DIA DO FOLCLORE
21/08/2008 -
MARILENE CAROLINA
VIVA O FOLCLORE
English:
http://www.brazilkids.de/knowbrazil36.html
22 de agosto foi o Dia Mundial do Folclore. VocĂȘ sabia que o avĂŽ do seu tataravĂŽ jĂĄ ouvia histĂłrias de fantasmas?
Estas histĂłrias vieram a bordo das caravelas portuguesas, em 1500. Na Ă©poca, acreditavam que no mar, entre Portugal e o Brasil, existiam monstros gigantes. As lendas e os mitos explicam o mundo que a gente nĂŁo entende direito. E tambĂ©m assustam para que ninguĂ©m faça coisas erradas nem desobedeça Ă s regras. O folclore Ă© a expressĂŁo de uma cultura. ConhecĂȘ-lo e estudĂĄ-lo significa contribuir para que se mantenha vivo e, conseqĂŒentemente, atravĂ©s da sua preservação, Ă© possĂvel perpetuar cada cultura. Muitas vezes Ă© preciso estudar o folclore para verdadeiramente entender a histĂłria de um povo, jĂĄ que Ă© atravĂ©s dele que o homem expressa as suas fantasias, os seus medos, seus melhores e piores desejos de justiça e de vingança e, Ă s vezes, apenas como forma de escapar Ă quilo que ele nĂŁo consegue explicar. As histĂłrias sĂŁo diferentes, mas o imaginĂĄrio dos povos jĂĄ provou ser muito parecido.
Um exemplo Ă© a histĂłria do Lobisomem. Antigamente, pessoas muito religiosas diziam que as crianças que nĂŁo eram batizadas viravam Lobisomens, para obrigar as famĂlias a seguir a religiĂŁo catĂłlica. Mas nĂŁo Ă© sĂł isso. O mito desse homem que vira lobo estĂĄ ligado a algumas doenças que deformam o corpo da pessoa e a fazem ter a aparĂȘncia de um lobo. Isso aconteceu com o personagem JosĂ© Amaro, no romance "Fogo Morto" (1943), de JosĂ© Lins do Rego (1901-1957).
Uma doença fez Zeca ficar com os olhos amarelos e o corpo inchado. Como tinha a barba e os cabelos longos e gostava de caminhar pelo mato nas noites de lua cheia, todos passaram a temĂȘ-lo como Lobisomem. A notĂcia se espalhou como praga. Zeca ficou arrasado. "Fogo Morto" faz suspense atĂ© o final sobre a metamorfose de ZĂ© Amaro em Lobisomem. Vale a pena ler!
Foto: Homem caracterizado na festa do Divino. Nossa cultura Ă© passada ao longo dos anos.
Fonte: O Tempinho - 23/08/08.
PERSONAGENS QUE POVOAM AS LENDAS BRASILEIRAS
BoitatĂĄ: Reza a lenda que este Ă© um monstro em forma de cobra que sobreviveu a um dilĂșvio enterrado em um buraco. Acostumou-se a enxergar no escuro e seus olhos sĂŁo duas bolas flamejantes.
Boto Rosa: Conta-se que os botos do rio Amazonas transformam-se em homens atraentes e, à noite, saem para conquistar as moças. Eles sempre usam um chapéu para esconder o buraco no alto da cabeça.
Curupira: Com os cabelos e pés virados para trås, protege as plantas e animais das florestas.
Iara: Uma sedutora sereia que atrai os homens até o fundo do mar e faz eles se afogarem.
Mula-sem-cabeça: Dizem que pode virar mula-sem-cabeça a mulher que se envolve com um padre.
Saci-PererĂȘ: Moleque de uma perna sĂł, que usa uma carapuça vermelha e fuma um cachimbo de barro. Quem conseguir apanhar e esconder a carapuça farĂĄ do saci seu escravo por toda vida.
Fonte: O Tempinho - 23/08/08.
Leia mais sobre o Dia do Folclore:
http://www.velhosamigos.com.br/DatasEspeciais/diafolclore4.html
OLIMPĂADAS INTERNACIONAIS DE CIĂNCIAS
Ao longo das Ășltimas semanas, duas dezenas de adolescentes vestiram a camisa do Brasil em olimpĂadas internacionais. Nada a ver com as disputas em Pequim. Em vez de força fĂsica, tiveram de mostrar conhecimento nas OlimpĂadas de QuĂmica, em Budapeste (Hungria), de FĂsica, em HanĂłi (VietnĂŁ), de MatemĂĄtica, em Madrid (Espanha), e de Biologia, em Mumbai (Ăndia).
As olimpĂadas internacionais de ciĂȘncias sĂŁo disputadas por estudantes de nĂvel secundĂĄrio (ensino mĂ©dio) de todo o mundo. Eles tĂȘm entre 16 e 18 anos e se submetem a exames escritos e experimentos prĂĄticos.
As provas sĂŁo aplicadas normalmente em julho e em agosto, meses de fĂ©rias escolares em parte dos paĂses do hemisfĂ©rio Norte.
Longe de ser potĂȘncia, o Brasil conquistou neste ano sete medalhas de prata e seis de bronze. Por ora, nada de ouro. Mas hĂĄ esperança. EstĂŁo em curso neste momento as OlimpĂadas de Astronomia e AstrofĂsica, em Bandung (IndonĂ©sia), e de InformĂĄtica, no Cairo (Egito).
"Competir foi uma mistura de nervosismo com emoção", diz Guilherme Victal, 16, de SĂŁo Paulo, que chegou do VietnĂŁ trazendo uma medalha de prata, tĂtulo atĂ© entĂŁo inĂ©dito para o Brasil na OlimpĂada Internacional de FĂsica. "Foi uma experiĂȘncia interessante tambĂ©m porque nunca tinha me imaginado em HanĂłi."
Para representar o paĂs no exterior, os estudantes precisam passar pelas olimpĂadas brasileiras, que envolvem escolas de todo o tipo. Antes de viajarem para o exterior, os vencedores fazem treinamento intensivo com professores universitĂĄrios.
Como reflexo da famigerada educação nacional, os alunos da rede pĂșblica quase nunca passam das "eliminatĂłrias". Ăs quatro olimpĂadas deste ano -jĂĄ encerradas- o Brasil enviou apenas alunos de colĂ©gio particular.
Segundo Rubens Oda, vice-coordenador da OlimpĂada Brasileira de Biologia, 70% dos inscritos nas "eliminatĂłrias" nacionais sĂŁo da rede pĂșblica. "Mas nĂŁo passam de jeito nenhum", diz.
"A escola pĂșblica nĂŁo tem dinheiro, nĂŁo tem laboratĂłrio. VocĂȘ jĂĄ sabe o resultado", afirma SĂ©rgio Maia Melo, da coordenação da OlimpĂada Brasileira de QuĂmica.
FĂŁ ardorosa da quĂmica orgĂąnica, ThaĂs Macedo, 17, ganhou prata na Hungria. "NĂŁo quer dizer que sou melhor do que ninguĂ©m. Apenas tive oportunidades", diz. Os colĂ©gios particulares em que ela estudou, em Fortaleza, sempre ofereceram atividades extras de ciĂȘncias. "Estudei duro tambĂ©m. Eu sĂł saĂa de casa uma vez por semana, para ir Ă missa."
Com o currĂculo ostentando vitĂłrias em ediçÔes passadas da OlimpĂada Brasileira de QuĂmica, ThaĂs conseguiu ser aceita no MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos EUA, uma das instituiçÔes de ensino superior mais prestigiosas do mundo.
Os colĂ©gios particulares ficam de olho nos vencedores. Henrique PondĂ©, 18, medalhista na OlimpĂada Brasileira e na Internacional de MatemĂĄtica, deixou a famĂlia em Salvador no inĂcio do ano para concluir os estudos em SĂŁo Paulo. Aceitou a bolsa de estudos oferecida por uma grande escola da cidade.
As olimpĂadas brasileiras e a viagem dos competidores para o exterior sĂŁo, na maioria das vezes, custeadas pelo governo. No inĂcio do mĂȘs, os ministĂ©rios da Educação e da CiĂȘncia e Tecnologia abriram edital oferecendo R$ 1,5 milhĂŁo Ă s entidades que quiserem se responsabilizar pelas competiçÔes cientĂficas.
Ricardo Westin - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/08/08.
TUDO COMEĂOU NA HOLANDA
A idéia que se tem, hoje em dia, de um comércio justo, surgiu nos anos 60 e ganhou corpo em 1967, quando foi criada, na Holanda, a Fair Trade Organisatie. Dois anos depois, a primeira loja de comércio justo era inaugurada.
O cafĂ© foi o primeiro produto a seguir o padrĂŁo de certificação desse tipo de comĂ©rcio, em 1988. No ano seguinte surgiu a International Fair Trade Association, que reĂșne, hoje, cerca de 300 organizaçÔes em 60 paĂses.
Em 1992, o CafĂ©direct foi o primeiro produto "justo" vendido no Reino Unido, com o apoio de ONGs, e a experiĂȘncia se espalhou pela Europa. Nesse perĂodo, a qualidade dos itens passou a ter o mesmo padrĂŁo dos melhores produtos feitos do modo convencional.
Nos anos 90, itens industrializados feitos com ingredientes "justos", como chocolates, cereais matinais e bolos, passaram a integrar a oferta do comércio solidårio e ganharam as gÎndolas de grandes varejistas.
Fonte: Folha de S.Paulo - 16/08/08.
Fair Trade Organisatie - http://www.fairtrade.nl/main_en.php?action=item&item_id=656
International Fair Trade Association - http://www.ifat.org/
Cafédirect - http://www.cafedirect.co.uk/
EXPOSIĂĂO EM PARIS RECONTA A IMIGRAĂĂO
Uma exposição em cartaz na recém-renovada Cité Nationale de l'Histoire de l'Immigration (cidade nacional da história da imigração, no Palais de la Porte Dorée) atrai aqueles que buscam um programa diferente para fazer em Paris.
Muitos dos visitantes vĂȘem representados ali seus ancestrais ou conterrĂąneos.
Chamada "1931, Les Etrangers au Temps de l'Exposition Coloniale" (1931, os estrangeiros na época da exposição colonial), a exposição -que marca a reabertura do local- aborda, por meio de fotografias, trechos de filmes e documentos, a atmosfera e a sociedade na França a partir de 1929.
As imagens reunidas tambĂ©m mostram o impacto exercido por imigrantes vindos da Ăfrica e da Ăsia que foram incentivados, na Ă©poca, a viver em territĂłrio francĂȘs.
PALAIS DE LA PORTE DORĂE - http://www.histoire-immigration.fr/
Paulo Daniel Farah - Fonte: Folha de S.Paulo - 21/08/08.
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