DIREITO AO CORO DOS ESCRAVOS HEBREUS
01/09/2011 -
FAZENDO DIREITO
OITO MINUTOS DE HISTĂRIA E POESIA
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=G_gmtO6JnRs&feature=youtu.be
Nabucco - Va, Pensiero - http://www.youtube.com/watch?v=snvHpFRO0hA
Riccardo Muti - http://www.riccardomuti.com/cover.aspx
Scalla - http://www.teatroallascala.org/en/index.html
Opera di Roma - http://www.operaroma.it/
Em março de 1842, na noite de estreia da Ăłpera "Nabucco", de Giuseppe Verdi, a plateia do Scala de MilĂŁo transformou os aplausos ao "Coro dos Escravos" numa manifestação polĂtica pelo ressurgimento da ItĂĄlia, parcialmente ocupada pelos austrĂacos. Nos meses seguintes as paredes das cidades apareciam pichadas com "Viva Verdi". Elas queriam dizer "Viva Vittorio Emanuele Re d'Italia". Do glorioso momento do Scala restaram memĂłria e melodia.
Passados 150 anos, a cena repetiu-se, mas desta vez foi gravada e estĂĄ na rede. Depois de reger o coro do terceiro ato na Ăpera de Roma, o maestro Riccardo Muti respondeu aos aplausos com um breve discurso contra os cortes orçamentĂĄrios de programas culturais, bisou a peça e pediu Ă plateia que o acompanhasse. Da torrinha, atiravam-se pedaços de papel. SĂŁo oito minutos de poesia e histĂłria capazes de alegrar qualquer domingo, sobretudo sabendo-se que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi estava no teatro.
O coro dos escravos hebreus Ă© o lamento de um povo que chora pela "pĂĄtria minha, tĂŁo bela e perdida". Quando o bis de Muti terminou, enxugavam-se lĂĄgrimas no palco e na plateia.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/08/11.
VĂdeo:
http://www.youtube.com/watch?v=G_gmtO6JnRs&feature=youtu.be
Nabucco - Va, Pensiero - http://www.youtube.com/watch?v=snvHpFRO0hA
Riccardo Muti - http://www.riccardomuti.com/cover.aspx
Leia mais e confira a letra italiano e portuguĂȘs:
http://masofi.wordpress.com/2011/05/01/opera-de-roma-ameacada-de-morte-riccardo-muti/
Scala de MilĂŁo - http://www.teatroallascala.org/en/index.html
Ăpera de Roma - http://www.operaroma.it/
CRIME E CASTIGO
Uma pessoa merece ser condenada pela Justiça porque roubou um xampu ou um pote de margarina? Em 52,2% dos casos que chegaram ao Supremo Tribunal Federal entre 2005 e 2009, a corte decidiu que nĂŁo. Aplicou, assim, o princĂpio da insignificĂąncia -quando a lesĂŁo ao patrimĂŽnio nĂŁo justifica a repressĂŁo penal.
CRIME E CASTIGO 2
Quando os crimes sĂŁo fiscais ou contra a administração pĂșblica, o percentual salta para 72% dos casos.
PESOS E MEDIDAS
Os valores tambĂ©m diferem. Na maior parte dos crimes patrimoniais, o STF julgou irrelevantes furtos na faixa entre R$ 1 e R$ 100. Nos crimes contra a administração pĂșblica, foram considerados irrelevantes crimes entre R$ 3.000 e R$ 5.000. A pesquisa foi realizada pela Faculdade de Direito da USP, sob coordenação do professor Pierpaolo Bottini.
MĂŽnica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 30/08/11.
EDUCAĂĂO PARA A PAZ
Em poucas semanas, a eventual criação de um Estado palestino serĂĄ discutida na Assembleia Geral das NaçÔes Unidas. O pleito suscitarĂĄ, sem qualquer dĂșvida, uma enxurrada de artigos a serem publicados pela imprensa internacional, especulando sobre a legitimidade da pretensĂŁo palestina e sobre a adequação do momento e do instrumento escolhidos.
Desde o assassinato de Yitzhak Rabin, então primeiro-ministro de Israel, em 1995, pouco se avançou no processo israelo-palestino de paz. Pelo contrårio.
Nos Ășltimos anos, a direita israelense se fortaleceu e a liderança palestina se dividiu. Foi constituĂdo o quarteto para o Oriente MĂ©dio, formado por RĂșssia, Estados Unidos, UniĂŁo Europeia e ONU; apesar de sua imensa representatividade, pouco contribuiu para o avanço de tais negociaçÔes.
Recentemente, Înibus israelenses foram atacados por terroristas perto da fronteira do Egito. O extremismo de todos os lados terå de ser enfrentado com coragem. A maior parte dos israelenses, judeus e não judeus, assim como a maioria dos palestinos, quer apenas viver em condiçÔes de segurança e normalidade.
Quando vistos sob a perspectiva da histĂłria, muçulmanos e judeus viveram muito mais momentos de aproximação do que Ă©pocas de distanciamento. Assim foi, por exemplo, na chamada idade de ouro do judaĂsmo. Entre os sĂ©culos 8 e 15, muçulmanos, judeus e cristĂŁos viveram em harmonia na penĂnsula IbĂ©rica medieval.
Ainda hoje, as discussĂ”es sĂŁo polĂticas, nunca religiosas. A religiĂŁo Ă© acionada, algumas vezes, de forma dissimulada, para justificar aquilo que os interesses polĂticos pretendem conquistar.
Religião alguma prega a destruição ou a morte. Cùnones judaicos, muçulmanos e cristãos valorizam a vida acima de tudo.
A escolha da Congregação Israelita Paulista de comemorar os seus 75 anos de existĂȘncia com a apresentação de um coral multiĂ©tnico, formado por jovens cristĂŁs, muçulmanas e judias, Ă© uma demonstração de seu compromisso de olhar as dificuldades da realidade Ă sua volta com coragem.
O projeto "Voices of Peace" jå seria uma conquista caso tratasse apenas de jovens de religiÔes diferentes que cantam junto em uma sociedade em conflito. No entanto, o projeto do qual esse coral faz parte é bem mais amplo.
Trata-se de uma visão segundo a qual superamos conflitos por meio de uma educação para a paz.
Essas crianças, que tĂȘm a oportunidade de conviver com colegas de outras religiĂ”es e etnias desde pequenas -num paĂs em que isso Ă© quase uma exceção-, crescerĂŁo muito mais equipadas para viver em uma sociedade plural.
Ă dessa forma emblemĂĄtica que se decidiu celebrar as sete dĂ©cadas e meia de uma congregação que vĂȘ na postura crĂtica e no diĂĄlogo os grandes legados do povo judeu.
O filósofo Martin Buber (1878-1965) defendia que apenas nas interaçÔes do tipo "eu-tu", em oposição ao "eu-isto", deixamos de enxergar o outro como mero objeto para a conquista dos próprios objetivos e passamos a escutar as vozes alheias. Penso que é somente nas relaçÔes dialógicas que temos a oportunidade de superar preconceitos e de construir um caminho compartilhado.
A convivĂȘncia harmoniosa entre ĂĄrabes e israelenses serĂĄ conquistada apenas por meio de um empĂĄtico diĂĄlogo no estilo "eu-tu", construĂdo por meio de uma corajosa educação para a paz.
Michel Schlesinger, 34, advogado formado pela Faculdade de Direito da USP, Ă© rabino da Congregação Israelita Paulista, ordenado pelo Instituto RabĂnico Schechter, de JerusalĂ©m. Fonte: Folha de S.Paulo - 30/08/11.
Faculdade de Direito da USP - http://www.direito.usp.br/
Congregação Israelita Paulista - http://www.cip.org.br/index.jsp
Instituto RabĂnico Schechter - http://www.schechter.edu/
LIVROS JURĂDICOS
ADEUS TRIBUNAIS!
AUTOR Pedro Paulo Filho
EDITORA J. H. Mizuno (0/xx/19/3571-0420)
QUANTO R$ 63 (351 pĂĄgs.)
Pedro Paulo Filho dedicou-se a personagens e eventos do direito que se afastaram das lides jurĂdicas, brilhando fora delas, conforme Antonio ClĂĄudio Mariz de Oliveira assinala no prefĂĄcio. Dos literatos aos esportistas, dos professores aos mĂșsicos e aos jornalistas revivem, entre muitos outros, nos doze capĂtulos de suas pĂĄginas.
DIREITO E JORNALISMO
AUTOR Vidal Serrano Nunes JĂșnior
EDITORA Verbatim (0xx/11/ 5533-0692)
QUANTO R$ 48 (160 pĂĄgs)
Vidal tem longo convĂvio com o tema do tĂtulo. Agora retoma, em parte, temas antigos, de que jĂĄ cuidara no passado. Centrou sua preocupação nos elementos fundamentais da informação e da crĂtica, no jornalismo e seus limites. No Ășltimo capĂtulo, examina a decisĂŁo do STF que deu pela inconstitucionalidade da Lei de Imprensa.
A PSICOLOGIA DO JUIZ
AUTOR Luiz Guilherme Marques
EDITORA Letras JurĂdicas (0/xx/11/3107-6501)
QUANTO R$ 35 (162 pĂĄgs.)
Juiz com mais de 20 anos de carreira, o autor apresenta nesta obra a sua avaliação dos juĂzes em face de advogados, psicĂłlogos e atĂ© juĂzes. Busca a originalidade na "'inciĂȘncia' das forças interiores que influem no dia a dia profissional do juiz". O caminho estĂĄ no acesso ao autoconhecimento, pelo estudo na canalização do prĂłprio inconsciente.
A DECISĂO DO JUIZ E A INFLUĂNCIA DA MĂDIA
AUTOR Artur CĂ©sar de Souza
EDITORA Revista dos Tribunais (0800-702-2433)
QUANTO R$ 78 (368 pĂĄgs.)
Em texto aprovado no pós-doutrado da Universidade de Milão, Souza fez, conforme escreve Carlo Enrico Paliero, na apresentação, "escolha prospectiva de especial interesse". O autor detecta a posterior analogia estrutural entre direito penal e "mass media". Mostra o perigo do mau uso da liberdade de informar.
ESTUDOS DE CASOS EM BALĂSTICA
AUTOR Domingos Tocchetto
EDITORA Millennium (0/xx/19/3229-5588)
QUANTO R$ 86 (363 pĂĄgs.)
Em casos concretos, Tocchetto pugna pelos cuidados do perito. No prefĂĄcio, Tales Castelo Branco vĂȘ os estudos como verdadeira aula sobre balĂstica e sua perĂcia.
OPINIĂES
AUTOR Josenir Teixeira
EDITORA edição do autor
QUANTO NĂŁo informado (324 pĂĄgs.)
O terceiro setor predomina em parte da obra, com estudos publicados na revista "NotĂcias Hospitalares". O autor enfrenta, depois, temas relativos Ă advocacia. Inclui medicina, pacientes e temas variados.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/08/11.
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