PENSANDO NA MAIOR FEIRA DE LIVROS DO MUNDO
16/10/2009 -
PENSE!
FRANKFURT BOOK FAIR 2009
English:
http://www.buchmesse.de/en/
History of the fair â 60 years:
http://www.buchmesse.de/en/fbf/container/00340/index.html
Feira do Livro de Frankfurt. A exposição na cidade alemã vai até o dia 18 de Outubro. A feira é conhecida como sendo a maior do mundo e a edição deste ano tem como tema a literatura chinesa.
Leia mais:
http://olivreiro.com.br/blog/2009-10-12-feira-do-livro-de-frankfurt-comeca-nesta-quarta#
A histĂłria da Feira (desde 1949):
http://www.dw-world.de/dw/article/0,,634484,00.html
Site oficial: http://www.buchmesse.de/en/
FEIRA TEM EDIĂĂO ECONĂMICA
Por mais que os organizadores tentem aparentar normalidade, Ă© senso comum que a 61ÂȘ Feira do Livro de Frankfurt, o maior evento editorial do mundo, estĂĄ mais econĂŽmica e modesta por conta dos efeitos da crise. As delegaçÔes internacionais estĂŁo enxutas, a oferta de tĂtulos para editores diminuiu e o circuito "social" encolheu.
Os dados oficiais indicam retração modesta. O nĂșmero total de exibidores praticamente se manteve (7.314 em 2009, contra 7.373 em 2008), com o mesmo nĂșmero de paĂses participantes (cem). Mas as cifras nĂŁo refletem o dia a dia dos negĂłcios entre editoras, agentes e escritores. Ă voz corrente que a cautela dĂĄ o tom dos negĂłcios.
Isso se reflete tambĂ©m na venda de tĂtulos para editoras brasileiras, ainda que o otimismo com a recuperação do mercado nacional seja bem maior do que nos EUA e na Europa.
Segundo Roberto Feith, da Objetiva, com a retração vĂŁo sofrer mais os tĂtulos "midlist", aqueles que vendem bem, "mas nĂŁo o suficiente para fazer o ano de uma editora". Para ele, as editoras europeias tendem a reduzir lançamentos. Luciana Villas-Boas, diretora-editorial da Record, concorda que os tĂtulos intermediĂĄrios serĂŁo os mais afetados. Isso compreende obras de nĂŁo ficção e literatura de qualidade.
Entre os best-sellers, no entanto, o mercado continua aquecido. O "tĂtulo da feira", que estĂĄ causando frisson em Frankfurt, Ă© a coletĂąnea de diĂĄrios, notas e cartas de Nelson Mandela. Trata-se de uma edição, ainda em preparação, que inclui toda a memĂłria pessoal do lĂder antiapartheid.
Michael Jackson
Outro tĂtulo que estĂĄ sendo muito comentado Ă© uma "graphic novel" (histĂłria em quadrinhos de luxo) de Michael Jackson, que o astro pop teria escrito com Gotham Chopra (filho do autor de autoajuda Deepak Chopra), com ilustraçÔes de Mukesh Singh. Intitulado "Faith", teria como personagem um Ăcone pop chamado Gabriel Star e deve ser lançado nos EUA em junho de 2010.
Antes da feira, a editora portuguesa Leya, que acaba de estrear no Brasil, jĂĄ havia comprado em leilĂŁo "The Shadow Effect", de Deepak Chopra, por US$ 100 mil. Para Paulo Rocco, da editora Rocco, a disputa pelos best-sellers continua, ainda que a mĂ©dia dos preços negociados tenha caĂdo.
O livro de Mandela jĂĄ provoca corrida entre editores brasileiros, que tiveram nos Ășltimos meses disputas ousadas por best-sellers. O maior exemplo Ă© o leilĂŁo que movimentou as editoras na semana passada, a trilogia "A Discovery of Witches" (uma descoberta de feiticeiras), de Deborah Harkness, que deve sair em 2011.
A Rocco venceu a disputa e pagou cerca de US$ 165 mil pelos direitos de publicação do primeiro volume. à uma cifra elevada, mesmo comparando com o US$ 1 milhão negociado para o mercado americano. A história: professora descobre um manuscrito de alquimia, vira feiticeira e tem romance com vampiro de 1.500 anos.
A CĂąmara Brasileira do Livro, que tem um stand em Frankfurt, fechou com a feira uma parceria para a realização de um encontro internacional em SĂŁo Paulo, em março de 2010, para debater novas tecnologias. O evento serĂĄ simultĂąneo ao 36Âș Encontro Nacional de Editores e Livreiros.
Marcos Strecker - Fonte: Folha de S.Paulo - 16/10/09.
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(COLABORAĂĂO: PROFESSORA ADRIANA FILETO)
PROJETO GENTILEZA URBANA
Em iniciativa louvĂĄvel, a Fiat AutomĂłveis, rĂĄdio Itatiaia e Unimed BH lançaram dia 17 de outubro o Projeto Gentileza Urbana no parque municipal. A ideia Ă© trazer Ă tona temas do cotidiano como violĂȘncia, saĂșde, bem-estar, trabalho, meio ambiente, educação e desafios do trĂąnsito, fazendo a sociedade repensar seus hĂĄbitos e praticar a cidadania. AtĂ© setembro de 2010, uma sĂ©rie de reportagens e entrevistas serĂĄ feita sobre açÔes que valorizem um convĂvio mais harmĂŽnico e humano.
O evento, transmitido ao vivo pela Itatiaia, no programa "Chamada Geral", teve apresentação dos jovens de canto, dança e percussĂŁo do projeto social Ărvore da Vida - Jardim TeresĂłpolis, desenvolvido e apoiado pela Fiat. O Gentileza Urbana conta ainda com a publicação de uma cartilha bimestral (4.000 exemplares), que serĂĄ distribuĂda por Minas Gerais.
Paulo Navarro (http://www.pnc.com.br/) - Fonte: O Tempo - 17/10/09.
Mais sobre o projeto:
http://www.pautasocial.com.br/pauta.asp?idPauta=27977
DO SĂCULO 21
Ecoou pelos sites e portais brasileiros, em relato da BBC Brasil (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/10/091014_imprensadanielaebc.shtml). O francĂȘs "Le Monde" (http://www.lemonde.fr/), deu pĂĄgina inteira para longa reportagem sobre a federal do ABC, dizendo que a instituição exemplifica como "Lula inventa a universidade brasileira do sĂ©culo 21" a partir da "regiĂŁo operĂĄria onde ele começou sua carreira":
"Na universidade não hå departamentos de disciplinas, mas centros de pesquisas multidisciplinares para facilitar a cooperação... O governo não economizou. Meio bilhão de euros foi injetado, 280 professores foram contratados, todos titulares de um doutorado."
Toda MĂdia (http://www.todamidia.folha.blog.uol.com.br) - Nelson de SĂĄ - Fonte: Folha de S.Paulo - 15/10/09.
EDUCATECA
Educateca Ă© o sujeito que toma decisĂ”es relacionadas com a vida dos estudantes, manda alguĂ©m cuidar do assunto e vai para casa jantar. Por exemplo: um educateca achou que devia mudar o nome da velha e boa prova de portuguĂȘs e inventou que ela se chamaria "teste de linguagens, cĂłdigos e suas tecnologias". Assim se chamava a prova mostrada Ă repĂłrter Renata Cafardo. Em geral, o educateca acumula o justo orgulho por seus tĂtulos e um sacrossanto horror a dar aula.
Os delinquentes prestaram um serviço ao MEC. A prova vazou a tempo de permitir o cancelamento do exame. Se tivesse vazado depois, o desastre seria maior. Estudado com atenção, o processo de remessa das provas aos locais dos exames tinha outras vulnerabilidades. Os educatecas tiveram uma ideia grandiosa, terceirizaram o serviço e foram jantar.
O primeiro sinal de que se caminhava para uma armadilha acendeu-se quando a burocracia do Inep sustentou que, por falta de tempo, não poderia oferecer dois exames aos estudantes. Esse mimo ficaria para 2010. Quando se tratou de apressar o projeto desprezando o interesse da garotada, exerceram seus superpoderes. Quando se tratou de rolar na lama para garantir a segurança da prova, prevaleceu o ócio. Para a garotada, sobrou a redução das opçÔes de curso de 5 para 3.
Se os educatecas nĂŁo atrapalharem, o exame do prĂłximo ano poderĂĄ ser feito on-line, como as melhores provas do gĂȘnero pelo mundo afora.
O Enem poderå ser aplicado em vårios dias, com questÔes estocadas num banco de perguntas, transmitidas aos candidatos de acordo com um processo de seleção aleatória. A prova do såbado serå uma, a do domingo, outra.
Esse sistema permite que o MEC ofereça dois ou trĂȘs exames por ano, dando ao estudante a oportunidade de mandar a melhor nota Ă s universidades.
Fica uma pergunta: haverå terminais para todos os candidatos? Como o exame pode se estender por dez dias esse problema é menor do que parece. Sua solução exige um tipo de trabalho que não pode ser passado adiante.
Elio Gaspari (http://www.submarino.com.br/portal/Artista/80141) - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/10/09.
O SENHOR DA PAZ
Com menos de um ano de governo, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi agraciado com o prĂȘmio Nobel da Paz. O prĂȘmio pegou de surpresa todo o mundo, que nĂŁo avaliava que o homenageado, em tĂŁo pouco tempo, tivesse o que apresentar em realizaçÔes.
A prĂłpria fala de Obama indica isso. Com a humildade que lhe Ă© natural, ele disse que nĂŁo merecia o prĂȘmio, mas que o recebia como um chamado Ă ação. Sem dĂșvida, parece que o comitĂȘ do Nobel pretendeu, antes de mais nada, apoiar seu projeto de governo.
O comitĂȘ reflete uma expectativa que, desde a posse de Obama, atravessa a humanidade, qual seja a indicação de que a polĂtica externa que seu governo vem implementando tem a capacidade de mudar o mundo, conduzindo-o a um rumo novo e promissor.
Ao adotar uma postura propositiva no enfrentamento dos problemas internacionais, ao contrĂĄrio de seu antecessor, Obama conseguiu, em pouco tempo, pacificar quase todos os espĂritos, chamando para o diĂĄlogo alguns dos lĂderes mundiais mais renitentes.
Seu sucesso Ă© consistente, embora ele mesmo tenha advertido que os EUA nĂŁo podem resolver todos os problemas do mundo. Mas todos estĂŁo percebendo que os EUA readquiriram a sua posição de lĂder mundial e que, nessas condiçÔes, podem ajudar muito.
SĂŁo notĂĄveis seus esforços junto a paĂses problemĂĄticos como Israel, IrĂŁ e Coreia do Norte. Progressos tambĂ©m houve junto a gigantes como a RĂșssia e anĂ”es como Cuba. Equivocada, com certeza, Ă© a escalada militar no AfeganistĂŁo, uma concessĂŁo aos "falcĂ”es" de seu paĂs.
O futuro aguarda, no entanto, o que se assinala ser mais importante em sua polĂtica: a melhoria do clima e a nĂŁo-proliferação nuclear. Na segunda questĂŁo, Obama manifesta o propĂłsito de trabalhar para abolir as armas nucleares em nĂvel mundial.
Com Obama, a paz passa a ser certamente um projeto nĂŁo sĂł desejĂĄvel, mas possĂvel.
Editorial - Fonte: O Tempo - 12/10/09.
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