TURMAS ENERGĂTICAS
15/02/2008 -
TURMAS DO FM
GERANDO ENERGIA
English: http://www.canada.com/topics/technology/news/gizmos/story.html?id=032a17b4-a45e-48e0-a918-81790e1800bf&k=94067
Estados Unidos - O professor Zhong Lin Wang segura uma microfibra com nanogeradores na Universidade da Georgia. O tecido é capaz de gerar eletricidade com a fricção, ou seja, com uma simples brisa ou quando o usuårio der uma caminhada. A energia é suficiente para recarregar um celular ou garantir o funcionamento de um aparelho de MP3, segundo os cientistas.
Leia mais: http://tecnologia.terra.com.br/interna/0,,OI2424915-EI4795,00.html
Fonte: Terra - 13/02/08.
VIDA UNIVERSITĂRIA EXIGE INICIATIVA
VĂĄ se acostumando: o "recreio" passa a ser "intervalo" e a recuperação deixa de existir. Se nĂŁo atingir a nota mĂnima para aprovação em determinada disciplina, vocĂȘ "ficarĂĄ de DP", ou seja, em dependĂȘncia da matĂ©ria e terĂĄ de cursĂĄ-la novamente no ano seguinte.
Em menor ou maior escala, essas sĂŁo algumas das inĂșmeras diferenças entre o ensino mĂ©dio e a universidade com as quais o calouro tem de aprender a lidar logo de inĂcio.
Em muitas universidades, em geral os CAs (esta aĂ outra novidade: os centros acadĂȘmicos sĂŁo entidades formadas por grupos de estudantes que representam os alunos do respectivo curso), promovem na primeira semana de aulas uma recepção aos novatos para que conheçam os veteranos e os outros "bichos" e jĂĄ se familiarizem com a faculdade.
Na USP, por exemplo, a semana de recepção serĂĄ realizada de 25 a 29 deste mĂȘs com intensa agenda de atividades.
"No dia 28, ocorrerå a Calourada Unificada, com palestras e oficinas durante o dia todo", explica Washington Tominaga, diretor do DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP, que representa todos os alunos da graduação e os de pós e estå à frente da organização da semana com os CAs.
Maturidade: "O aluno do primeiro ano geralmente fica muito perdido e tem receio de ir buscar informação. No entanto, ele deve entender que, nesta nova fase da vida, ele não é mais "protegido" pela instituição, como era na escola, e terå de ir atrås dos seus próprios interesses", orienta Claudio José Langroiva Pereira, coordenador do curso de direito da PUC-SP.
AtĂ© mesmo o ritmo de aulas muda. Em vez de receber uma formação mais geral, como na escola, as disciplinas sĂŁo mais especĂficas, e a aprendizagem depende de leituras mais amplas e aprofundadas, que o aluno tem de fazer por conta prĂłpria fora de aula.
O coordenador do curso de direito da PUC ressalta que é importante conhecer as regras universitårias, até para reivindicar os seus direitos.
"No caso de doença ou questÔes médicas, por exemplo, muitos estudantes não sabem que podem pedir regime domiciliar e, eventualmente, entregar trabalhos e fazer provas em datas especiais. Depois, tentam abonar as faltas com atestado médico, mas não é assim que funciona", afirma Pereira.
Outra recomendação dele Ă© que o estudante participe da vida universitĂĄria e se inteire das atividades extra-classe. "O aluno deve freqĂŒentar o CA, visitar o site da instituição para saber o que acontece de interessante e procurar conversar com professores e coordenadores para usufruir das oportunidades que um ambiente universitĂĄrio proporciona", avalia Pereira.
O quartanista de direito Raphael Rodrigues Soré, 20, integra a gestão que assumiu em dezembro passado o CA da Faculdade de Direito da São Francisco. "Representamos politicamente os alunos e defendemos seus interesses diante da universidade, além de promover festas, eventos e palestras."
Outra novidade do meio universitårio é a atlética -grupo de alunos que organiza os jogos e as festas para alunos de um ou mais cursos. Algumas atléticas recebem verba da faculdade.
Ă o caso da liga atlĂ©tica do Mackenzie, que recebe, anualmente, cerca de R$ 300 mil, alĂ©m do dinheiro arrecadado com convites de festas e patrocĂnios. Estes, aliĂĄs, os maiores aliados dos membros da atlĂ©tica. "Passo o ano todo correndo atrĂĄs de patrocĂnio para organizar os eventos", diz Leandro Martins, 25, presidente da liga.
Fernanda Calgaro/Luisa Alcantara e Silva - Fonte: Folha de S.Paulo - 12/02/08.
LĂNGUA, PRA QUE VOS QUERO?
Linguagem. Ainda e sempre. Voltando ao dr. Aldo Rebelo, que outros preferem Rabelo.
Como o senhor Ă© um nobre batalhador pela pureza da lĂngua (se fosse geneticista ou hitlerista proibiria tambĂ©m as moças brancas de transar com escurinhos e os negĂ”es de transar com louras burras, e estaria condenada essa execrĂĄvel miscigenação), lembrei-o de que a mais brasileira das palavras Ă© futebol.
E tem mais, nobre deputado (Ă© nobre ainda, deputado?), futebol talvez seja hoje a mais universal das palavras. Estrangeira em toda parte. Nacional em todo lugar.
E o senhor sabe que, no passado, os aldos rebelos de entĂŁo, numa tentativa de evitar a introdução no paĂs do termo football, lutaram pra que o esporte se chamasse ludopĂ©dio? Ou, melhor ainda, pebolismo? Como o senhor, lingĂŒista emĂ©rito, jĂĄ percebeu, nĂŁo colou. O esporte, estrangeirĂssimo, este, sim, colou. Colou aqui, colou ali, colou atĂ© na China.
E, o senhor sabe?, sei que sabe, que a posição dos jogadores ou os prĂłprios jogadores pela posição se chamavam goal-keeper (pronunciava-se gol quĂper), back, half, center-half, ou forward, center-forward? E que o juiz se chamava nĂŁo juiz como agora, que pode atĂ© se confundir com os do Supremo de frango, mas, veja sĂł, meritĂssimo, referee?
Sabe o que aconteceu? Sem nenhum legislador pra ensinar ao povo, o povo tomou a rĂ©dea nas mĂŁos â ensinou aos legisladores. Povo tem que ser controlado, como sabemos todos nĂłs do PCB.
Por isso temos hoje o goleiro, o zagueiro, o meio-de-campo, o avante e por aà vai. E referee passou a se chamar juiz. Não é estranho? Tudo isso sem legislação.
PorĂ©m, se nĂŁo Ă© estranho, Ă© muito curioso, mas ninguĂ©m repara. Os times se chamavam, como ainda se chama o meu glorioso Fluminense, Fluminense Futebol Clube. Em nossa lĂngua deveria se chamar nĂŁo Futebol Clube mas Clube de Futebol. O adjetivo antecedendo o substantivo Ă© puro anglicismo. Mas nĂŁo Ă© natural, doutor? O esporte bretĂŁo (era chamado assim, meritĂssimo), como o nome indica, vinha da Inglaterra.
Quanto ao cĂłrner virar escanteio, sou contra. Corner era muito melhor.
Como diria o JĂąnio (Quadros): "Que lĂngua, a nossa!".
MillÎr - Fonte: Veja - edição 2047.
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