PENSANDO EM MIGRAĂĂO
01/10/2009 -
PENSE!
GRUPO DE AVES
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Um grupo de aves é visto na beira de um lago em Brandenburgo na Alemanha. De setembro a novembro, milhares de gruas param para se alimentar na região, antes de seguirem sua migração da Escandinåvia para a Espanha.
Fonte: Terra â 27/09/09.
Veja mais fotos:
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CUIDE DO SEU BOLSO E DO PLANETA JĂ!
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(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
AO HUMANO ELEGANTE
Texto de Martha Medeiros, chamado "A Elegùncia do Comportamento": "à um dom que vai muito além do uso correto dos talheres". A "elegùncia desobrigada" pode ser observada nas "pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca".
Martha lembra que este tipo de elegùncia estå em pessoas que não gritam com humildes e que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar. Estå naquelas pessoas pontuais. "Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretåria que pergunte antes quem estå falando e só depois manda dizer se estå ou não estå". E muito mais.
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/)- Fonte: O Tempo â 28/09/09.
Martha Medeiros - http://www.releituras.com/mamedeiros_menu.asp
O SUCESSO CONSISTE EM NĂO FAZER INIMIGOS
Max Gehringer
Nas rela çÔes humanas no trabalho, existem apenas 3 regras :
Regra nĂșmero 1:
Colegas passam, mas inimigos sĂŁo para sempre. A chance de uma pessoa se lembrar de um favor que vocĂȘ fez a ela vai diminuindo taxa de 20% ao ano. Cinco anos depois, o favor pode ser esquecido. NĂŁo adianta mais cobrar. Mas a chance de algum se lembrar de uma desfeita se mantĂ©m estĂĄvel, nĂŁo importa quanto tempo passe. Exemplo: se vocĂȘ estendeu a mĂŁo para cumprimentar alguĂ©m em 1997 e a pessoa ignorou sua mĂŁo estendida, vocĂȘ ainda se lembra disso em 2007.
Regra nĂșmero 2:
A importùncia de um favor diminui com o tempo, enquanto a importùncia de uma desfeita aumenta. Favor é como um investimento de curto prazo. Desfeita é como um empréstimo de longo prazo. Um dia, ele poderå ser cobrado, e com juros.
Regra nĂșmero 3:
Um colega nĂŁo Ă© um amigo. Colega Ă© aquela pessoa que, durante algum tempo, parece um amigo. Muitas vezes, atĂ© parece o melhor amigo, mas isso sĂł dura atĂ© um dos dois mudar de emprego. Amigo Ă© aquela pessoa que liga para perguntar se vocĂȘ estĂĄ precisando de alguma coisa. Ex-colega que parecia amigo Ă© aquela pessoa que vocĂȘ liga para pedir alguma coisa e ela manda dizer que no momento no pode atender. Durante sua carreira, uma pessoa normal pode ter a impressĂŁo de que fez um milhĂŁo de amigos e apenas meia dĂșzia de inimigos. Estatisticamente, isso parece Ăłtimo, mas nĂŁo . A 'Lei da Perversidade Profissional' diz que, no futuro, quando vocĂȘ precisar de ajuda, Ă© provĂĄvel que quem mais poderĂĄ ajudĂĄ-lo serĂĄ exatamente um daqueles poucos inimigos. Portanto, profissionalmente falando, e pensando em longo prazo, o sucesso consiste, principalmente, em evitar fazer inimigos. Porque, por uma infeliz coincidĂȘncia biolĂłgica, os poucos inimigos sĂŁo exatamente aqueles que tem boa memĂłria.
"Para estar junto nĂŁo Ă© preciso estar perto, e sim do lado de dentro."
Leonardo da Vinci
(Colaboração: Fåbio Diniz)
DE PAI PRA FILHA
Uma certa universitĂĄria cursava o sexto semestre da Faculdade.
Como é comum no meio universitårio, ela estava convencida de que era de esquerda e estava a favor da distribuição da riqueza.
Tinha vergonha de que o seu pai fosse empresĂĄrio e consequentemente de direita, portanto, contrĂĄrio aos programas socialistas e seus projetos que davam benefĂcios aos que mais necessitavam e cobrava impostos mais altos para os que tinham mais dinheiro.
A maioria dos seus professores e alunos sempre defendia a tese de distribuição mais justa das riquezas do paĂs. Por tudo isso, um dia, ela decidiu enfrentar o pai. Falou com ele sobre o materialismo histĂłrico e a dialĂ©tica de Marx, procurando mostrar que ele estava errado ao defender um sistema tĂŁo injusto e perverso como a direita pregava.
Seu pai ouviu pacientemente, como sĂł um pai consegue fazer, todos os argumentos da filha e no meio da conversa perguntou:
- Como vocĂȘ vai na faculdade ?
- Vou bem, respondeu ela. Minha média de notas é 9, estudo muito mas vale a pena. Meu futuro depende disso, eu sei ! Não tenho vida social, durmo pouco, mas vou em frente.
O pai prosseguiu:
- E aquela tua amiga SĂŽnia, como vai?
E ela respondeu com muita segurança:
- Muito mal. A sua média é 3, ela passa os dias no shopping e namora o dia todo. Pouco estuda e algumas vezes nem sequer vai às aulas. Acho até que ela é meio burra.
Com certeza, repetirĂĄ o semestre.
O pai, olhando nos olhos da filha, aconselhou:
- Que tal se vocĂȘ sugerisse aos professores ou ao coordenador do curso para que sejam transferidos 3 pontos das suas notas para as da SĂŽnia?
Com isso, vocĂȘs duas teriam a mesma mĂ©dia. NĂŁo seria um bom resultado para vocĂȘ, mas, convenhamos, seria uma boa e democrĂĄtica distribuição de notas para permitir a futura aprovação de vocĂȘs duas.
Ela indignada retrucou:
- Nada disso! Trabalhei muito para conseguir essas notas, enquanto a SĂŽnia buscava o lado fĂĄcil da vida. NĂŁo acho justo que todo o trabalho que tive seja, simplesmente, dado a outra pessoa.
Seu pai, então, a abraçou, carinhosamente, dizendo:
- BEM-VINDA Ă DIREITA!!!
A propĂłsito:
No para-choque de um caminhĂŁo no Sudeste do Brasil:
"Trabalhe duro. MilhĂ”es de pessoas vivendo do fome-zero, estĂŁo dependendo de vocĂȘ"
(Colaboração: Hélio Bob Pai)
LENTE â SONHOS ESPACIAIS SEGUEM VIVOS
A recente descoberta de um planeta semelhante Ă Terra -embora extremamente quente- distante de nosso sistema solar nos lembrou de que nossos sonhos espaciais continuam vivos. Enquanto os orçamentos para a exploração cientĂfica sĂŁo cortados, e sem a Guerra Fria para agitar as coisas, visionĂĄrios da comunidade espacial internacional continuam pensando em vida extraterrestre, sondas interestelares e missĂ”es a outros mundos.
Alguns atĂ© dispensariam a inconveniente segunda parte do desafio de John Kennedy (presidente dos EUA entre 1961 e 63), de "pousar um homem na Lua e trazĂȘ-lo de volta Ă Terra em segurança". Mandem astronautas a Marte, alguns dizem, mas nĂŁo se preocupem em trazĂȘ-los de volta.
Lawrence M. Krauss, fĂsico e autor de "The Physics of Star Trek" (A fĂsica da jornada nas estrelas), escreveu em um ensaio para o "New York Times" que o peso total do combustĂvel e do revestimento necessĂĄrios para proteger os astronautas da radiação solar enquanto estiverem no espaço poderĂĄ ser proibitivo ainda durante muitas dĂ©cadas. Mas se os astronautas, especialmente mais velhos, estiverem dispostos a morrer em Marte, o alto custo de uma missĂŁo de volta nĂŁo seria mais um problema.
Quanto a voluntĂĄrios, Krauss escreveu sobre um grupo nĂŁo oficial de cientistas do LaboratĂłrio de PropulsĂŁo a Jato do Arizona: "Todos os membros levantaram a mĂŁo" quando perguntados se candidatariam-se a uma viagem sĂł de ida a Marte.
A possibilidade de encontrar vida em outros sistemas solares continua incendiando a imaginação, e nĂŁo apenas em Hollywood. O astrĂŽnomo e fĂsico teĂłrico Alan Boss disse a Claudia Dreifus, do "Times", que "a vida na Terra Ă© tĂŁo vigorosa e tĂŁo capaz de prosperar e ocupar todos os nichos, como poderia nĂŁo existir em outro lugar?"
Mas ele nĂŁo pensa muito em alienĂgenas nos visitando. "A distĂąncia entre as estrelas Ă© tĂŁo imensa", disse, "que existe probabilidade zero de que alguĂ©m pudesse nos invadir".
E mesmo as viagens interestelares podem estar passando do reino da ficção cientĂfica Ă teoria cientĂfica plausĂvel. O astrĂŽnomo e escritor Seth Shostak afirmou, em artigo no "Times", que, com foguetes de motor atĂŽmico -proibidos desde a dĂ©cada de 1960-, uma espaçonave robĂŽ poderia partir da Terra no final deste sĂ©culo e enviar de volta imagens e dados detalhados na metade do prĂłximo. Um foguete convencional levaria 800 sĂ©culos para alcançar uma estrela prĂłxima.
Enquanto isso, segue a busca por planetas extrassolares. Em 16 de setembro, cientistas do ObservatĂłrio Thuringer, na Alemanha, relataram a descoberta do planeta mais parecido com a Terra jĂĄ visto.
Ao contrĂĄrio dos 300 planetas gigantes gasosos descobertos atĂ© agora, este, chamado Corot-7b, Ă© rochoso e apenas 1,5 vez maior que a Terra. Com sua temperatura de 1.980°C, porĂ©m, nĂŁo Ă© um bom candidato para uma viagem sĂł de ida. Mas, se algum dia forem descobertos um melhor candidato e uma maneira mais rĂĄpida de alcançå-lo, esses voluntĂĄrios espaciais suicidas talvez nĂŁo sejam considerados tĂŁo excĂȘntricos.
Como escreveu Krauss, "deem-nos um século ou dois, e poderemos transformar todo o planeta em um lugar que muita gente ficaria feliz de abandonar".
Fonte: Folha de S.Paulo â 28/09/09.
A ARTE DE GOVERNAR
Nas democracias, o governo cumpre os desĂgnios dos cidadĂŁos. O povo diz o que quer, o governante executa. Parece uma receita infalĂvel. Mas serĂĄ? Em cidade relativamente prĂłspera de Minas Gerais, uma pesquisa de opiniĂŁo mostrou que trĂȘs quartos dos jovens reclamavam da falta de diversĂ”es. Apesar de os esgotos serem jogados in natura nos cĂłrregos, nem mesmo entre os adultos houve reclamaçÔes quanto Ă falta de tratamento de efluentes. Sabidamente, esse Ă© o investimento que mais faz cair a mortalidade infantil. O que deve fazer o prefeito? Esgotos que salvam vidas ou espetĂĄculos de mĂșsica sertaneja que trazem votos?
Um livro recente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Understanding Quality of Life, mostra abundantes estatĂsticas sobre o que os latino-americanos mais valorizam. Nelas fica claro o conflito entre o que as pessoas querem e o que Ă© necessĂĄrio para garantir um futuro promissor para o paĂs. Pesquemos alguns temas do livro. As pessoas querem medicina de alta tecnologia e atendimento hospitalar. Contudo, a saĂșde pĂșblica preventiva Ă© mais barata e evita as doenças. Verificou-se tambĂ©m que o estado de saĂșde das pessoas pouco se associa com as suas percepçÔes de saĂșde. No Brasil, pobres e ricos estĂŁo igualmente satisfeitos com os serviços de saĂșde. Mas sabemos serem piores para os pobres. Nos paĂses mais ricos da AmĂ©rica Latina, hĂĄ mais contentamento com a situação da saĂșde. No entanto, quando o paĂs cresce, baixa essa satisfação. NĂŁo dĂĄ para entender. No Brasil, 65% dos entrevistados estĂŁo satisfeitos com a educação. Somente os mais educados percebem como ela Ă© ruim. De fato, sabemos ser pĂ©ssima a sua qualidade: Ășltimo lugar no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) de 2001. Ainda pior, entre 1980 e 2000, em um grupo de 35 paĂses, o Brasil foi o que mais recuou de posição.
Na ĂĄrea econĂŽmica, as percepçÔes tambĂ©m estĂŁo desalinhadas com a realidade. Mais renda se associa a mais satisfação. AtĂ© aqui, vamos bem. Mas o crescimento econĂŽmico traz desagrados. Entre outras coisas, requer mudança de polĂticas, reformas e outros sustos, mais temidos do que a pobreza. Apesar de o desenvolvimento econĂŽmico acabar beneficiando os pobres, sĂŁo eles que mais resistem Ă s mudanças. Ademais, tĂȘm uma opiniĂŁo mais ingĂȘnua acerca da competĂȘncia do governo. Nessa ĂĄrea, entra em cena um mecanismo maldito. As aspiraçÔes crescem mais rĂĄpido do que a renda.
Em suma, os governados indicam aos governantes algumas prioridades incompatĂveis com o progresso. Pensam no curto prazo e sĂŁo consumistas impenitentes. Dizem que querem sistemas de saĂșde mais caros (e mais ineficientes). Querem conforto nas escolas e desdenham mais aprendizado. NĂŁo querem as reformas econĂŽmicas imprescindĂveis para crescer.
A reação mais imediata diante dessa miopia nas preferĂȘncias Ă© perguntar se nĂŁo seria a melhor receita um governo autoritĂĄrio, do tipo "dĂ©spota esclarecido". Contudo, como Churchill nos advertiu, a democracia Ă© um pĂ©ssimo sistema de governo, com a agravante de que nĂŁo hĂĄ outro melhor. A experiĂȘncia com dĂ©spotas de todos os sabores nĂŁo mostra um bom registro histĂłrico. Quando acertam aqui, acolĂĄ cometem um erro mais estrondoso. NĂŁo Ă© por aĂ. Temos de insistir nos acertos capengas que nos oferece um sistema democrĂĄtico e na tentativa de esclarecer a opiniĂŁo pĂșblica.
Os governantes se equilibram em um terreno resvaladiço. Se tentam oferecer o que trarå mais progresso e desenvolvimento, sem ouvir o povo, arriscam-se a perder sua popularidade e, com ela, seu poder de implementar reformas. Podem acabar execrados e sem reformas (veja-se Jimmy Carter). Governos populistas fecham as portas para o futuro se jogam confete ao povaréu ou alimentam seus anseios imediatistas. Os exemplos latino-americanos estão nos jornais. Em contraste, governantes bem-sucedidos não perdem a ressonùncia com a sociedade, mas negociam também uma agenda de futuro.
A histĂłria classifica como estadistas aqueles que perceberam as reais necessidades do paĂs, assumiram o risco da impopularidade no curto prazo, mas souberam vender suas ideias com sucesso. Na teoria, a receita Ă© simples: visĂŁo, coragem e liderança. A pĂlula pode ser amarga. Churchill jogou pesado quando ofereceu aos ingleses apenas "sangue, suor e lĂĄgrimas". Mas ganhou. Pena que nĂŁo adianta colocar um anĂșncio classificado do tipo "Precisa-se de um estadista".
Claudio de Moura e Castro (http://www.claudiomouracastro.com.br/) - Fonte: Veja - Edição 2132.
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