âHERROSâ APLICATIVOS MĂDICOS...
13/01/2013 -
A JENTE HERRAMOS
iBOBAGEM
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Fim da acne, aumento dos seios e alĂvio da depressĂŁo sĂŁo sĂł alguns dos serviços oferecidos pelos mais de 40 mil aplicativos "mĂ©dicos" disponĂveis para celular.
Embora boa parte deles seja inofensiva e desempenhe tarefas como lembrar o usuårio de tomar um remédio, hå uma parcela cada vez mais ambiciosa que promete a cura ou uma melhora significativa para diversos males.
Sem testes ou evidĂȘncias cientĂficas, esses apps entraram na mira de associaçÔes mĂ©dicas, grupos de pesquisa e atĂ© da toda-poderosa FDA (agĂȘncia que regula alimentos e remĂ©dios nos EUA).
A organização deve emitir nos próximos meses regras para fiscalizar e controlar a circulação desses softwares.
O Centro de Jornalismo Investigativo da Nova Inglaterra, ligado à Universidade de Boston, fez um levantamento indicando as maiores lorotas tecnológicas prometidas pelos aplicativos. A lista contém 1.500 apps.
Quando não apresentam conceitos errados, os programas se aproveitam da falta de informação dos usuårios. à comum também que um determinado aspecto de um tratamento seja deturpado e usado de maneira simplista.
à o caso do AcnApp, que era vendido por US$ 1,99 para iPhone. Segundo o fabricante, o usuårio deveria segurar o visor perto do rosto por alguns minutos todos os dias. Ele emitiria luzes vermelhas e azuis que matariam as bactérias que favorecem a acne, melhorando a pele.
"O tratamento com luz vermelha e azul jĂĄ Ă© muito consolidado para tratar a acne", explica Gabriela Casabona, dermatologista do Hospital Samaritano. "Mas a luz que tem esse efeito Ă© prĂłpria para isso. Tem um comprimento de onda, um tempo de exposição e uma distĂąncia muito especĂficas", completa.
O app teve quase 15 mil downloads e despertou a atenção das autoridades, que conseguiram removĂȘ-lo da lista da loja de aplicativos da Apple. O fabricante precisou pagar uma multa de US$ 14.294, mas nĂŁo teve nenhum problema com a Justiça.
A decisão, porém, não impediu que outros dispositivos seguissem a mesma linha.
O iSAD promete tratar a desordem afetiva sazonal, a depressĂŁo que atinge as pessoas com baixa exposição Ă luz solar, como as que vivem em paĂses nĂłrdicos.
O app promete usar a luz do visor do iPhone para, em sessÔes de cerca 30 minutos por dia, tratar essa depressão. O serviço custa US$ 9,99.
"Ă improvĂĄvel que a intensidade do visor e o uso dessa maneira sejam capazes de ter algum efeito", diz Elko Perissinotti, do IPq (Instituto de Psiquiatria) da USP.
No aplicativo Breast Augmentation, sĂŁo os sons que prometem fazer efeito. Ele trabalha com a ideia de que mulheres amamentando tĂȘm seios maiores. A partir daĂ, o aplicativo diz que ouvir alguns minutos de choro de bebĂȘ por dia estimula o organismo a aumentar os seios.
Esses e outros aplicativos podem ser comprados no Brasil, mas a Anvisa (AgĂȘncia Nacional de VigilĂąncia SanitĂĄria) afirmou que nĂŁo hĂĄ projetos de regulamentação do setor. Oficialmente, qualquer app que se proponha a curar uma doença precisa de autorização do ĂłrgĂŁo.
Giuliana Miranda â Fonte: Folha de S.Paulo â 04/01/13.
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MATEMĂTICA DO FRACASSO
Alunos de 14 anos da rede pĂșblica municipal de SĂŁo Paulo calculam como crianças de 11, nada alĂ©m disso. Esses estudantes avançam para o ensino mĂ©dio, o antigo colegial, fase em que o atraso no conhecimento sĂł faz aumentar.
NĂŁo Ă© de estranhar que essa clientela esteja em desvantagem para disputar seja os vestibulares mais concorridos das universidades, seja as vagas mais bem remuneradas do mercado de trabalho.
Como ocorreu com seus pais, esses jovens vĂŁo ocupar a base da pirĂąmide de renda. A base veio ficando menos distante do topo nos Ășltimos anos, graças ao aumento dos brasileiros que completam o ensino mĂ©dio e -muitas vezes mais prĂłximos dos 30 que dos 20- a faculdade.
Mas nada disso altera o status esperado da criança de seis anos que terĂĄ de enfrentar 12 anos de ensino bĂĄsico pĂșblico.
As cotas em universidades pĂșblicas mudarĂŁo o destino de poucos -na hipĂłtese, a ser provada, de que essas instituiçÔes mantenham seu prestĂgio no mercado de trabalho. O sistema universitĂĄrio estatal nĂŁo tem a escala do problema. Para cada aluno da rede pĂșblica beneficiado pela cota, outros nove ficarĂŁo de fora.
O debate das cotas, aliĂĄs, arrasta por vezes uma premissa equivocada. NĂŁo cabe Ă universidade, pĂșblica ou privada, corrigir os problemas acumulados nos ciclos anteriores. Da mesma forma, o ensino mĂ©dio nĂŁo deveria saldar a conta do atraso de nove anos da escola fundamental.
Não se faz mågica com aprendizado. O avanço formal -os diplomas e as formaturas acumuladas, o aumento dos anos que o brasileiro passa na escola- jå entregou praticamente tudo o que poderia em termos de mitigação da desigualdade social.
Administradores incapazes de analisar um balanço, engenheiros ignorantes em ĂĄlgebra elementar e advogados semiletrados nĂŁo vĂŁo longe. E nĂŁo impulsionarĂŁo o desenvolvimento do paĂs.
VinĂcius Mota â Fonte: Folha de S.Paulo â 07/01/13.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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