nunca serÃ¡ feliz porque o mundo jamais serÃ¡ o paÃs das maravilhas. Rehfeld considera fundamental conciliar projeto de vida e satisfaÃ§Ã£o com o presente. â€œProjeto Ã© algo que exige tempo. NÃ£o deve ser confundido com desejo, que Ã© efÃªmeroâ€, compara. Para a filÃ³sofa Dulce Critelli, confundir felicidade com desejo Ã© um escorregÃ£o herdado do estoicismo e do epicurismo, as primeiras escolas filosÃ³ficas a pensar a moral de forma individual. Desde entÃ£o, muitas pessoas acreditam que a felicidade estÃ¡ na satisfaÃ§Ã£o do prazer. â€œPor isso, a roupa de grife, a cirurgia plÃ¡stica e o carro do ano sÃ£o tÃ£o valorizados. Antes, admirÃ¡vamos pessoas honradas e generosas.â€

Cuide de saÃºde
Estar de bem com o corpo e a mente Ã© outro elemento comum Ã s pessoas felizes. Ã‰ difÃcil estabelecer uma relaÃ§Ã£o de causa e efeito. NÃ£o se sabe se a boa saÃºde ajuda as pessoas a se sentirem plenas ou se Ã© a felicidade que traz saÃºde Ã s pessoas. â€œOs mais felizes tendem a se cuidar mais, a comer melhor e a se exercitarâ€, diz o estatÃstico Jorge Orishi, que criou na Universidade Federal de SÃ£o Carlos o primeiro mapa da felicidade em SÃ£o Paulo. Com seis mil entrevistas, ele descobriu que os paulistas nÃ£o se queixam da vida como parece: 59% se dizem felizes e 25% muito felizes.

Trabalhe com prazer
De acordo com o psicÃ³logo Wanderley Codo, da Universidade de BrasÃlia, o trabalho toma a maior parte do dia e influencia nos relacionamentos. â€œNÃ£o existe limite entre vida profissional e vida pessoal. NinguÃ©m briga com o chefe e chega sorrindo em casa nem discute com a esposa e vai feliz ao escritÃ³rioâ€, afirma. Para ele, ter uma atividade profissional que dÃª sentido Ã vida ajuda na busca pela realizaÃ§Ã£o. Se a atividade principal nÃ£o cumprir essa lacuna, melhor tentar um trabalho voluntÃ¡rio ou manter alguma produÃ§Ã£o paralela.

NÃ£o perca a fÃ©
Dar um sentido para a vida Ã© importante, mesmo que seja em um plano superior. Pessoas que tÃªm alguma religiÃ£o nÃ£o apenas vivem por mais tempo como se sentem mais felizes do que os agnÃ³sticos e ateus. O motivo pode estar no fato de pertencer a um grupo, na serenidade experimentada nos momentos de oraÃ§Ã£o e tambÃ©m na crenÃ§a de que os obstÃ¡culos vividos sÃ£o etapas no caminho para a realizaÃ§Ã£o. â€œA religiÃ£o dÃ¡ a esperanÃ§a de que tudo vai melhorar, mesmo que seja apÃ³s a morte. Ela confortaâ€, explica o cientista da religiÃ£o Frank Usarski, da PUC de SÃ£o Paulo.

NÃ£o exija tanto
Autor do best-seller Sucesso Ã© ser feliz, o psiquiatra Roberto Shinyashiki sabe o quanto a eterna busca representa para as pessoas, mas se preocupa com o que ele chama de ditadura da felicidade. â€œO mundo exige que as pessoas estejam permanentemente alegres e, por isso, ele se tornou o paraÃso das drogas e do Prozacâ€, observa. Para Shinyashiki, estÃ¡ mais satisfeito quem entende os altos e baixos da vida. â€œNinguÃ©m Ã© plenamente feliz com o trabalho nem tem orgasmos mÃºltiplos todos os dias. O importante Ã© ouvir a prÃ³pria consciÃªncia em vez de buscar os aplausos dos outrosâ€, ensina. Ele, por exemplo, se sente feliz quando chega em casa e os filhos pulam em seu pescoÃ§o e quando toca guitarra com os amigos. Valorizar as pequenas coisas pode ser um bom comeÃ§o, assim como ser coerente com o projeto de futuro.

Vale a pena tentar.

Por Camilo Vannuchi
Colaboraram: Aziz Filho e Rudolfo Lago

LÃDER X EMPRRENDEDOR

As figuras do lÃder e do empreendedor se confundem, pois, normalmente andam juntas. Mas, se perguntarmos se o empreendedor Ã© sempre um lÃder ou se o lÃder precisa ser empreendedor, a resposta Ã©: nÃ£o necessariamente.
A seguir, estabeleÃ§o uma sÃ©rie de distinÃ§Ãµes entre lideranÃ§a e empreendedorismo. Entretanto, deve-se ter em mente que as duas qualidades nÃ£o se opÃµem. AliÃ¡s, muito pelo contrÃ¡rio, se complementam e o ideal Ã© cultivÃ¡-las em conjunto.
LideranÃ§a e empreendedorismo tÃªm a ver com poder. Entretanto, o poder do empreendedor Ã© fazer, enquanto o do lÃder Ã© influenciar. LideranÃ§a Ã© a capacidade de influenciar os outros. Requer cooperaÃ§Ã£o, empatia e respeito. O poder do lÃder lhe Ã© concedido e deriva da sua autoridade moral reconhecida e concedida pelos outros.
JÃ¡ empreendedorismo Ã© a capacidade de agir sobre as coisas, inclusive sobre os outros (como objetos da aÃ§Ã£o). O empreendedor Ã© empÃ¡tico e seu poder Ã© conquistado pela acumulaÃ§Ã£o de atributos: forÃ§a, conhecimento e propriedade.
LideranÃ§a e empreendedorismo sÃ£o qualidades derivadas de virtudes de carÃ¡ter mais fundamentais. A principal virtude do lÃder Ã© a moderaÃ§Ã£o, enquanto a virtude maior do empreendedor Ã© a coragem. Tanto o lÃder quanto o empreendedor precisam ter uma auto-estima profunda, bem como elevada transcendÃªncia â€“virtual esquecimento do ego em funÃ§Ã£o de algo maiorâ€“ uma causa, uma idÃ©ia ou o coletivo.
Entretanto, a lideranÃ§a requer uma transcendÃªncia maior do que o empreendedorismo. Ã‰ comum pensar que o empreendedor Ã© um egoÃsta enquanto que o verdadeiro lÃder Ã© um altruÃsta. PorÃ©m, um ego forte nÃ£o estÃ¡ em oposiÃ§Ã£o ao idealismo. Na verdade, o empreendedor tambÃ©m precisa ter uma elevada capacidade de transcendÃªncia.
Ambos tÃªm um temperamento persistente, mantendo a motivaÃ§Ã£o por longos perÃodos de tempo, apesar das adversidades. Entretanto, o lÃder Ã© mais sensÃvel ao risco e age mais no sentido de evitÃ¡-lo, alÃ©m de ser meticuloso. O empreendedor Ã© mais tolerante ao risco e enfrenta melhor as situaÃ§Ãµes em que nÃ£o tem muito controle.
O lÃder avalia, pondera e busca o consenso para a aÃ§Ã£o coletiva e, assim tem menos capacidade de reaÃ§Ã£o do que o empreendedor, e Ã© mais lento. Com isso, pode perder oportunidades ou tardar a responder a ameaÃ§as imediatas. Em contrapartida, diante de uma oportunidade ou desafio, o empreendedor age rÃ¡pido.
Com isso, comete mais erros e Ã© mais propenso Ã ansiedade. Como Ã© rÃ¡pido tambÃ©m para corrigir erros, pode-se dizer que, ao longo da vida, o empreendedor aprende mais do que o lÃder, o que o faz acumular mais conhecimento.

Wagner, Jaime
Jaime Wagner Ã© graduado em Engenharia EletrÃ´nica (1976) e Mestre em CiÃªncia da ComputaÃ§Ã£o (1978) pela UFRGS. Ã‰ tambÃ©m fundador e diretor da PowerSelf, alÃ©m de diretor presidente da Plug In. Atualmente, concilia as duas empresas com a vice-presidÃªncia da Internetsul e da Federasul, como diretor da Sucesu-RS, diretor do SEPRORGS, presidente da AJA (AssociaÃ§Ã£o Junior Archievement do Rio Grande do Sul) e autor dos livros "A Arte de Planejar o Tempo" e "O Entregador de Sonhos".

(ColaboraÃ§Ã£o: A.M.B.)