TURMAS HERĂICAS
19/01/2012 -
TURMAS DO FM
SUPER-HERĂIS REAIS
English / Video:
http://www.nytimes.com/2011/12/26/us/crusaders-take-page-and-outfits-from-comics.html
"Voltagem Vermelha" e mais dois de seus colegas mascarados que lutam contra o crime se aproximavam de um cruzamento, na capital do Estado de Utah, nos Estados Unidos, quando um carro repentinamente parou ao lado do grupo. A janela do veĂculo foi abaixada e alguĂ©m do lado de dentro gritou: "Ei, super-herĂłis, adoro vocĂȘs!".
A sociedade se vĂȘ envolvida por revistas em quadrinhos e grupos de escoteiros. SĂŁo eles um bando de expedicionĂĄrios autosselecionados e prontos para proteger a cidade de Salt Lake City - alguns com capas, outros sem, mas todos com algo a provar.
Esses "perambuladores" estão em cidades norte-americanas como Boston, São Francisco, Milwaukee, Minneapolis e até na Austrålia. Mas ainda é um mistério se eles estão tornando o mundo mais seguro ou mais estranho.
Algumas dessas pessoas comuns saem com bastĂ”es, sprays de pimenta e atĂ© porretes policiais. Outros carregam apenas seus telefones celulares para avisar Ă polĂcia se virem alguma ação suspeita.
Quem são eles. O "Voltagem Vermelha" - aquele que acenou para o carro onde estava uma pessoa que o admirava - é o agente imobiliårio Roman Daniels, 23. Quando estå coberto da cabeça aos pés com a roupa de couro vermelha e preta e com o rosto escondido por uma mascara de lycra, Daniels confessa que encarna o personagem.
Mesmo se questionando sobre sua prĂłpria iniciativa herĂłica, o agente imobiliĂĄrio Ă© lĂder de um grupo de Salt Lake City chamado de Black Monday Society (em portuguĂȘs, "Sociedade da Segunda-feira Negra"), que, hĂĄ dois anos, patrulha as ruas da cidade norte-americana.
No caso de Mike Gailey, 31, um ex-guarda-costas corpulento de um clube de strip-tease, seu personagem vingador atende pelo nome de "Asylum". Para Gailey, fazer parte da Black Monday Society Ă© uma tentativa de compensar seu passado de coletor de dĂvidas, quando trabalhava para traficantes.
"Eu era um bandido. HĂĄ muitos de nĂłs que sĂŁo como eu, tentando recuperar tempo perdido e compensar erros do passado", explica o ex-garoto-problema.
Outro patrulha do grupo de "super-herĂłis" se descreve como antigo membro de gangue. O cofundador do Black Monday Society Dave Montgomery, tatuador conhecido como "Niilista em Couro Negro", Ă© ex-alcoĂłlatra e colocou a mĂĄscara quando parou de beber.
O fato de os vingadores terem problemas pessoais pode atĂ© ser considerado uma tradição de honra. Ă importante lembrar que essas caracterĂsticas estĂŁo presente atĂ© nos herĂłis da ficção. O Super-Homem, por exemplo, foi enviado Ă Terra por seus pais. Os X-Men sĂŁo mutantes discriminados.
Segundo Montgomery, as mascaras estĂŁo em todo lugar e Ă© sĂł as pessoas começarem a prestar atenção. O "Niilista" reconhece que as fantasias podem parecer peças de Halloween e que, por vezes, as roupas fizeram dos patrulheiros verdadeiros alvos de chacota e bullying. Mas, segundo o "super-herĂłi", o uso da inteligĂȘncia e da razĂŁo quase sempre elimina a tensĂŁo entre os patrulheiros e os ocasionais bĂȘbados em busca de briga, que caçoam da iniciativa.
PolĂcia. As autoridades de polĂcia, por sua vez, procuram manter distĂąncia dos "herĂłis" na maioria das cidades. "NĂŁo estamos os apoiando, condenando ou qualquer outra coisa. Estamos neutros com relação ao grupo", afirma o detetive Joshua Ashdown, porta-voz da equipe de polĂcia de Salt Lake City. "Endossamos apenas os que foram treinados pela academia policial", destaca.
Discussão: OpiniÔes sobre açÔes se dividem
Em Salt Lake City, um grupo de "super-herĂłis" do Black Monday Society que andava em meio aos manifestantes do movimento "Occupy Wall Street", no centro da cidade, foi recebido calorosamente. Para muitos manifestantes, uma patrulha nĂŁo policial Ă© bem-vinda atualmente.
"Ă exatamente isso que precisa acontecer no mundo. Por que precisamos da polĂcia se podemos ajudar uns aos outros?", questiona Poyce Denikma, 21, ex-pedreiro que agora Ă© manifestante. "Eles estĂŁo dando um bom exemplo do que precisa ser feito", diz.
Por outro lado, nĂŁo sĂŁo todos que estĂŁo seguros dos benefĂcios. A moradora de Seattle, nos Estados Unidos, Rebecca Vest ainda pensa se os "herĂłis" fazem bem ou nĂŁo. Segundo ela, um incidente em Seattle, que envolveu um "super-herĂłi" e uma latinha de spray de pimenta, deixou os moradores preocupados. "Acredito que a simples presença de mais pessoas nas ruas jĂĄ ajuda no combate ao crime", ressalta.
Participantes criam ideais especĂficos
Salt Lake City. Alguns "super-herĂłis" tĂȘm motivaçÔes bastante especĂficas para combater crimes. No inĂcio do ano 2000, por exemplo, uma mulher de Nova York, cujo pseudĂŽnimo era "Terrifica", decidiu patrulhar os bares da cidade, vestida em um colante roxo e cor-de-rosa. Segundo o escritor Tea Krulos, ela queria alertar pessoas embriagadas sobre o perigo de "tomar decisĂ”es incorretas". Krulos faz pesquisas para escrever um livro sobre "os 'super-herĂłis' da vida real".
Kirk Johnson - The New York Times - Traduzido por Luiza Andrade - Fonte: O Tempo - 14/01/12.
MatĂ©ria original em inglĂȘs / VĂdeo:
http://www.nytimes.com/2011/12/26/us/crusaders-take-page-and-outfits-from-comics.html
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
MEIN KAMPF: A HISTĂRIA DO LIVRO
De tempos em tempos, a publicação de uma nova edição de "Mein Kampf" ("Minha Luta"), livro escrito por Adolf Hitler nos anos 1920 e que seria tomado como "a bĂblia nazista", volta ao debate.
A cada nova tentativa de devolver o livro Ă s livrarias alemĂŁs, o governo da Baviera, que alega ter os direitos sobre a obra (exceto Estados Unidos e Reino Unido) do ditador, adota medidas legais contra quem insiste em retomar a questĂŁo.
E a editora britĂąnica Albertas ousou trazer Ă tona esse assunto tĂŁo caro aos alemĂŁes. Ela se prepara para começar a vender, no fim do mĂȘs e em bancas de jornal da Alemanha, trĂȘs ediçÔes de 16 pĂĄginas cada uma com excertos do livro de Hitler acompanhados de comentĂĄrios crĂticos.
A publicação terå uma tiragem de 100 mil exemplares e serå encartada na revista "Zeitungszeugen", da mesma editora, que traz capas de jornais nazistas que circularam entre 1920 e 1930 - também com uma anålise.
"Este é um assunto delicado na Alemanha e o mais impressionante é que a população de lå não tem acesso ao livro porque ele é tabu. Queremos que as pessoas possam ver o livro pelo que ele é, e então descartå-lo. Uma vez exposto, ele pode ser mandado para a cesta de lixo da literatura", disse o diretor da Albertas, Peter McGee.
NĂŁo Ă© difĂcil encontrar a obra em outros paĂses ou atĂ© mesmo para download na internet. No JapĂŁo, interessados no assunto tĂȘm Ă disposição atĂ© mesmo uma edição em mangĂĄ. Outros autores pegam carona na polĂȘmica obra, como Ă© o caso de Antoine Vitkine e seu "Mein Kampf - A HistĂłria do Livro", disponĂvel em portuguĂȘs pela Nova Fronteira.
Fonte: O Tempo - 18/01/12.
Detalhes:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3065313
QUEM MATAR NA HORA DA CRISE?
Artur Lopes
EDITORA Ăvora
QUANTO R$ 49,90 (208 pĂĄgs.)
O objetivo é ajudar o empresårio a descobrir a origem da crise e como se comportar diante dela para superå-la. O livro fornece ferramentas adaptåveis a diversas situaçÔes que auxiliam o empresårio a rever suas convicçÔes e adequar ou não sua atuação.
Maria Paula Autran - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/01/12.
Detalhes:
http://www.quemmatarnahoradacrise.com.br/default.shtml
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php