UMA VIAGEM PELA GRĂCIA...
15/08/2007 -
MARILENE CAROLINA
ATHENS (CONFIRA FOTO)
(Colaboração: Tadeu)
A IMORTALIDADE DâALMAâŠ
CONHECE-TE A TI PRĂPRIO E SERĂS IMORTAL ...
âAlguns sĂ©culos antes de Cristo, vivia em Atenas, o grande filĂłsofo SĂłcrates. A sua filosofia nĂŁo era uma teoria especulativa, mas a prĂłpria vida que ele vivia. Aos setenta e tantos anos foi SĂłcrates condenado Ă morte, embora inocente. Enquanto aguardava no cĂĄrcere o dia da execução, seus amigos e discĂpulos moviam cĂ©us e terra para o preservar da morte. O filĂłsofo, porĂ©m nĂŁo moveu um dedo para esse fim; com perfeita tranqĂŒilidade e paz de espĂrito aguardou o dia em que ia beber o veneno mortĂfero. Na vĂ©spera da execução, conseguiram seus amigos subornar o carcereiro (desde daquela Ă©poca jĂĄ existia essa prĂĄtica...), que abriu a porta da prisĂŁo.
CrĂton, o mais ardente dos discĂpulos de SĂłcrates, entrou na cadeia e disse ao mestre:
- Foge depressa, SĂłcrates!
- Fugir, por que? - perguntou o preso.
- Ora, nĂŁo sabes que amanhĂŁ te vĂŁo matar?
- Matar-me? A mim? Ninguém me pode matar!
- Sim, amanhĂŁ terĂĄs de beber a taça de cicuta mortal - insistiu CrĂton.
- Vamos, mestre, foge depressa para escapares Ă morte!
- Meu caro amigo CrĂton - respondeu o condenado - que mau filĂłsofo Ă©s tu! Pensar que um pouco de veneno possa dar cabo de mim ...
Depois puxando com os dedos a pele da mĂŁo, SĂłcrates perguntou:
- CrĂton, achas que isto aqui Ă© SĂłcrates?
E, batendo com o punho no osso do crĂąnio, acrescentou:
- Achas que isto aqui é Sócrates? ... Pois é isto que eles vão matar, este invólucro material; mas não a mim. EU SOU A MINHA ALMA. Ninguém pode matar Sócrates! ...
E ficou sentado na cadeia aberta, enquanto CrĂton se retirava, chorando, sem compreender o que ele considerava teimosia ou estranho idealismo do mestre.
No dia seguinte, quando o sentenciado jĂĄ bebera o veneno mortal e seu corpo ia perdendo aos poucos a sensibilidade, CrĂton perguntou-lhe, entre soluços:
- SĂłcrates, onde queres que te enterremos?
Ao que o filĂłsofo, semiconsciente, murmurou:
- Jå te disse, amigo, ninguém pode enterrar Sócrates ... Quanto a esse invólucro, enterrai-o onde quiserdes. Não sou eu... EU SOU MINHA ALMA...
E assim expirou esse homem, que tinha descoberto o segredo da FELICIDADE, que nem a morte lhe pĂŽde roubar.
CONHECIA-SE A SI MESMO, O SEU VERDADEIRO EU DIVINO. ETERNO. IMORTAL..."
Assim somos todos nĂłs seres IMORTAIS, pois somos ALMA, LUZ, DIVINOS, ETERNOS...
NĂłs sĂł morremos, quando somos simplesmente ESQUECIDOS...
TEXTO: SOCRATES â IMORTALIDADE DâALMA;
AUTOR: UBERTO RHODES;
(Colaboração: Waldeyr)
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