PENSANDO NO EMPREENDEDORISMO
05/10/2013 -
PENSE!
âVALE DO SILĂCIOâ BRASILEIRO...
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Folha.uol.com.br/brazilian-silicon-valleys
San Pedro Valley â
http://www.sanpedrovalley.org/new/
https://www.facebook.com/sanpedrovalleybh
Sururu Valley â
http://sururuvalley.com/
Facebook.com/uaiGo.Tecnologia
EmpresĂĄrios criam versĂ”es locais para o Vale do SilĂcio.
EmpresĂĄrios tentam replicar em cidades brasileiras o clima de negĂłcios do Vale do SilĂcio, na CalifĂłrnia, conhecido pela concentração de empresas de tecnologia, como Google e Facebook.
As iniciativas fazem atĂ© referĂȘncia ao nome da regiĂŁo dos Estados Unidos: em SĂŁo Paulo, Ă© a "Praça do SilĂcio"; em Belo Horizonte, o "San Pedro Valley" e em Alagoas, o "Sururu Valley".
A "Praça do SilĂcio" Ă© o apelido que um grupo de empreendedores deu Ă Praça da RepĂșblica (centro da cidade).
Um dos promotores da ideia, Pieter Lekkerkerk, 38, cofundador da Escolha Seguro, diz que, por enquanto, existe "a semente de uma rede que quer reforçar a região como uma opção viåvel para estabelecer start-ups" (empresas de base tecnológica).
Lekkerkerk lista os motivos pelos quais a regiĂŁo Ă© interessante: aluguel barato e oferta de transporte pĂșblico. Ele conta que sĂŁo pelo menos seis empresas na regiĂŁo, atĂ© agora -outros perguntam como Ă© ter escritĂłrio no centro.
A vantagem da proximidade Ă© a de ter parceiros de negĂłcios e potenciais funcionĂĄrios em um sĂł lugar.
"NĂŁo Ă© a primeira vez que se fala disso", diz Tadeu Masano, professor de geografia de mercado da Fundação Getulio Vargas. Ele lembra que houve um projeto para levar empresas de tecnologia Ă regiĂŁo da Luz, prĂłxima da RepĂșblica. Nunca saiu do papel.
A diferença agora é que a iniciativa partiu das empresas. Em casos de criação espontùnea de uma identidade para uma região, ou seja, sem incentivo fiscal para que as empresas se instalem lå, a lógica é como a de um bairro residencial: "Muda-se para um local porque amigos estão lå", afirma Masano.
Em Belo Horizonte, o fenÎmeno é parecido: empresas instalaram-se no bairro de classe média São Pedro.
Diego Gomes, 28, fundador da Rock Content, conta cerca de dez start-ups na regiĂŁo. Ele diz que quatro se instalaram na mesma rua e "brincavam que SĂŁo Pedro era o Vale do SilĂcio de BH". Hoje, diz, hĂĄ um senso de comunidade, com troca de experiĂȘncias.
Esse intercùmbio de ideias também vem acontecendo na cidade de Maceió, afirma Tony Celestino, 29, fundador da LoteBox. Diferentemente das outras iniciativas, o Sururu Valley não é um bairro, mas todo o "ecossistema" de start-ups de Alagoas. "Concentra-se em Maceió, mas jå tem movimento em Arapiraca", conta. A cidade é a segunda maior do Estado e a principal do agreste alagoano.
Diferentemente das iniciativas recentes, o parque tecnológico do Recife foi induzido com incentivos fiscais e a instalação do Porto Digital hå 13 anos. O presidente da instituição, Francisco Saboya, afirma que não acredita que haveria a concentração de empresas na årea não fosse a iniciativa.
Felipe Gutierrez â Fonte: Folha de S.Paulo â 23/09/13.
San Pedro Valley â
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PODE TO BE?
O Google, sempre ele. Como foi que nos viramos por 4.000 anos sem os seus serviços? Não contente em ser o maior banco de dados jå criado pelo homem, com informaçÔes sobre absolutamente tudo e também com conversa fiada e palpite errado sobre quase idem, em breve ele nos darå a possibilidade de nos entendermos de viva voz com o resto do mundo, e vice-versa.
A turismo por, digamos, Alemanha, RĂșssia ou China, e diante de alguĂ©m que insista em usar o dialeto local, bastarĂĄ a vocĂȘ falar num smartphone. O aparelho processarĂĄ a sua frase e a traduzirĂĄ vocalmente para o interlocutor. Este a ouvirĂĄ e, sacando do seu (dele) prĂłprio smartphone, a responderĂĄ. EntĂŁo serĂĄ a sua vez de ouvir a resposta em portuguĂȘs ou algo parecido. Depois disso, o que acontecerĂĄ entre vocĂȘ e o dito interlocutor serĂĄ sĂł da conta de vocĂȘs --ou de seus smartphones.
Tal maravilha nĂŁo facilitarĂĄ a vida apenas dos monoglotas do circuito Elizabeth Arden, em cuja divisĂŁo de acesso atuamos, mas permitirĂĄ que persas se comuniquem com bolivianos, bĂșlgaros com zulus e malaios com esquimĂłs. SerĂĄ o fim das fronteiras linguĂsticas e, espera-se, o inĂcio de uma nova era de relaçÔes comerciais, culturais, talvez atĂ© amorosas.
Ou nĂŁo. O que tantos terĂŁo a falar entre si? E tudo dependerĂĄ da competĂȘncia do Google. HĂĄ tempos ele jĂĄ oferece serviços de tradução de texto em 71 lĂnguas --e qualquer usuĂĄrio sabe que o resultado nĂŁo Ă© muito melhor do que o dos comerciais estrelando Joel Santana, em que ele pergunta, "Pode to be?".
Nada de surpreendente nisso. Enquanto nĂŁo converterem a lĂngua falada em matemĂĄtica, ela continuarĂĄ a ser um intransferĂvel privilĂ©gio humano. Um dia, o Google provavelmente conseguirĂĄ traduzir um texto de SousĂąndrade, Joyce ou GuimarĂŁes Rosa. Mas nĂŁo understanderĂĄ bulhufas se um dos interlocutores for o querido Joel.
Ruy Castro â Fonte: Folha de S.Paulo â 27/09/13.
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