FM - Faculdade Mental

GERAL

"HERRANDO" ATÃ‰ NO CARTÃƒO DE NATAL
25/12/2008 - A JENTE HERRAMOS

PAPAI NOEL ARMADO E FARDADO!!!
O coronel Marcus Jardim, do 1Âº Comando de Policiamento da Ãrea (CPA), distribuiu a deputados e oficiais cartÃµes de Natal que mostram um Papai Noel de farda e empunhando um fuzil ao lado de um veÃculo blindado conhecido como caveirÃ£o. O fato ocorreu durante a solenidade de inauguraÃ§Ã£o do Posto de Policiamento ComunitÃ¡rio do Morro Dona Marta, na zona sul do Rio de Janeiro. O secretÃ¡rio de estadual de SeguranÃ§a, JosÃ© Mariano Beltrame, criticou o cartÃ£o. "Completamente desnecessÃ¡rio. O coronel Ã© um excelente policial, mas um pÃ©ssimo artista", disse.
O governador do Rio de Janeiro, SÃ©rgio Cabral, tambÃ©m desaprovou o ato do militar. "A PolÃcia Militar nÃ£o entende nada de comunicaÃ§Ã£o. Ã‰ boa para prender bandido", afirmou.
Christina Nascimento - Fonte: Terra - 20/12/08.

DIA DA HIPOCRISIA
"Um dia desses fui criticado porque disse que deveria ser criado o Dia da Hipocrisia."
O presidente Lula, legislando em causa prÃ³pria - Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2092.

ECONOMIA - CENÃRIOS FURADOS
Chega a ser tragicamente divertido reler hoje previsÃµes feitas no inÃcio do ano por reputados analistas financeiros sobre o desempenho da Bovespa em 2008. Os orÃ¡culos dos cinco maiores bancos brasileiros cravavam algo entre 72 000 pontos (no caso do Unibanco, o mais "pessimista") e 84 000 pontos (no caso da Caixa, a mais animada com o mercado). Agora, neste mundo pÃ³s-quebra do Lehman Brothers, se o Ãndice Bovespa fechar 2008 em 40 000 pontos, jÃ¡ serÃ¡ caso de comemoraÃ§Ã£o.
Fonte: Veja - EdiÃ§Ã£o 2092.

SOLIDARIEDADE TEM DE SER PERMANENTE, NÃƒO SAZONAL
O cristianismo prega a fraternidade, caridade e humildade em carÃ¡ter permanente, mas grande parte dos fiÃ©is cultiva esses princÃpios apenas no Natal, reunindo a famÃlia para a ceia, gratificando os auxiliares e fazendo doaÃ§Ãµes a instituiÃ§Ãµes humanitÃ¡rias. Procuram ritualizar suas oferendas para registrar o espÃrito natalino e afirmar propÃ³sitos de que a solidariedade vai prevalecer no ano seguinte. HÃ¡, entretanto, logo depois, um refluxo dessa bondade, como se a fome, a doenÃ§a e a moradia insegura estivessem definitivamente superadas por uma celebraÃ§Ã£o que prima pelo consumismo das classes privilegiadas. Na verdade, muitas famÃlias nÃ£o tÃªm nem mesmo acesso Ã quela onda de benesses natalinas, pois estÃ£o fora dos circuitos mais visados pelos que se sensibilizam com a misÃ©ria alheia. NÃ£o podemos, portanto, afirmar que os nobres gestos do final de ano sejam soluÃ§Ã£o para os despossuÃdos, pois as doaÃ§Ãµes vÃªm apenas minorar o sofrimento de algumas pessoas por pouco tempo. Precisamos, entÃ£o, abrir oportunidades para que elas superem sua penÃºria e a frustraÃ§Ã£o gerada pelas mensagens quanto Ã capacidade de uma figura mÃtica para transformar o cotidiano dos infelizes e realizar os sonhos de todas as crianÃ§as. Afinal, o Papai Noel materializa-se apenas com intervenÃ§Ã£o humana direta para presentear alimentos, roupas e brinquedos percebidos como valiosos tesouros nos lares carentes de recursos mÃnimos para viver com dignidade.
O projeto Papai Noel dos Correios tem contribuÃdo para minorar o sofrimento de muitas crianÃ§as, mas nÃ£o abrange toda a populaÃ§Ã£o infantil, pois os mais pobres nÃ£o o conhecem ou nÃ£o sabem usar adequadamente a escrita para expressar seus desejos. De qualquer forma, constitui um louvÃ¡vel esforÃ§o de quem se sensibiliza com as cartas de crianÃ§as enviadas, hÃ¡ muito tempo, ao "bom velhinho" sem endereÃ§o definido. Inspiradas no sonho infantil, elas pedem algo que a famÃlia nÃ£o pode oferecer-lhes e sÃ£o coisas muito simples, como uma boneca ou um carrinho.
Alguns funcionÃ¡rios da empresa em Minas Gerais decidiram, entÃ£o, hÃ¡ 19 anos, viabilizar alguns presentes e conseguiram, depois, a adesÃ£o de voluntÃ¡rios. Como o volume de correspondÃªncia foi crescente e outros Estados seguiram o exemplo, a instituiÃ§Ã£o formalizou o programa em 1997, obtendo apoio da mÃdia e cumprindo parte da sua responsabilidade social.
Somente em Minas Gerais, houve, neste ano, 190 mil cartas e elas registram a diferenÃ§a abissal entre as classes sociais no Brasil, pois grande parte das crianÃ§as nÃ£o se prende aos brinquedos, um acessÃ³rio indispensÃ¡vel ao universo infantil. Premidos pela fome, muitos meninos solicitam cesta bÃ¡sica para a famÃlia ou um simples pacote de biscoito de chocolate. Preocupam-se tambÃ©m com os poucos recursos para o estudo, pois querem receber material escolar. Indicam ainda que se inquietam com seu desconforto, pois um garoto queria uma toalha, argumentando que, sendo o caÃ§ula de cinco filhos, tomava banho por Ãºltimo e usava a Ãºnica existente em casa que estava sempre molhada.
O programa da empresa pÃºblica brasileira Ã© louvÃ¡vel, mas insuficiente para cobrir todas as carÃªncias de parcela considerÃ¡vel da populaÃ§Ã£o. A sociedade brasileira precisa gerar, entÃ£o, aÃ§Ãµes efetivas que venham integrar os chefes de famÃlia ao mercado de trabalho e conscientizar-se de que a solidariedade nÃ£o pode ser sazonal, pois a fome, a doenÃ§a, a solidÃ£o e a desesperanÃ§a perduram por todo o ano, afetando, principalmente, as crianÃ§as, as gestantes e os idosos.
Gilda de Castro - AntropÃ³loga - Fonte: O Tempo - 27/12/08.

O EXAME DO IPEA REPROVA SEU COMISSARIADO
Os doutores que zelam pela doutrina da fÃ© econÃ´mica do governo fazem inveja aos bons tempos do cardeal Ratzinger. Em 2000, o Banco Central armou um concurso para 300 analistas e, na prova de tÃtulos, desqualificou a Unicamp, considerada um ninho de pensamento crÃtico da ekipekonÃ´mica tucana. Felizmente a armaÃ§Ã£o foi desfeita. Agora o comissariado do Ipea foi por um caminho parecido e piorado. Abriu um concurso para 62 vagas de tÃ©cnico de planejamento (R$ 11 mil mensais) e submeteu os candidatos a uma prova que ofendeu o idioma, banalizou a qualificaÃ§Ã£o dos candidatos e beneficiou conhecimentos de almanaque.
Exemplificando, primeiro pela agressÃ£o ao idioma, numa pÃ©rola pinÃ§ada por Madame Natasha: "Considerando aspectos da configuraÃ§Ã£o das redes urbanas regionais no Brasil e do imbricamento dessa morfologia com a economia produtivista nacional, julgue os itens que se seguem (...)".
A prova agrediu a complexidade do pensamento do sociÃ³logo Francisco de Oliveira ao atribuir-lhe a afirmaÃ§Ã£o de "nÃ£o haver capitalismo monopolista sem o Estado". Tudo bem, mas DadÃ¡ Maravilha poderia ter dito a mesma coisa. (Nunca Ã© demais lembrar que em 2003 Nosso Guia mandou tirar um texto de Oliveira de um livro publicado pelo Instituto da Cidadania.)
Uma questÃ£o mostra a opÃ§Ã£o por conhecimentos inÃºteis: "Uma polÃtica de conservaÃ§Ã£o dos cavalos-marinhos deve ser voltada para o Gerenciamento Costeiro e Marinho e a FiscalizaÃ§Ã£o Contra o ComÃ©rcio Ilegal, dispensando uma articulaÃ§Ã£o com a PolÃtica Nacional de Recursos HÃdricos e as prÃ¡ticas agrÃcolas no Continente". Certo ou errado?
Esse concurso atraiu 8.000 jovens que estudaram a sÃ©rio e querem servir ao Estado. NÃ£o deveriam ser testados por examinadores rudimentares, atÃ© mesmo desleixados. Acusar os comissÃ¡rios de terem produzido um teste de conhecimento esquerdista Ã© elogio impossÃvel. A prova Ã© apenas burra. Durante a ditadura, foi o rigor acadÃªmico do Ipea, associado a uma certa tolerÃ¢ncia com o pensamento dissidente, que preservou o acervo intelectual de uma geraÃ§Ã£o de economistas como Pedro Malan.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/12/08.

VENEZA INUNDADA - "VENICE UNDER WATER"
http://www.slidespost.com/media/1229237351[www.slidespost.com].pps
(ColaboraÃ§Ã£o: Tadeu - Curitiba)

11 EFEITOS MAIS INUSITADOS DA CRISE
Confira alguns dos problemas mais estranhos que a atual crise econÃ´mica causou pelo mundo:
Quando a crise financeira mundial ficou mais aguda e grandes empresas como bancos de investimentos e seguradoras comeÃ§aram a falir, ou contar com ajuda bilionÃ¡ria dos governos para sobreviver, muitos economistas alertavam que, em breve, a crise iria se expandir. AlÃ©m de afetar o mercado, a recessÃ£o mundial poderia ter efeito devastador na chamada economia real, prejudicando pequenas empresas e o orÃ§amento das famÃlias.
Muitos foram afetados de fato e a crise produziu alguns efeitos inusitados e inesperados atÃ© para economistas experientes. Abaixo estÃ£o alguns deles, separados por Ã‰POCA.
Papai Noel em perigo
Os tempos complicados da economia mundial afetam atÃ© o Natal. A cada dia mais cidades e empresas cancelam festas comemorativas e jornais de vÃ¡rias cidades do mundo reportam que as vagas para os "papais noÃ©is" em shoppings e lojas tÃªm ficado cada vez mais raras. Mais tristes sÃ£o os relatos de crianÃ§as que sofrem com a crise, como uma nos EUA que escreveu ao Papai Noel agradecendo por sua famÃlia ainda ter uma cama, mas pedindo comida, pois suas duas irmÃ£s vÃ£o dormir chorando de fome. Segundo a NBC, o serviÃ§o postal dos EUA pediu a ajuda de voluntÃ¡rios para responder a cartas desse tipo, que chegam aos montes a cada dia.
Artigos de luxo sÃ£o afetados
Quem oferece serviÃ§o aos milionÃ¡rios tambÃ©m estÃ¡ tendo problemas com a clientela dos produtos de luxo, que nÃ£o ficou imune Ã crise. A Daslu, que reÃºne grifes de luxo em SÃ£o Paulo, jÃ¡ comeÃ§ou a sentir que seus clientes estÃ£o menos dispostos a arriscar, enquanto o restaurante Fasano, um dos mais caros de SÃ£o Paulo, teve uma queda de 10% no movimento. Nem para os ricos a crise Ã© uma marolinha.
DoaÃ§Ã£o de Ã³vulos vira complemento de renda
Para pagar a hipoteca e nÃ£o perder a casa, os americanos estÃ£o buscando novas formas de conseguir renda e apelando atÃ© para estratÃ©gias pouco convencionais, como a doaÃ§Ã£o de Ã³vulos. Uma reportagem do Wall Street Journal mostrou que as filas de espera de casais com problemas de infertilidade tÃªm diminuÃdo rapidamente pois o nÃºmero de doadoras cresceu de repente. Cada uma pode receber entre US$ 3 mil e US$ 8 mil. O programa de barrigas de aluguel, mais radical e tambÃ©m mais lucrativo, Ã© outro que estÃ¡ crescendo. Quem aceita carregar o filho de outro casal pode receber US$ 25 mil.
Knut Ã© vÃtima da crise
A recessÃ£o na Alemanha atrapalha os polÃticos, a indÃºstria, comerciantes a populaÃ§Ã£o e atÃ© Knut, o ursinho polar fofinho que causou comoÃ§Ã£o ao ser rejeitado pela mÃ£e. Sem dinheiro para investir nos cuidados ao animal, cujos custos estÃ£o orÃ§ados em â‚¬ 9 milhÃµes, o zoolÃ³gico de Berlim anunciou que deve transferir Knut para outro paÃs. Os berlinenses nÃ£o gostaram e protestam por meio de um abaixo-assinado.
ProstÃbulos sentem falta de clientes
Quando o cenÃ¡rio econÃ´mico se torna instÃ¡vel e incerto, as pessoas tendem a cortar despesas supÃ©rfluas e gastos feitos por impulso. Com isso, atÃ© as prostitutas estÃ£o tendo problemas, como mostrou o International Herald Tribune. Em paÃses da Europa Oriental, a queda no nÃºmero de clientes Ã© sentida porque boa parte deles vem de paÃses como Alemanha e Reino Unido, que sentem duramente os efeitos da crise.
Sem dinheiro, GP da FranÃ§a deixa a F1
Com um melancÃ³lico recado em sua pÃ¡gina oficial, o GP da FranÃ§a de FÃ³rmula 1 foi cancelado. Ausente em apenas um ano do calendÃ¡rio da categoria mais importante do automobilismo desde 1950, a prova nÃ£o serÃ¡ realizada por conta da falta de patrocÃnios da FederaÃ§Ã£o Francesa de Automobilismo.
DoaÃ§Ãµes para a caridade comeÃ§am a minguar
Alguns estudos jÃ¡ mostraram que sÃ£o os mais humildes que doam porcentagens maiores de seus ganhos para a caridade. Em tempos de crise, isso se torna um problema. Uma reportagem do Miami Herald mostrou que o ExÃ©rcito da SalvaÃ§Ã£o vem tendo problemas de arrecadaÃ§Ã£o, e que pessoas que costumavam ajudar passaram a pedir ajuda para pagar despesas.
PremiaÃ§Ã£o do Nobel pode ser reduzida
A crise estÃ¡ ameaÃ§ando atÃ© a premiaÃ§Ã£o mais cobiÃ§ada do mundo entre pesquisadores de diversas Ã¡reas: o Nobel. Segundo a imprensa sueca, a FundaÃ§Ã£o Alfred Nobel pode nÃ£o ter condiÃ§Ãµes de garantir, nos prÃ³ximos anos, o prÃªmio de 10 milhÃµes de coroas suecas (cerca de 1 milhÃ£o de euros) aos vencedores de cada categoria. Isso porque parte da fortuna deixada por Alfred Nobel apÃ³s sua morte foi investida pela fundaÃ§Ã£o em aÃ§Ãµes de risco, cujos resultados tÃªm sido muito negativos desde o inÃcio da crise. Os organizadores do prÃªmio, porÃ©m, nÃ£o comentam a possibilidade de reduzir o valor da premiaÃ§Ã£o.
Jornal Ã© colocado Ã venda
A queda no nÃºmero de anunciantes desde o inÃcio da crise acertou em cheio o prestigiado jornal Miami Herald, vencedor de 19 prÃªmios Pulitzer. Por conta disso, a McClatchy Co., terceira maior rede de jornais dos EUA, comeÃ§ou a procurar compradores para o jornal, que adquiriu em 2006, junto com outras 19 publicaÃ§Ãµes, por US$ 4,5 bilhÃµes.
Honda abandona a FÃ³rmula 1
Com um semblante triste e decepcionado, Takeo Fukui, presidente da Honda, anunciou que a empresa nÃ£o participarÃ¡ mais da FÃ³rmula 1. O problema, segundo ele, Ã© a forte queda na venda de carros em todo o mundo, que minou a capacidade da montadora japonesa de investir os 500 milhÃµes anuais na categoria. De quebra, o fim da equipe deve adiantar o fim da carreira do brasileiro Rubens Barrichello, que disputou o mundial deste ano pela escuderia.
ItÃ¡lia lanÃ§a pacote para salvar queijo parmesÃ£o
O governo italiano vai gastar US$ 66 milhÃµes para socorrer os produtores de um dos queijos mais tradicionais do mundo. O apreciado queijo parmigiano reggiano corria um sÃ©rio risco de derreter em meio Ã crise mundial, que colocou os produtores em uma situaÃ§Ã£o insustentÃ¡vel por causa do encarecimento do leite. O custo de produÃ§Ã£o do queijo ultrapassou o valor de sua venda. Para salvar os produtores, o MinistÃ©rio da Agricultura decidiu comprar 100 mil peÃ§as de parmigiano e outras 100 mil de grana padano, um similar mais barato fabricado sem o selo de qualidade do primeiro. As cerca de 6 milhÃµes de toneladas serÃ£o distribuÃdas gratuitamente para combater a fome entre o nÃºmero cada vez maior de necessitados italianos â€“ atingidos pela mesma crise econÃ´mica que quebrou os produtores.
Fonte: Ã‰poca.com - 11/12/08.

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