TURMAS PRĂ-HISTĂRICAS
18/02/2010 -
TURMAS DO FM
INUQ - O SER HUMANO DE 4.000 ANOS
English:
http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8506080.stm
O tufo de cabelos passou 4.000 anos preso debaixo do permafrost, o solo congelado do Ărtico, antes que cientistas dinamarqueses o usassem como base para decifrar o primeiro genoma quase completo de um ser humano prĂ©-histĂłrico. E o DNA, dizem eles, permitiu reconstruir a saga de uma migração esquecida e traçar o "retrato falado" de seu portador.
Apesar da cara de poucos amigos na concepção artĂstica Ă direita, Inuq (apelido que significa simplesmente "ser humano" na lĂngua nativa da GroenlĂąndia) tem as marcas genĂ©ticas de um sujeito comum: tendĂȘncia Ă calvĂcie, propensĂŁo a acumular gordura (provĂĄvel adaptação ao frio extremo), moreno, sangue tipo A positivo.
Todos esses dados, obtidos pela equipe de Eske Willerslev, da Universidade de Copenhague, derivam da comparação do genoma de Inuq com o de populaçÔes modernas. Em artigo na revista cientĂfica "Nature" de hoje, o grupo calcula ter "soletrado" 80% do DNA do antigo habitante da GroenlĂąndia, obtendo dados de qualidade comparĂĄvel Ă de qualquer genoma de alguĂ©m vivo hoje.
"Ă preciso levar em conta que os Ășnicos restos que tĂnhamos do povo ao qual esse indivĂduo pertencia eram quatro tufos de cabelo e quatro pedacinhos de osso", explica Willerslev. "Havia numerosos instrumentos [como arpĂ”es para caçar focas] nos sĂtios arqueolĂłgicos, mas nĂłs nĂŁo tĂnhamos a menor ideia de quem eram essas pessoas", afirma ele.
A anĂĄlise genĂŽmica indica que Inuq e sua tribo nĂŁo tinham parentesco prĂłximo nem com os atuais inuĂtes (ou esquimĂłs, nome hoje considerado pejorativo), nem com as tribos indĂgenas que povoaram as AmĂ©ricas ao sul do Ărtico.
Ao que parece, eles representariam uma migração independente a partir do nordeste da Sibéria, que teria se separado das populaçÔes asiåticas hå 5.500 anos. Os atuais nativos americanos também teriam vindo do tronco siberiano, mas a partir de linhagens diferentes e em épocas diferentes. A população de Inuq provavelmente era pequena, a julgar pela diversidade genética relativamente baixa em seu DNA: é como se ele fosse filho de um casal de primos de primeiro grau.
"A pesquisa é um "tour de force" [façanha], um trabalho espetacular", elogia o geneticista brasileiro Sergio Danilo Pena, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Para ele, a genÎmica arqueológica deve avançar ainda mais nos próximos anos, impulsionada por fatores como a facilidade cada vez maior de "ler" o DNA.
"Agora, nĂŁo Ă© um caso normal. Ă preciso levar em conta a preservação das amostras. Casos como esse nĂŁo vĂŁo virar arroz-de-festa", diz Pena, que colabora com o grupo dinamarquĂȘs em outros estudos.
Willerslev se diz mais esperançoso. Como a contaminação por DNA moderno Ă© mais rara quando se trata de material genĂ©tico no interior de fios de cabelo, seria possĂvel repetir a façanha com mĂșmias sul-americanas ou outros restos com tecido capilar preservado.
"JĂĄ trabalhei com cabelo, e nĂŁo Ă© tĂŁo simples assim", ressalva Pena. Ele tambĂ©m critica a associação entre genes e aparĂȘncia de Inuq, porque dados a esse respeito sobre populaçÔes siberianas ainda sĂŁo incertos.
Reinaldo José Lopes - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/02/10.
PELO PODER DO PRISMA LUNAR!
Depois de disputas entre a mangakĂĄ Naoko Takeuchi, a Kodansha (editora) e a Toei (produtora), "Sailor Moon" vai voltar a brilhar nos cĂ©us da ItĂĄlia, onde o animĂȘ serĂĄ relançado. Esse pode ser, aposta o JBox (www.jbox.com.br), o passo inicial para o mangĂĄ ser lançado no Brasil -dez anos depois de clĂĄssicos da mesma Ă©poca, como "Cavaleiros do ZodĂaco" e "Dragon Ball".
Fonte: Folha de S.Paulo - 15/02/10.
COMBUSTĂVEIS - DO COPO AO TANQUE
No dia 11 de fevereiro, a ComissĂŁo TĂ©cnica Nacional de Biossegurança aprovou um projeto inĂ©dito: o cultivo de fungo transgĂȘnico obtido a partir da levedura de cerveja (Saccharomyces cerevisiae). O organismo serĂĄ utilizado na fermentação do caldo de açĂșcar, contribuindo em Ășltima instĂąncia para aumentar a produção de biocombustĂvel no PaĂs. A reuniĂŁo em que o pedido da multinacional americana Amyris foi aprovado marcou a estreia do cientista Edilson Paiva no comando da CTNBio.
Ricardo Boechat - Fonte: Isto à - Edição 2101.
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança -
http://www.ctnbio.gov.br/
RIO LIDERA CONSUMO DE CERVEJA E DE CHOPE NO PAĂS
BoĂȘmios consomem anualmente 105 litros no Estado; SP tem a 4ÂȘ marca. Bares chegam a vender atĂ© 16 mil litros de chope no mĂȘs; ranking Ă© do Sindicato Nacional da IndĂșstria da Cerveja com dados de 2008.
"Com esse calor, sĂł um chope para aliviar", diz o engenheiro SĂ©rgio Bourguignon, 44, enquanto saboreia a bebida em um bar da zona sul do Rio.
Os nĂșmeros confirmam que, mesmo antes do verĂŁo em que a sensação tĂ©rmica de 50ÂșC tornou-se comum, os cariocas jĂĄ lideravam com folga o consumo da bebida.
O Sindicato Nacional da IndĂșstria da Cerveja confirma que no Rio Ă© onde se bebe mais chope no Brasil: cada morador do Estado bebe por ano 105,5 litros de cerveja ou chope.
No Estado de São Paulo, o consumo anual per capita é de 68 litros -isso corresponde à quarta maior marca, atrås de Tocantins (90 litros por pessoa) e Mato Grosso do Sul (71,9 litros). Os dados se referem a 2008 -depois, a divulgação do volume de vendas foi restrita.
"No Rio, o clima Ă© de praia, o pessoal vai ao bar de bermuda e chinelo e nĂŁo dĂĄ para tomar vinho ou uĂsque. Ă impossĂvel ficar sem chope", diz o estudante Eduardo Ferreira, 23, enquanto entorna a quinta caneca.
A turismĂłloga gaĂșcha Mariana Nery, 28, confirma a influĂȘncia do clima carioca.
"Quando morava no Sul, raramente tomava chope. Preferia vinho, mas sĂł tomava de vez em quando", diz.
"Desde que vim para o Rio, tomo chope pelo menos trĂȘs vezes por semana", calcula Nery, afirmando que hoje bebe mais do que antes de se mudar para a capital fluminense.
Aumento no consumo
Famoso pelo bolinho de bacalhau, o Bracarense, no Leblon (zona sul), informa que vende 16 mil litros de chope por mĂȘs, em mĂ©dia.
O Belmonte, no Flamengo, um bar de menos de 100 m2 tambĂ©m na zona sul e sempre lotado, chega perto: vende 15 mil litros ao mĂȘs, segundo o proprietĂĄrio, AntĂŽnio Rodrigues. Os seis bares da rede comercializam 55 mil litros da bebida por mĂȘs.
"Quando comprei o bar, em 2000, vendia 2.000 litros de chope por mĂȘs. Em 10 anos, aumentei para 15 mil litros e abri cinco unidades", diz Rodrigues.
Segundo o proprietĂĄrio da rede, os paulistas sĂŁo melhores clientes por serem mais educados e gastarem mais.
"O carioca acha que tem mais intimidade com o garçom e às vezes perde o respeito. O paulista tem mais educação considera o Rio barato, porque em São Paulo as coisas são mais caras", argumenta. "Um chope que lå custa R$ 5,50 sai por R$ 4 aqui", exemplifica.
A maioria dos clientes Ă© mulher, de acordo com Rodrigues. E a presença feminina Ă© decisiva para atrair o pĂșblico masculino. "NinguĂ©m vem ao bar para olhar a parede, nĂ©?"
Contrariando o hĂĄbito carioca de tomar chope sem colarinho, o dono do Belmonte decreta: "Nos meus bares, chope tem dois ou trĂȘs dedos de colarinho. E todo mundo aprova, porque o colarinho garante melhor sabor Ă bebida. Chope sem colarinho Ă© sĂł em bar onde o garçom nĂŁo sabe servir."
O RANKING
1 - Rio de Janeiro
2 - Tocantins
3 - Mato Grosso do Sul
4 - SĂŁo Paulo
5 - EspĂrito Santo
6 - ParanĂĄ
7 - Rio Grande do Sul
8 - Santa Catarina
9 - Minas Gerais
10- GoiĂĄs
FĂĄbio Grellet - Fonte: Folha de S.Paulo - 14/02/10.
Sindicato Nacional da IndĂșstria da Cerveja - http://www.sindicerv.com.br/
BIBLIOTECA DAS TURMAS DO FM
CIDADES VISĂVEIS
A Banda do Companheiro MĂĄgico
Antonio Risério
1a. edição, 2007
DiĂĄrio da Guerra de SĂŁo Paulo
Fernando Bonassi
1a. edição, 2007
Mais ou Menos Normal
CĂntia Moscovich
1a. edição, 2007
O Coração às Vezes Påra de Bater
Adriana Lisboa
1a. edição, 2007
Detalhes:
http://publifolha.folha.com.br/catalogo/categorias/259/
EVOLUĂĂO EM QUATRO DIMENSĂES
512 pĂĄgs., R$ 59
de Eva Jablonka e Marion J. Lamb. Tradução de Claudio Angelo. Companhia das Letras (tel. 0/ xx/11/3707-3500).
BiĂłlogas, as autoras resgatam as ideias do francĂȘs Jean-Baptiste Lamarck (1744-1829) e reformulam o darwinismo ao propor que a evolução possui quatro dimensĂ”es: a genĂ©tica, a epigenĂ©tica, a comportamental e a simbĂłlica.
Fonte: Folha de S.Paulo - 14/02/10.
Detalhes:
http://www.ciadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12653
POR QUE AS COISAS CAEM?
248 pĂĄgs., R$ 39
de Alexandre Cherman e Bruno Rainho Mendonça. Ed Zahar.
Os autores, astrĂŽnomos, propĂ”em uma histĂłria da gravidade desde a Antiguidade, passando pelas decisivas observaçÔes cientĂficas sobre o fenĂŽmeno feitas pelo inglĂȘs Isaac Newton, no sĂ©culo 17, e pelo alemĂŁo Albert Einstein, no 20.
Fonte: Folha de S.Paulo - 14/02/10.
Detalhes:
http://www.zahar.com.br/catalogo_detalhe.asp?id=1213
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php