BARACK OBAMA
06/11/2008 -
MARILENE CAROLINA
A MOEDA DO NOVO PRESIDENTE
English:
http://www.daylife.com/photo/097b3MU9HPcAu/Barack_Obama
Reino Unido - Edição limitada de moedas comemorativas à vitória de Barack Obama nas eleições americanas é lançada em Birmingham, na Inglaterra. Os exemplares levam o rosto de Obama e a legenda "O Presidente dos Estados Unidos da América". Fonte: Terra - 05/11/08.
UNIVERSITÃRIOS REINVENTAM A FAMÃLIA
Estudandes de dez universidades de Minas Gerais envolveram-se numa experiência, iniciada em 2006, para melhorar escolas públicas da periferia de Belo Horizonte: eles vão descobrir agora que, sem saber, se transformaram em inventores.
No dia 30/10, durante um seminário em São Paulo, foi apresentada pela primeira vez a avaliação do impacto dessa experiência -o estudo foi realizado nos últimos seis meses por um núcleo de pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais. Os alunos das escolas públicas demonstraram mais interesse pelo aprendizado e pela leitura, além de ficarem mais disciplinados e responsáveis. As notas, portanto, são apenas conseqüência de uma atitude de prazer em conhecer.
Houve mudança até nos hábitos de higiene e de alimentação.
Por implicar economia de recursos e aumento de eficiência nas escolas e em suas comunidades, o projeto é útil aos prefeitos que acabam de ser eleitos e, em suas campanhas, prometeram melhorar a educação.
Num programa batizado de Escola Integrada, a prefeitura de Belo Horizonte convidou os universitários, todos devidamente monitorados por tutores, a desenvolver as mais variadas oficinas com os alunos das escolas municipais. Tudo deveria ser feito com um jeito de brincadeira -mesmo o reforço escolar e as lições de casa deveriam ter um toque lúdico.
O encontro com os universitários não ocorre dentro da escola (até porque falta espaço), mas numa praça, numa igreja, num clube ou num parque. Para administrar essa logÃstica e estabelecer redes, as escolas criaram a figura do professor comunitário.
O segredo estava não só na ampliação da jornada, mas na produção dos materiais produzidos e usados pelos universitários. Eu assisti a algumas dessas aulas e testemunhei como se usava o cotidiano para traduzir o currÃculo -um parque se prestava para as mais diversas aulas de ciência. Foi bem fácil para os alunos aprenderem o que era fotossÃntese. A matemática era feita de jogos e até músicas.
O que se está fazendo, na prática, é criar uma famÃlia para cada aluno daquelas escolas públicas -e aà está a essência do programa.
Em 30/10, apresentou-se num encontro promovido pela Fundação Itaú Social um estudo mostrando que 70% (vamos repetir, 70%) do desempenho educacional de uma pessoa depende de sua base familiar, que se traduz em acesso a livros, cultura, apoio nas lições de casa, estÃmulo psicológico, boa alimentação, saúde etc. Por isso, entre outras coisas, é complicado comparar escolas públicas e privadas.
As redes operadas pelo professor comunitário com os serviços públicos (saúde, cultura, assistência social, lazer e esportes) e o envolvimento diário dos universitários atuam, na prática, como uma famÃlia. Não é por outro motivo que as crianças beneficiadas pela pré-escola -a começar da creche- demonstram vantagens de aprendizado por toda a vida.
Os universitários mineiros estão ajudando a desenvolver um arranjo educativo local -o que significa, em poucas palavras, fazer com que as mais diferentes forças girem em torno do aprendizado.
A novidade desse arranjo, em Belo Horizonte, foi a participação de universitários dos mais diversos cursos (não só de educação), orientados por professores, espalhados em espaços públicos para receber os alunos.
Em qualquer lugar que se olhe um arranjo educativo -e há experiências similares em cidades como Apucarana (PR), Sorocaba, Praia Grande, Taboão da Serra e Barueri (SP) ou Nova Iguaçu (RJ)-, encontram-se, em diferentes graus, efeitos positivos.
Nem de longe os problemas estão resolvidos -e, menos ainda, as notas são satisfatórias. O avanço está na criação de um ambiente mais propÃcio ao aprendizado. Mais do que reinventar a escola, o que se está reinventando é o papel da comunidade, transformada numa famÃlia -está aà a tecnologia desenvolvida pelos universitários mineiros.
PS: Qualquer governante com um mÃnimo de responsabilidade deveria considerar a avaliação da Escola Integração uma leitura obrigatória -apoiado pela Fundação Itaú Social, o estudo foi realizado pela Cedeplar, núcleo de pós-graduação em economia e demografia da UFMG.
As equipes de pesquisadores ouviram não só os estudantes mas também seus pais, professores e lideranças comunitárias. Coloquei uma sÃntese no meu site (http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/noticias/gd011108.htm), além de uma lista de outros arranjos locais.
Gilberto Dimenstein - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/11/08.
O FIM DOS HOMENS ALFA
A crise mundial que estamos presenciando é um fenômeno conhecido por zoólogos como o estouro da manada. Ela ocorre quando os machos alfa se assustam por alguma razão, seja um vulto de leão, um relâmpago ou um trovão. Sem analisar a situação por um segundo, fogem em pânico, na esperança de que comido será o bezerro retardatário. As fêmeas, surpresas, fogem atrás, seguindo "o nobre exemplo" do macho alfa em disparada. Os primeiros a sair gritando "fogo", numa casa de espetáculos, e dizendo que "200 bancos americanos vão quebrar e o mundo vai derreter" foram os machos alfa. O alfa dos alfas, o diretor-geral do FMI, saiu a público afirmando que as bolsas iriam derreter 20% em dois dias, algo que uma pessoa na sua posição jamais poderia dizer. Boa parte daqueles que saÃram resgatando fundos de investimento foram pessoas inocentes, que confiavam nos profissionais do Fed e do FMI. Mas, se eles mesmos estão em pânico, o pânico se espalha.
O macho alfa sobrevive usando a força bruta, e não a inteligência. Ele quer e detém o poder. É sedutor, aprende a falar bem, acha que sexo se consegue ou com poesia ou mentindo descaradamente. Numa crise, são os homens alfa os mais interessados em aparecer, no rádio ou na televisão, que, devido à concorrência, baixam seu padrão de seleção. Eles tratam primeiro de salvar a própria pele. Raramente pensam nos mais fracos, como gostam de afirmar, muito menos procuram acalmá-los. Nenhum alfa brasileiro saiu acalmando os investidores brasileiros ou estrangeiros, mostrando-lhes que o Brasil não tinha esse tal de "subprime", nem "alavancagem financeira", nem bancos com prejuÃzo, prestes a quebrar. Só disseram que a crise iria piorar e atingiria o Brasil, profecia que se cumpriu. Nenhum alfa brasileiro saiu apresentando fatos concretos, informando que nossos bancos financiam governo, e não imóveis, que nosso crédito ao consumidor não passa dos 36% do PIB, contra os 160% do americano, que metade dos bancos já era estatal, que o momento era para comprar ações dos alfas apavorados, e não para sair vendendo junto. "Será pior do que 1929", berrava o professor Nouriel Roubini, encantado com sua súbita notoriedade, correndo de entrevista em entrevista. "Será igual a 1929", afirmava o antigo alfa aposentado Alan Greenspan, quando o correto teria sido o silêncio.
O desemprego nos Estados Unidos não chegará aos 24% de 1929 nem 4.000 bancos quebrarão. E, mesmo que 4.000 bancos quebrassem, o dinheiro hoje está em fundos DI, e não em contas remuneradas. Os fundos DI e de investimento estão no nome dos cotistas, e não dos bancos. Eles conseguiram, com suas previsões, provocar uma corrida aos fundos de investimento, e não aos bancos, como em 1929. As fotos do professor Roubini rodeado de mulheres são sintomáticas de alguém que quer ser associado aos alfas, ao contrário das fotos de Hank Paulson e Sheila Bair, do FDIC (a agência federal de seguro de depósitos), tentando conter o estouro da manada. Como nessas horas nossos instintos são parecidos com os dos animais, machos alfa contaminam gente inocente. O homem ômega e a maioria das mulheres têm coisas mais importantes a fazer no meio de uma crise, como cuidar das crianças e das finanças em perigo, do que dar entrevistas. Não se culpe por ter-se deixado levar por homens que você achou que eram mais inteligentes do que você. A crise caminhará para o fim quando os alfas cansarem de correr.
Na próxima crise, tenha mais cuidado com o poder de persuasão e sedução dos homens que querem aparecer. Aplique seu dinheiro com homens ômega mais velhos, preferencialmente avós experientes, gente que não se abala com crises, pois já as viu acontecer muitas vezes. Ignore solenemente os homens alfa, daqui por diante. Eles são um atraso evolutivo e estão em extinção. Vire a página, mude de canal. Ouça mais aquele homem ômega que você tem em casa, aquele que não se desesperou, correndo e berrando "fogo" numa casa de espetáculos. Confie naquele que lhe deu apoio e proteção, naquele que se preocupa com os retardatários e que ficou ao seu lado. Eles são os verdadeiros "machos" da história da humanidade, o resto é balela e encenação.
Stephen Kanitz é administrador (www.kanitz.com.br) - Fonte: Veja - edição 2085.
FORMAÇÃO DOCENTE E QUALIDADE DO ENSINO
O desenvolvimento econômico e social só se dá a partir do acesso universal da população a uma educação de qualidade que enfatize leitura, raciocÃnio matemático e uma mente investigativa. A realidade de paÃses como Ãndia, Irlanda e Coréia do Sul ilustra bem essa tese, já que conquistaram avanços socioeconômicos mais acentuados nos últimos anos como resultado da efetiva implantação de uma polÃtica de valorização do ensino em todos os nÃveis.
Nesse contexto, o Brasil, por intermédio de agentes públicos e privados, rompeu a inércia de décadas passadas e passou a tratar, pelo menos parcialmente, a educação com maior prioridade. Os primeiros resultados práticos dessa atitude se materializaram na conquista da universalização do acesso ao ensino fundamental -meados dos anos 1990- e na introdução de uma cultura de avaliação periódica tanto das redes de ensino quanto do aprendizado das crianças e jovens.
Curiosamente, esse avanço trouxe à tona novos problemas. A escola não se preparou para receber esse afluxo de alunos cujas famÃlias não tinham acesso à cultura letrada. A universalização implicou um recrutamento acelerado de professores e uma pressão sobre os cursos de pedagogia, com a exigência (correta) de que todos tivessem nÃvel de formação superior.
Esse cenário fez aflorar uma preocupante constatação: convivemos com a dificuldade das instituições de ensino superior de preparar professores para ensinar. No Brasil, muitos deles saem inseguros das faculdades, simplesmente não sabendo o que e como ensinar em sala de aula.
Uma pesquisa da Fundação Carlos Chagas, feita a pedido da Fundação Victor Civita, mostra, por exemplo, o quanto a formação inicial para o ensino infantil e fundamental é deficiente ao constatar que as instituições de ensino superior não oferecem aos futuros professores os elementos necessários para se dar uma boa aula.
A pesquisa aponta, por exemplo, que os 71 cursos de pedagogia analisados no paÃs concentram mais de 3.000 disciplinas, sendo praticamente dois terços delas totalmente distintas umas das outras. As instituições parecem, no fundo, distantes das reais necessidades das escolas. Dos cursos avaliados, apenas 5,3% da carga horária é dedicada ao ensino infantil, enquanto só 20,7% dizem respeito a didáticas especÃficas, metodologias e práticas de ensino.
Prevalecem conteúdos teóricos -disciplinas como sociologia, filosofia ou história da educação- importantes, mas que apresentam carga horária excessiva para alguém que vai atuar, sobretudo, em sala de aula. O mesmo ocorre com a legislação de educação e com a ênfase em sistemas educacionais. Alguém que domina a diferença entre Vygotsky e Piaget e conhece a fundo a Lei de Diretrizes e Bases não é necessariamente habilitado para ser um bom professor.
Além da formação que recebe na universidade, o professor também se beneficiaria de um estágio mais efetivo. A pesquisa encomendada pela FVC evidencia que os estágios acabam sendo pro forma, ou seja, os estudantes apenas observam aulas nas escolas, sem orientação adequada.
Nesse sentido, talvez ajudasse uma parceria entre a universidade e as redes estaduais e municipais de educação. O projeto de lei atualmente tramitando no Senado Federal que institui um programa de residência pedagógica, inspirado no que já ocorre com a carreira médica, pode também ajudar nessa direção.
Mas não basta formar bem o professor. Também é preciso escolher os melhores profissionais que vão atuar em sala de aula. Além da presença de muitos professores temporários, constata-se pela pesquisa que os conhecimentos demandados nos concursos públicos dão pouco valor à prática e à formação profissional especÃfica. Muitos adotam, como algumas universidades, abordagem academicista e enfatizam legislação educacional, como se pessoas que dominam tais conteúdos pudessem ser os melhores para alfabetizar ou ensinar adição de frações.
Segundo dados do IBGE, dos 2,43 milhões de pessoas de sete a 14 anos que não sabem ler e escrever, a grande maioria (87,2%) está matriculada em alguma turma de ensino fundamental ou médio.
Por isso, é urgente a articulação entre governos, universidade e sociedade para a formulação, a gestão e o monitoramento de polÃticas públicas que privilegiem a formação e a seleção adequadas de professores, em prol de um ensino básico de qualidade para todos.
Claudia Costin é vice-presidente da Fundação Victor Civita. Foi ministra da Administração Federal e Reforma do Estado (gestão FHC) e secretária da Cultura do Estado de São Paulo (governo Alckmin). Fonte: Folha de S.Paulo - 05/11/08.
Fundação Carlos Chagas - http://www.fcc.org.br/
Fundação Victor Civita - http://revistaescola.abril.com.br/fvc/
GRAMMY LATINO NO BRASIL
No dia 13/11 às 22h, está marcada para acontecer a 9ª edição do Grammy, o Oscar da música latina - com a diferença de que, desta vez, o Brasil dividirá a festa que simultaneamente vai ocorrer em Houston. É a primeira vez que a Academia Latina de Artes e Ciências de Gravação (Laras, na sigla em inglês), responsável pela organização do Grammy Latino, autoriza a realização do evento fora dos EUA. A Band deteve o direito de produção e transmissão da festa, cuja irmã brasileira será veiculada apenas no território nacional. O investimento é de US$ 1 milhão. "A nossa conversa com a Academia prevê um desdobramento futuro a fim de construir o evento ano após ano", diz Rogério Gallo, diretor-geral do Grammy Latino no Brasil. O Auditório Ibirapuera foi o local escolhido para ser sede da festa.
Fonte: O Tempo - 07/11/08.
CARTÕES DE NATAL """ANIMAL"""
Confira no site do "The Humane Society of the United States".
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