TURMAS CIENTISTAS
26/08/2009 -
TURMAS DO FM
CONTROLE MUNDIAL DE PANDEMIA VIRTUAL
The games -
The Great Flu: http://www.thegreatflu.com/
SwineFighter: http://www.swinefighter.com/
A gripe suĂna, ou ânova gripeâ, ou âgripe Aâ, o assusta? Pois agora Ă© possĂvel se divertir com ela. Holandeses criaram um jogo na internet em que o usuĂĄrio faz as vezes de diretor de uma instituição mundial de controle da doença. O objetivo Ă© evitar uma nova pandemia. Lembra muito o War, clĂĄssico jogo de tabuleiro. SĂł que Ă© on-line e de graça.
Inspirados pela gripe suĂna, cientistas holandeses criaram um jogo que desafia os usuĂĄrios a conter uma nova pandemia, no melhor estilo do famoso jogo de tabuleiro âWarâ. Em The Great Flu (http://www.thegreatflu.com/), vocĂȘ assume a direção da organização fictĂcia âControle Mundial de Pandemiaâ (algo como a Organização Mundial de SaĂșde), escolhe seu adversĂĄrio â um tipo de vĂrus â e acompanha o seu alastramento pela população. A cada fase, os jogadores podem usar sistemas de vigilĂąncia â atĂ© fechar aeroportos e escolas â e decidir estocar antivirais e vacinas. AlĂ©m de acertar as medidas, os usuĂĄrios nĂŁo podem sair gastando quanto querem: tĂȘm que se manter dentro de um orçamento. Outro desafio Ă© avaliar a adesĂŁo dos habitantes a medidas nem sempre populares. SĂł nĂŁo tem ĂĄlcool gel nas escolas.
Um dos atributos curiosos do game Ă© a diferenciação entre os paĂses. Tente, por exemplo, implantar a medida âSistema de alerta preventivoâ no Brasil. Um alarme soa e aparece a mensagem âNĂŁo existe infraestrutura suficiente para um sistema de alerta preventivoâ. Na Europa e nos Estados Unidos, sem problemas.
Se vocĂȘ nĂŁo tem muita paciĂȘncia para a complexidade do The Great Flu, uma opção mais leve Ă© o SwineFighter (http://www.swinefighter.com/). Basta usar a rapidez e vacinar porquinhos voadores. E nem precisa passar ĂĄlcool gel no seu mouse.
Rafael Pereira - Bombou na Web (http://www.bombounaweb.com.br) - Fonte: Ăpoca - Edição 588.
JOGO VIRA HIT NA INTERNET
Impulsado pela atual preocupação mundial com a gripe suĂna, um jogo de computador inspirado nas gripes estĂĄ fazendo sucesso na internet.
Criado por mĂ©dicos holandeses, o game The Great Flu (a grande gripe) exige dos jogadores que assumam o papel da OMS (Organização Mundial da SaĂșde) e controlem uma epidemia mundial da doença.
O jogo estĂĄ disponĂvel na pĂĄgina http://www.thegreatflu.com/ e pode ser utilizado gratuitamente. EstĂĄ disponĂvel apenas em inglĂȘs.
Antes de começar a partida, os internautas escolhem um dos cinco hipotĂ©ticos vĂrus da gripe, cada um com um nĂvel diferente de agressividade.
Os jogadores então precisam tomar medidas como estocar antivirais e vacinas, comprar måscaras, investir em campanhas de esclarecimento da população e em pesquisas que buscam encontrar a vacina, distribuir cientistas pelo mundo e fechar escolas e aeroportos. As decisÔes variam conforme o continente escolhido.
Na luta contra a epidemia mundial de gripe, os jogadores contam com um orçamento limitado. O dinheiro disponĂvel diminui na medida em que as decisĂ”es sĂŁo postas em prĂĄtica.
A quantidade de pessoas infectadas e mortas pela doença aparece em tempo real. A evolução desses nĂșmeros tambĂ©m depende dos movimentos feitos pelo jogador.
O game da gripe busca ser tão realista que påginas de jornais noticiando os esforços dos governos e os protestos da sociedade aparecem na tela a todo momento.
Cientista respeitado
O jogo The Great Flu foi lançado em março deste ano, um mĂȘs antes da divulgação dos primeiros casos de gripe suĂna no MĂ©xico.
"à justamente o que estå acontecendo agora no mundo real", afirma o médico Albert Osterhaus, da Universidade Erasmus, de Roterdã, um dos criadores do jogo online.
Osterhaus Ă© um dos virologistas mais respeitados do mundo. Foi ele quem desvendou os mecanismos de funcionamento do vĂrus da Sars (sĂndrome respiratĂłria aguda grave), a doença que aterrorizou o planeta em 2003.
De acordo com o mĂ©dico, o jogo ajuda as pessoas a entender o quĂŁo difĂcil Ă© para as autoridades tomar decisĂ”es sobre a saĂșde pĂșblica em momentos de crise como o atual.
Segundo dados divulgados anteontem pela OMS, jĂĄ foram registrados neste ano mais de 180 mil casos de gripe A em todo o mundo e 1.799 mortes.
No Brasil, de acordo com as Ășltimas estatĂsticas do MinistĂ©rio da SaĂșde, houve 368 mortes causadas pelo vĂrus H1N1 atĂ© o momento.
Fonte: Folha de S.Paulo - 23/08/09.
03 DE SETEMBRO - DIA DO BIĂLOGO
30 anos dedicados Ă vida, em todas as suas formas.
Em 2009, o Biólogo comemora 30 anos de regulamentação de sua profissão e 75 anos do primeiro curso de biologia no Brasil.
O BiĂłlogo Ă© o profissional que realiza pesquisas e serviços relativos Ă sustentabilidade do planeta e Ă vida, em todas as suas formas. Por meio de sua atuação nas ĂĄrea de meio ambiente, saĂșde, biotecnologia e produção, ele participa do desenvolvimento cientĂfico, tecnolĂłgico, econĂŽmico e social do paĂs.
http://www.cfbio.org.br/
PORCAS BORBOLETAS
Acaba de entrar em órbita o novo disco do Porcas Borboletas, "A Passeio". Segundo CD da banda, o trabalho serå lançado primeiro no portal Fora do Eixo. Com participação de nomes como Arrigo Barnabé, Leandra Leal, Paulo Barnabé e Bocato, o som da banda mineira pode ser ouvido em http://compactorec.foradoeixo.org.br/.
Lupa - Fonte: O Tempo - 23/08/09.
Porcas Borboletas - http://porcasborboletas.com.br/
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
CLĂSSICOS DO MUNDO CORPORATIVO
Ah, o mundo corporativo seria uma beleza, nĂŁo fosse a existĂȘncia de um persistente grupinho chamado âos outrosâ. Quando tudo estĂĄ tranquilo, quando tudo parece melhorar, quem surge para atrapalhar? Os outros. SĂŁo o calo em nosso sapato profissional. A catarata em nossa visĂŁo de longo prazo.
DICAS DO MAX GEHRINGER - Em ClĂĄssicos do mundo corporativo, Max ensina a se dar bem no trabalho (Editora Globo, R$ 12,50).
Fonte: Ăpoca - Edição 588.
Detalhes:
http://www.submarino.com.br/produto/1/21338669/classicos++do+mundo+corporativo
O PAI DOS BURROS
Palavras e expressĂ”es clichĂȘs para jogar no lixo. Novo livro de Humberto Werneck traz 4.640 clichĂȘs que devem ser evitados por quem deseja escrever um bom texto.
âĂ um estouro da boiadaâ, diz Humberto Werneck. O jornalista refere-se ao grande nĂșmero de pessoas expressando-se pela escrita desde que mandar um e-mail se tornou tĂŁo corriqueiro como escovar os dentes. Suspende o raciocĂnio. Fica com cara de menino dando nĂł em rabo de gato. E começa a virar as pĂĄginas de um pequeno livro de capa azul. âSerĂĄ que estouro da boiada estĂĄ aqui?â, diz, mais para si mesmo. âNĂŁo estĂĄ em boiada. Talvez eu tenha botado em estouro.â NĂŁo encontra. âVocĂȘ estĂĄ vendo como Ă© esse negĂłcio?â Larga o livro. Prossegue dizendo que hoje, atĂ© para xavecar alguĂ©m, escrever Ă© preciso. Mais tarde, pega um guardanapo do restaurante, um quilo chique da regiĂŁo do Itaim, em SĂŁo Paulo, para anotar. Pronto, o lugar-comum vai para o matadouro.
Ă um vĂcio? âNĂŁo, um carmaâ, diz ele. HĂĄ quase 40 anos Werneck nĂŁo pode ver uma frase feita passar pela sua frente sem agarrĂĄ-la pelo pescoço e enfiĂĄ-la num envelope pardo. Tornou- -se um âgariâ, ao recolher o lixo produzido pelo mau uso da lĂngua. Começou meio por acaso, na redação do Jornal da Tarde, e virou uma obsessĂŁo a persegui-lo por redaçÔes como Playboy e Jornal do Brasil. Ele lança O Pai Dos Burros â DicionĂĄrio De Lugares-Comuns E Frases Feitas (ArquipĂ©lago Editorial, 208 pĂĄginas, R$ 29), uma coletĂąnea com os 4.640 clichĂȘs capturados desde o inĂcio dos anos 70. Ă um âburrinhoâ despretensioso, que se limita a listar as palavras e os respectivos chavĂ”es (mal) construĂdos com elas. MĂŁo, por exemplo, Ă© o vocĂĄbulo que rendeu o maior nĂșmero de espĂ©cimes: 47. Tornou-se quase uma gincana brincar com a palavra âmĂŁoâ sem escorregar num jargĂŁo.
Os clichĂȘs sĂŁo as figurinhas carimbadas do idioma. Quando cada um deles surgiu no horizonte das letras, foi considerado uma tacada de mestre. Expressava tĂŁo bem uma ideia que caiu no gosto do pĂșblico e gastou-se de tanto andar na boca e nos textos de gente sem papas na lĂngua. Cada palavra que hoje nĂŁo fede nem cheira teve ontem seus dias de glĂłria. Ao cair em desgraça, arrasta para a sarjeta os desavisados que a repetem â na prosa, na poesia, em palestras, discursos ou na mesa de bar.
Lançar mĂŁo de clichĂȘs Ă© chover no molhado. Tudo o que um escritor que se preze nĂŁo deseja nem para o pior inimigo. A receita do sucesso de um texto exemplar começa pela execução sumĂĄria dos clichĂȘs. Mas a tarefa Ă© ĂĄrdua. Criaturas traiçoeiras, de tanto serem repetidos, os lugares-comuns se instalam no inconsciente coletivo e sĂŁo os primeiros a assomar na ponta da lĂngua â e dos dedos â na hora do aperto. Se essas ervas daninhas do idioma de CamĂ”es saltarem dali para o mundo, por mais originais que sejam os pensamentos do autor, ganham ares de ideia amarelecida pelo tempo. A obra meritĂłria de Werneck tem por espinhosa missĂŁo estimular cada escritor, seja de e-mail ou de livro, a aprisionar os surrados jargĂ”es entre os dentes, fazer uma rĂĄpida e rasteira consulta e salvar-se do inferno das mal traçadas linhas.
Se vocĂȘ chegou ao fim dos dois parĂĄgrafos anteriores, agora sabe como um texto pode ser ruim quando abusa dos clichĂȘs. O jornalista americano H.L. Mencken, frasista dos mais originais, afirmava que o uso de clichĂȘs estĂĄ ligado ao âmedo do desconhecidoâ. Em vez de se arriscar a um novo jogo de palavras, as pessoas preferem escorar-se no mais seguro. Em The Penguin dictionary of clichĂ©s, a britĂąnica Julia Cresswell define os clichĂȘs como âas expressĂ”es que pensam por nĂłsâ. A filĂłsofa alemĂŁ Hannah Arendt escreveu que âclichĂȘs, frases feitas, adesĂŁo a cĂłdigos de expressĂŁo e conduta convencionais e padronizadas tĂȘm a função socialmente reconhecida de proteger-nos da realidadeâ. AlĂ©m das palavras, tambĂ©m a vida pode se transformar num clichĂȘ, se nos resignarmos a repetir o que jĂĄ deu certo para um outro.
O mineiro Humberto Werneck tem o que chama de âgosto por palavrasâ. Desde menino Ă© um leitor de dicionĂĄrios. JĂĄ desceu de um ĂŽnibus no meio do trajeto para correr Ă grĂĄfica: encontrara a palavra exata para uma frase do livro no prelo. Gastou semanas buscando vocĂĄbulos que, pelo som, carregassem o leitor para âum mormaço sonolentoâ em uma Ășnica frase. Levou 17 anos para escrever seu livro anterior, O santo sujo â A vida de Jayme Ovalle (CosacNaify, 2008). âEspero que esse dicionarinho sirva como um modo de nĂŁo usarâ, diz.
Quem imagina um colecionador de clichĂȘs como um daqueles sujeitos cujo nariz nem Pitanguy conseguiria destorcer, nada mais distante da figura doce e bem-humorada de Werneck. Dono de um dos textos mais bem-acabados da imprensa brasileira, ele tem credenciais para a empreitada. Ă reconhecido por prender o leitor atĂ© o ponto final. Sua padroeira, como ele brinca falando sĂ©rio, Ă© a Sherazade das Mil e uma noites. âSe o leitor largar meu texto pela metade, eu serei decapitado!â A coletĂąnea de Werneck pode nos ajudar a nĂŁo perder nem o leitor nem a cabeça.
Eliane Brum - Mente Aberto - Fonte: Ăpoca - Edição 588.
Detalhes:
http://www.arquipelagoeditorial.com.br/?p=prelo-ver&id=69
SOB A LUPA DO ECONOMISTA
Ă luz da economia. Por que a "ciĂȘncia lĂșgubre" continua a ser uma arma poderosa da razĂŁo e da polĂtica.
O ensaĂsta britĂąnico Thomas Carlyle (1795-1881) chamou a economia de "a ciĂȘncia lĂșgubre" (the dismal science, no original). Isso foi hĂĄ 150 anos, mas a cada crise os economistas voltam a ser alvo de galhofa e de escĂĄrnio, inclusive por parte dos prĂłprios economistas, por causa dos erros eventuais de suas anĂĄlises e modelos teĂłricos. NĂŁo foi de outra maneira na recente tormenta financeira, ao ponto de a revista inglesa The Economist ter ironizado: "De todas as bolhas econĂŽmicas que estouraram, poucas o fizeram tĂŁo espetacularmente como a prĂłpria reputação da ciĂȘncia econĂŽmica". Ă uma avaliação dura e um tanto injusta. O entendimento de como funcionam os mercados evoluiu tremendamente nos Ășltimos dois sĂ©culos, colaborando de maneira inequĂvoca para o aprimoramento da qualidade de vida em boa parte do planeta. Apesar de as incertezas e as crises serem implĂcitas Ă sua atividade, os economistas conseguem hoje explicar com clareza diversos fenĂŽmenos nĂŁo apenas econĂŽmicos, mas tambĂ©m sociais e comportamentais.
Uma Ăłtima â e em nada lĂșgubre â introdução ao que de mais atual existe sobre o pensamento econĂŽmico estĂĄ no recĂ©m-lançado Sob a Lupa do Economista (Campus/Elsevier; 248 pĂĄginas; 59,90 reais), de Carlos Eduardo Gonçalves e Mauro Rodrigues. Os autores, ambos jovens professores da USP, tiveram como inspiração sucessos internacionais como Freakonomics e O Economista Clandestino ao escrever um livro divertido e que recorre a exemplos inusitados, muitos deles do cotidiano, para ilustrar conceitos essenciais e apresentar os resultados de pesquisas recentes, sobretudo no campo da economia comportamental. Economistas sĂŁo usualmente vistos como profissionais que tratam de assuntos de digestĂŁo difĂcil â como taxa de juros, cĂąmbio e contas pĂșblicas. Esses temas aparecem nas pĂĄginas de Sob a Lupa, mas o livro conta tambĂ©m o que novos estudos tĂȘm a dizer sobre fatos tĂŁo diversos como a mĂ©dia de gols nos jogos de futebol, o comportamento dos terroristas, os fĂŁs de Harry Potter e as multas de trĂąnsito dos diplomatas que moram em Nova York. O livro Ă© composto de capĂtulos breves (ou crĂŽnicas). O estilo Ă© similar ao de Economia sem Truques, lançado no ano passado e que tambĂ©m teve Gonçalves como um dos autores. O novo livro, no entanto, Ă© mais abrangente e ainda melhor.
No quadro abaixo, hĂĄ exemplos de alguns episĂłdios narrados no livro e as liçÔes deixadas por eles. Um deles conta como a Revolução Gloriosa (1688) impĂŽs a disciplina fiscal aos monarcas britĂąnicos, permitindo a queda dos juros â exemplo lapidar de como um avanço institucional favorece o crescimento. Outro capĂtulo conta como o protestantismo estimulou a alfabetização na Europa a partir do sĂ©culo XVI. Mais que a Ă©tica protestante de que falou o sociĂłlogo alemĂŁo Max Weber, essa teria sido a contribuição fundamental da religiĂŁo para a ascensĂŁo do capitalismo e o desenvolvimento econĂŽmico. A insensatez das campanhas de ajuda Ă Ăfrica promovidas por celebridades, que redundam em nada por carecer de lĂłgica econĂŽmica mĂnima, Ă© tema de uma crĂŽnica ĂĄcida. O livro tambĂ©m explica como os erros dos governos (e nĂŁo apenas a ganĂąncia e a irresponsabilidade dos bancos) permitiram que estourasse a crise financeira atual.
Mais que oferecer um compĂȘndio de curiosidades, Sob a Lupa mostra a força da pesquisa econĂŽmica como ferramenta da razĂŁo â e da polĂtica. "Teorizar Ă© divertido", dizem os autores. "Mas teoria sem suporte dos dados va-le pouca coisa, pois na prĂĄtica quem escolhe o rumo das polĂticas pĂșblicas precisa conhecer a eficĂĄcia concreta de cada medida em particular." Apenas essa jĂĄ seria uma contribuição luminosa dos economistas.
CRĂNICAS ECONĂMICAS E SUAS LIĂĂES:
RISCO SOBERANO
Os reis ingleses viviam endividados, mas nĂŁo viam problema nisso, porque davam calote sem o menor pudor. Em 1688, com a Revolução Gloriosa, os monarcas deixaram de estar acima da lei. Resultado: o governo, que antes precisava pagar juros de ao menos 10% ao ano para se endividar, viu as taxas caĂrem para 3%, porque diminuiu o risco de inadimplĂȘncia.
A BOMBA EXPLODIU
No filme Dr. FantĂĄstico (1964), a mĂĄquina do juĂzo final ativa o arsenal soviĂ©tico ao menor sinal de um ataque americano. O dispositivo, paradoxalmente, ajuda a manter a paz, porque dissuade os bombardeios. Da mesma maneira, os bancos deveriam ter restringido emprĂ©stimos e evitado o estouro da crise atual. Mas deixaram a bomba explodir, porque sabiam que haveria o socorro governamental.
BĂSICO INSTINTO
Em uma reuniĂŁo do FĂłrum EconĂŽmico Mundial, Sharon Stone foi Ă s lĂĄgrimas ao "saber" que milhĂ”es de crianças morrem de malĂĄria na Ăfrica por causa da falta de mosquiteiros. A atriz lançou uma campanha pela doação de recursos para a compra dos mosquiteiros. A iniciativa foi inĂștil. Os tecidos comprados foram parar nos mercados populares africanos e viraram vĂ©us para vestidos de noiva.
BĂBLIA DO DESENVOLVIMENTO
Max Weber (1864-1920) argumentou que a Ă©tica protestante, ao contrĂĄrio da catĂłlica, era favorĂĄvel Ă acumulação de riquezas. Isso explicaria o maior desenvolvimento de paĂses protestantes. Mas estudos recentes revelam que, com a Reforma Protestante (sĂ©culo XVI), os fiĂ©is foram estimulados a ler a BĂblia. O analfabetismo diminuiu, e o maior nĂvel de estudo (e nĂŁo a "Ă©tica") estimulou o desenvolvimento.
Giuliano Guandalini - Fonte: Veja - Edição 2127.
Detalhes:
http://www.siciliano.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=2661878&ID=C915C6917D908110E2E3B1116&FIL_ID=102&pac_id=26968&gclid=COOnvPWRupwCFRBM5QodsBuyog
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