NĂS NĂO SOMOS IGUAIS...
22/03/2007 -
EDITORIAL
Em recursos humanos diz-se que se pode dar a uma pessoa o conhecimento sobre um determinado assunto. Pode-se dar a habilidade para desenvolver uma determinada atividade, mas, infelizmente, não se pode dar a ninguém a vontade para fazer o que é certo.
Em 1945, jĂĄ cercado pelas tropas aliadas, Hitler sabia que seus planos tinham ido por ĂĄgua abaixo e que a queda de Berlim era uma questĂŁo de horas. Mesmo assim, nĂŁo alterou uma vĂrgula em seu comportamento, debitando aos seus comandados o seu fracasso. Os aliados, enfim, invadiram Berlim. E o resto Ă© histĂłria.
Não é fåcil comandar. O comando, para ter maior possibilidade de sucesso, depende de liderança, carisma, respeito, confiança, admiração.
Hitler foi lĂder, tinha carisma, tinha o respeito e a confiança de seus comandados e de seu povo, era admirado por tudo o que fez e pelo que pretendia fazer. Mas foi egocĂȘntrico, teimoso, egoĂsta, interferindo de tal forma que era impossĂvel que suas tropas tomassem as decisĂ”es corretas nas horas corretas. A ampliação do âimpĂ©rio arianoâ, conquistada com tanto sucesso e de forma tĂŁo incisiva, baseada num projeto de supremacia de uma raça sobre a outra, tornou-se um dos maiores fiascos da histĂłria da humanidade. Ainda que os motivos deste projeto tenham sido sĂłrdidos, pequenos, cruĂ©is, desumanos, para a felicidade do mundo, o que realmente fez com que o nazismo fracassasse foi a loucura e o personalismo de seu lĂder.
O verdadeiro lĂder Ă© aquele que forma novos lĂderes e nĂŁo subalternos que apenas seguem cegamente suas ordens. No mundo, as empresas, as famĂlias, enfim, as sociedades, precisam de pessoas que pensem, que questionem, que façam sugestĂ”es, que critiquem, que contribuam para a formação de uma cultura organizacional, familiar, etc.
O mundo não precisa de novos Hitlers, de Lulas, de Hugos Chaves, de Evos Morales, de Geroges Bushs, De Fidéis Castros, todos comprometidos antes de tudo com seus próprios umbigos.
O mundo precisa de lĂderes empreendedores, que saibam comandar em prol do todo, que saibam liderar sem tirania, sem superegos, que valorizem e aproveitem os recursos humanos que tem a sua volta, que respeitem as capacitaçÔes de seus liderados e usufrua da contribuição que eles tem a dar. Que saibam criar e compartilhar a visĂŁo, ser fonte de motivação e inspiração, estimular a cooperação e o trabalho em equipe, alĂ©m de aliar pessoas e ser referĂȘncia de comprometimento. Por falar nisso, Ă© muito importante diferenciar envolvimento de comprometimento. Ă aquela histĂłria dos ovos com bacon. A galinha estĂĄ envolvida, mas o porco estĂĄ totalmente comprometido no processo.
Hitler seria um completo fracasso no mundo moderno, assim como o sĂŁo os lĂderes que se utilizam das mesmas tĂ©cnicas egocĂȘntricas e intervencionistas do modelo de gestĂŁo que ele usava. NĂŁo existe mais espaço para a administração atravĂ©s do terror. A hierarquia do poder pode atĂ© se impor a hierarquia do saber. Mas que ninguĂ©m espere resultados diferentes dos que obtĂ©m atravĂ©s desse modelo de gestĂŁo.
Alguns consultores afirmam que a personalidade de uma empresa é a soma das personalidades de seus proprietårios, das pessoas que a comandam. Provavelmente eles tem razão. Não hå mais como administrar, controlar a contabilidade, advogar, etc. sem pensar nas pessoas. As pessoas precisam de gestores de pessoas. Gestores que estejam preocupados em dar e receber feedback. E não confundam feedback com a relação entre professor e aluno, sendo o retorno esperado, o resultado das provas. Isso nada mais é do que avaliação de desempenho.
De acordo com os especialistas da ĂĄrea, o verdadeiro feedback Ă© aquele em que hĂĄ preocupação com o comportamento possĂvel de ser modificado, oportuno e solicitado, ao invĂ©s de imposto. E que os lĂderes saibam diferenciar quem dĂĄ feedback e quem apenas puxa o seu saco.
NinguĂ©m Ă© perfeito. Todos nĂłs somos repletos de defeitos. EntĂŁo, como manter a motivação para: conviver com a famĂlia, com os amigos, no ambiente profissional, acadĂȘmico, etc? HĂĄ que se manter um "clima", ou seja, criar condiçÔes adequadas para que as pessoas possam discutir erros e acertos, buscar auxĂlio para questĂ”es direta ou indiretamente relacionadas com o trabalho, bem como para assuntos de ordem pessoal.
NĂŁo somos iguais e precisamos refletir sobre a convivĂȘncia em grupo. Precisamos conviver com as diferenças, pois, se nĂŁo, jamais conseguiremos trabalhar, estudar, fazer o Projeto Interdisciplinar, etc.
O Faculdade Mental estĂĄ prestes a completar 3 anos. Cara, Carinha e Canalha sĂŁo diferentes. Apesar disso, respeitamos nossas diferenças. Se nĂŁo fosse assim, jamais terĂamos conseguido chegar atĂ© aqui. Isso vale para nossas vidas, seja no quesito familiar, profissional ou de convivĂȘncia entre amigos. Pensem nisso!
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site www.faculdademental.com.br.