CRIATIVIDADE NO MARKETING
05/05/2011 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (MADRID OPEN TENNIS)
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Madrid Open Tennis:
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Para promover torneio de tĂȘnis, acrobatas se apresentam em quadra vertical, em Madri, num jogo-exibição de tĂȘnis em fachada de um prĂ©dio.
Fonte: Folha de S.Paulo - 28/04/11.
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EU FAĂO ACONTECER
IndependĂȘncia nĂŁo Ă© ser dono da verdade. Ă compartilhar a sua verdade com o mundo.
Por isso, o BB criou um site para vocĂȘ expor suas ideias em um espaço todo seu.
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Onde TODA sua forma de independĂȘncia vale a pena.
Onde SUA independĂȘncia vale a pena.
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
DIFERENCIAĂĂO
* por Tom Coelho
âQuando todos pensam igual Ă© porque ninguĂ©m estĂĄ pensando.â (Walter Lippman)
Dia destes entrei em uma loja Franâs CafĂ© para um espresso com pĂŁo de queijo. Fiquei surpreso ao receber o cafĂ© cuidadosamente apoiado sobre uma pequena bandeja, acompanhado de um elegante copo contendo ĂĄgua mineral gasosa e um folheto explicando tratar-se de uma tradição italiana: a ĂĄgua com gĂĄs aguça as papilas, enaltecendo o sabor do cafĂ© que serĂĄ sorvido. E toda esta atenção sem custo adicional.
Num destes finais de semana, dirigi-me a um cinema da rede Cinemark acreditando que, em virtude do grande nĂșmero de salas, as filas seriam pouco significativas. Ledo engano. Apreciei fila para adquirir o ingresso, fila para acessar a sala e fila para comprar pipoca e refrigerante a preços aviltantes.
Meses atrås, resolvi retomar a pråtica da natação e fui ter um diålogo com minha antiga academia, a Runner. Solicitei-lhes uma condição diferenciada para regressar, mas responderam que eu deveria me adequar às normas vigentes para novos alunos. Seria uma assertiva aceitåvel, se não tivesse partido do departamento de fidelização da empresa que, teoricamente, deveria zelar pela manutenção de seus associados.
TrĂȘs situaçÔes distintas, envolvendo empresas de renome, que nos fazem refletir sobre a questĂŁo dos preços relativos e, acima disto, sobre o que vem a ser diferenciação.
ConcorrĂȘncia monopolĂstica
Lembro-me das aulas de microeconomia e da dificuldade em aceitar certos conceitos que entravam em rota de colisão com minha lógica. Uma exceção foi-me apresentada quando estudava a organização dos mercados e a formação de preços.
Segundo a teoria em que os mercados operam em concorrĂȘncia perfeita ou imperfeita, o primeiro tipo caracteriza o modelo ideal: muitas empresas participantes, ausĂȘncia de barreiras Ă entrada e saĂda do mercado, polĂticas de preços nĂŁo regulamentadas.
O segundo tipo Ă© formado pelo monopĂłlio, quando uma Ășnica empresa atua isoladamente no mercado, normalmente impondo barreiras tĂ©cnicas, econĂŽmicas ou burocrĂĄticas Ă entrada de novos players, praticando uma polĂtica de preços prĂłpria que precisa ser regulada por um ĂłrgĂŁo neutro; pelo oligopĂłlio, que se diferencia do monopĂłlio apenas pelo fato de haver mais de uma companhia atuando no mercado, porĂ©m nĂŁo muitas; e pela concorrĂȘncia monopolĂstica.
Esta Ășltima modalidade guarda consigo um conceito interessante. Aborda uma situação em que as empresas atuam dentro de um mercado altamente concorrencial, onde nĂŁo hĂĄ entraves de qualquer ordem e todos enfrentam as mesmas oportunidades e dificuldades. Todavia, dentro deste contexto, uma empresa pode se destacar mediante a diferenciação de seu produto ou serviço. Fazer algo diferente, tornando-se Ășnica, exclusiva e desejada no coração e na mente do consumidor. Tecnicamente, criar um nicho tĂŁo bem delimitado que a capacita para exercer um autĂȘntico monopĂłlio. Por isso, concorrĂȘncia monopolĂstica.
Ă luz deste conceito, passei a observar como estamos o tempo todo exercendo a concorrĂȘncia monopolĂstica em nossas vidas. A começar pela vitĂłria do espermatozoide tenaz que, dotado de agilidade, velocidade e preparo, supera todos os demais concorrentes no ato da fecundação. Ao conquistar o par romĂąntico, tambĂ©m nos fizemos notar em meio aos demais pretendentes. A oportunidade de emprego tambĂ©m foi sancionada com ĂȘxito dentre outros postulantes ao cargo.
ResponsĂĄvel por quem cativas
Assim, comecei a nutrir verdadeira paixĂŁo pelo conceito de diferenciação. Passei a compreender o porquĂȘ de deixar mais reais por um pĂŁo de queijo no Franâs CafĂ©, quase sem perceber â Ă© porque quero o mimo. Passei a compreender o porquĂȘ de aceitar ser expropriado por uma pipoca e um refrigerante num Cinemark â Ă© porque quero a comodidade. Passei a compreender o porquĂȘ de ter perdido o encanto pela Runner â Ă© porque quero coerĂȘncia no discurso que me vendem.
âTu nĂŁo Ă©s ainda para mim senĂŁo um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu nĂŁo tenho necessidade de ti. E tu nĂŁo tens necessidade de mim. NĂŁo passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas se tu me cativas, nĂłs teremos necessidade um do outro. SerĂĄs para mim Ășnico no mundo. E eu serei para ti Ășnica no mundo...â
O Pequeno PrĂncipe, de ExupĂ©ry, conhecia muito de concorrĂȘncia monopolĂstica quando cunhou a famosa expressĂŁo âtu te tornas eternamente responsĂĄvel por aquilo que cativasâ. Por isso, abrir a porta do carro para a garota adentrĂĄ-lo torna o cavalheiro admirado. Por isso, o vendedor que procura descobrir a necessidade de seu cliente para depois lhe apresentar uma solução Ă© preferĂvel ao mero tirador de pedidos. Por isso, a empresa que identifica o desejo mais subliminar de seus consumidores pode dar-se ao luxo de vender o que produz ao invĂ©s de produzir o que se vende.
Mas, no jogo da diferenciação, que fique clara uma coisa. NĂŁo Ă© a diferenciação tecnolĂłgica (baseada nas inovaçÔes), a qualitativa (sediada na adequação) ou a mercadolĂłgica (ancorada na força e glamour das marcas) que conferem perenidade Ă s relaçÔes. O mundo estĂĄ comoditizado. Os produtos apresentam as mesmas caracterĂsticas, os profissionais detĂȘm os mesmos MBAs, a comunicação estĂĄ massificada. A Ășnica diferenciação efetivamente sustentĂĄvel ao longo do tempo Ă© aquela baseada em pessoas. No brilho do olhar, na maciez da voz e no calor do toque, aspectos que mĂĄquina ou virtualidade alguma serĂĄ capaz de reproduzir ou substituir.
* Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos atravĂ©s do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
PROFESSOR X
UM BAIRRO REDESENHA O FUTURO
Na lista das cem pessoas mais influentes do mundo elaborada pela revista "Times", em que aparece a presidente Dilma Rousseff, hĂĄ um personagem internacionalmente desconhecido. Chama-se Geoffrey Canada e Ă© o criador de uma experiĂȘncia num bairro de Nova York (Harlem) que estĂĄ moldando o jeito de combater a pobreza e melhorar a educação nos Estados Unidos.
O jornal "The New York Times" considera o projeto um dos mais ousados experimentos sociais do nosso tempo. O caso é estudado nas melhores escolas de negócios americanas como um exemplo de gestão inovadora. Nas palestras sobre inovação educacional a que tenho comparecido, o nome de Canada quase sempre é lembrado.
Por ter encantado polĂticos e milionĂĄrios que moram em Nova York -a começar do prefeito da cidade, o bilionĂĄrio Michael Bloomberg-, ele tem recebido dinheiro para suas experimentaçÔes.
Intitulado Harlem Children's Zone, o projeto ganhou notoriedade quando Barack Obama decidiu criar um fundo para replicĂĄ-lo em todo o paĂs. Suas liçÔes certamente sĂŁo Ășteis para o Brasil.
Canada tem uma daquelas biografias notĂĄveis. Negro, de famĂlia pobre, nasceu no South Bronx, bairro nova-iorquino que era considerado sĂmbolo da degradação urbana. Decidiu estudar educação e conseguiu se formar nas melhores universidades americanas. Seu gosto pelas lutas marciais deu-lhe habilidade para intermediar conflitos nas comunidades dominadas por gangues. Virou professor de tae kwon do para ajudar os jovens a controlar seus impulsos violentos.
Quando iniciou o projeto, hå 14 anos, o educador Canada estava interessado especialmente em melhorar o desempenho dos estudantes. "Percebi que não iria muito longe se quisesse melhorar apenas a escola", diz ele. Era necessårio mudar muitos outros fatores que influenciam no aprendizado. Traçou como meta dar às crianças do bairro a mesma rede de proteção oferecida a um estudante de classe média. "Para mudar a escola, precisåvamos mudar toda a comunidade, começando pelos pais."
Daà iniciou uma operação quadra por quadra para criar essa rede de proteção e justamente aà surgiu a solução inovadora.
Por uma dessas coincidĂȘncias da vida, meus dois filhos estudavam numa escola experimental pĂșblica localizada nas proximidades do Harlem, onde havia efervescĂȘncia de experimentaçÔes comunitĂĄrias, entre as quais a de Geoffrey Canada. Essa efervescĂȘncia no fim da dĂ©cada de 1990 era chamada de "Harlem Renascença", numa referĂȘncia ao tempo dos artistas que viviam no bairro. Foi ali que Martin Luther King articulou seu movimento por direitos civis.
Para Canada, tratava-se de educar não apenas os estudantes mas toda a comunidade a fim de criar redes de proteção.
Criaram-se programas para cuidar dos mais diversos tipos de problema de saĂșde dos estudantes: de cĂĄrie a doenças mentais, passando por asma e bronquite.
Lançaram projetos para lidar com ĂĄlcool, drogas e violĂȘncia domĂ©stica. Futuros pais passaram a receber aulas sobre como cuidar de seus filhos.
MutirÔes ajudaram a recuperar åreas degradadas. Montaram-se programas de orientação vocacional. Em suma, surgiu uma articulação de quase tudo o que é necessårio para alguém prosperar.
Canada articulou uma rede educativa que abrangia da creche ao fim do ensino médio, com uma preparação para a faculdade.
Surgiram escolas pĂșblicas independentes para que a comunidade pudesse escolher (e demitir) seus diretores e professores, alĂ©m de estabelecer o prĂłprio currĂculo.
O tempo de aula foi ampliado e foram criadas atividades extracurriculares para descobrir habilidades de crianças e adolescentes.
NĂŁo Ă© um projeto que possa ser aplicado facilmente no Brasil. Canada tem uma fila de doadores e gasta, por ano, quase R$ 100 milhĂ”es. Mas o poder pĂșblico, em qualquer lugar, tem a capacidade de induzir a organização e a articulação de diversos serviços da comunidade.
Como estamos discutindo no Brasil as portas de saĂda para nossos programas de distribuição de renda, vemos como a melhor solução começa numa ofensiva "hiperlocal", integrando todos os recursos.
HĂĄ nessa experiĂȘncia uma mensagem transgressora: a de que Ă© muito pouco tentar melhorar apenas a escola, esquecendo o cuidado com toda a comunidade.
PS- Se todo esse estĂmulo ao ensino mĂ©dio anunciado na semana passada pelo governo federal sair do papel e for razoavelmente implementado, fomentando mais iniciativas estaduais e privadas, o Brasil vai entrar numa nova era em sua educação. A ampliação do ensino mĂ©dio profissionalizante serĂĄ capaz de pĂŽr o jovem de baixa renda no mercado de trabalho e de garantir o crescimento da economia. Ă um dos melhores avanços na agenda do paĂs.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 01/05/11.
Harlem Children's Zone - http://www.hcz.org/
PROFESSORA PASQUALINA
GIMME A BREAK
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou uma lei que proĂbe o uso de palavras estrangeiras.
Ainda que fosse possĂvel controlar a lĂngua a canetadas, isso estaria longe de ser desejĂĄvel. Ou serĂĄ que, junto com os anglicismos recentes e tolinhos que julga "desnecessĂĄrios", o legislador pretende abolir tambĂ©m o "Habeas corpus", o "sushi", a "cubra-libre", o "scarpin", o sabor "tutti-frutti", enfim, o "Zeitgeist" inteiro? E o que fazer com as incontĂĄveis palavras estrangeiras que se disfarçaram de nativas, como futebol, abajur, vitrine, xampu, uĂsque, quibe e espaguete, para citar uma fração Ănfima delas)
Leia mais:
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/cronica/gimme-a-break-nobre-deputado/.
Blogosfera - Kåtia Perin - Fonte: Veja - Edição 2215.
INSCRIĂĂES PAR AO JABUTI
As inscriçÔes para o PrĂȘmio Jabuti 2011, a maior premiação literĂĄria do paĂs, terminam no dia 31 deste mĂȘs de maio. Neste ano, a premiação apresenta mudanças. A primeira Ă© a ampliação do nĂșmero de categorias de 21 para 29. TrĂȘs novas categorias foram criadas - "Ilustração", "Gastronomia" e "Turismo e Hotelaria". Outra mudança importante estabelece que serĂĄ laureado apenas um livro por categoria (antes, eram premiadas trĂȘs publicaçÔes). Podem concorrer Ă premiação deste ano apenas obras inĂ©ditas, editadas no Brasil entre 1Âș de janeiro e 31 de dezembro de 2010. A participação Ă© aberta a editores, escritores, autores independentes, tradutores, ilustradores, produtores grĂĄficos e designers. Mais informaçÔes e regulamento no site www.premiojabuti.org.br.
Lupa - Fonte: O Tempo - 05/05/11.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php