"HERROS" PLANETĂRIOS
03/02/2011 -
A JENTE HERRAMOS
UM ERRO QUE TRANSFORMOU PLUTĂO EM PLANETA-ANĂO
English:
http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9903EFDC173CF932A25752C0A9679D8B63&ref=kennethchang
Por KENNETH CHANG
Seis anos atrås, Michael E. Brown, professor de astronomia planetåria no Instituto de Tecnologia da Califórnia, localizou um objeto no céu noturno que era tão brilhante e distante que ele tinha certeza de que fosse maior que Plutão.
Em novembro, aquele objeto, o planeta anĂŁo Ăris, passou na frente de uma estrela distante. AstrĂŽnomos liderados por Bruno Sicardy, do ObservatĂłrio de Paris, mediram por quanto tempo a estrela desapareceu atrĂĄs de Ăris e, a partir disso, calcularam seu diĂąmetro.
"à claramente menor", disse Alain Maury, que observou o breve desaparecimento ou ocultação no Observatório de ExploraçÔes Celestiais de San Pedro de Atacama, no Chile.
Maury e Sicardy nĂŁo quiseram dizer exatamente o tamanho de Ăris, aguardando a publicação de suas conclusĂ”es na "Nature". Mas dizem que o maior tamanho possĂvel de Ăris Ă© menor que o menor tamanho possĂvel de PlutĂŁo.
Isto levanta a questĂŁo do que poderia ter acontecido se o verdadeiro tamanho de Ăris fosse conhecido desde o inĂcio. A descoberta de Ăris por Brown -e a suposição de que fosse maior que PlutĂŁo- forçou a UniĂŁo AstronĂŽmica Internacional a encontrar uma nova definição de "planeta" que excluĂsse PlutĂŁo. PlutĂŁo e Ăris foram reduzidos a "planetas-anĂ”es" -objetos arredondados que nĂŁo dominam gravitacionalmente suas Ăłrbitas.
Se os astrĂŽnomos acreditassem que PlutĂŁo fosse maior que Ăris, poderiam ter mantido o sistema solar com nove planetas? "Talvez", disse Brown. Mas, como diz em seu livro "How I Killed Pluto and Why It Had It Coming" (Como matei PlutĂŁo e por que isso tinha de acontecer), ele acha que a UniĂŁo AstronĂŽmica Internacional acertou.
Durante décadas Plutão foi o planeta que encolhia magicamente. Primeiro se pensou que ele tivesse mais ou menos o tamanho da Terra -cerca de 12.900 km de largura-, mas mediçÔes posteriores o tornaram cada vez menor. Em 1980, Alexander J. Dessler, hoje na Universidade A&M do Texas, e Christopher T. Russell, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, publicaram um gråfico de estimativas de massas ao longo dos anos e brincaram que Plutão desapareceria completamente em 1984.
Entre 1985 e 1990, a Ăłrbita da lua de PlutĂŁo, Caronte, estava inclinada em direção Ă Terra, e eclipses permitiram que os astrĂŽnomos medissem os diĂąmetros deles mais diretamente. Mas a superfĂcie de PlutĂŁo pode alcançar a temperatura relativamente agradĂĄvel de 182 °C negativos, quente o suficiente para que algum gelo de metano e nitrogĂȘnio evapore e crie uma atmosfera, e a atmosfera distorce a luz.
Assim, o verdadeiro diĂąmetro de PlutĂŁo continua incerto.
Ăris estĂĄ cerca de trĂȘs vezes mais afastado do Sol que PlutĂŁo, Ă© muito mais frio e quase completamente sem atmosfera. Por isso os astrĂŽnomos podem saber o tamanho de Ăris com maior precisĂŁo.
Uma medição precisa de Plutão virå em 2015, quando a espaçonave New Horizons da Nasa voar perto dele.
Um tamanho menor de Ăris na verdade o tornaria mais interessante, disse Brown. Com menos ĂĄrea de superfĂcie, ele teria de refletir quase toda a luz que o atinge para explicar o brilho que se deduziu que tivesse. E ele deve ter uma fina camada de metano e nitrogĂȘnio gelados -remanescentes de uma atmosfera rarefeita que congelou quando Ăris afastou sua Ăłrbita do Sol.
A medida de ocultação Ă© a Ășltima surpresa do CinturĂŁo de Kuiper, um anel de detritos de gelo alĂ©m de Netuno.
Outros objetos no cinturĂŁo que Brown descobriu mostraram que o sistema exterior Ă© mais curioso do que se poderia esperar. Um deles Ă© o Haumea, um planeta-anĂŁo que Ă© extremamente alongado e gira muito depressa, uma vez a cada quatro horas.
Além do Cinturão de Kuiper, mais mistérios aguardam.
Os astrĂŽnomos querem encontrar mais objetos como Sedna, que Brown descobriu em 2003. Sedna estĂĄ atualmente cerca de trĂȘs vezes mais distante do Sol que Netuno. E alĂ©m dele estĂĄ a nuvem de Oort, uma coleção de corpos que os astrĂŽnomos ainda nĂŁo encontraram, mas estĂŁo absolutamente certos de sua existĂȘncia.
Um desses objetos mais distantes poderia ser maior que um ou mais dos oito planetas restantes, o que poderia reacender o debate sobre o que se deve chamar de planeta.
Fonte: Folha de S.Paulo - 31/01/11.
MatĂ©ria original em inglĂȘs:
http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9903EFDC173CF932A25752C0A9679D8B63&ref=kennethchang
Imagem - fonte: http://www.pollsb.com/.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
CONTINUAMOS ERRANDO PROPOSITALMENTE...! HERRAR Ă UMANO!
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