DIREITO AO PĂO
22/01/2009 -
FAZENDO DIREITO
MUSEU DO PĂO
English:
http://www.e-architect.co.uk/brazil/bread_museum.htm
http://www.archdaily.com/3664/ilopolis-bread-museum-brasil-arquitetura/
Foto: Vista geral do Museu do PĂŁo, que reĂșne espaço expositivo e auditĂłrio (Ă esq.), oficina de panificação (Ă dir.) e moinho restaurado.
Uma arquitetura projetada para a experiĂȘncia dos sentidos. Assim o espanhol Josep Maria Montaner, um dos principais crĂticos de arquitetura do mundo, sintetiza as qualidades do Museu do PĂŁo.
Localizado em IlĂłpolis, cidade pouco conhecida do interior gaĂșcho, o prĂ©dio de pequenas proporçÔes, em concreto e vidro, Ă© ligado a um moinho de madeira inaugurado em 1930 e que estava em situação de abandono, mas que foi recuperado -o conjunto foi entregue no ano passado. As linhas contemporĂąneas do novo edifĂcio, junto com a antiga construção, renovada, deram um novo perfil Ă ĂĄrea central da cidade de 4.000 habitantes, com fortes traços de colonização italiana e situada no vale do Taquari, a 189 km de Porto Alegre.
NĂŁo sĂł Montaner, no jornal espanhol "La Vanguardia", faz elogios ao projeto do escritĂłrio paulistano Brasil Arquitetura.
Em Ăąmbito nacional, o museu começa a ganhar reconhecimento, exemplificado em dois prĂȘmios importantes dados no final do ano passado: o PrĂȘmio Rino Levi, conferido pela seção SĂŁo Paulo do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), e o PrĂȘmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, promovido pelo Iphan (Instituto do PatrimĂŽnio HistĂłrico e ArtĂstico Nacional), na categoria preservação de bens mĂłveis e imĂłveis.
"As premiaçÔes por aqui e os textos publicados no exterior nos surpreenderam. Desenvolvemos bem o projeto, que é simples, mas o reconhecimento veio mais rapidamente do que era pensado", conta o arquiteto Marcelo Ferraz, que assina o projeto junto de Francisco Fanucci e Anselmo Turazzi.
Ferraz conheceu a região em 2003 e se impressionou com os moinhos espalhados por Ilópolis e pelas cidades vizinhas de Arvorezinha, Anta Gorda e Putinga. "Quando foram feitos, eram construçÔes que representavam a técnica mais avançada. E, mesmo em situação de abandono, a população tinha grande ligação com eles. Por isso, escolhemos um projeto contemporùneo para marcar essa recuperação", afirma ele.
Em 2005, um dos moinhos, o Colognese, começou a ser recuperado. "Estava completamente degradado e à venda. Foi salvo da destruição por pouco", diz o arquiteto, que conseguiu que a Fundação Nestlé bancasse a reforma de R$ 600 mil.
Estudantes da cidade receberam capacitação para atuar na obra, em uma parceria da Associação dos Amigos dos Moinhos do Alto Vale do Taquari com o Instituto Ătalo Latino-Americano, vinculado ao MinistĂ©rio da Cultura italiano.
Museu vivo
Ferraz acredita que o ĂȘxito do projeto estĂĄ no envolvimento da população local com o museu. "Imaginamos um museu vivo, nĂŁo pode se ater somente Ă exposição. EntĂŁo, criamos uma oficina de panificação, que Ă© o coração do museu." O conjunto reĂșne um mĂłdulo de concreto e vidro, que Ă© "descolado" do chĂŁo, integrando um espaço com objetos e instrumentos usados nos moinhos, painĂ©is sobre a histĂłria dos prĂ©dios e um pequeno auditĂłrio. "A italianada estranhou no começo. Era uma estrutura muito nova para a cidade. Mas agora jĂĄ virou ponto turĂstico", conta Ismael Rosset, funcionĂĄrio da instituição. A oficina se localiza em uma nova estrutura retangular, ligada ao antigo moinho, onde deve ser inaugurado em março um cafĂ© e uma loja. Os equipamentos de moagem funcionam normalmente e sĂŁo ativados a pedido dos visitantes.
Mario Gioia - Fonte: Folha de S.Paulo - 18/01/09.
EXAME DA OAB - Aprovação na 1ÂȘ fase Ă© a maior desde 2007
A OAB-SP (seccional SĂŁo Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil) registrou a maior aprovação desde 2007 na primeira fase do seu exame. Dos cerca de 23 mil inscritos na primeira fase do 137Âș exame 43% passaram. Os aprovados farĂŁo a segunda fase em 15 de fevereiro.
Nas quatro ediçÔes anteriores, os Ăndices de aprovação na primeira fase foram de 34,5%, 31,5%, 39,8% e 30,4%, respectivamente. As provas sĂŁo aplicadas trĂȘs vezes por ano. A aprovação Ă© requisito para que o formado em direito atue como advogado.
Fonte: Folha de S.Paulo - 21/01/09.
OAB-SP - http://www.oabsp.org.br/
LEI DO CALL CENTER
No site http://www.conquistadoconsumidor.com.br/, o cidadão tem acesso a vårias informaçÔes sobre os principais setores e empresas que estão em desacordo com a lei do call center.
Fonte: O Tempo - 19/01/09.
PETIĂĂO - CASO BATTISTI
EstĂĄ no ar uma petição online, dirigida ao Supremo Tribunal Federal, solicitando que a Suprema Corte brasileira julgue o caso do terrorista italiano Cesare Battisti e o extradite para seu paĂs de origem, para cumprir a pena que lhe foi atribuĂda. O link para acessar a petição Ă© http://www.ipetitions.com/petition/bat/.
Raquel Faria - Fonte: O Tempo - 24/01/09.
AUTOAVALIAĂĂO - CASO BATTISTI
TĂtulo de nota do site do MinistĂ©rio da Justiça que falava sobre o abaixo-assinado de apoio a Tarso Genro: "Cesare Battisti: quando o governo brasileiro Ă© exemplo de democracia".
Fonte: Folha de S.Paulo - 24/01/09.
Mais: http://www.mj.gov.br/data/Pages/MJA21B014BPTBRIE.htm
PROCURAM-SE JUĂZES
Salårio inicial de cerca de R$ 18 mil, status, cargo de chefia e liberdade de atuação. Quem não gostaria de ter um emprego desses?
Por incrĂvel que pareça, o JudiciĂĄrio brasileiro tem centenas de vagas assim, em diversos Estados, e nĂŁo as preenche simplesmente porque os candidatos nĂŁo conseguem passar nos concursos para juiz.
O Tribunal de Justiça de São Paulo, por exemplo, colocou 183 cargos de magistrados em disputa no ano passado. Houve 5.459 pessoas inscritas, mas, no final das contas, só 76 foram aprovadas.
No Rio de Janeiro, o Ășltimo concurso promovido pelo TJ foi ainda mais vexatĂłrio. Dos 2.019 candidatos que concorreram a 50 postos da Justiça estadual, apenas trĂȘs foram considerados aptos para ingressar na magistratura.
O mais curioso nessa falta de juĂzes Ă© que nos Ășltimos anos o paĂs sofreu um boom nos cursos de direito, que passaram de 235 em 1995 para 971 em 2006 (o governo federal ainda nĂŁo divulgou o censo de 2007, mas nĂŁo serĂĄ surpresa se o nĂșmero jĂĄ for superior a mil).
O problema Ă© que Lula e FHC optaram pela massificação indiscriminada do ensino superior, permitindo a abertura de cursos sem dar a mĂnima para a qualidade e sem tentar direcionĂĄ-los para as ĂĄreas nas quais o paĂs tem grande carĂȘncia de mĂŁo-de-obra.
O resultado Ă© que, no mesmo Brasil em que faltam engenheiros, geĂłlogos e tĂ©cnicos em geral, sobram advogados sem condiçÔes de participar de uma audiĂȘncia ou incapazes de redigir uma petição-quanto mais de disputar um concurso para a magistratura.
E isso serve apenas para agravar um outro buraco do paĂs, o do prĂłprio JudiciĂĄrio, onde um processo pode se alongar por cinco, dez, 15 anos ou mais e muitas vezes o crime prescreve sem que os acusados tenham sido julgados.
Rogério Gentile - Fonte: Folha de S.Paulo - 19/01/09.
O MĂDICO, A ĂTICA E A LEI PENAL
Acontece com mais frequĂȘncia do que se poderia esperar que mĂ©dicos, das mais variadas especialidades, sejam acusados por pacientes da prĂĄtica de abusos sexuais cometidos no consultĂłrio. Segundo perfil desses profissionais, traçado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SĂŁo Paulo) e publicado no "Jornal da Tarde" de 4/1, sĂŁo, em geral, homens, casados e com discurso religioso.
Ao Cremesp compete apurar administrativamente os casos, podendo ser aplicadas penas de suspensão temporåria ou cassação do registro que permite exercer a profissão.
Com relação Ă Justiça, a apuração dos fatos começa na polĂcia e termina com uma sentença judicial que pode condenar ou absolver o acusado por crime sexual.
Recentemente, veio a pĂșblico o caso de um renomado mĂ©dico que estĂĄ sendo acusado por vĂĄrias de suas pacientes da prĂĄtica de abusos sexuais cometidos durante procedimentos de fertilização. Ele nega. Esses possĂveis atos libidinosos, em termos tĂ©cnicos legais, sĂŁo chamados de atentado violento ao pudor ou estupro, dependendo da conduta do agressor.
Podemos lembrar, ainda, o caso de outro mĂ©dico que foi condenado por molestar pacientes sedados no consultĂłrio, em geral crianças. Alguns relatos sĂŁo chocantes, mas as providĂȘncias judiciais e administrativas que se conseguem alcançar nesses casos ficam aquĂ©m da gravidade dos delitos.
O Cremesp informou que, desde 2002, 65% das reclamaçÔes foram arquivadas, em geral por falta de provas, mesmo se sabendo que, nesses casos, a palavra da vĂtima tem especial relevĂąncia e deve prevalecer sobre a versĂŁo do acusado. Na Justiça, existe um entrave ainda maior.
Nos crimes contra a liberdade sexual previstos no CĂłdigo Penal, dentre os quais o assĂ©dio sexual, o atentado violento ao pudor e o estupro, somente se procede mediante queixa da(o) ofendida(o) (artigo 225 do CĂłdigo Penal), ou seja, em regra, a ação penal Ă© privada. Se a vĂtima nĂŁo for pobre e o crime nĂŁo tiver sido praticado pelo genitor, padrasto, tutor ou curador e se nĂŁo houver violĂȘncia real, ela terĂĄ que pagar um advogado para processar seu agressor -e deve fazĂȘ-lo no prazo de seis meses subsequentes Ă ocorrĂȘncia dos fatos.
O MinistĂ©rio PĂșblico fica impedido de atuar na proteção Ă sociedade e em favor das vĂtimas, propondo a ação penal, como acontece na maioria esmagadora dos demais tipos de delito.
Ă claro que essas pessoas que foram prejudicadas pela inadequação da lei penal podem entrar no JuĂzo cĂvel para pedir indenização por dano moral.
No entanto, o que importa reiterar aqui Ă© a urgĂȘncia da reforma do estatuto penal no que se refere a esse inaceitĂĄvel resquĂcio de patriarcalismo, gerador de numerosas injustiças.
Hå muito tempo que se debate a necessidade de eliminação do artigo 225 do Código Penal. Os crimes sexuais, antigamente cercados de preconceitos e pudores que desembocavam na impunidade, hoje são compreendidos como conduta inaceitåvel que atinge, no mais das vezes, mulheres.
A determinação de que a ação penal seja de natureza privada resultou de um entendimento do inĂcio do sĂ©culo passado de que a sexualidade constrangia, estigmatizava, conspurcava a mulher, mesmo quando ela fosse vĂtima de uma agressĂŁo e o ato sexual ocorresse sem o seu consentimento, mediante violĂȘncia ou grave ameaça.
Assim, sĂł ela poderia decidir punir seu agressor, trazendo a pĂșblico atos tidos como vexatĂłrios para si mesma.
Como se nĂŁo bastasse, teria de pagar por uma assistĂȘncia jurĂdica que, na realidade, o Estado estĂĄ obrigado a prestar. AlĂ©m disso, estabeleceu-se um prazo exĂguo de seis meses, perĂodo nem sempre suficiente para tomar uma decisĂŁo. No mais das vezes, a vĂtima precisa de tempo para absorver os efeitos devastadores das agressĂ”es sofridas e, com certeza, apenas se sentirĂĄ em condiçÔes de patrocinar a ação penal apĂłs angariar recursos necessĂĄrios e se refazer emocionalmente.
O resultado Ă© esse que estamos presenciando: mulheres sofrendo ataques sexuais em consultĂłrios mĂ©dicos, bem como em outros ambientes, e o MinistĂ©rio PĂșblico de mĂŁos atadas. Quantas vĂtimas teriam sido poupadas se a Justiça pudesse ter sido acionada nas primeiras ocorrĂȘncias? O CĂłdigo Penal Ă© obsoleto e precisa ser alterado agora. De nada adianta a tipificação de uma sĂ©rie de condutas em que as vĂtimas, em geral, sĂŁo mulheres se nĂŁo hĂĄ meios eficazes de punir o agressor.
Luiza Nagib Eluf, 53, Ă© procuradora de Justiça do MinistĂ©rio PĂșblico do Estado de SĂŁo Paulo e autora de "A PaixĂŁo no Banco dos RĂ©us", entre outros livros. Foi secretĂĄria nacional dos Direitos da Cidadania do MinistĂ©rio da Justiça (governo FHC).
MinistĂ©rio PĂșblico do Estado de SĂŁo Paulo - http://www.mp.sp.gov.br/portal/page/portal/home/home_interna
A PaixĂŁo no Banco dos RĂ©us - http://www.submarino.com.br/produto/1/172748
LIVROS JURĂDICOS
Inafastabilidade da Jurisdição e o Controle Judicial da Discricionariedade Adminis trativa
JOSĂ A. PANCOTTI
Editora: LTr;
Quanto: R$ 35 (165 pĂĄgs.)
Pancotti construiu dissertação de mestrado (UniToledo) sobre efeitos da era pĂłs-positivista, na qual a discricionariedade da administração pĂșblica "ficou praticamente reduzida a zero". Avança, na primeira parte, sobre o princĂpio da inafastabilidade da jurisdição. Vincula tais ideias ao Estado de Direito e Ă separação dos poderes, antes da avaliação da força da atividade jurisdicional e seus princĂpios. A evolução dos conceitos inerentes Ă discricionariedade culmina com a discussĂŁo do controle jurisdicional dos atos administrativos. A conclusĂŁo afirma o cabimento do controle jurisdicional da juridicidade dos atos praticados, quando considere "os princĂpios constitucionais expressos e implĂcitos pertinentes ao caso concreto".
A Dignidade da Pessoa Humana e o Direito Penal
ROGĂRIO TAIAR
Editora: SRS Editora (0/xx/11/6606-8875);
Quanto: R$ 37 (176 pĂĄgs.)
Dissertação de mestrado (Fieo-Unifieo) examina o assunto sob a perspectiva da tutela penal dos direitos fundamentais, conforme subtĂtulo lançado pelo autor, posto que tais direitos "sĂŁo os reflexos da dignidade da pessoa humana". Cuida ainda, no direito penal, do princĂpio constitucional da proporcionalidade em abstrato (dirigida ao legislador) e em concreto (dirigida ao magistrado). A introdução encaminha o leitor para direitos fundamentais (evolução e eficĂĄcia) e princĂpios essenciais colhidos na Constituição. A ponderação sobre a dignidade da pessoa humana no direito penal desemboca nos princĂpios da culpabilidade, da intervenção mĂnima. Vincula proporcionalidade e dignidade.
Alimentos
ANA MARIA GONĂALVES LOUZADA
Editora: Del Rey;
Quanto: R$ 42,90 (288 pĂĄgs.)
A escritora cumpriu seu objetivo de especificar elementos essenciais do tema, na doutrina e na jurisprudĂȘncia.
Ordem Liberal e a QuestĂŁo Social no Brasil
DENIS M. GIMENEZ
Editora: LTr (0/xx/11/3826-2788);
Quanto: R$ 45 (238 pĂĄgs.)
O volume 3 da série "Debates Contemporùneos" discute limites do desenvolvimento econÎmico em face da questão social.
Valor da Causa
EDUARDO HENRIQUE DE OLIVEIRA YOSHIKAWA
Editora: Dialética (0/xx/11/5084-4544);
Quanto: preço não fornecido (207 pågs.)
Yoshikawa ressalta a importĂąncia do tema e o decompĂ”e em seus elementos bĂĄsicos, com farta jurisprudĂȘncia.
Penhora e Expropriação
WALTER VECHIATO JĂNIOR
Editora: Juarez de Oliveira (0/xx/11/ 3399-3663);
Quanto: R$ 62 (332 pĂĄgs.)
A execução por quantia certa contra devedor solvente Ă© examinada em minĂșcias, com utilidade profissional.
Efetividade da Tutela Ambiental
OBRA COLETIVA
Editora: Del Rey (0/xx/11/3101-9775);
Quanto: R$ 59 (352 pĂĄgs.)
Jarbas Soares JĂșnior, Marcos P. de S. Miranda e Sheila C. Pitombeira reuniram textos de palestras no 7Âș Congresso do MinistĂ©rio PĂșblico do Meio Ambiente.
Processo Civil
OBRA COLETIVA
Editora: Del Rey;
Quanto: R$ 99 (680 pĂĄgs.)
Humberto Theodoro Junior Ă© homenageado em obra coordenada por Fernando G. Jayme, Juliana C. de Faria e Maira T. Lauar.
Novos Paradigmas do Contrato de Trabalho no Brasil
ROSANI PORTELA CORREIA
Editora: LTr;
Quanto: R$ 35 (134 pĂĄgs.)
Dissertação de mestrado (PUC-SP) discute novos paradigmas e seus reflexos no direito do trabalho.
SubsĂdios para um Modelo de PrevidĂȘncia Social para o Brasil
WLADIMIR NOVAES MARTINEZ
Editora: LTr;
Quanto: R$ 35 (206 pĂĄgs.)
Martinez colhe, em sua extensa obra sobre o assunto, 1.216 reflexĂ”es para os estudiosos em nosso paĂs.
Fonte: Folha de S.Paulo - 24/01/09.
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php