DIREITO âCORUJAâ
14/03/2013 -
FAZENDO DIREITO
CIENTISTAS CRIAM BASE DE DADOS SOBRE CORUJAS DO MUNDO TODO
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http://www.nytimes.com/2013/02/26/science/long-cloaked-in-mystery-owls-start-coming-into-full-view.html?pagewanted=all
Global Owl Project â
http://www.globalowlproject.com/
Smithsonianâs National Museum of Natural History â
http://www.facebook.com/nmnh.fanpage?rf=142421829125091
University of Lausanne â
http://www.unil.ch/central/page2192_en.html
http://www.facebook.com/#!/pages/Universidade-de-Lausanne/135931123123441?fref=ts&rf=105922852773328
University of Burgundy â
http://en.u-bourgogne.fr/
http://www.facebook.com/#!/univbourgogne?fref=ts
David Johnson, diretor do Projeto Global das Corujas, estĂĄ trabalhando com pesquisadores de 65 paĂses para compilar um vasto banco de dados sobre as corujas. O banco contĂ©m informaçÔes sobre as descriçÔes, a histĂłria natural, a genĂ©tica, as vocalizaçÔes, as estimativas populacionais, os mitos e as lendas desses animais.
Os ocidentais adoram as corujas, segundo Johnson, numa tradição que remonta pelo menos Ă GrĂ©cia antiga e Ă associação das corujas com a deusa da sabedoria, Atenas. Em alguns paĂses, porĂ©m, as corujas sĂŁo vistas como aves de mau agouro, um prenĂșncio da morte -talvez, propĂŽs Johnson, por causa do hĂĄbito de fazer ninhos em cemitĂ©rios, onde as ĂĄrvores crescem desimpedidas, com cavidades confortavelmente grandes.
No imaginĂĄrio ocidental, a coruja, capaz de girar sua cabeça em 270°, certamente compete com o pinguim pelo tĂtulo de ave preferida. "Todo mundo adora as corujas", disse o paleobiĂłlogo David Bohaska, do Museu Natural de CiĂȘncias Naturais do Smithsonian, em Washington.
Mas, a despeito da aparente familiaridade, só recentemente os cientistas começaram a compreender detalhes dessas aves.
Descobriram, por exemplo, que corujas-das-torres jovens podem ser generosas, doando regularmente porçÔes da sua comida para irmĂŁos menores e mais famintos -uma demonstração de altruĂsmo que se supĂ”e rara entre animais.
Os cientistas tambĂ©m descobriram que as corujas-das-torres expressam necessidades e desejos por meio de sons complexos e regrados -garganteios, gritos e pios-, numa lĂngua que os pesquisadores agora buscam decifrar.
"Elas conversam a noite toda e fazem um barulhĂŁo", disse Alexandre Roulin, da Universidade de Lausanne, na SuĂça, que recentemente descreveu o altruĂsmo da coruja-das-torres na revista "Animal Behaviour", com sua colega Charlene Ruppli e com Arnaud da Silva, da Universidade de Borgonha, na França.
Outros pesquisadores estĂŁo monitorando as vidas de corujas mais raras e de proporçÔes mais descomunais, como o ameaçado bufo-de-Blakiston (Bubo blakistoni), da EurĂĄsia. Com quase um metro de altura, atĂ© cinco quilos e dois metros de envergadura, essa Ă© a maior coruja do mundo, segundo Jonathan Slaght, do programa para a RĂșssia da ONG Wildlife Conservation Society. Ela poderia facilmente passar por um urso ou uma ĂĄrvore. Esse poderoso predador Ă© capaz de puxar de um rio um salmĂŁo adulto com duas ou trĂȘs vezes o seu prĂłprio peso.
A ferocidade Ă© essencial para uma ave que estĂĄ presente atĂ© no CĂrculo Ărtico e que Ă© capaz de procriar e se alimentar no auge do inverno. Sergei Surmach, colega de Slaght, gravou em vĂdeo uma fĂȘmea sentada sobre seu ninho durante uma nevasca. "Ao final, sĂł dava para ver a cauda dela para fora do ninho", disse Slaght.
Engenheiros estudam corujas para aperfeiçoar modelos de asas de aviÔes. Muitas espécies de corujas são conhecidas por voarem silenciosamente, sem o ruflar das asas que poderia alertar a presa sobre a sua aproximação.
A maior parte da asa das corujas Ă© ampla e curva, com uma plumagem aveludada que ajuda a absorver o som. AlĂ©m do mais, as penas na borda da asa sĂŁo serrilhadas, o que interrompe e atenua a turbulĂȘncia do ar.
Numa reuniĂŁo da Sociedade Americana de FĂsica, em 2012, pesquisadores da Universidade de Cambridge propuseram que perfuraçÔes bem posicionadas nas asas de um aviĂŁo poderiam ter um efeito semelhante para aplacar turbulĂȘncias, levando a voos mais silenciosos e com menos gasto de combustĂvel.
As corujas datam de 60 milhÔes de anos atrås, ou mais, e são encontradas em praticamente todo tipo de habitat. Hå 229 espécies conhecidas, e a lista não para de crescer: em meados do ano passado, duas novas espécies de coruja-gavião foram descobertas nas Filipinas, e, em fevereiro, pesquisadores descreveram uma nova espécie na ilha de Lombok, na Indonésia.
Algumas espĂ©cies de corujas possuem alguns dos melhores sistemas auditivos conhecidos. Tim Birkhead, professor da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, observa que a cĂłclea da coruja Ă© "enorme" e densamente equipada com cĂlios sensoriais.
Hå a "cara amassada" das corujas, também chamada de disco facial -que pode ter a forma de torta em algumas espécies ou de uma måscara de coração no caso da coruja-das-torres. O disco facial funciona como uma espécie de antena parabólica, que capta ondas sonoras e as direciona, graças a penas especiais.
As aves são as donas da noite e caçam incansavelmente.
Estima-se que um bando com dez famĂlias de corujas vivendo em um celeiro da FlĂłrida elimine cerca de 25 mil roedores por ano dos canaviais adjacentes.
Natalie Angier â Fonte: Folha de S.Paulo â 11/03/13.
Reportagem original em inglĂȘs do âThe New York Timesâ:
http://www.nytimes.com/2013/02/26/science/long-cloaked-in-mystery-owls-start-coming-into-full-view.html?pagewanted=all
Projeto Global das Corujas â
http://www.globalowlproject.com/
Smithsonianâs National Museum of Natural History â
http://www.facebook.com/nmnh.fanpage?rf=142421829125091
University of Lausanne â
http://www.unil.ch/central/page2192_en.html
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O SIGNIFICADO JURĂDICO DE CHĂVEZ
A morte de Hugo ChĂĄvez gera preocupaçÔes quanto Ă s mudanças que dela decorrerĂŁo em seu paĂs e nas relaçÔes externas. Terminou o governo que, por quatorze anos, controlou todo raio de ação da realidade venezuelana.
O Brasil tem interesse em manter em bom nĂvel a relação com o novo governo. NĂŁo faz exceção Ă regra. Mas como serĂĄ?
TrĂȘs questĂ”es chamam atenção. A primeira Ă© chamada internacionalização da AmazĂŽnia que, ao menos em tese, pode encontrar eco entre nossos vizinhos da ĂĄrea, mas a cujo respeito o Brasil tem forte posição contrĂĄria.
A segunda estĂĄ relacionada, em parte, ao Mercosul. A institucionalização do Cone Sul nĂŁo tem encontrado soluçÔes duradouras rĂĄpidas para problemas surgidos na passagem das fronteiras. A integração econĂŽmica, polĂtica, social e cultural nĂŁo atingiu a velocidade desejada pelos idealistas que inseriram esse programa no parĂĄgrafo Ășnico do art. 4Âș da Constituição.
Especificamente no que se refere Ă Venezuela, a aproximação por via terrestre ou fluvial poderĂĄ, no futuro, ampliar a relação dos dois vizinhos. Talvez um pouco da experiĂȘncia do Mercosul seja Ăștil.
A Venezuela chama atenção em parte pela enorme riqueza em petrĂłleo, cujo significado econĂŽmico e polĂtico Ă© de interesse recĂproco.
O paĂs pode ter boa ligação com o Brasil. SerĂĄ ampliada a comunicação rodoviĂĄria ao norte de Manaus, no rumo final de Caracas, praticĂĄvel sem as chuvas.
Nada obstante a proximidade, o relacionamento passarĂĄ por necessĂĄria reavaliação. Depende do realinhamento dos lĂderes no grupo de ChĂĄvez como adaptação Ă nova realidade. A forma jurĂdica das soluçÔes terĂĄ influĂȘncia, mas nĂŁo se confundirĂĄ com o ajuste direto dos interesses comerciais recĂprocos.
HĂĄ, ainda, a busca de soluçÔes do interesse dos paĂses ao longo da linha equatorial, abaixo e acima dela. A questĂŁo foi enfrentada pela primeira vez em 1978, com a assinatura do Tratado da Cooperação AmazĂŽnica, para a bacia do Amazonas e de seus afluentes. De tempos em tempos, fala-se desse assunto, mas sem grande divulgação.
As condiçÔes brasileiras da região foram substancialmente alteradas, em Mato Grosso, Tocantins até o Atlùntico, modificando a ideia de cooperação.
Muito embora se reconheça que a soberania nacional tem influĂȘncia no diĂĄlogo continental, a convicção sobre o interesse comum tende a se ampliar.
Na regiĂŁo equatorial, a convicção das posiçÔes relativamente prĂłximas tem como exemplo a estrada entre o Brasil e o litoral peruano, que permite o acesso brasileiro ao PacĂfico.
Nos paĂses da AmĂ©rica Latina, de um modo geral, a tradição histĂłrica manteve a estrutura de comando nas mĂŁos de uns poucos, frequentemente apoiados pelas forças armadas, dividindo os atos de governo entre eles. Nesses paĂses -quer a Constituição seja a expressĂŁo mĂ©dia das tendĂȘncias da maioria, quer seja uma hipocrisia ditatorial para efeitos publicitĂĄrios-, a ação do Estado ainda se confunde muito com pessoas que dominam o poder.
A democracia Ă© o ideal a ser buscado, mas a visĂŁo planetĂĄria mostra que a verdadeira democracia -exemplo do Brasil de hoje- Ă© minoritĂĄria. Nosso paĂs terĂĄ de se haver com todas alternativas. Ă o preço de seu crescimento.
Walter Ceneviva â Fonte: Folha de S. Paulo â 09/03/13.
LIVROS JURĂDICOS
COLEĂĂO DIREITO, DESENVOLVIMENTO E JUSTIĂA
AUTORES VĂĄrios
EDITORA DireitoGV e Saraiva (0/xx/11/3613-3344)
Inclui obras coletivas: "Pensar o Brasil" (R$ 102, 424 pĂĄgs.), organizado por JosĂ© Roberto Rodriguez, discute os problemas nacionais e o direito em visĂŁo atual; "DogmĂĄtica Ă© Conflito" (R$ 52, 252 pĂĄgs.), organizado por Rodriguez e outros, traz uma visĂŁo crĂtica da racionalidade jurĂdica.
OS FUNDAMENTOS ĂTICOS DA CULTURA JURĂDICA OCIDENTAL
AUTOR Marcelo Maciel Ramos
EDITORA Alameda (0/xx/11/3012-2400)
QUANTO R$ 48 (298 pĂĄgs.)
Ramos vai dos gregos aos cristãos, com belo prefåcio de José Luiz Borges Horta. As 20 påginas finais a contar da 269 talvez devam ser lidas antes do corpo da obra, para compreender o conceito de "resgate dos elementos culturais da civilização ocidental".
RELAĂĂES HOMOAFETIVAS: DIREITOS E CONQUISTAS
AUTORA Ana BrĂșsolo Gerbase
EDITORA Edipro (0/xx/11/3107-4788)
QUANTO R$ 55 (240 pĂĄgs.)
Atenção para o subtĂtulo "AdoçÔes Homoafetivas" e prefĂĄcio de Maria Berenice Dias. HĂĄ, ainda, trabalhos de Silvana Monte Moreira, Marcelo Napolitano e Flavio Fahur. No fim, projetos de lei, anteprojeto do estatuto da diversidade sexual e de emenda constitucional.
CONVĂNIOS ADMINISTRATIVOS
AUTOR Gustavo Alexandre MagalhĂŁes
EDITORA Atlas (0/xx/11/3357-9144)
QUANTO R$ 79 (384 pĂĄgs.)
O autor define o conjunto dessa obra no subtĂtulo: "aspectos polĂȘmicos e anĂĄlise crĂtica de seu regime jurĂdico". O pĂșblico alvo reĂșne os que negociam com a administração e os que tĂȘm interesse na ĂĄrea, em todos os nĂveis. PrincĂpios e fundamentos constitucionais tĂȘm especial atenção.
O EMPRESĂRIO DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
AUTOR Paulo Leonardo Vilela Cardoso
EDITORA Saraiva
QUANTO R$ 38 (150 pĂĄgs.)
O prefĂĄcio acentua a participação do escritor no projeto que antecedeu a lei 12.441/11 e seus efeitos para o empresĂĄrio do tĂtulo.
ASSĂDIO MORAL, DISCRIMINAĂĂO, IGUALDADE E OPORTUNIDADES NO TRABALHO
AUTOR Aparecido InĂĄcio Ferrari de Medeiros
EDITORA LTr (0/xx/11/2167-1100)
QUANTO R$ 35 (116 pĂĄgs.)
Traz o resultado das vivĂȘncias do advogado militante.
Fonte: Folha de S. Paulo â 09/03/13.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
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