"HERROS" DITATORIAIS
15/07/2010 -
A JENTE HERRAMOS
A LIBERDADE ESTĂ EM DECLĂNIO NO MUNDO
English:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/07/04/AR2010070403849.html
Com a queda da URSS, pensou-se que a disseminação da democracia era apenas questão de tempo. Mas ditadores aprenderam a se adaptar e agora estão mais fortes.
Os EUA celebraram o nascimento de sua liberdade no Ășltimo dia 4, mas em boa parte do mundo liberdade e democracia estĂŁo regredindo. Na dĂ©cada passada, governantes autoritĂĄrios refinaram suas tĂ©cnicas para se manter no poder, aprendendo um com o outro e pensando na frente das forças democrĂĄticas. Despreparados para essa reação sistemĂĄtica ao avanço da democracia, que se verificou desde a dĂ©cada de 70 atĂ© a de 90, os governos democrĂĄticos ainda precisam formular uma resposta coerente.
âUma recessĂŁo polĂtica globalâ foi como Tom Melia descreveu a situação atual. Melia Ă© vice-diretor da Freedom House, uma organização nĂŁo lucrativa que analisa, anualmente, em que pĂ© estĂĄ a democracia em cada paĂs. Nos Ășltimos anos, diz ele, âaumentou o nĂșmero de paĂses em que observamos um recuo das liberdades, em vez de avançosâ. O mundo passou por uma transição, saindo de uma âsequĂȘncia de ganhosâ para uma âfase sustentada de retrocessos e revezesâ, disse ele.
Melia discursava num evento, em Washington, que abordou o tema sob uma visão particularmente patética, fazendo uma anålise sobre a liberdade numa parte do mundo onde, hå 20 anos, se depositava grandes esperanças: o império soviético.
Nessa regiĂŁo, disse Christopher Walker, da Freedom House, âas noticias sĂŁo sombriasâ. Houve uma corrosĂŁo das liberdades em 14 dos 29 paĂses que eram parte da URSS ou do Pacto de VarsĂłvia. Onze das doze ex-repĂșblicas soviĂ©ticas fora do BĂĄltico estĂŁo em situação pior do que uma dĂ©cada atrĂĄs. âNenhum paĂs na regiĂŁo experimentou um declĂnio mais nĂtido do que a RĂșssiaâ, disse Walker. Na UcrĂąnia, um governo recĂ©m-eleito vem caminhando implacavelmente na direção errada.
Com a democratização de muitos paĂses asiĂĄticos nos anos 80 e a queda do comunismo na Europa e na Ăsia central, começou-se a acreditar, nos anos 90, que as ditaduras remanescentes no mundo desmoronariam no tempo certo. Eram dinossauros esperando a sua vez. A internet tornaria o controle autoritĂĄrio impossĂvel e a globalização aceleraria a propagação da liberdade.
Mas os dinossauros continuaram sentados Ă espera da sua inevitĂĄvel extinção. Reconheceram a ameaça e se mobilizaram, com mĂ©todos arcaicos e novos. Da China ao Egito e Cuba, os contestadores polĂticos foram neutralizados, como sempre, por meio do confisco de propriedades, prisĂ”es e tortura, com os exemplos de alguns servindo para castigar os demais. Erros estĂșpidos de um regime, permitindo eleiçÔes antes de assumir o controle total da mĂĄquina eleitoral, como ocorreu em Mianmar em 1990, foram devidamente observados e nĂŁo repetidos.
Modelos autoritårios. Os ditadores aprenderam, um com o outro, a eliminar qualquer germe de uma sociedade civil independente por meio de leis tributårias e regulamentos aparentemente neutros. Com a China na liderança, aprenderam não só a neutralizar a internet, mas a transformå-la numa arma eficaz de propaganda, de repressão e ataques. Aproveitando do seu controle sobre a televisão, mobilizaram ideologias de nacionalismo e antiterrorismo para corroer a retórica da liberdade.
Assim, no fim da dĂ©cada, a correlação de forças, como os comunistas costumam dizer, parece lĂșgubre. TrĂȘs potĂȘncias assertivas - China, RĂșssia e IrĂŁ â nĂŁo sĂł resistem Ă democratização, mas buscam ativamente difundir seu modelo de governo autoritĂĄrio nas suas esferas de influĂȘncia. A Europa, motor da democratização dos anos 90, parece mais interessada em apaziguar a RĂșssia do que reformĂĄ-la.
Democracias mais novas e menos ricas, como a Ăfrica do Sul, a Turquia, o Brasil e a Ăndia, ainda se apegam a ideias anticolonialistas, o que desestimula uma cooperação para promover a democracia. E o governo do presidente Barack Obama continua reticente em adotar uma âagenda da liberdadeâ que, na opiniĂŁo de muitos democratas, foi deslustrada pelo seu predecessor.
Felizmente, hĂĄ um fator mais forte do que todos esses: o desejo das pessoas de serem livres. Apesar de novos mĂ©todos de opressĂŁo, da fraqueza e desuniĂŁo dos governos democratas, o desejo de dignidade e autonomia Ă© cada vez mais presente. No LĂbano em 2005, em Mianmar em 2007, no Tibete em 2008, no IrĂŁ no ano passado, as pessoas comuns assumiram riscos inimaginĂĄveis e enfrentaram um perigo mortal pois nĂŁo querem viver como cativos.
Esses movimentos fracassaram, agora. Mas em cada um desses paĂses o anseio da liberdade foi marginalizado, nĂŁo extinto. No fim de semana, ativistas que fazem campanha pela democracia e autoridades democrĂĄticas, incluindo a secretĂĄria de Estado dos EUA, Hillary Clinton, reuniram-se na PolĂŽnia numa conferĂȘncia com vistas a ajudar as democracias a reagirem Ă feroz reação autoritĂĄria dos Ășltimos anos. A Cortina de Ferro desapareceu, observou Hillary. âMas precisamos ter cautela com o torno de aço com que muitos governos esmagam lentamente a sociedade civil e o espĂrito humanoâ. Reconhecer esse desafio Ă© um bom começo.
Fonte: Portal Plano Brasil - 12/07/2010 E.M.Pinto - Fred Hiatt â O Estado de S.Paulo - THE WASHINGTON POST - Tradução de Terezinha Martino - O Estado de SĂŁo Paulo via CCOMSEX.
(Colaboração: A.M.B.)
MatĂ©ria original em inglĂȘs:
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2010/07/04/AR2010070403849.html
PATROCINEM ATLETAS, NĂO DELINQUENTES
Se em março passado o Flamengo e os patrocinadores de Adriano e Vagner Love tivessem exemplado os dois atletas por manterem relaçÔes perigosas com a bandidagem do Rio de Janeiro, talvez o goleiro Bruno tivesse percebido que jogador de futebol não tem carta de impunidade.
Eliza Samudio, mĂŁe do filho do goleiro, foi assassinada em junho.
Se os patrocinadores de atletas que tangenciam a marginalidade incluĂrem nos seus contratos clĂĄusulas rescisĂłrias em casos de comportamento antissocial, todo mundo ganha, inclusive suas marcas.
A grife de equipamentos esportivos Olympikus manteve sua imagem associada Ă de Bruno atĂ© o dia em que ele se entregou Ă polĂcia.
Os uniformes do goleiro estampavam tambĂ©m a marca da indĂșstria de alimentos Batavo, que vende produtos para crianças.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/07/10.
MULHERES NNO BRASIL GANHAM MENOS E TRABALHAM MAIS
Apesar do aumento da participação das mulheres na atividade econÎmica na América Latina, elas continuam ganhando menos e trabalhando mais que os homens. à o que revela pesquisa divulgada ontem pela Comissão EconÎmica para a América Latina e Caribe (Cepal).
Segundo o estudo, entre 1990 e 2008, a população economicamente ativa feminina cresceu de 42% para 52% no continente.
Na mĂ©dia calculada pela Cepal, em 2009, o salĂĄrio das mulheres era 21% menor que o dos homens. Mas a diferença tem diminuĂdo. Em 2008, elas recebiam 28% a menos. O Brasil puxa o incremento da participação feminina na economia, com avanço de 52% no perĂodo. As brasileiras, contudo, acumulam mais horas de trabalho nĂŁo-remunerado.
De acordo com a pesquisa, as mulheres não ganham por 21,8% das horas semanais que trabalham em serviços domésticos. Os homens trabalham 9,1% sem receber. As mulheres recebem por 34,8% das horas trabalhadas na semana, e os homens, 42,9%. No total, elas trabalham 4,6% a mais.
Outro dado da pesquisa: as casas comandadas por mulheres são mais pobres que as chefiadas por homens, apesar de a participação feminina na economia ter ajudado no combate à pobreza na região.
Das mulheres com mais de 15 anos em zonas urbanas da AmĂ©rica Latina, 43% nĂŁo tinham renda prĂłpria em 1994 (contra 11% de homens). Em 2008, esse nĂșmero caiu para 32% do lado das mulheres (e 10% do lado dos homens).
Fonte: O Tempo - 14/07/10.
Cepal - http://www.eclac.org/brasil/
BRASIL Ă O TERCEIRO PIOR LUGAR PARA MORRER
Tratamento dado aqui a pacientes terminais sĂł ganha da Ăndia e de Uganda, aponta anĂĄlise feita em 40 paĂses. RecĂ©m-criado, Ăndice de qualidade de morte avalia o conforto que as naçÔes oferecem a doentes no fim da vida.
Estudo inĂ©dito que compara os cuidados com pacientes terminais em diversos paĂses coloca o Brasil entre os piores lugares para morrer.
Entre as 40 naçÔes analisadas, o Brasil sĂł nĂŁo Ă© pior do que Ăndia e Uganda, de acordo com o trabalho, feito pela unidade de inteligĂȘncia da revista "The Economist".
Cada paĂs recebeu sua pontuação no recĂ©m-criado Ăndice de qualidade de morte. A nota Ă© composta por indicadores qualitativos e quantitativos, normalizados e traduzidos em nĂșmeros.
Dispostos em quatro categorias, os indicadores incluem desde macrodados -como expectativa de vida e porcentagem do PIB destinada Ă saĂșde- atĂ© fatores como a facilidade em se obter analgĂ©sicos e se os estudantes de medicina sĂŁo treinados em cuidados paliativos.
Cuidados paliativos ou de fim de vida sĂŁo as medidas tomadas quando jĂĄ nĂŁo Ă© possĂvel curar ou estender a vida do paciente. As prioridades passam a ser o controle da dor e o conforto fĂsico e psicolĂłgico do doente e de seus familiares.
Mesmo paĂses com bons sistemas pĂșblicos de saĂșde, como Dinamarca, FinlĂąndia e Coreia do Sul, receberam pontuaçÔes baixas.
As razĂ”es para a mĂĄ performance incluem desde elementos culturais, como a dificuldade de lidar com a morte, atĂ© a ausĂȘncia de uma polĂtica nacional sobre o tema.
ClĂĄudia Collucci/HĂ©lio Schwartsman - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/07/10.
O ranking - http://graphics.eiu.com/upload/QOD_main_final_edition_Jul12_toprint.pdf
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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