PENSANDO EM ESTĂMULO CEREBRAL
21/10/2010 -
PENSE!
CĂREBRO MELHOR
English:
http://www.happy-neuron.com/
Treinamento.Portal CĂ©rebro Melhor trabalha atenção, memĂłria e raciocĂnio. Site de jogos estimula desenvolvimento da atividade cerebral. Com exercĂcios diĂĄrios de 15 minutos, resultado surge em trĂȘs meses.
Com tecnologia francesa e seguindo tendĂȘncias mundiais, o portal brasileiro CĂ©rebro Melhor (www.cerebromelhor.com.br) implanta no paĂs o treinamento virtual e interativo para o cĂ©rebro. O portal oferece jogos para exercitar as cinco principais funçÔes cognitivas do ser humano: memĂłria, atenção, linguagem, raciocĂnio lĂłgico e visĂŁo espacial. A iniciativa Ă© inĂ©dita no mercado nacional e licenciada pelo modelo internacional da Scientific Brain Training (SBT) /Happy Neuron, presente em mais de dez paĂses.
Segundo o sĂłcio-fundador do projeto, Ricardo Marchesan, o mĂ©todo tem comprovação cientĂfica na melhoria da plasticidade cerebral e reservas funcionais. "Com treinamento diĂĄrio de pelo menos 15 minutos, em trĂȘs meses os resultados sĂŁo percebidos. O cĂ©rebro compreende que ĂĄreas pouco exploradas sĂŁo acĂșmulo de informação e logo desacelera o uso das mesmas. Com o treinamento, todas as ĂĄreas sĂŁo exploradas e motivadas a continuarem em funcionamento. No Brasil, o mĂ©todo ainda Ă© novidade, mas a tĂ©cnica jĂĄ Ă© seguida mundialmente. Queremos expandir e potencializar o treinamento cerebral", explica Marchesan.
O portal Ă© interativo e tem um instrutor virtual que recomenda os jogos, de acordo com o objetivo do usuĂĄrio. O grau de dificuldade aumenta gradualmente, Ă medida que o jogador se aperfeiçoa, para mantĂȘ-lo constantemente desafiado. O programa desenvolve um acompanhamento do internauta por meio de grĂĄficos e relatĂłrios.
O SBT/HappyNeuron possui uma base de dados com mais de 50 milhĂ”es de jogos concluĂdos. O banco de dados permite que o resultado de cada usuĂĄrio seja comparado ao de seus pares baseado na idade, sexo e escolaridade, para realizar a avaliação de desempenho.
Além de Ricardo Marchesan, o treinamento foi adaptado para o perfil do brasileiro pelo sócio Luiz Moraes. O portal conta com a consultoria da neurocientista Suzana Herculano-Houzel.
Cobrança
Preço. O site oferece jogos gratuitos para que o usuårio comece o treinamento. Para acompanhamento virtual personalizado, o portal cobra mensalidades a partir de R$ 9,90.
Corporativo
Empresas aderem ao programa de exercĂcios
O site CĂ©rebro Melhor desenvolve programas de treinamento cerebral tanto para o mercado corporativo como para pessoas fĂsicas. HĂĄ trĂȘs meses, a rede de supermercados paulista Federzoni aplica o treinamento em seus funcionĂĄrios.
De acordo com a gerente de recursos humanos da rede, Paula Colamego, a melhoria dos colaboradores Ă© grande. "Todos estĂŁo vendo os avanços com os exercĂcios. O mais interessante Ă© que sĂŁo jogos atrativos e a gente nem sente que estĂĄ treinando. Os funcionĂĄrios querem continuar com o treinamento e nĂłs incentivamos, pois jĂĄ notamos melhoria na atenção, visĂŁo espacial e memĂłria de muitos que estĂŁo participando do programa", afirma.
Para a gerente, os jogos oferecem descontração ao mesmo tempo em que auxiliam no aperfeiçoamento das funçÔes cerebrais. "Eu jogo todos os dias e quero incluir minha famĂlia no treinamento. Acho importante que todos realizem o programa", disse.
Treinamento amplia carreira
Uma das metas do programa de treinamento Ă© aumentar a longevidade profissional. De acordo com o sĂłcio Ricardo Marchesan, quando a pessoa atinge a maturidade profissional , ou se aposenta ou Ă© dispensado.
"A pessoa tem a bagagem necessåria, mas às vezes não consegue ter a mesma atenção, por isso, as corporaçÔes não aproveitam o profissional no auge da carreira", define.
De acordo com Marchesan, as funçÔes cognitivas do cĂ©rebro começam a declinar a partir dos 25 anos, por isso o treinamento Ă© aconselhado a todos. "Crianças a partir de dez anos jĂĄ podem praticar os exercĂcios. Quanto antes começarem, melhor", disse.
LetĂcia Murta - Fonte: O Tempo - 12/10/10.
CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JĂ!
Faça o download gratuito no site http://www.redetres.com/.
(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
PARA CADA SACOLA RECUSADA, UM CLIQUE!
SerĂĄ que precisamos de tantas sacolas feitas de plĂĄstico e outros materiais nocivos ao meio ambiente?
Clique aqui: http://planetasustentavel.abril.com.br/
AS ELEIĂĂES E A EXPANSĂO DA UNIVERSIDADE
A poucos dias de o Brasil eleger o futuro presidente da RepĂșblica, os candidatos que concorrem no segundo turno abordaram o tema da educação superior, limitando-o, porĂ©m, Ă inclusĂŁo social e Ă formação de recursos humanos qualificados para o mercado de trabalho.
Em face dos desafios do atual cenĂĄrio global e da importĂąncia estratĂ©gica que projeta para a pesquisa cientĂfica, as duas candidaturas deveriam explicitar as propostas para a expansĂŁo da universidade, pois o desafio de ampliar o acesso ao ensino superior nĂŁo deve ofuscar a necessidade de gerar conhecimento.
Ainda que a autonomia prevista na Constituição vigorasse de fato para todas as universidades pĂșblicas, competem ao governo polĂticas diretamente relacionadas a essas instituiçÔes, nĂŁo sĂł por meio de fomento, mas tambĂ©m para a expansĂŁo delas, muitas vezes sob a pressĂŁo quase que exclusiva para o aumento de vagas na graduação.
NĂŁo faltam dados para comprovar a estreita correlação entre o desenvolvimento econĂŽmico de um paĂs e sua geração de conhecimentos. Muito antes do desempenho das naçÔes que mais investiram em pesquisa nas Ășltimas dĂ©cadas, vĂĄrios pensadores jĂĄ haviam apontado a ciĂȘncia como uma importante força produtiva.
No Brasil, grande parte da produção de estudos nas ciĂȘncias, nas artes e na tecnologia Ă© desenvolvida nas universidades, principalmente nas pĂșblicas, nas quais deve vigorar a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensĂŁo.
Essas consideraçÔes remetem Ă s conclusĂ”es extraĂdas de pesquisa que fiz em 31 de maio deste ano com cerca de 1.100 reitores de diversos paĂses presentes Ă minha conferĂȘncia "Desafios da universidade ibero-americana diante de um mundo em mudança", em Guadalajara, no MĂ©xico, no 2Âș Encontro Internacional de Reitores Universia.
Entre os 30 objetivos submetidos Ă escolha dos reitores, o de maior priorização (57,7%) foi o de "adequar os mĂ©todos de ensino e aprendizagem ao objetivo de aquisição de competĂȘncias dos estudantes".
Esse ponto estĂĄ diretamente associado Ă necessidade de bibliotecas bem servidas de livros e periĂłdicos, laboratĂłrios bem equipados e constante adequação dos currĂculos.
O objetivo com segundo maior Ăndice de priorização (46,9%) foi o de "determinar que tipo de universidades se pretende desenvolver nos prĂłximos anos (objetivos, captação de estudantes, relaçÔes com a sociedade, ĂĄreas de investigação, estrutura de governo)".
Como jĂĄ dissemos em outro artigo neste espaço ("O desafio da universidade pĂșblica brasileira", 16/ 1/2009), investir em ciĂȘncia e tecnologia nĂŁo Ă© luxo de paĂses ricos, pois investimentos expressivos nessa ĂĄrea tĂȘm sido a opção estratĂ©gica dos que estĂŁo colhendo vitĂłrias incontestĂĄveis na competitividade e no comĂ©rcio exterior.
Mas a geração de conhecimento é essencial também para que o desenvolvimento não se restrinja ao mero crescimento da economia.
Ela deve atuar também em vista da melhor qualidade de vida, da conservação ambiental e da erradicação da miséria.
Desse modo, por mais legĂtima e prioritĂĄria que seja a demanda social pelo maior acesso ao ensino superior, Ă© necessĂĄrio termos clareza da distinção entre esse tema e o da ampliação da universidade pĂșblica. Sem isso, correremos o risco de promover no Brasil uma expansĂŁo universitĂĄria completamente alheia aos presentes desafios para a produção do conhecimento.
Herman Jacobus Cornelis Voorwald, 55, Ă© reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista) e professor titular da Faculdade de Engenharia do campus de GuaratinguetĂĄ.
Fonte: Folha de S.Paulo - 21/10/10.
TODOS PELA EDUCAĂĂO
Este Ă© o nome de um movimento da sociedade civil, do qual participo, que tem por objetivo contribuir para que todas as crianças e jovens brasileiros tenham acesso Ă educação pĂșblica de qualidade.
Este movimento se torna ainda mais fundamental depois que pesquisa do Ipea då conta de que a população brasileira passarå por um envelhecimento råpido nos próximos 20 anos. Ao analisar dados sobre fecundidade e mortalidade, o Ipea estima que, a partir de 2030, só os grupos acima de 45 anos é que vão apresentar crescimento.
Em comparação com a Europa, Ășnico continente a enfrentar esse problema atĂ© agora, o movimento de passagem estĂĄ acontecendo numa velocidade acelerada, exigindo atenção total dos polĂticos, do mercado e da sociedade para os impactos da mudança nas polĂticas pĂșblicas, no consumo e na vida de cada um.
Um paĂs com população "mais velha" precisa de polĂticas pĂșblicas de renda e saĂșde abrangentes e efetivas para compensar a perda da capacidade de trabalho, alĂ©m de fortes investimentos em habitação, infraestrutura e acessibilidade em focos diferentes dos que sĂŁo feitos hoje, porque as necessidades serĂŁo diferentes.
Quem vai pagar esta conta?
De onde sairĂĄ o dinheiro para as aposentadorias que garantam dignidade a estes brasileiros? O Brasil ainda vive um perĂodo de bĂŽnus demogrĂĄfico, no qual hĂĄ um contingente de população em idade ativa maior do que o de idosos e crianças. Este perĂodo deve durar mais uns 20 anos. Em condiçÔes normais, seria uma bĂȘnção. Mas, por nĂŁo estarmos preparados, teremos um ĂŽnus difĂcil de ser superado, pois as pessoas em idade ativa hoje tĂȘm baixa escolaridade e quase 50% da população entre 15 e 19 anos nĂŁo tem acesso ao ensino mĂ©dio pĂșblico.
Daqui a 20 anos, a população ativa hoje serĂĄ a aposentada. Se neste perĂodo nĂŁo realizarmos uma verdadeira revolução educacional que prepare de fato as pessoas para um mercado de trabalho cada vez mais exigente, nĂŁo seremos um paĂs sustentĂĄvel, pois a renda dos cidadĂŁos ativos nĂŁo suportarĂĄ as necessidades bĂĄsicas da população.
Na Europa, as aposentadorias sĂŁo garantidas por uma população economicamente ativa altamente educada e capacitada, que ocupa postos de trabalho complexos com salĂĄrios sobre os quais incide uma porcentagem que forma a poupança que paga as aposentadorias. Estes profissionais passaram por escolas, pĂșblicas na maioria, de alto nĂvel. Por isso os salĂĄrios melhores garantem uma população de "pirĂąmide invertida", mais idosos do que jovens.
Ă absolutamente urgente que sejamos todos radicalmente pela educação pĂșblica de qualidade, hoje. Esse Ă© o compromisso que devemos cobrar dos polĂticos. A viabilidade do paĂs depende disso.
Ricardo Young - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/10/10.
OS DISCURSOS POLĂTICOS E SUAS DIFERENTES INTERPRETAĂĂES
A comunicação Ă© indispensĂĄvel para viabilizar a convivĂȘncia humana. Ela ocorre quando uma pessoa expressa seu pensamento e os receptores interpretam-no a partir dos cĂłdigos reconhecidos pelas duas categorias. Surgem, Ă s vezes, divergĂȘncias, mas o substrato comum sustenta a harmonia se houver respeito mĂștuo; por isso, o emissor mede suas palavras, ao falar ou escrever, para nĂŁo ofender o outro, convencĂȘ-lo da propriedade de suas ideias e propor solução de problemas. Todos os pronunciamentos privados ou pĂșblicos, afetivos ou profissionais transformam-se, entĂŁo, em discursos polĂticos, porque incluem estratĂ©gias para expor opiniĂ”es, angariar simpatia e cativar o outro para uma atividade Ă s vezes complexa e prolongada.
Isso transcorre facilmente quando os interlocutores estĂŁo no mesmo plano polĂtico, tĂȘm o mesmo background cultural e compartilham experiĂȘncias sociais. Ocorre, nesse caso, um diĂĄlogo equilibrado porque eles falam a mesma lĂngua e comungam os mesmos objetivos. Os cĂłdigos linguĂsticos encerram, entretanto, especificidade por faixa etĂĄria, profissĂŁo, classe social, religiĂŁo e etnia, e apenas os membros de um grupo tĂȘm domĂnio pleno de seu conteĂșdo. AlĂ©m disso, as palavras comportam vĂĄrias interpretaçÔes. Uma expressĂŁo que Ă©, Ă s vezes, inĂłcua ou positiva pode virar ofensa, se for usada em outro contexto ou em tom irĂŽnico.
Os escritores enfrentam vĂĄrias dificuldades, pois fundamentam-se na sua formação teĂłrica para produzir um texto que serĂĄ decodificado por leitores distantes e com outro cabedal de conhecimento. O choque torna-se inevitĂĄvel se o crĂtico ignora os objetivos do autor, tem outro engajamento polĂtico, mira interesses econĂŽmicos divergentes, adota outra cosmologia e usa suas prĂłprias estratĂ©gias para assegurar seu espaço na sociedade. Surge um conflito aberto quando hĂĄ assimetria entre as partes, pois o dominante tenta impor seu discurso, mas o outro pode denunciar manipulação e apontar observaçÔes que indiquem injĂșria, insulto ou desqualificação.
Decodificamos o que ouvimos ou lemos a partir de nossas experiĂȘncias, condicionadas pela formação moral/intelectual, encaixando as mensagens recebidas no sistema de valores sociais. A internalização das mensagens passa, portanto, pelo filtro de nossa cosmologia.
Nos anos 1970, Eliseo Veron divulgou seu estudo sobre a interferĂȘncia do engajamento polĂtico, analisando trĂȘs jornais de Buenos Aires que noticiaram o assassinato de um lĂder sindical, apresentando uma versĂŁo ajustada Ă sua linha editorial. O diĂĄrio conservador afirmou que o homicĂdio era resultado de assalto Ă mĂŁo armada; o jornal especializado em escĂąndalos explorou o fato como crime passional, e o veĂculo sindical denunciou a tragĂ©dia como oriunda da repressĂŁo polĂtica. Cada um falava para seu pĂșblico, mas os leitores acusaram manipulação das informaçÔes para atender aos interesses dos segmentos adversĂĄrios.
Aquele autor mostrou, entĂŁo, como Ă© difĂcil bloquear a influĂȘncia da prĂłpria formação ao analisar as mensagens recebidas e interpretar qualquer texto. Esse problema acontece, principalmente, quando nos deparamos com versĂ”es de acontecimentos, nas campanhas eleitorais, em que hĂĄ muitos interesses em jogo. Como elas sĂŁo produzidas a partir de divergĂȘncias partidĂĄrias, em que muitos estĂŁo insistindo para que seu segmento seja vitorioso, deverĂamos analisar seu significado em seu contexto, buscando alguma objetividade para evitar dissabores maiores no principal evento democrĂĄtico.
Gilda de Castro - Fonte: O Tempo - 23/10/10.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php