FM - Faculdade Mental

GERAL

CRIATIVIDADE NO MARKETING
02/12/2010 - NOSSOS COLUNISTAS

PROPAGANDAS / CAMPANHAS INTELIGENTES (350 EARTH / TERRA 350)
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Arte pÃºblica grande o suficiente para ser vista do espaÃ§o se espalhou por 18 regiÃµes do mundo. O projeto "350 Earth" (Terra 350) chamou a atenÃ§Ã£o para a necessidade de reduÃ§Ã£o das emissÃµes de diÃ³xido de carbono.
As manifestaÃ§Ãµes artÃsticas foram idealizadas para serem fotografadas por um satÃ©lite a 644 quilÃ´metros de distÃ¢ncia do planeta.
O nome "350 Earth" refere-se ao nÃºmero de partes por milhÃ£o que muitos cientistas concordam em estabelecer como o nÃvel mÃ¡ximo aceitÃ¡vel de diÃ³xido de carbono na atmosfera.
Atualmente, esse nÃvel estÃ¡ em torno das 390 partes por milhÃ£o. As ideias para o espetÃ¡culo foram dadas por artistas de vÃ¡rias partes do mundo, incluindo o Brasil.
Fonte: http://www.uol.com.br/ - 30/11/10.
O site:
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PROFESSOR TOM COELHO
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Metamorfose Ambulante
*por Tom Coelho

â€œSe hoje eu sou estrela amanhÃ£ jÃ¡ se apagou.
Se hoje eu te odeio amanhÃ£ lhe tenho amor.â€
(Raul Seixas)

Foram necessÃ¡rios dezoito sÃ©culos para que a teoria geocÃªntrica, segundo a qual a Terra era o centro do Universo, formulada por AristÃ³teles, desse passagem para o modelo heliocÃªntrico de Nicolau CopÃ©rnico, com os planetas girando ao redor do Sol.
Com todo seu conhecimento e reputaÃ§Ã£o, o mesmo CopÃ©rnico, que defendia a Ã³rbita circular dos planetas, teve sua tese desfeita em 1609 por Kepler, que demonstrou serem as Ã³rbitas elÃpticas.
A histÃ³ria da humanidade Ã© repleta de passagens como estas. SÃ£o os chamados paradigmas, que designam modelos cientÃficos aceitos por longo perÃodo e que determinam todo o desenvolvimento posterior das pesquisas e das idÃ©ias.
Na vida em sociedade, somos igualmente regidos por modelos, padrÃµes, normas, regras, leis. E a inclusÃ£o social demanda acatÃ¡-los todos. E adaptar-se.
A desobediÃªncia Ã ConstituiÃ§Ã£o torna-nos infratores, criminosos que devem ser punidos. A inobservÃ¢ncia Ã s tendÃªncias da moda torna-nos excÃªntricos, seres abjetos que devem ser renegados.
Estamos produzindo pessoas comoditizadas, que nÃ£o pensam, nÃ£o refletem, nÃ£o elaboram, nÃ£o opinam. Pessoas sem identidade, ou melhor, com a mesma identidade de todas as demais. Pessoas enquadradas, presas a um plano bidimensional. A clonagem chegou ao cÃ©rebro antes do corpo fÃsico.
Lidere, Siga ou Saia da Frente
A teoria evolucionista de Charles Darwin baseava-se nos seguintes fatos: os seres vivos reproduzem-se em progressÃ£o geomÃ©trica, mas como o nÃºmero de indivÃduos de cada espÃ©cie tende a permanecer relativamente constante, significa que hÃ¡ uma luta pela vida na qual sagra-se vencedor o mais adaptado ao meio-ambiente.
Quando olho para o mundo corporativo de hoje enxergo com nitidez a aplicaÃ§Ã£o da tese darwiniana. O nÃºmero de trabalhadores multiplica-se exponencialmente, mas como a quantidade de empregos tende a permanecer estÃ¡vel, ou atÃ© a se reduzir, identificamos uma luta pela inserÃ§Ã£o profissional, na qual conquista a vaga nÃ£o o melhor, mas o mais adaptado ao meio-empresa.
O mais adaptado pode sÃª-lo porque foi indicado por alguÃ©m influente, porque estruturou bem seu currÃculo, porque se comportou adequadamente na dinÃ¢mica de grupo, porque deu as respostas precisas Ã s velhas questÃµes formuladas durante a entrevista, porque durante todo o processo usou roupas com o corte certo e o perfume na quantidade necessÃ¡ria.
O mais adaptado pode nÃ£o ser o melhor tecnicamente, o mais preparado ou o mais competente. Foi apenas o mais flexÃvel, dentro de sua mediocridade e de sua hipocrisia calculadas. Importa que ele foi o vencedor...
Se vocÃª tem personalidade suficientemente forte, pode ingressar no â€œsistemaâ€ com base no modelo descrito acima. Para tanto, terÃ¡ que declinar momentaneamente de algumas de suas idÃ©ias para, num segundo estÃ¡gio, trazÃª-las Ã tona, buscando influenciar os que o cercam. Primeiro vocÃª se adapta ou denota ter-se adaptado. Depois, propÃµe um novo modelo e o conduz. Assim sÃ£o forjados os lÃderes corporativos de hoje.
Mas este pode nÃ£o ser o seu perfil, de modo que vocÃª, uma vez adaptado, assim permanecerÃ¡. Assim Ã© a maioria. Assim sÃ£o os liderados.
HÃ¡ evidentemente a classe daqueles que nÃ£o se adaptam, nem para liderar, nem para serem liderados. Estes sÃ£o os negligenciados.
IdÃ©ias e Ideais
HÃ¡ uma distinÃ§Ã£o entre idÃ©ias e ideais. NÃ£o precisamos ficar presos aos mesmos argumentos quando outros, mais convincentes, nos visitam. Ã© preciso praticar a flexibilidade. Keynes dizia: â€œQuando mudam os acontecimentos, mudo de idÃ©iaâ€. Mas nÃ£o se deve mudar de opiniÃ£o se nÃ£o se pode mudar tambÃ©m a conduta.
JÃ¡ princÃpios sÃ£o inegociÃ¡veis. Foi a luta pelo ideal de liberdade da EscÃ³cia que fez com que William Wallace preferisse sua execuÃ§Ã£o a jurar lealdade Ã Inglaterra, como bem retrata o filme â€œCoraÃ§Ã£o Valenteâ€, estrelado por Mel Gibson.
Como exemplo desta metamorfose ambulante que somos, nada melhor que o prÃ³prio amor e suas idiossincrasias. A tÃªnue linha que separa amor e Ã³dio, atenÃ§Ã£o e indiferenÃ§a, carinho e omissÃ£o.
Garcia Marques nos ensinou que amamos outra pessoa nÃ£o por quem ela Ã©, mas por quem nos tornamos na sua presenÃ§a. â€œAmarâ€, disse MÃ¡rio Quintana, â€œÃ© mudar a alma de casaâ€.
Muitos sÃ£o os lares que a vida nos reserva...
09/02/2004 - Tom Coelho Ã© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paÃses. Ã‰ autor de â€œSete Vidas â€“ LiÃ§Ãµes para construir seu equilÃbrio pessoal e profissionalâ€, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos atravÃ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
ReproduÃ§Ã£o Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilizaÃ§Ã£o atravÃ©s do e-mail talento@tomcoelho.com.br

ADM. MARIZETE FURBINO
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ImportÃ¢ncia de um bom planejamento em EAD.
Por Adm. Marizete Furbino

"O planejamento nÃ£o Ã© uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento Ã© um instrumento para raciocinar agora, sobre que trabalhos e aÃ§Ãµes serÃ£o necessÃ¡rios hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento nÃ£o Ã© a informaÃ§Ã£o: Ã© sempre o trabalho." ( Peter Drucker)
Dentro de uma modalidade de ensino somente presencial que prevaleceu por muitos e muitos anos, a EAD - Ensino de EducaÃ§Ã£o a DistÃ¢ncia vem revolucionar e redesenhar uma nova forma de aprender e de ensinar, pois neste ensino o aluno, alÃ©m de ser o prÃ³prio ator do processo ensino-aprendizagem, serÃ¡ o gestor de seu estudo. Ã‰ ele quem irÃ¡ gerenciar todo o seu estudo; assim, torna-se de fundamental importÃ¢ncia pensar e repensar neste assunto ao realizar o seu planejamento.
Pensar no planejamento significa pensar, repensar e reavaliar os recursos humanos e nÃ£o-humanos envolvidos em todo o processo, bem como repensar todo o processo ensino-aprendizagem de forma sÃ©ria, avaliando toda a proposta pedagÃ³gica e igualmente a atuaÃ§Ã£o dos tutores envolvidos no processo. Faz parte ainda da proposta, toda fundamentaÃ§Ã£o teÃ³rica e materiais didÃ¡ticos existentes em cada curso, objetivos, a metodologia usada, os custos envolvidos, redirecionando todo o processo de ensino, verificando a questÃ£o da acessibilidade, dos recursos tecnolÃ³gicos existentes, procurando incluir todos os recursos tecnolÃ³gicos da Web, alÃ©m de repensar e reavaliar todo o processo de avaliaÃ§Ã£o do educando e do prÃ³prio curso.
Ciente da importÃ¢ncia do papel do tutor torna-se de vital importÃ¢ncia conhecer e avaliar nÃ£o somente o perfil dos educandos, mas conhecer e avaliar de forma sistÃªmica os profissionais que irÃ£o atuar, uma vez que Ã© de suma importÃ¢ncia que estes esbanjem competÃªncia para intermediar todo o processo de ensino-aprendizagem, pois eles serÃ£o os pilares de todo o processo. Ainda, deverÃ£o ser capazes de interagir com os educandos, conduzindo-os Ã motivaÃ§Ã£o e os levando de fato a buscarem mais e mais conhecimentos, sendo verdadeiros parceiros, somando forÃ§as, habilidades, conhecimentos e talentos, enfim, sendo capazes de obter mais do que o sucesso esperado.
A partir das consideraÃ§Ãµes apresentadas Ã© preciso conscientizar que, para se alcanÃ§ar Ãªxito em qualquer aÃ§Ã£o tanto na vida pessoal quanto na vida profissional e organizacional, Ã© de extrema importÃ¢ncia planejar. O planejamento Ã© que irÃ¡ nortear todo o processo ensino-aprendizagem, uma vez que, a partir dos objetivos e metas que se deseja alcanÃ§ar, irÃ¡ prever aÃ§Ãµes, dando rumo em como caminhar, traÃ§ando estratÃ©gias a serem adotadas e qual o verdadeiro caminho a seguir, trabalhando os conteÃºdos de forma cuidadosa, selecionando metodologias pertinentes e mais adequadas a cada conteÃºdo estudado, garantindo dessa forma maior probabilidade de acerto e de alcanÃ§ar eficiÃªncia e eficÃ¡cia no que se propÃµe a fazer.
Outrossim, cabe ressaltar que, alÃ©m de planejar, deve-se ter o cuidado de desenvolver as atividades em conformidade com o planejado, revendo e monitorando todas as aÃ§Ãµes de forma sistÃªmica e contÃnua, nÃ£o se esquecendo de avaliar, reavaliar, repensar e realizar possÃveis correÃ§Ãµes que se fizerem necessÃ¡rias durante todo o processo, desenvolvendo aÃ§Ãµes em tempo hÃ¡bil para que se consiga alcanÃ§ar resultados alÃ©m do esperado.
Observa-se, portanto, que Ã© necessÃ¡rio repensar todo o processo ensino-aprendizagem com uma visÃ£o mais ampliada, tendo a capacidade de enxergar, detectar e transformar os pontos fracos existentes em fortes, bem como toda ameaÃ§a que porventura surgir, em oportunidade. Nessa vertente, alÃ©m de alcanÃ§ar excelente resultado, procure disseminar que esta prÃ¡tica de ensino pode ser uma ferramenta de extremo valor se desenvolvida com muito cuidado e seriedade nas aÃ§Ãµes, responsabilidade, envolvimento e comprometimento.
Ante o exposto, Ã© de suma importÃ¢ncia que haja durante todo o processo uma interaÃ§Ã£o, integraÃ§Ã£o e inter-relaÃ§Ã£o entre educandos, e tutores. Ã‰ dessa forma que o processo ensino-aprendizagem terÃ¡ uma proposta pedagÃ³gica contextualizada, proposta esta que leve em consideraÃ§Ã£o a realidade dos educandos e que nortearÃ¡ todo o processo, servindo de â€œbÃºssolaâ€ no que tange Ã elaboraÃ§Ã£o do planejamento.
Vislumbre-se, pois, que a EAD corrobore nÃ£o somente para a construÃ§Ã£o de um processo ensino-aprendizagem com qualidade, mas, corrobore para formar grandes profissionais, profissionais estes que faÃ§am a diferenÃ§a, nÃ£o sendo apenas mais alguns no mercado. Devem tambÃ©m eles ser capazes de pensar, repensar, desnudar e transformar a realidade em que vivem, sobressaindo, desenvolvendo e crescendo atravÃ©s do curso que fizeram.
Em razÃ£o disso, o papel do tutor no ensino de educaÃ§Ã£o Ã distÃ¢ncia, alÃ©m de mediador, apoiador e facilitador do processo ensino-aprendizagem, deverÃ¡ ser o de um exÃmio incentivador, assegurando dessa forma a participaÃ§Ã£o de todos os envolvidos e assim, alÃ©m de eliminar riscos de evasÃ£o, contribuirÃ¡ para que todo o processo seja realizado de forma prazerosa, o que conduzirÃ¡ a um maior comprometimento de todos, tanto do tutor quanto do educando.
Em conclusÃ£o, o ensino de educaÃ§Ã£o Ã distÃ¢ncia â€œdescortinaâ€ o acesso ao conhecimento, permitindo a todas as pessoas que, por algum motivo, nÃ£o podem frequentar a escola tradicional e possuem o desejo de desenvolver e de crescer profissionalmente, realizando o seu sonho de estudar e/ou de continuar os estudos, enriquecendo seus conhecimentos e galgando um espaÃ§o melhor no mercado, conseguindo enfrentar obstÃ¡culos e desafios e a permanecer por um perÃodo de tempo maior neste mercado de acirrada competitividade, atravÃ©s da qualidade do ensino adquirido.
20/12/2008 - Marizete Furbino, com formaÃ§Ã£o em Pedagogia e AdministraÃ§Ã£o pela UNILESTE-MG, especializaÃ§Ã£o em Empreendedorismo, Marketing e FinanÃ§as pelo UNILESTE-MG. Ã‰ Administradora, Consultora de Empresa e Professora UniversitÃ¡ria no Vale do AÃ§o/MG.
Contatos atravÃ©s do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
ReproduÃ§Ã£o autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilizaÃ§Ã£o atravÃ©s do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br

PROFESSOR X

DO OIAPOQUE AO CHUÃ
Sete milhÃµes de alunos da rede pÃºblica participaram, neste ano, de um concurso de redaÃ§Ãµes escolares organizado pelo MEC e pela FundaÃ§Ã£o ItaÃº.
Depois de muitas eliminatÃ³rias, sobraram cerca de 150 textos. Fui um dos membros do jÃºri na etapa final, tendo de selecionar os cinco vencedores em cada categoria (poema, crÃ´nica, artigo de opiniÃ£o e memÃ³rias literÃ¡rias).
As redaÃ§Ãµes que li foram espantosas. No bom sentido; no melhor sentido possÃvel.
O portuguÃªs era 99% correto. Fora algumas distraÃ§Ãµes, atÃ© os erros eram testemunha de que o aluno estava familiarizado com a norma culta. Exemplo clÃ¡ssico, o da "ascenÃ§Ã£o", com cedilha em vez de "s". Trata-se de erro que sÃ³ se aprende nos livros.
Passei anos dando aulas de jornalismo numa faculdade conhecida aqui em SÃ£o Paulo, e conto nos dedos os alunos que sabiam aplicar as regras da crase.
Outro mistÃ©rio da lÃngua Ã© o uso do "cujo". Foge-se da palavra como se fosse o prÃ³prio capeta.
Pois bem, esses alunos de 13, 14, 17 anos, no mÃ¡ximo, tinham perfeita noÃ§Ã£o dos recursos que a gramÃ¡tica oferece aos interessados.
Claro que os textos passaram por oficinas e revisÃµes em classe. Digo que me espantariam pela qualidade do mesmo jeito, se tivessem sido escritos pelos professores -de cujos conhecimentos (epa!) eu costumava desconfiar um bocado.
Os concorrentes vinham dos lugares mais improvÃ¡veis. A cidade de Formiga, em Minas Gerais, era das poucas de que jÃ¡ tinha ouvido falar.
VitÃ³ria do Xingu (PA), Carrapateira (PB), Nova Alvorada do Sul (MS), Vila PaixÃ£o (ES): em cada lugar desses, hÃ¡ um adolescente escrevendo coisa com coisa, citando Clarice Lispector (1920-1977) ou Carlos Drummond (1902-1987), pesando os prÃ³s e os contras da colheita mecanizada na lavoura do cafÃ© ou analisando o impacto da construÃ§Ã£o de uma barragem.
Nas crÃ´nicas, nos artigos de opiniÃ£o e nos registros do passado feitos por meio de entrevistas com idosos, tem-se um vislumbre da realidade brasileira. Cidades que se formam em poucos anos e se dedicam Ã exportaÃ§Ã£o de mexerica. CrianÃ§as que, depois de estudar, ajudam na colheita do chuchu. Economias formadas graÃ§as Ã exploraÃ§Ã£o do xisto betuminoso.
Os relatos dos mais velhos, reproduzidos pelas crianÃ§as, tendem a assinalar o progresso material. A chegada da primeira televisÃ£o numa casa de sapÃ© no Amazonas, a luz elÃ©trica no sertÃ£o maranhense, a primeira viagem de trem.
Nos artigos de opiniÃ£o, vÃª-se de que maneira a perspectiva da nova geraÃ§Ã£o se modificou. O projeto desenvolvimentista clÃ¡ssico, que bem ou mal unificou ideologicamente o paÃs durante boa parte do sÃ©culo 20, jÃ¡ nÃ£o produz empolgaÃ§Ã£o.
A mentalidade ecolÃ³gica, mesmo nas menores cidades, predomina; hÃ¡ pequenas Marinas Silvas em qualquer escola.
Talvez nÃ£o haja novos Gracilianos ou Clarices nos textos que li. Os clichÃªs mais batidos, os "regatos de Ã¡guas lÃmpidas", as "revoadas de pÃ¡ssaros ao crepÃºsculo", nÃ£o correm risco de extinÃ§Ã£o.
Do Oiapoque ao ChuÃ, para celebrar esse lindo clichÃª tambÃ©m, esses alunos estÃ£o aprendendo a mesma coisa e vÃ£o sendo familiarizados com o padrÃ£o que toda escola deve transmitir.
Para a realizaÃ§Ã£o das OlimpÃadas, houve minucioso treinamento dos professores. Prova disso Ã© que as exigÃªncias de cada gÃªnero literÃ¡rio foram seguidas Ã risca em todos os lugares. A crÃ´nica de um menino catarinense era indiscutivelmente uma crÃ´nica, assim como era crÃ´nica o texto da aluna do Acre.
A uniformidade dos textos e o nÃºmero de clichÃªs atestaram, para mim, a presenÃ§a de um esforÃ§o das escolas e dos professores, mais do que do acaso ingovernÃ¡vel de algum talento individual.
Cidades pequenas: qual o segredo delas? Dois, a meu ver. O primeiro Ã© que sÃ£o mais mobilizÃ¡veis para projetos desse tipo.
O segundo, menos auspicioso, Ã© que lÃ¡ o ensino pÃºblico provavelmente nÃ£o concorre com escolas particulares: crianÃ§as de famÃlias mais instruÃdas estudam ao lado das paupÃ©rrimas, e talvez seja esse um fator a ajudar o sucesso das primeiras na competiÃ§Ã£o.
Mas escrevo isso sÃ³ para nÃ£o cair num otimismo exagerado. LÃ³gico que, na mÃ©dia, tudo continua mal. MalÃssimo. Mas nÃ£o tudo, nem todos: ainda hÃ¡ quem fale de regatos lÃmpidos e de revoadas de pÃ¡ssaros. E alunos pondo suas crases e seus cujos no lugar certo.
Marcelo Coelho - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/12/10.

PROFESSORA PASQUALINA

PRÃŠMIO SESC DE LITERATURA
As inscriÃ§Ãµes para a ediÃ§Ã£o 2010/2011 do PrÃªmio SESC de Literatura estÃ£o encerradas. Esse ano, o concurso recebeu mais de 1000 obras, nas categorias Conto e Romance. Agora, os trabalhos serÃ£o encaminhados Ã s subcomissÃµes julgadoras e, os selecionados nessa etapa irÃ£o para as comissÃµes finais.
A previsÃ£o para o anÃºncio do resultado final do PrÃªmio SESC 2010 Ã© marÃ§o de 2011.
Acompanhe pelo site outras notÃcias do PrÃªmio SESC e de atividades desenvolvidas na Ã¡rea de literatura em todo o paÃs.
Mais detalhes:
http://www.sesc.com.br/premiosesc/index.html

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