PENSANDO NOS OCEANOS
12/09/2012 -
PENSE!
NĂVEL NĂO TEM MAIS VOLTA
English:
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2167605/Sea-levels-continue-rising-regardless-greenhouse-gas-treaties-warn-scientists.html
Nature: http://www.nature.com/
NCAR: http://ncar.ucar.edu/
Centre for Australian Weather and Climate Research - http://www.cawcr.gov.au/
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A subida do nĂvel do mar, que Ă© provocada pelo aquecimento global, jĂĄ nĂŁo pode mais ser evitada, mesmo que a humanidade reduza suas emissĂ”es de CO2. A conclusĂŁo Ă© de cientistas dos EUA e da AustrĂĄlia - que preveem, na menos pior das hipĂłteses, elevação de 14,2 cm atĂ© o final do sĂ©culo.
Salvador Nogueira - Fonte: Super Interessante â Edição 307.
Mais detalhes:
http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2167605/Sea-levels-continue-rising-regardless-greenhouse-gas-treaties-warn-scientists.html
Nature: http://www.nature.com/
NCAR: http://ncar.ucar.edu/
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IMPORTAR ENGENHEIROS
NoçÔes preconcebidas e precipitação sĂŁo as fontes do erro, ensinou o filĂłsofo e matemĂĄtico francĂȘs Descartes jĂĄ no sĂ©culo 17. Recusar açodada e impensadamente a ideia de facilitar a entrada no Brasil de estrangeiros qualificados -como engenheiros portugueses- conduzirĂĄ a equĂvocos danosos para o interesse estratĂ©gico do paĂs.
A reflexĂŁo se impĂ”e diante das respostas irrefletidas Ă defesa, pelo ministro luso dos NegĂłcios Estrangeiros, Paulo Portas, do reconhecimento de diplomas de engenheiros e arquitetos de seu paĂs interessados em trabalhar no Brasil.
HĂĄ que ser mais cartesiano ao sopesar prĂłs e contras da questĂŁo. O Brasil vive uma carĂȘncia aguda -em quantidade e qualidade- desses profissionais do mĂ©todo e do rigor, herdeiros da atitude de Descartes perante as coisas do mundo.
Segundo estimativa do Instituto de Pesquisa EconÎmica Aplicada (Ipea), o Brasil precisa formar, até 2020, entre 70 mil e 95 mil engenheiros a cada ano. A Associação Brasileira de Ensino de Engenharia, porém, estima que em 2010 se tenham diplomado só 41 mil.
Decerto nĂŁo se poderĂĄ superar tamanha defasagem sĂł com a importação de engenheiros prontos, de Portugal ou alhures. Agiu certo o MinistĂ©rio da Educação (MEC), portanto, ao fixar a meta de dobrar para 300 mil as vagas de cursos de engenharia oferecidas a cada ano no Brasil. Mas isso tampouco seria suficiente para suprir o deficit, ressalvaram os fĂsicos Fernando PaixĂŁo e Marcelo Knobel, da Unicamp, em artigo na Folha, anteontem.
A evasão nas graduaçÔes em engenharia, assinalam os professores, é alta demais. Só um quinto a um quarto dos ingressantes termina por formar-se -segundo os autores, porque lhes faltam noçÔes båsicas de matemåtica, que deveriam adquirir no ensino médio.
As notas de secundaristas brasileiros no Pisa, exame internacional padronizado, são devastadoras: 88% deles não conseguem ler gråficos, ferramenta revolucionåria propiciada pela invenção do sistema de coordenadas cartesianas.
Da qualidade do ensino mĂ©dio Ă abertura de vagas de engenharia, assim, sĂŁo muitas as frentes de batalha para sanar a deficiĂȘncia nacional. E nĂŁo hĂĄ por que excluir, de antemĂŁo, o recurso a profissionais estrangeiros -desde que submetidos Ă avaliação expedita da solidez de seus conhecimentos.
O problema, em realidade, Ă© maior que o da engenharia ou o dos portugueses. O Brasil precisa desenvolver, paulatina e criteriosamente, uma polĂtica racional para atrair imigrantes qualificados de qualquer parte, como fazem os Estados Unidos -onde nacionalismo e cartesianismo se combinam com enorme eficiĂȘncia, e nĂŁo por acaso produzem muitos dos quadros que governam o mundo.
Editoriais â Fonte: Folha de S.Paulo â 11/09/12.
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