âHERROSâ MIDIĂTICOS
03/08/2013 -
A JENTE HERRAMOS
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(Colaboração: Ruben D. Serrano â 24/07/13).
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ABISMO NA EDUCAĂĂO
Os resultados do Ăndice de Desenvolvimento Humano dos municĂpios brasileiros (IDHM) mostram que o paĂs melhorou bastante ao longo das Ășltimas duas dĂ©cadas. Numa das mensuraçÔes mais eloquentes, 85,8% das cidades registravam um Ăndice classificado como "muito baixo" em 1991, proporção esta que passou a 0,6% em 2010.
Dadas as boas notĂcias, passemos a analisar os desafios. O IDHM Ă© composto por trĂȘs dimensĂ”es: renda, longevidade e educação, e todas elas evoluĂram positivamente nestes 20 anos. O que chama a atenção, entretanto, Ă© que a educação, mesmo sendo a ĂĄrea que mais avançou, Ă© tambĂ©m a que puxa a nota global dos municĂpios para baixo. O desempenho do paĂs nesse campo ficou na faixa do desenvolvimento "mĂ©dio", enquanto a renda e a longevidade receberam respectivamente as qualificaçÔes "alta" e "muito alta".
Este Ă©, se quisermos, o retrato do dilema em que o Brasil se encontra. A maioria dos municĂpios deixou para trĂĄs o cenĂĄrio de terra arrasada, no qual nada funciona, e jĂĄ apresenta alguma estrutura capaz de propiciar ensino e saĂșde Ă população. Para avançar a partir daqui, porĂ©m, precisaremos cada vez mais de educação e o problema Ă© que, apesar das melhorias, ela ainda Ă© pĂ©ssima. Vale observar que o IDHM utiliza apenas indicadores que aferem os anos de estudo, sem levar em conta a qualidade do ensino ministrado --que Ă©, de longe, a nossa principal falha.
Os sinais desse fosso educacional, que faz com que menos da metade dos jovens concluam o ensino mĂ©dio, jĂĄ sĂŁo visĂveis por todos os lados. Empresas tĂȘm dificuldades em preencher vagas para trabalhadores mais qualificados. Faltam mĂ©dicos e engenheiros. Contingentes expressivos dos bacharĂ©is em direito nĂŁo conseguem passar na prova da OAB.
O pior de tudo Ă© que nĂŁo hĂĄ muito o que se possa fazer para mudar esse panorama num horizonte relativamente curto de tempo.
HĂ©lio Schwartsman - Fonte: Folha de S.Paulo â 31/07/13.
E NĂIS QUE PENSAVA QUE NUNCA ERRAVA!
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