CRIATIVIDADE NO MARKETING X
15/03/2008 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS (IDĂIAS) INTELIGENTES X
English:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/3145269.stm
http://www.innovation-management.com/downloads/innovation_101_intro.pdf
O barato da Literatura: Uma mĂĄquina que vende livros no meio da estação de metrĂŽ e uma curiosidade que nĂŁo quer calar: como alguĂ©m foi pensar nisso? O criador da idĂ©ia, em funcionamento desde 2003, explica: "Comercializar livros Ă© mais caro do que produzĂ-los, e o objetivo era tornar a leitura mais acessĂvel. Foram mais de dois anos de pesquisas e viagens por vĂĄrios paĂses buscando modelos de negĂłcio", conta FĂĄbio Bueno Netto, presidente da 24x7 (24 horas por dia, 7 dias por semana). A empresa, genuinamente brasileira, tem 21 mĂĄquinas que comportam de 150 a 1500 livros, espalhadas nas estaçÔes de SĂŁo Paulo e do Rio de Janeiro, num shopping no ParanĂĄ e no Clube Hebraica, na capital paulista. No inĂcio eram vendidos 200 exemplares por mĂȘs. Hoje sĂŁo de 12 a 15 mil. Tamanho sucesso tem explicação. "Negociamos direto com as editoras e por isso oferecemos livros para todos os bolsos e gostos. Alguns incluem atĂ© embalagem para presente", diz FĂĄbio. Os preços variam de R$ 1 a R$ 20. Em 2007, a 24x7 foi citada no ranking 101 Innovation Breakthroughs como uma das 101 empresas mais inovadoras.
"Existem blogs no mundo inteiro falando da empresa, clientes nos mandam cartas e e-mails e pais nos ligam dizendo que seus filhos começaram a ler a partir de um exemplar comprado nas måquinas" (Fåbio Bueno Netto).
Fonte: F ComĂ©rcio - Publicação da Federação do ComĂ©rcio do Estado de SĂŁo Paulo - Ano 1 - NĂșmero 1 - Fevereiro e Março - 2008.
Leia mais: http://www.24x7.com.br/website/portifolio_imagem.asp?cod=1819&idi=1&moe=57
PROFESSOR X
ORDEM DE LEITURA - LIVROS MAIS VENDIDOS SĂO DE CARREIRA E FINANĂAS
Os desafios do trabalho, a competitividade e a vontade de ganhar dinheiro tĂȘm levado os profissionais a buscar, nas livrarias, os caminhos para melhorar seu desempenho.
Desenvolvimento de carreira e finanças pessoais foram os temas dos livros de administração e negĂłcios mais vendidos em 2007, segundo levantamento feito pela Folha com grandes livrarias do paĂs. Dos 10 livros mais vendidos, 8 desenvolvem esses assuntos.
A obra mais lida do ano, "O Monge e o Executivo", de James C. Hunter, esteve em muitas prateleiras de desenvolvimento profissional. Segundo a editora Sextante, que publica o livro, foram vendidos 440 mil exemplares em 2007. O autor estå preparando a continuação da história.
A "liderança servidora", princĂpio pregado por Hunter na obra, foi um norte para muitos profissionais. Um desses leitores Ă© o administrador Lars Andreas MĂŒller, 37.
"Se um lĂder se doa aos outros, ele consegue a confiança e o comprometimento da equipe", aprendeu MĂŒller.
Ele incentiva, porĂ©m, uma leitura crĂtica. "Ăs vezes, esses livros sĂŁo idealistas. No mundo corporativo, a aplicação da teoria Ă© difĂcil, devido Ă competitividade e Ă politicagem."
O segundo mais vendido, "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", de Gustavo Cerbasi, aborda finanças pessoais. Foram vendidas mais de 188 mil cópias do livro em 2007, segundo a editora Gente.
Anderson Cavalcante, diretor-executivo da editora, atribui o sucesso da obra à ligação que ela faz entre gestão de finanças e carreira. "O trabalho torna-se mais produtivo quando a pessoa não tem a preocupação de ficar no vermelho."
Presente: "Os Segredos da Mente Milionåria", de T. Harv Eker (editora Sextante), na terceira posição, também aborda finanças.
Rodrigo Pinto, 27, que atua com negociaçÔes estratégicas em uma multinacional de tecnologia, gostou tanto do livro que o presenteou a mais de 20 amigos e colegas.
"O grande desafio é trazer a mudança para dentro de uma organização", diz. Para isso, propÔe praticar todos os dias o que foi aprendido nos livros, como o planejamento para cada inovação.
A årea de finanças é uma das grandes apostas da editora Campus-Elsevier para 2008. A empresa continuarå divulgando o "Guia do Pai Rico", que complementa o livro "Pai Rico, Pai Pobre", de Robert T. Kiyosaki e Sharon L. Lechter -sexto lugar no ranking da Folha.
A ĂĄrea de estratĂ©gia tambĂ©m esteve presente entre os dez mais vendidos: foi representada por "A Arte da Guerra", que ganhou em 2007 uma nova edição da Jardim dos Livros, com tradução direta do chinĂȘs, e por "A EstratĂ©gia do Oceano Azul".
Ăscar Curros - Fonte: Folha de S.Paulo - 09/03/08.
USP ENDURECE REGRAS DE JUBILAĂĂO DE ESTUDANTES
Uma mudança no regimento geral da USP alterou as regras para cancelar a matrĂcula (jubilação) de alunos que deixem de freqĂŒentar cursos.
A partir da nova resolução, assinada pela reitora Suely Vilela, ficaram menores os perĂodos em que o aluno pode permanecer fora da universidade sem perder automaticamente o direito Ă matrĂcula. O prazo caiu de trĂȘs para dois semestres consecutivos sem matrĂcula.
Avaliada desde 2005, a medida foi aprovada pelo Conselho UniversitĂĄrio no Ășltimo dia 4 e passou a vigorar anteontem.
As mudanças, porém, só começam a ser aplicadas aos estudantes que entraram na universidade a partir deste ano. A USP conta com cerca de 50 mil alunos na graduação.
"A intenção da nova regra Ă© identificar com mais antecedĂȘncia aquele aluno que evadiu, para podermos usar essa vaga", disse o professor Quirino Augusto de Camargo Carmello, coordenador da cĂąmara do conselho de graduação que analisou a mudança.
Anualmente, a USP realiza um concurso de transferĂȘncia, para que estudantes de outras instituiçÔes possam ocupar as vagas ociosas.
Outra mudança determinada pelo conselho prevĂȘ que o aluno perde a matrĂcula quando ficar dois semestres seguidos sem nenhum crĂ©dito (ou seja, aprovado em ao menos uma disciplina). O regimento antigo previa atĂ© quatro semestres.
Uma das alteraçÔes mais contundentes do regimento acaba com a possibilidade de o aluno ficar indefinidamente fora da universidade sem perder o vĂnculo de forma definitiva.
O estudante excluĂdo podia pedir reanĂĄlise e, havendo vaga, retomar o curso a qualquer momento (mesmo que 20 anos depois). Agora hĂĄ um limite de cinco anos para isso -e o pedido sĂł poder ser feito uma vez.
Em viagem: A Folha procurou a reitora para comentar a mudança no regimento da universidade, mas a assessoria de imprensa informou que ela estå em viagem oficial e não pÎde conceder entrevista. A instituição não informou quantos alunos são jubilados anualmente.
A reportagem procurou também o DCE (Diretório Central de Estudantes) ontem, mas ninguém da diretoria estava. A Folha deixou recados, mas ninguém da entidade telefonou de volta para o jornal até a conclusão desta edição.
"A mudança no regimento ajuda a controlar problemas causados pela evasão, mas é preciso informar ao aluno quando ele estiver prestes a ser jubilado", diz o presidente da Adusp (Associação dos Docentes da USP), Otaviano Helene.
Helene criticou somente o estabelecimento de prazos para que o estudante apresente pedido para ser reincorporado. "Ă desnecessĂĄrio, porque nĂŁo implica nenhum custo para a universidade."
JosĂ© Ernesto Credendio/FĂĄbio Takahashi â Fonte: Folha de S.Paulo â 13/03/08.
http://www.reitoria.usp.br/reitoria/index.php?q=node/2&nome=noticia&codntc=19550
PROFESSORA PASQUALINA
EDUCAĂĂO - MODELO DE NEGĂCIO
Sistema implantado em Pernambuco aplica princĂpios empresariais na educação. Funciona.
Um lugar sob o comando de "gestores", onde os funcionĂĄrios sĂŁo orientados por metas, tĂȘm o desempenho avaliado dia a dia e recebem prĂȘmios em dinheiro pela eficiĂȘncia na execução de suas tarefas, pode parecer tudo â menos uma escola pĂșblica brasileira. Pois essas sĂŁo algumas das prĂĄticas implantadas com sucesso em um grupo de colĂ©gios estaduais de ensino mĂ©dio de Pernambuco. A experiĂȘncia nĂŁo chama atenção exatamente por seu tamanho â ao todo, sĂŁo 33 escolas do gĂȘnero, com 15 000 alunos â, mas, sim, pelo impressionante progresso dos estudantes depois que ingressaram ali. Como Ă© praxe no local, o avanço foi quantificado. Os alunos sĂŁo testados na entrada, e quase metade deles tirou zero em matemĂĄtica e notas de 1 a 2 em portuguĂȘs. Isso numa escala de zero a 10. Depois de trĂȘs anos, eles cravaram 6 em tais matĂ©rias, em uma prova aplicada pelo MinistĂ©rio da Educação (MEC). Em poucas escolas pĂșblicas brasileiras a mĂ©dia foi tĂŁo alta â o que despertou o interesse de especialistas. De saĂda, hĂĄ uma caracterĂstica que as distingue das demais: elas sĂŁo administradas por uma parceria entre o governo e uma associação formada por empresĂĄrios da regiĂŁo. DaĂ as semelhanças com o mundo corporativo. Resume Thereza Barreto, diretora de uma das escolas: "Como qualquer administrador Ă frente de uma organização, preciso entregar resultados. Neste caso, alunos bem formados".
O programa, implantado hĂĄ quatro anos por iniciativa dos empresĂĄrios e que agora colhe os resultados, nĂŁo Ă© o primeiro no paĂs a aplicar esse tipo de cartilha nas escolas â mas, certamente, Ă© o que fez isso de maneira mais radical. Os professores, por exemplo, sĂŁo avaliados em quatro frentes: recebem notas dos alunos, dos pais e do diretor e ainda outra pelo cumprimento das metas acadĂȘmicas. Aos melhores, Ă© concedido bĂŽnus no salĂĄrio. Diretores Ă frente de uma escola cujos alunos nĂŁo avançam nas mĂ©dias, por sua vez, sĂŁo removidos do cargo. JĂĄ estudantes como JĂ©ssica SimĂ”es de Andrade, 17 anos, assinam um contrato na hora da matrĂcula, por meio do qual se tornam responsĂĄveis pela preservação de laboratĂłrios e salas de aula. Filha de uma empregada domĂ©stica e de um mecĂąnico que nĂŁo passaram do ensino fundamental, JĂ©ssica acaba de passar no vestibular de quatro universidades. Optou pelo curso de quĂmica industrial da Federal de Pernambuco: "Cheguei a achar que nĂŁo dava para os estudos". Ela e outros 77% dos jovens desses Centros de Ensino Experimental (CEE), como as escolas sĂŁo conhecidas, vĂȘm de famĂlias cuja renda nĂŁo passa de dois salĂĄrios mĂnimos por mĂȘs. AtĂ© entĂŁo, eram apenas maus alunos, com pouco ou nenhum interesse pela sala de aula.
O que os fez, afinal, entusiasmar-se tanto pelos estudos? Um grupo de professores de bom nĂvel, nĂŁo hĂĄ dĂșvida, foi um fator determinante. Em meio a milhares de concursados no estado, esses foram escolhidos a dedo, tal como os diretores. Todos passaram por uma prova de conhecimentos especĂficos, sĂŁo formados nas ĂĄreas em que lecionam e 83% tĂȘm uma especialização ou mesmo um mestrado â raridade no cenĂĄrio das escolas pĂșblicas do paĂs. Por contrato, eles ainda prometem dedicação exclusiva Ă escola, o que lhes garante tempo para atender pais e alunos e preparar as aulas. Essa Ă© tambĂ©m uma prĂĄtica bĂĄsica, mas incomum no Brasil. Cada aula segue um roteiro bem amarrado. O professor Djair da Silva, hĂĄ quinze anos na rede pĂșblica e hĂĄ quatro no CEE, traduz o clima de seus colegas de lĂĄ: "Voltar para a escola pĂșblica tradicional, nem pensar". Djair e os outros professores nĂŁo sĂł tĂȘm credenciais mĂnimas para ensinar suas respectivas matĂ©rias como ainda sĂŁo capazes de surpreender os estudantes com assuntos normalmente repudiados, entre eles ciĂȘncias e matemĂĄtica. AlĂ©m de medidores objetivos da eficĂĄcia dessas aulas, outra evidĂȘncia de seu sucesso vem do depoimento de estudantes como Bruno Leonardo, 16 anos: "Adoro estar na escola".
A exemplo do que ocorre em paĂses onde a educação funciona, Bruno e os colegas passam nove horas na escola â e nĂŁo quatro, como nos demais colĂ©gios brasileiros. Isso, evidentemente, ajuda. Ă exceção de bons laboratĂłrios de ciĂȘncias e de computadores, nĂŁo hĂĄ nada de especial nas instalaçÔes. O que diferencia esses prĂ©dios de tantos outros da rede pĂșblica Ă©, basicamente, sua extrema limpeza e conservação. NĂŁo se trata de um programa caro: o gasto por aluno, rateado entre o governo e os empresĂĄrios, sai por algo como 2 500 reais ao ano â bem menos do que custa um aluno de escola pĂșblica em paĂses como Chile e CorĂ©ia do Sul. Ainda assim, no caso de Pernambuco, isso representa 60% mais dinheiro do que consome um estudante de qualquer outro colĂ©gio estadual. Para multiplicar essas escolas Ă s centenas, portanto, cabe a cada estado fazer as contas e ir atrĂĄs de verbas privadas. Alguns deles, como MaranhĂŁo e CearĂĄ, estĂŁo justamente nesse ponto. De todo modo, o caso dos CEEs pernambucanos ajuda a reforçar a idĂ©ia de que, na educação, grandes avanços podem resultar de um conjunto de medidas simples â algumas delas atĂ© pouco dispendiosas. Eis o efeito na vida de Lucielle Laurentino, 18 anos, criada na roça pelos avĂłs, hoje na faculdade de geografia: "Quando pensava no futuro, eu me via plantando cafĂ©. Hoje sonho com um Ph.D.".
Fonte: Veja - Edição 2051.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php