PENSANDO NAS ALTURAS
04/03/2010 -
PENSE!
"LUNCHTIME ATOP A SKYSCRAPER"
English:
http://photos.merinews.com/newPhotoLanding.jsp?imageID=1312
Rockefeller Center -
http://www.rockefellercenter.com/
Ao contrĂĄrio do que muitos pensam, a famosa fotografia "Lunchtime Atop a Skyscraper", na qual 11 trabalhadores almoçam tranquilamente a aproximadamente 250 metros de altura, nĂŁo foi feita durante a construção do Empire State, mas, sim, durante as obras do edifĂcio da RCA, no complexo do Rockefeller Center.
Pedro Carrilho - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/02/10.
Rockefeller Center -
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PARA REFLETIR...
"Senhor då-me serenidade para aceitar tudo aquilo que não pode e não deve ser mudado. Då-me força para mudar tudo o que pode e deve ser mudado. Mas, acima de tudo, då-me sabedoria para distinguir uma coisa da outra." São Francisco de Assis.
(Colaboração: A.M.B.)
PARA REFLETIR II...
"As nossas tragédias são sempre de uma profunda banalidade para os outros", Oscar Wilde.
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/) - Fonte: O Tempo â 02/03/10.
POLĂMICA - OS DIREITOS DOS NĂO FUMANTES
Publicada em jornais da França uma campanha antifumo com foto que simula uma relação de sexo oral forçada foi criticada por entidades de defesa dos direitos da famĂlia e virou polĂȘmica no paĂs; a associação de nĂŁo fumantes que pagou o anĂșncio disse que quis impactar o pĂșblico jovem e mostrar que fumar Ă© uma "submissĂŁo".
Fonte: Folha de S.Paulo - 24/02/10.
Veja:
http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1967782,00.html
Les Droits des Non-fumeurs: http://dnf.asso.fr/
HUMANIDADE Ă FORMADA POR SERES DE PAZ E GUERRA
Quando estudamos a história da humanidade, descobrimos que sempre houve seres humanos trabalhando em prol da paz e da verdade. Mas também encontramos aquelas personalidades que sempre defenderam a guerra.
Cada ser humano Ă© um espĂrito em busca de seu aperfeiçoamento. Isso ocorre por meio de sucessivas encarnaçÔes. Em cada encarnação, o espĂrito traz, em seu inconsciente, o que apreendeu antes. Quando ocorre a desencarnação, o espĂrito procura ajudar aquelas pessoas que foram seus familiares e companheiros de crença religiosa. Nesse processo, os espĂritos recĂ©m-desencarnados sĂŁo considerados como o prĂłprio Deus ou enviados de Deus.
Enquanto encarnados, os espĂritos se organizam em sociedades para se proteger mutuamente e tambĂ©m viver e conviver em paz. As sociedades se constituem em civil e religiosa. E cada uma delas criou seus sistemas de poder e de controle.
Como o poder Ă© sempre executado por pessoas, passou a existir uma disputa velada e atĂ© cruel entre os poderes civis e religiosos. No plano espiritual, tambĂ©m sĂŁo criadas sociedades de espĂritos. Unindo os dois planos, temos as egrĂ©goras.
Como todos querem viver em paz, entĂŁo se torna necessĂĄrio que todos aprendam a conviver em paz. E para que a paz seja possĂvel e Ăștil a todos, Ă© preciso que todos busquem a verdade e se tornem realmente sĂĄbios. Pois sĂł assim cada espĂrito poderĂĄ ser livre e bom.
Rosårio Américo de Resende - Ex-professor - fONTE: o tEMPO - 03/03/10.
ALEGRES IGNORANTES
HĂĄ fases em que, inquieta, eu talvez aponte mais o lado preocupante da vida. Mas jamais esqueço a importĂąncia do bom humor, que na verdade me caracteriza no cotidiano, mais do que a melancolia. Meu amado amigo Erico Verissimo certa vez me disse: "HĂĄ momentos em que o humor Ă© atĂ© mais importante do que o amor". Eu era muito jovem, na hora nĂŁo entendi direito, mas a vida me ensinou: nem o amor resiste Ă eterna insatisfação, Ă tromba assumida, Ă s reclamaçÔes constantes, Ă insatisfação sem trĂ©guas. Bom humor zero. DesperdĂcio de vida: acredito que, junto com dinheiro, sexo e amor, Ă© a alegria que move o mundo para o lado positivo. Ădio, indignação fĂĄcil, rancores e inveja â e nossa natureza predadora â promovem mediocridade e atos cruĂ©is.
Quando, seja na vida pessoal, seja como cidadĂŁos ou habitantes deste planeta, a descrença e o desalento rosnam como animais no escuro no meio do mato, uma faĂsca de bom humor clareia a paisagem. Mas hĂĄ coisas que nem todo o bom humor do mundo resolveria num riso forçado. Como senti ao ler, numa dessas pesquisas entre esclarecedoras e assustadoras (quando vĂȘm de fonte confiĂĄvel), que mais de 30% da nossa chamada elite Ă© de uma desinformação avassaladora. Aqui o termo "elite" nĂŁo tem a ver com aristocracia, roupa de grife, apartamento em Paris ou dĂ©cima recostura do rosto, mas com a gente pensante. A que usa a cabeça para algo alĂ©m de separar orelhas. Pois, segundo a pesquisa, entre nĂłs a imensa maioria dos ditos pensantes nĂŁo consegue dizer o nome de um sĂł ministro desta nossa RepĂșblica. Senadores, nem falar.
A turma que completa o 2Âș grau, que faz faculdade, que tem salĂĄrio razoĂĄvel, conta no banco, deveria ser a informada. Essa que nĂŁo precisa comprar carro em noventa meses e deixar de pagar depois de quatro. A elite que consegue viajar conhece atĂ© algo do mundo, e poderia ter uma pequena biblioteca em casa. Em geral, nĂŁo tem. Com sorte, lĂȘ jornal, assiste a boas entrevistas e noticiosos daqui e de fora, enfim, Ă© gente do seu tempo. Para isso nĂŁo se precisa de muita grana, acreditem. Mesmo assim, essa elite Ă© pouco interessada numa realidade que afinal Ă© dela.
Resolvi testar a mim mesma: nomes de ministros atuais desta nossa RepĂșblica. Cheguei a meia dĂșzia. SĂŁo quase quarenta. EntĂŁo começo a bater no peito, em pĂșblico, aliĂĄs. Num paĂs onde mais da metade dos habitantes sĂŁo analfabetos, pois os que assinam o nome nĂŁo conseguem ler o que estĂŁo assinando, ou vivem como analfabetos, pois nĂŁo leem nem o jornal largado na praça, os que sabem ler deveriam ser duplamente ativos, informados e participantes. NĂŁo somos. Nossos meninos raramente sabem o tĂtulo de seus livros escolares ou o nome dos professores (sabem o dos jogadores de futebol, dos cantores de bandas, das atrizezinhas semierĂłticas). Agimos como se nada fora do nosso pequeno cĂrculo pessoal nos atingisse.
AlĂ©m das desgraças longe e perto, vindas da natureza ou do homem, estamos num ano eleitoral. Inaugurado o circo de manobras, mentiras e traiçÔes escrachadas ou subliminares que conhecemos. Precisamos de claridade nas ideias, coragem nos desafios, informação e vontade, e do alimento dos afetos bons. Num livro interessante (nĂŁo importa o assunto) alguĂ©m verbaliza velhas coisas que a gente sĂł adivinhava; um filme pode nos lembrar a generosidade humana; uma conversa pode nos tirar escamas dos olhos. Estar informado e atento Ă© o melhor jeito de ajudar a construir a sociedade que queremos, ainda que sem açÔes espetaculares. Mas, se somos desinformados, somos vulnerĂĄveis; se continuarmos alienados, bancaremos os tolos; sendo fĂșteis, cavamos a prĂłpria cova; alegremente ignorantes, podemos estar assinando nossa sentença de atraso, vestindo a mordaça, assumindo a camisa de força que, informados, nĂŁo aceitarĂamos.
Alegria, espĂrito aberto, curiosidade, coisas boas desta vida, todos as merecemos. Mas me poupem do risinho tolo da burrice ou da desinformação: o vazio por trĂĄs dele nĂŁo promete nada de bom.
Lya Luft (http://www.planetanews.com/autor/LYA%20LUFT) - Fonte: Veja - Edição 2154.
TERRA EM TRANSE
Mais diferente que um iPod de uma mĂĄquina moedora de carne Ă© o cronista de um profeta bĂblico. De maneira que a vontade de atribuir as Ășltimas catĂĄstrofes naturais seria culpar a iniquidade dos homens que nos obrigou a suportar um dilĂșvio na Antiguidade e atualmente nos coloca diante de tragĂ©dias como os dois terremotos quase seguidos no Haiti e no Chile.
A terra treme (jĂĄ foi tĂtulo de um filme italiano) e, apesar de todos os avanços da tecnologia humana, a iniquidade tambĂ©m humana continua provocando catĂĄstrofes que nĂŁo sabemos (ou nĂŁo podemos) evitar. Mas nem tudo deve ser levado em conta da iniquidade.
A lenda bĂblica narra o dilĂșvio que salvou apenas NoĂ© e um casal de cada espĂ©cie animal. Em Sodoma e Gomorra, foi a chuva de fogo que acabou com duas sociedades que viviam em pecado diante do Criador. Houve relação de causa e efeito.
Tirando o Criador da histĂłria, temos realmente uma progressiva agressĂŁo Ă natureza, mas nĂŁo a ponto de violentarmos as placas tectĂŽnicas que provocam os terremotos e vulcĂ”es. O planeta, como de resto toda a criação, estĂĄ condenado Ă destruição ou Ă transformação. Ă uma questĂŁo de tempo. Outros mundos jĂĄ foram destruĂdos, o prĂłprio Sol um dia se apagarĂĄ como um formidĂĄvel fĂłsforo que consumiu todo o fogo de suas entranhas. Por mais que apostemos na tecnologia humana, ela nĂŁo salvarĂĄ o Sol, que um dia se apagarĂĄ como outras estrelas se apagaram.
Deixando de lado a lenda ou a ciĂȘncia, nĂŁo adianta procurarmos vestĂgio de castigo nas recentes tragĂ©dias. Foram catĂĄstrofes provocadas pela prĂłpria natureza, que tem suas leis independentes dos pneus que jogamos nos rios e dos sacos plĂĄsticos que abandonamos nas praias.
Carlos Heitor Cony - Fonte: Folha de S.Paulo â 02/03/10.
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