CRIATIVIDADE NO MARKETING CXVII
15/04/2010 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES CXVII (ENERGIZER)
Com iluminação adequada se acha tudo...
(Colaboração: Jenny Squaiella - SP)
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. . (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
Sinais de Desmotivação
* por Tom Coelho
âAs pessoas que vencem neste mundo sĂŁo as que procuram as circunstĂąncias de que precisam e, quando nĂŁo as encontram, as criam.â
(George Bernard Shaw)
O entardecer do domingo oferece uma sensação de angĂșstia diante do inĂcio de mais uma semana de trabalho que se avizinha. VocĂȘ logo imagina o desconforto de levantar-se cedo e encarar um pesado trĂąnsito âou transporte pĂșblico lotadoâ atĂ© sua empresa, onde reencontrarĂĄ colegas com os quais mantĂ©m um relacionamento superficial, caixa de entrada cheia e reuniĂ”es interminĂĄveis que parecem nĂŁo levar a açÔes concretas.
Um almoço insĂpido, alguns telefonemas e uma eventual discussĂŁo podem completar uma rotina que se estenderĂĄ atĂ© a sexta-feira ou o sĂĄbado, quando finalmente a alegria se manifestarĂĄ com uma pausa em suas atividades profissionais.
Se vocĂȘ se identifica com o cenĂĄrio acima Ă© porque sinais de desmotivação bateram Ă sua porta. VocĂȘ se sente desanimado com tudo, sem notar que animus representa o princĂpio espiritual da vida, do latim anima, ou o sopro de vida. Assim, estar desanimado Ă© estar sem alma, sem espĂrito, sem vida...
Basicamente, esta situação pode decorrer de um aspecto interno, a falta de entusiasmo, ou externo, a falta de reconhecimento.
A perda de entusiasmo Ă© um processo endĂłgeno, ou seja, inerente a vocĂȘ. Ela parte de dentro para fora e pode ser consequĂȘncia de diversos fatores. Primeiro, de um trabalho desalinhado com seus propĂłsitos, em especial missĂŁo e visĂŁo. Se a sua atividade nĂŁo guarda sinergia com os objetivos que vocĂȘ determina para seu futuro, Ă© natural que gradualmente o interesse se desvaneça, porque vocĂȘ nĂŁo enxerga sentido no que faz.
AlĂ©m disso, hĂĄ que considerar a influĂȘncia do ambiente de trabalho âcoisas e pessoas. Uma infraestrutura inadequada, formada por equipamentos ultrapassados, que comprometem um bom desempenho profissional, associada a um clima de trabalho tenso em virtude de desarmonia com os colegas, certamente prejudicam seu estado emocional.
Outra variante possĂvel Ă© o que denomino de âsĂndrome da cabeça no tetoâ. Isso acontece quando mesmo dispondo de boa infraestrutura, clima organizacional favorĂĄvel e atividade sintonizada com seus objetivos pessoais, a empresa mostra-se pequena para seu potencial. Neste contexto, vocĂȘ se sente maior do que a estrutura que lhe Ă© oferecida e percebe que seu crescimento estĂĄ ou ficarĂĄ limitado.
Todas estas circunstĂąncias conduzem a um crescente desestĂmulo. A apatia floresce, o desalento toma conta de seu ser e o entusiasmo se despede. E quando remetemos Ă raiz grega da palavra entusiasmo, que significa literalmente âter Deus dentro de siâ, compreendemos a importĂąncia de cultivĂĄ-lo para alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Jå a falta de reconhecimento é uma vertente exógena, ou seja, dada de fora para dentro. Em maior ou menor grau, todas as pessoas precisam de doses de reconhecimento. Aqueles dotados de uma autoestima mais elevada conseguem saciar esta necessidade individualmente. Porém, em especial no mundo corporativo, espera-se que nossos pares, e mais ainda, os superiores hierårquicos, demonstrem reconhecimento por nossos feitos, seja como identificação ou por gratidão.
Este reconhecimento pode vir travestido por um sorriso ou um abraço fraterno, congratulaçÔes pĂșblicas ou privadas, recompensa financeira ou promoção de cargo. Mas Ă© fundamental que se demonstre, pois funciona como combustĂvel a nos mover em direção a novas realizaçÔes, maior empenho e satisfação.
Em regra, note que aplacar os sinais de desmotivação depende exclusivamente de vocĂȘ. Em princĂpio, esteja atento para identificar estes sinais. Em seguida, procure agir para combatĂȘ-los. Isso pode significar mudar ou melhorar o ambiente de trabalho, buscar relaçÔes mais amistosas com seus colegas, alterar sempre que possĂvel sua rotina, perseguir novos desafios, estreitar o diĂĄlogo com seus supervisores. E, num extremo, atĂ© mesmo mudar de organização se preciso for, planejando sua saĂda com consciĂȘncia e racionalidade.
* Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados por mais de 400 veĂculos da mĂdia em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos atravĂ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
ADM. MARIZETE FURBINO
http://www.marizetefurbino.com/ (Confira o logo do FM - http://www.marizetefurbino.com/parceiros.asp)
Uai, CadĂȘ a Sra. Responsabilidade?
Por Adm. Marizete Furbino
"VocĂȘ nĂŁo consegue escapar da responsabilidade de amanhĂŁ esquivando-se dela hoje."( Abraham Lincoln )
Experimente apontar um dedo Ă sua frente e vocĂȘ perceberĂĄ nitidamente que, ao fazer este ato, trĂȘs dedos estarĂŁo apontados para o seu prĂłprio peito.
No tocante Ă responsabilidade Ă© importante dizer que, quando Ă© responsĂĄvel, o profissional possui a capacidade, a coragem e a dignidade de assumir os seus atos; logo, o profissional que busca transferir a culpa para outrem, estarĂĄ tendo uma atitude no mĂnimo reprovĂĄvel.
Por outro lado, Ă© bom lembrar que como ser humano vocĂȘ estarĂĄ sujeito a errar; o que se deve fazer Ă© assumir os erros por vocĂȘ cometidos e com eles retirar grandes liçÔes, aprendendo sempre com os mesmos.
Nesta linha de raciocĂnio, a empresa que proporciona um clima organizacional saudĂĄvel e Ă© flexĂvel em sua tomada de decisĂŁo, vĂȘ acontecer com mais freqĂŒĂȘncia, por parte de seus colaboradores, o comportamento Ă©tico e desejĂĄvel que Ă© assumir os prĂłprios erros e/ou falhas, em vez de culpar terceiros. Nesse clima empresarial, os colaboradores ficam mais Ă vontade, nĂŁo temendo qualquer receio algum em assumi-los, mesmo sabendo que o mercado nĂŁo permite falhas e que poderĂĄ correr algum risco em assumi-las, como o risco da perda do cargo e/ou mesmo da demissĂŁo.
Vale reiterar que a responsabilidade Ă© uma virtude valiosa em nossa vida e que deve ser cultivada e disseminada, mas nĂŁo diluĂda ou extinta.
Nesta perspectiva, todo profissional que se preze deve ser responsĂĄvel, caso contrĂĄrio estarĂĄ sujeito em um curto perĂodo de tempo a ser esmagado e atĂ© mesmo destruĂdo neste mercado altamente exigente, competitivo e que nĂŁo permite falhas.
O desafio então consiste na capacidade de parar para pensar, analisar os fatos e voltar o olhar para o próprio interior, com a humildade para enxergar as fraquezas e ter o objetivo e a capacidade de provocar mudanças. E isso é decisivo. Quando se deseja mudar fica mais fåcil reconhecer os erros, pois sabe-se que estes servirão para o desenvolvimento e crescimento em nossa vida pessoal, profissional, bem como organizacional.
à quase uma questão de lógica ter em mente que o profissional do século XXI deve ter de forma firme e inabalåvel a concepção de que, quando ele assume um compromisso, deve ele fazer todo esforço para cumpri-lo.
Ă bom lembrar que a responsabilidade nĂŁo pode ser comprada, vendida e/ou transferida; sendo assim, torna-se de suma importĂąncia perceber que hoje o profissional deve adotar de maneira urgente e/ou emergente uma postura responsĂĄvel diante da vida, caso contrĂĄrio estarĂĄ em um curto perĂodo de tempo fadado a fracassar em tudo o que ele realizar.
à indubitåvel que açÔes, cujo pilar seja a responsabilidade, além de ser de fundamental importùncia na rotina de uma empresa, corrobora muito para o desenvolvimento e crescimento organizacional à medida que contagia todos os envolvidos, despertando nestes o desejo de querer fazer, gerando o envolvimento e o comprometimento diante de tudo e de todos.
NotĂłrio Ă© o fato de que profissionais irresponsĂĄveis geralmente sĂŁo insensĂveis. Muitos deles podem ser enquadrados no perfil de psicopatas, onde a insensibilidade e a falta de sentimento de culpa sĂŁo habituais. No entanto, naqueles que nĂŁo tĂȘm esse danoso perfil, mas cuja âirresponsabilidadeâ momentĂąnea pode ter outra causa, se de fato existir, nesses, vale a pena investir. Ăs vezes eles dĂŁo a impressĂŁo de estarem perdidos, nĂŁo sabem de fato qual o seu verdadeiro papel. Ă habitual que desconheçam suas metas e objetivos, nĂŁo sabendo, portanto, qual o caminho a percorrer e nem como caminhar, se perdendo em meio Ă caminhada e sendo derrotado por qualquer pedra e/ou avalanche que porventura aparecer no caminho. Com efeito, torna-se necessĂĄrio enfatizar que ser responsĂĄvel hoje Ă© mais do que uma virtude, constitui uma obrigação.
Um ato irresponsĂĄvel poderĂĄ afetar nĂŁo somente a vida pessoal e profissional, mas afetarĂĄ a vida das pessoas ao redor de quem o cometeu. Portanto, colaborador, Ă© bom ficar atento ao seu comportamento e Ă s suas atitudes, pois, na empresa, nenhum ato julgado irresponsĂĄvel ficarĂĄ impune, podendo com grande probabilidade acabar com sua carreira profissional.
Fazer vocĂȘ profissional pensar e repensar a sua prĂĄxis Ă© um dos objetivos deste texto. NecessĂĄrio se faz lembrar que para vocĂȘ construir seu nome no mercado, demora um perĂodo longo de tempo, mas para vocĂȘ se desmoronar enquanto profissional basta somente alguns minutos e/ou segundos. Todo ato tem conseqĂŒĂȘncia, bom ou ruim, mas tem; portanto, pense, analise e reflita; faça uma auto-anĂĄlise bem criteriosa e veja em que vocĂȘ estĂĄ âpecandoâ, agindo com falta de responsabilidade. Procure se antecipar aos fatos e encontre força para melhorar, antes que a marĂ© venha ao seu encontro e o derrube, provocando assim uma catĂĄstrofe em sua vida.
01/11/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitåria no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
PROFESSOR X
ARTE NA ESCOLA CIDADĂ
O 11Âș PrĂȘmio Arte na Escola CidadĂŁ abriu inscriçÔes atĂ© 31 de maio em http://www.artenaescola.org.br/premio/ para professores que desenvolveram projetos na disciplina arte em 2008 ou 2009 em escolas pĂșblicas ou privadas.
Fonte: Folha de S.Paulo - 12/04/10.
MENSAGEM DE DESPEDIDA
Ao escrever uma mensagem exatamente igual para todos os colegas, vocĂȘ estaria dizendo para aqueles que de fato apreciam vocĂȘ, como pessoa e como profissional, que vocĂȘ os considera iguais ao resto. Em vez disso, converse pessoalmente com aquela meia dĂșzia de colegas com os quais valerĂĄ a pena manter contato permanente. Alguns porque fizeram por merecer sua gratidĂŁo. E outros porque poderĂŁo ser importantes para seu futuro profissional.
Max Gehringer (http://twitter.com/MaxGehringer) - Fonte: Ăpoca - Edição 610.
PROFESSORA PASQUALINA
90% DOS IDIOMAS PERTO DO FIM
Com a morte de Boa Sr, em fevereiro deste ano, morreu uma lĂngua tribal de 65 mil anos. Ela era a Ășltima nativa falante do idioma aka-bo, das ilhas AndamĂŁo, territĂłrio pertencente Ă Ăndia. Esse funeral nĂŁo enterra apenas matĂ©ria, mas tambĂ©m uma das tradiçÔes mais antigas da Terra.
AtĂ© o final deste sĂ©culo, cerca de 90% dos cerca de 6.000 idiomas hoje falados no mundo desaparecerĂŁo, segundo previsĂŁo dos principais linguistas. Desse total, apenas 800 sĂŁo estudados, de acordo com o professor da PontifĂcia Universidade CatĂłlica de Minas Gerais (PUC Minas) Pedro Perini-Santos.
"Grande parte dessas mortes ocorre nas regiĂ”es mais pobres do mundo, como o continente africano, onde hĂĄ menos programas de incentivo educacionais", explica. A cada duas semanas, uma lĂngua deixa de existir.
VĂĄrios sĂŁo os fatores que matam lĂnguas jĂĄ agonizantes. Um dos mais Ăłbvios Ă© o baixo nĂvel transmissional daquele idioma entre uma geração e outra, ou seja, uma lĂngua morre quando ela deixa de ser falada por seus nativos.
Outro fator catalisador desse fenĂŽmeno natural Ă© a imposição polĂtica do colonizador sobre o povo colonizado. Foi o que ocorreu, por exemplo, no Brasil, quando os portugueses proibiram os brasileiros, sob ameaça de armas, de falar o tupi.
A partir dessa nova disposição colonial, em que a população local começa a se casar com os que vĂȘm de fora, a lĂngua nativa perde força dentro do ambiente familiar para a cultura dominadora, jĂĄ que o idioma do pai predomina sobre o da mĂŁe por questĂ”es culturais. Se uma tradição nĂŁo Ă© reproduzida dentro da famĂlia, ela seguramente tende a desaparecer.
"As colĂŽnias conseguiram controlar o idioma, a escola, a pesquisa, toda a produção do conhecimento. Ă preciso promover uma sĂ©rie de açÔes para que elas circulem, como criação de ortografia, formação de professores, mĂ©todos de ensino, dicionĂĄrios, gramĂĄticas. Esse espaço sĂł Ă© alcançado com polĂticas de Estado", defende o linguista Gilvan MĂŒller de Oliveira, diretor do Instituto de Investigação e Desenvolvimento em PolĂtica LinguĂstica (Ipol).
Com o desaparecimento de um patrimĂŽnio linguĂstico, a geração originĂĄria daqueles ex-falantes torna-se vulnerĂĄvel a qualquer poder. "A cultura Ă© uma plataforma de interação. Com a perda de suas tradiçÔes, esse povo vai viver de forma perifĂ©rica. Ele perde sua unidade de cĂĄlculo polĂtico, de ação, que garantia sua defesa, sua organização social", acrescenta Oliveira.
Cabe lembrar que, segundo os artigos 215 e 216 da Constituição brasileira, cabe ao Estado garantir o pleno exercĂcio dos direitos culturais e apoiar e incentivar a valoração e a difusĂŁo das manifestaçÔes culturais. No Brasil, cerca de 220 idiomas (180 indĂgenas) sĂŁo falados no paĂs, sendo que 40 deles estĂŁo altamente ameaçados.
Segundo dados da Unesco, a principal razĂŁo para a extinção linguĂstica Ă© que boa parte desses idiomas agonizantes Ă© falada por menos de 2.500 pessoas, quando sĂŁo necessĂĄrios, no mĂnimo, de acordo com a organização, 100 mil falantes para passar uma lĂngua de geração em geração.
"Nunca ninguĂ©m deixarĂĄ de falar uma lĂngua. NĂŁo existe nenhum paĂs que seja monolĂngue. Ă preciso preservar a diversidade linguĂstica", finaliza Perini-Santos.
Relato sobre uma expedição
"Conheci, em SĂŁo Gabriel da Cachoeira, o linguista Henri Ramirez. Ele nos contou que, dentro de dois dias, ele e dois Ăndios barĂ© fariam uma excursĂŁo atĂ© San Carlos, na Venezuela, em busca de um dos Ășltimos falantes da lĂngua barĂ©"
"Apesar do fracasso da expedição, como diria Henri Ramirez, do ponto de vista linguĂstico e etnogrĂĄfico (o falante conhecia algumas poucas palavras em barĂ©), acreditava ter passado por uma grande experiĂȘncia, pois havĂamos percorrido boa parte do territĂłrio onde tradicionalmente vivia e ainda vive o povo barĂ©, um bom inĂcio de pesquisa"
Paulo Maia
Antropólogo, sobre expedição feita em setembro de 2004
âNo Brasil, falam-se brasileiro e mais duas centenas de outras lĂnguasâ
Existem algumas crenças a respeito da lĂngua que a gente fala aqui no Brasil que, na minha opiniĂŁo, merecem revisĂŁo. No Brasil, falam-se brasileiro e mais duas centenas de outras lĂnguas; isso Ă© bom, mas poderia ser melhor. Por que se fala brasileiro e mais duas centenas de lĂnguas? NĂŁo existe, nunca existiu e nunca existirĂĄ um paĂs que tenha apenas uma lĂngua. Em toda e qualquer relação histĂłrica de contatos entre povos, naçÔes e culturas, ocorrem trocas linguĂsticas. Ou seja, uma das lĂnguas oficiais do Brasil, chamada de LĂngua Portuguesa, nĂŁo Ă© uma lĂngua portuguesa, porque o Brasil nĂŁo Ă© Portugal. O nosso jeito de falar, escrever, classificar as coisas, melodiar, grafar as palavras e construir as frases Ă© especĂfico da nossa cultura. Apesar de uma polĂtica explicitamente glotofĂĄgica e agressiva da entĂŁo metrĂłpole Portugal, a lĂngua dita portuguesa chegou ao paĂs atravĂ©s dos escravos que a tinham como 2ÂȘ ou 3ÂȘ lĂngua. Em solo brasileiro, essa lĂngua tem contato com centenas de lĂnguas indĂgenas, com a fala de imigrantes de vĂĄrios paĂses, com dezenas de lĂnguas africanas, com o ĂĄrabe, com o hebraico e com um latim ritualĂstico incompreendido pelos pĂĄracos e pelos prĂłprios padres. Dessa ÂŽmisturebaÂŽ, nasce a lĂngua brasileira. Por que isso Ă© bom? Porque todas as lĂnguas do mundo passaram e passam por esse processo. Porque poderia ser melhor? Porque a maioria das nossas lĂnguas indĂgenas, africanas, europĂ©ias e asiĂĄticas nĂŁo sĂŁo valorizadas e estudadas no Brasil. Como mecanismos identitĂĄrios as lĂnguas falam muito sobre a histĂłria dos povos. Quando morre uma lĂngua, morre muita coisa junto.
Alexandra Martins - Fonte: O Tempo - 11/04/10.
PUC Minas - http://www.pucminas.br/destaques/
Ipol - http://www.ipol.org.br/
O PROFESSOR NĂO Ă UM INIMIGO, MAS UM ALIADO
Em uma Ă©poca de indisciplina cada vez maior dos jovens e quase total omissĂŁo das famĂlias, Ă© lastimĂĄvel para nĂłs, educadores comprometidos com a aprendizagem e formação da cidadania dos nossos alunos, nos sentir cada vez mais acuados diante da postura dessa geração imediatista e sem limites.
Muitos alunos hoje nĂŁo estĂŁo na escola para estudar e, sim, para contestar e desafiar as opiniĂ”es de seus mestres, satirizando-os e enfrentando-os por qualquer motivo. O intuito Ă© autoafirmar-se perante a turma, dirigindo ao professor palavras e expressĂ”es ofensivas caso os mesmos, diante de tamanha irreverĂȘncia, busquem fazer prevalecer sua autoridade.
Esses alunos que veem no professor um inimigo e parecem estar sempre preparados para o combate sĂŁo incapazes de fazer qualquer inferĂȘncia, ler nas entrelinhas.
Caso se desarmassem, veriam que, por mais que nos pisem, nos satirizem e nos desrespeitem, nĂłs os vemos como filhos carentes e dependentes do nosso afeto, amizade, compreensĂŁo e amor. Ă isso que nos dĂĄ força para superar tamanha irreverĂȘncia juvenil.
Alunos que assim se comportam, levando-se em conta seu histĂłrico familiar, estĂŁo assinando sua prĂłpria sentença de fragilidade (emocional), de rejeição, de vazio, de solidĂŁo e, por que nĂŁo dizer, de falta de alguĂ©m que gostaria de encontrar naquele ser para ele tĂŁo desprezĂvel - um pai, uma mĂŁe ou um grande e fiel amigo.
Maria Luciene - Professora - Fonte: O Tempo - 15/04/10.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php