CRIATIVIDADE NO MARKETING
02/10/2010 -
NOSSOS COLUNISTAS
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PROFESSOR TOM COELHO
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Perfume, CRM e Ă©tica
*por Tom Coelho
âSe nĂŁo tomarmos cuidado, no prĂłximo milĂȘnio nĂŁo vamos ter nem Ă©tica
nem dignidade no dicionĂĄrio portuguĂȘs. SerĂŁo substituĂdas por esperteza.â
(AntĂŽnio ErmĂrio de Moraes)
Em minhas palestras, gosto de utilizar recursos como trechos de mĂșsicas e filmes, dinĂąmicas e participação da platĂ©ia, para tornĂĄ-las interativas. E um filme em especial sempre me acompanha: âPerfume de Mulherâ, de 1992, onde Al Pacino vive um cego e arrogante tenente-coronel reformado do exĂ©rcito.
Numa das cenas mais antolĂłgicas da histĂłria do cinema, Pacino convida uma jovem para dançar tango, numa seqĂŒĂȘncia que acrescenta Ă sua beleza plĂĄstica uma verdadeira aula de iniciativa, persistĂȘncia e autoconfiança, dentre outras atitudes igualmente virtuosas.
Embora eu faça uso deste filme regularmente, atĂ© hoje nĂŁo consegui adquiri-lo, pois desde o ano passado estĂĄ indisponĂvel para venda. E sua locação Ă© uma tarefa hercĂșlea: poucas locadoras dispĂ”em de uma cĂłpia em DVD.
Minha Ășltima locação demandou trĂȘs longas horas de busca em 6 diferentes redes de vĂdeo-locadoras e terminou com algumas liçÔes interessantes que gostaria de compartilhar com vocĂȘs.
Customer Relationship Management
A Administração Ă© prĂłdiga em nos legar, periodicamente, tĂ©cnicas de gestĂŁo formuladas por grandes gurus, desenvolvidas normalmente nos Estados Unidos, e vendidas com a promessa de revolucionar as estruturas corporativas, elevar a eficiĂȘncia e melhorar o resultado das empresas. SĂŁo tĂ©cnicas de serviço empacotadas, com nomes em inglĂȘs e a preço de ouro, capazes de produzir livros altamente vendĂĄveis e seminĂĄrios rentĂĄveis em auditĂłrios lotados.
Nada tenho contra estas tĂ©cnicas. Afinal, ajudam a movimentar a engrenagem da Economia no mundo. Empresas de consultoria e software sĂŁo criadas com o fim especĂfico de colocar aquelas novas regras em funcionamento. Surge o consultor que desenvolve, o que customiza, o que implementa, o que faz o pĂłs-venda e o que dĂĄ suporte quando tudo o que os demais fizeram nĂŁo funciona. Ă s vezes, dez anos depois o tal mĂ©todo mostra-se um desastre, e seu autor reaparece, dizendo ter sido âmal compreendidoâ, como ocorreu com Michael Hammer e sua Reengenharia. Ă© claro que o tal autor ressurge com uma nova retĂłrica, igualmente revolucionĂĄria, reproduzindo todo o ciclo jĂĄ descrito.
O CRM, ou Customer Relationship Management, lembra-me um pouco isso. Primeiro, que em nada difere da CZA, ou Caderneta do Zé do Armazém, muito praticada em território tupiniquim hå vårias décadas. A diferença é que o Zé efetivamente conhecia seus clientes, que ele chamava de fregueses, coisa que o CRM capitula em fazer.
Vamos aos exemplos. Eu tenho um certo âcartĂŁo de fidelidadeâ de uma rede supermercadista. Chama-se CartĂŁo Mais, mas eu nĂŁo sei onde fica o plus prometido. AliĂĄs, equivoco-me. Em meu aniversĂĄrio, graças a esta maravilha tecnolĂłgica, fui parabenizado pela atendente no Caixa. Ademais, lembro-me de, em meio a dezenas de compras realizadas, ter sido agraciado com um desconto de alguns centavos que sequer serviriam para engordar a gratificação dada ao garoto que empacotava as mercadorias.
Ao tentar alugar âPerfume de Mulherâ em uma das grandes redes que gracejam em SĂŁo Paulo, com 35 unidades apenas na Capital, curiosamente com nome em inglĂȘs e orgulhosa de estar presente em mais de 26 paĂses, descobri que teria que telefonar a cada uma das lojas para descobrir se meu objeto de desejo estaria ou nĂŁo disponĂvel. Ou seja, o sistema da rede nĂŁo Ă© interligado possibilitando uma rĂĄpida pesquisa pelo computador. Pior, embora apregoem ter a maior variedade de tĂtulos e cĂłpias do mercado, um filme vencedor de Oscar, nĂŁo um filme B qualquer, nĂŁo estĂĄ disponĂvel na maior parte das unidades da rede.
Honestamente, o que espero da tecnologia é a possibilidade de desatar nós como este e não um sinal sonoro quando abro a porta do estabelecimento para que alguém me faça uma saudação protocolar de boa noite diante de minha chegada.
O que a Ă©tica tem a ver com isso?
Continuando minha peregrinação pelo tal filme, aportei em uma locadora menos conhecida, com nome em portuguĂȘs e apenas 4 lojas. AlĂ©m de ser bem atendido, prontamente tomaram a iniciativa de consultar as demais unidades, reservando-me o produto e encaminhando-me atĂ© o local.
Mas o curioso estava por vir. Diante de minha firme intenção de adquirir o DVD, fui âconvidadoâ por um funcionĂĄrio da loja a literalmente âsumirâ com o produto, alegando extravio posteriormente e pagando o valor correspondente. De fato, eu resolveria meu problema. PorĂ©m, como ficariam todos os demais clientes daquela vĂdeo-locadora que, um dia, desejassem alugĂĄ-lo?
DesnecessĂĄrio dizer que declinei da proposta. Mas o episĂłdio serviu-me para refletir sobre a tĂȘnue linha que separa grandiosidade e mediocridade nas relaçÔes humanas. Sobre como nossos juĂzos de valor sĂŁo divergentes. E sobre como nossas atitudes, na vida pessoal ou corporativa, indicam quem somos, o que queremos e para onde vamos.
24/10/2003 - Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.tomcoelho.com.br e comunicada sua utilização através do e-mail talento@tomcoelho.com.br
ADM. MARIZETE FURBINO
http://www.marizetefurbino.com/ (Confira o logo do FM - http://www.marizetefurbino.com/parceiros.asp)
Uai, CadĂȘ a Sra. Responsabilidade?
Por Adm. Marizete Furbino
"VocĂȘ nĂŁo consegue escapar da responsabilidade de amanhĂŁ esquivando-se dela hoje."( Abraham Lincoln )
Experimente apontar um dedo Ă sua frente e vocĂȘ perceberĂĄ nitidamente que, ao fazer este ato, trĂȘs dedos estarĂŁo apontados para o seu prĂłprio peito.
No tocante Ă responsabilidade Ă© importante dizer que, quando Ă© responsĂĄvel, o profissional possui a capacidade, a coragem e a dignidade de assumir os seus atos; logo, o profissional que busca transferir a culpa para outrem, estarĂĄ tendo uma atitude no mĂnimo reprovĂĄvel.
Por outro lado, Ă© bom lembrar que como ser humano vocĂȘ estarĂĄ sujeito a errar; o que se deve fazer Ă© assumir os erros por vocĂȘ cometidos e com eles retirar grandes liçÔes, aprendendo sempre com os mesmos.
Nesta linha de raciocĂnio, a empresa que proporciona um clima organizacional saudĂĄvel e Ă© flexĂvel em sua tomada de decisĂŁo, vĂȘ acontecer com mais freqĂŒĂȘncia, por parte de seus colaboradores, o comportamento Ă©tico e desejĂĄvel que Ă© assumir os prĂłprios erros e/ou falhas, em vez de culpar terceiros. Nesse clima empresarial, os colaboradores ficam mais Ă vontade, nĂŁo temendo qualquer receio algum em assumi-los, mesmo sabendo que o mercado nĂŁo permite falhas e que poderĂĄ correr algum risco em assumi-las, como o risco da perda do cargo e/ou mesmo da demissĂŁo.
Vale reiterar que a responsabilidade Ă© uma virtude valiosa em nossa vida e que deve ser cultivada e disseminada, mas nĂŁo diluĂda ou extinta.
Nesta perspectiva, todo profissional que se preze deve ser responsĂĄvel, caso contrĂĄrio estarĂĄ sujeito em um curto perĂodo de tempo a ser esmagado e atĂ© mesmo destruĂdo neste mercado altamente exigente, competitivo e que nĂŁo permite falhas.
O desafio então consiste na capacidade de parar para pensar, analisar os fatos e voltar o olhar para o próprio interior, com a humildade para enxergar as fraquezas e ter o objetivo e a capacidade de provocar mudanças. E isso é decisivo. Quando se deseja mudar fica mais fåcil reconhecer os erros, pois sabe-se que estes servirão para o desenvolvimento e crescimento em nossa vida pessoal, profissional, bem como organizacional.
à quase uma questão de lógica ter em mente que o profissional do século XXI deve ter de forma firme e inabalåvel a concepção de que, quando ele assume um compromisso, deve ele fazer todo esforço para cumpri-lo.
Ă bom lembrar que a responsabilidade nĂŁo pode ser comprada, vendida e/ou transferida; sendo assim, torna-se de suma importĂąncia perceber que hoje o profissional deve adotar de maneira urgente e/ou emergente uma postura responsĂĄvel diante da vida, caso contrĂĄrio estarĂĄ em um curto perĂodo de tempo fadado a fracassar em tudo o que ele realizar.
à indubitåvel que açÔes, cujo pilar seja a responsabilidade, além de ser de fundamental importùncia na rotina de uma empresa, corrobora muito para o desenvolvimento e crescimento organizacional à medida que contagia todos os envolvidos, despertando nestes o desejo de querer fazer, gerando o envolvimento e o comprometimento diante de tudo e de todos.
NotĂłrio Ă© o fato de que profissionais irresponsĂĄveis geralmente sĂŁo insensĂveis. Muitos deles podem ser enquadrados no perfil de psicopatas, onde a insensibilidade e a falta de sentimento de culpa sĂŁo habituais. No entanto, naqueles que nĂŁo tĂȘm esse danoso perfil, mas cuja âirresponsabilidadeâ momentĂąnea pode ter outra causa, se de fato existir, nesses, vale a pena investir. Ăs vezes eles dĂŁo a impressĂŁo de estarem perdidos, nĂŁo sabem de fato qual o seu verdadeiro papel. Ă habitual que desconheçam suas metas e objetivos, nĂŁo sabendo, portanto, qual o caminho a percorrer e nem como caminhar, se perdendo em meio Ă caminhada e sendo derrotado por qualquer pedra e/ou avalanche que porventura aparecer no caminho. Com efeito, torna-se necessĂĄrio enfatizar que ser responsĂĄvel hoje Ă© mais do que uma virtude, constitui uma obrigação.
Um ato irresponsĂĄvel poderĂĄ afetar nĂŁo somente a vida pessoal e profissional, mas afetarĂĄ a vida das pessoas ao redor de quem o cometeu. Portanto, colaborador, Ă© bom ficar atento ao seu comportamento e Ă s suas atitudes, pois, na empresa, nenhum ato julgado irresponsĂĄvel ficarĂĄ impune, podendo com grande probabilidade acabar com sua carreira profissional.
Fazer vocĂȘ profissional pensar e repensar a sua prĂĄxis Ă© um dos objetivos deste texto. NecessĂĄrio se faz lembrar que para vocĂȘ construir seu nome no mercado, demora um perĂodo longo de tempo, mas para vocĂȘ se desmoronar enquanto profissional basta somente alguns minutos e/ou segundos. Todo ato tem conseqĂŒĂȘncia, bom ou ruim, mas tem; portanto, pense, analise e reflita; faça uma auto-anĂĄlise bem criteriosa e veja em que vocĂȘ estĂĄ âpecandoâ, agindo com falta de responsabilidade. Procure se antecipar aos fatos e encontre força para melhorar, antes que a marĂ© venha ao seu encontro e o derrube, provocando assim uma catĂĄstrofe em sua vida.
01/11/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitåria no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
PROFESSOR X
E-BOOK CANIBALIZA LIVRO
Pela primeira vez uma pesquisa aponta que o crescimento nas vendas de e-books começa a canibalizar seus similares em versĂŁo impressa. Amostragem feita pelo Nielsen Bookscan no mercado norte-americano -e exclusivamente na ĂĄrea de romances e ficção cientĂfica- mostra que a venda dos impressos caiu pela primeira vez, enquanto a vendagem dos eletrĂŽnicos mais que dobrou. Em entrevista Ă coluna, Julie Meynink, diretora de desenvolvimento de negĂłcios da instituição, diz que "ainda Ă© cedo para determinar se a canibalização Ă© uma tendĂȘncia inevitĂĄvel no setor".
// Mercado cresceu 180% em 2010
Meynink destaca, porĂ©m, que "os dados" mostram que isso jĂĄ ocorre agora. O mercado de e-books aumentou dez vezes nos EUA desde 2008 e, nos dois Ășltimos trimestres, cresceu 180% em relação a 2009.
Mas a percepção de que e-books estĂŁo avançando sobre o mercados de impressos ainda nĂŁo Ă© consensual. Benedict Evans, do instituto Enders, pondera que seu crescimento "pode variar conforme a demografia e o gĂȘnero dos leitores".
A ascensão dos e-books serå tema de debate na Feira de Livros de Frankfurt, que começa na próxima quarta, inclusive com a exposição dos dados por parte do Nielsen BookScan.
Marcos FlamĂnio Peres - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/10/10.
Nielsen BookScan -
http://www.nielsenbookscan.co.uk/
Feira de Livros de Frankfurt -
http://www.buchmesse.de/en/fbf/
PROFESSORA PASQUALINA
PRĂMIO JABUTI
A CĂąmara Brasileira do Livro (CBL) escolheu os vencedores em 21 categorias do 52Âș PrĂȘmio Jabuti.
Edney Silvestre ficou em primeiro lugar entre os romances com "Se Eu Fechar os Olhos Agora" (Record).
O livro é sua estreia em ficção e conta a história de dois garotos que descobrem o corpo mutilado de uma mulher numa pequena cidade da antiga zona do café fluminense.
Inconformados com a explicação da polĂcia para o assassinato, eles investigam outras possibilidades, com a ajuda de um velho num asilo.
Em seguida, vieram "Leite Derramado", de Chico Buarque, e "Os EspiÔes", de Luis Fernando Verissimo.
Entre as biografias, Ricardo Alexandre ganhou com "Nem Vem que NĂŁo Tem - A Vida e o Veneno de Wilson Simonal" (Globo), sobre o cantor -nascido em 1939 e morto em 2000-, que viu sua popularidade decair apĂłs suspeita de ter sido delator na ditadura.
"Euclides da Cunha: Uma Odisseia nos TrĂłpicos" (AteliĂȘ Editorial), de Frederic Amory, e "Padre CĂcero - Poder, FĂ© e Guerra no SertĂŁo" (Companhia das Letras), de Lira Neto, empataram no segundo lugar. "Bendito Maldito - Uma Biografia de PlĂnio Marcos" (Leya), de Oswaldo Mendes, ficou em terceiro.
Na categoria reportagem, o escolhido foi "O Leitor Apaixonado - Prazeres Ă Luz do Abajur" (Companhia das Letras), de Ruy Castro.
A obra faz uma coletĂąnea de 45 artigos do colunista da Folha, selecionados por Heloisa Seixas e retrabalhados pelo prĂłprio escritor.
"Olho por Olho - Os Livros Secretos da Ditadura" (Record), de Lucas Figueiredo, e "Conversas de Cafetinas" (Arquipélago Editorial), de Sérgio Maggio, ficaram em segundo e terceiro lugares.
Todos os que ficaram em primeiro lugar em suas categorias levam R$ 3.000. Os trĂȘs mais bem avaliados concorrem a Livro do Ano de Ficção e de NĂŁo Ficção.
A cerimĂŽnia ocorre em 4 de novembro. Os dois eleitos ganham R$ 30 mil cada um e uma estatueta.
A partir da próxima terça, uma nova votação estarå aberta na internet.
AtĂ© o dia 31 de outubro, o pĂșblico pode escolher os seus vencedores para melhores livros do ano entre trĂȘs primeiros colocados de algumas categorias do prĂȘmio. A lista para votar estĂĄ em www.premiojabuti.org.br.
Fonte: Folha de S.Paulo - 02/10/10.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php