CRIATIVIDADE NO MARKETING
05/10/2011 -
NOSSOS COLUNISTAS
PROPAGANDAS INTELIGENTES (BATELCO INFINITY)
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(Colaboração: Waldeyr Estevão)
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br. (Confira o logo do FM - http://www.tomcoelho.com.br/sites.asp?PN=3&intervalo=10&t=)
VocĂȘ nĂŁo Ă© Pago para Isso!
*por Tom Coelho
âA empresa mostra sua cara: Ă© apenas um negĂłcio.
Quem cuida de vocĂȘ, Ă© vocĂȘ mesmoâ.
(Pedro Mandelli)
Convido vocĂȘ a uma viagem ao passado. Aportamos precisamente no dia 14/10/1992. Nesta data, estou Gerente de Filial de uma empresa de exportação de cafĂ©. Minhas atribuiçÔes incluem comprar lotes de cafĂ© cru em grĂŁo junto aos produtores, tendo corretores como intermediĂĄrios; receber os lotes adquiridos; conferi-los, confrontando a qualidade do produto entregue com a amostra oferecida pelo vendedor; processĂĄ-los, utilizando os serviços de empresas de armazĂ©ns gerais, onde o cafĂ© Ă© tratado mecĂąnica e eletronicamente, separando os chamados âdefeitosâ, ou seja, grĂŁos pretos, verdes e quebrados, alĂ©m de pedaços de pau, pedra e outras impurezas, dos grĂŁos de boa qualidade; ensacar o cafĂ© beneficiado e, finalmente, transportĂĄ-lo atĂ© o porto para ser embarcado ao seu destino final. E, alĂ©m de tudo isso, gerenciar, evidentemente, as rotinas administrativas e financeiras da filial, com uma equipe formada por apenas quatro pessoas.
A empresa na qual estou tem sua Matriz sediada em Salvador. Optaram pela abertura de uma filial em Varginha, sul de Minas â futuramente conhecida por supostamente oferecer hospitalidade a extraterrestres, alienĂgenas & simpatizantes â porque o cafĂ© baiano estava deixando a desejar. O produtor local, sem incentivo de qualquer ordem, cuidava mal da lavoura, fazendo colheitas cada vez menos produtivas. E exportar para paĂses como ItĂĄlia, Alemanha e EUA demandava grĂŁos mais nobres, disponĂveis apenas no eixo MG-SP. Por conta desta necessidade, nasceu a filial sul-mineira, no maior centro de comercialização de cafĂ© do mundo.
Ocorre que sofrĂamos seguidamente de duas mazelas auto-impostas em nossas exportaçÔes, que sempre atrasavam. Primeiro, por força de uma cultura tipicamente tupiniquim, a Matriz nos informava dos embarques, concedendo autorização para compra da matĂ©ria-prima, sempre na Ășltima hora. Segundo, por puro regionalismo, a Diretoria exigia que o cafĂ© processado fosse embarcado pelo Porto de Salvador, distante cerca de 1700 km, cujo acesso compreendia estradas esburacadas vencidas ao longo de dois dias de viagem, em vez de optar pelo chamado âPorto Secoâ, que permitia embarcar a mercadoria diretamente de Varginha, jĂĄ em contĂȘineres, prontos para saĂrem pelo Porto de Santos, distante apenas 400 km, com estradas bastante razoĂĄveis num trajeto de oito horas.
AlĂ©m dos atrasos, trabalhĂĄvamos sob constante pressĂŁo. E os custos de preparação eram elevadĂssimos pois, como tudo era feito Ă s pressas, pagĂĄvamos mais caro pela matĂ©ria-prima para recebĂȘ-la mais rapidamente, custeĂĄvamos horas extras para beneficiamento nos armazĂ©ns gerais e, finalmente, tĂnhamos que pagar atĂ© ĂĄgio aos caminhoneiros para chegarem em tempo ao Porto de Salvador. Em suma, uma coleção de desperdĂcios.
Em setembro daquele ano o maior importador enviou uma carta Ă Matriz comunicando que, se mais um lote fosse embarcado com atraso, todos os contratos firmados seriam cancelados. Pela primeira vez, houve planejamento, de modo que recebemos, na segunda semana de outubro, uma planilha contendo todos os embarques do mĂȘs, totalizando 11.850 sacas.
Um baiano âmalucoâ no sul de Minas
De posse da planilha de embarques, projetei as necessidades de matĂ©ria-prima. Em poucas palavras: para obter um lote de 1000 sacas de cafĂ© tipo exportação, precisa-se comprar entre 1100 e 1200 sacas de cafĂ© de produtor, pois a diferença, denominada âquebraâ, representa os chamados âdefeitosâ, jĂĄ mencionados anteriormente (e que serĂŁo destinados ao mercado interno). Como a âquebraâ mĂ©dia do padrĂŁo de cafĂ© que adquirĂamos era da ordem de 15%, nossa meta de matĂ©ria-prima compreendia cerca de 14.000 sacas.
Ao meio-dia daquele 14 de outubro, uma quarta-feira, recebi autorização para âentrar no mercadoâ comprando com mĂ©dia de preços de $70,00/saca. NĂŁo me foi estipulada uma quantidade para compra. A instrução da Matriz foi: âVĂĄ comprando. VocĂȘ sabe o que temos que embarcarâ.
Ocorre que eu acompanhava, junto a um colega economista baseado no interior de SĂŁo Paulo, os movimentos das Bolsas de Londres e Nova Iorque, cujas oscilaçÔes tĂȘm impacto significativo na cotação dos preços internos. E as tendĂȘncias por nĂłs analisadas indicavam para uma forte elevação dos preços na terça-feira seguinte, dia 20, por ser data de vencimento dos contratos de opçÔes. Nossa estimativa era de que os preços atingiriam o patamar de $ 120,00/saca.
Diante de todos os fatos e dados, mergulhei no mercado. E, naquele dia, comprei exatas 14.000 sacas a um preço mĂ©dio unitĂĄrio de $70,00. Num dia atĂpico, onde nenhum dos outros 21 exportadores sediados em Varginha resolveu atuar, reinei sozinho. Impus a entrega imediata dos lotes comprados (os produtores tĂȘm, por convenção, atĂ© sete dias para entregar). Impus condiçÔes diferenciadas de pagamento, variando de 7 a 28 dias de prazo (o prazo padrĂŁo era de 7 dias), de modo a nĂŁo estrangular o fluxo de caixa da empresa.
Ao final do dia, correu a notĂcia que foi bater em RondĂŽnia: âTem um baiano maluco em Varginha que âvarreuâ o mercado. E pagando caroâ.
Ao final do dia, correu a notĂcia que foi bater em meus ouvidos, profetizada por meu Supervisor na Matriz: âVocĂȘ terĂĄ problemasâ.
O herege
A quinta-feira, dia 15, amanheceu fria e nebulosa. O Diretor Financeiro telefonou-me logo cedo. Sujeito ponderado, que sempre nutrira respeito por meu trabalho, pediu-me que esclarecesse o que havia ocorrido. Ouviu-me pacientemente explicar-lhe sobre as necessidades de compras para cumprir os embarques, sobre os prazos de pagamento diferenciados, sobre a mĂ©dia de preços respeitada. AtĂ© que cometi minha maior heresia ao apresentar-lhe minha teoria de que os preços iriam disparar dali a cinco dias. Foi neste momento que, talvez ofendido pela ousadia, desferiu-me o golpe certeiro: âVocĂȘ nĂŁo Ă© pago para fazer este tipo de anĂĄliseâ.
A sexta-feira transcorreu inerte. O mercado, parado. Os preços, em queda. Os produtores, entregando a mercadoria conforme o combinado. Aproveitei para negociar com os armazĂ©ns gerais. Para aquele lote, nada de custo extra. Eles trabalhariam em trĂȘs turnos, pelo preço normal. Acordei-me tambĂ©m com a transportadora. Haveria carga para vinte e seis carretas com destino a Salvador. Nada de ĂĄgio e, ao contrĂĄrio, frete reduzido.
Trabalhamos por todo o final de semana. O mercado abriu na segunda-feira como terminara na sexta: estĂĄtico. Eu era alvo de chacotas, pelo elevado preço pago e por nĂŁo ter percebido que estava sozinho no mercado naquele dia. Na Matriz, ninguĂ©m desferia uma Ășnica palavra.
AtĂ© que raiou, resplandecente, o sol do dia 20, terça-feira. E, como previsto, a Bolsa de Londres, ao abrir o pregĂŁo, registrou imediatamente uma alta de 625 pontos. A notĂcia cruzou o oceano e foi dar na Cooperativa de SĂŁo SebastiĂŁo do ParaĂso que colocou seu primeiro lote Ă venda, jĂĄ prĂłximo do meio-dia, ao preço de $125,00/saca.
O mercado trabalhou nervoso naquele dia 20, com todos as empresas ativas no mercado, exceto uma... Eu assistia de camarote Ă s oscilaçÔes das Bolsas e ao desespero dos demais compradores para cumprir suas metas com o menor custo possĂvel. O dia terminou com lotes negociados a atĂ© $140,00/saca.
No meio da tarde, coloquei propositadamente Ă venda um dos lotes adquiridos por $70,00. Recebi oferta de $130,00 para pagamento com dois dias, para 1000 sacas. Em outras palavras, estĂĄvamos diante de um ganho bruto de $ 60.000,00, para recebimento praticamente Ă vista, casando com os primeiros pagamentos que seriam efetuados referentes Ă s compras da semana anterior. Consultei ardilosamente o Diretor Financeiro. Evidentemente nĂŁo autorizaram a venda pois, se a fizessem, realizariam o lucro naquele momento, mas nĂŁo teriam como cumprir com os embarques posteriormente.
Resumo da Ăłpera: todos os embarques foram realizados pontualmente. O custo de serviços de armazĂ©ns caiu de US$2.86/saca para US$1.38.saca, ou seja, redução de 52%. Os fretes foram igualmente reduzidos em 30%. Nosso prĂȘmio? Eu e minha equipe, que percebĂamos uma remuneração variĂĄvel, fomos alijados de qualquer rendimento oriundo das famigeradas 14.000 sacas. O Presidente da empresa justificou-me ao telefone: âNĂŁo podemos premiar um erroâ.
Em que pese o fato de eu ter realizado, em apenas dez meses, o embarque de mais de 80.000 sacas de cafĂ©, elevando a empresa da 45ÂȘ para a 21ÂȘ posição no ranking da Febec (Federação Brasileira dos Exportadores de CafĂ©), respondendo por 67% das exportaçÔes da empresa, a falta de reconhecimento encerrou minha carreira como Executivo apenas 36 dias depois, em 11/12/1992.
Nunca mais voltei a ser empregado em qualquer empresa.
25/06/2004 - Tom Coelho Ă© educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 15 paĂses. Ă autor de âSete Vidas â LiçÔes para construir seu equilĂbrio pessoal e profissionalâ, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros.
Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br.
ADM. MARIZETE FURBINO
http://www.marizetefurbino.com/ (Confira o logo do FM - http://www.marizetefurbino.com/parceiros.asp)
IngratidĂŁo: o fel que amarga a sua vida.
Por Adm. Marizete Furbino
âSe o ingrato percebesse o fel da amargura que lhe invadirĂĄ, mais tarde o coração, nĂŁo perpetuaria o delito da indiferençaâ.(Emmanuel)
A ingratidĂŁo Ă© tĂŁo terrĂvel que parece corroer a alma de quem a exerce, causando mal-estar na prĂłpria pessoa.
Chega a ser muito triste quando detectamos que a ingratidão costuma brotar geralmente nas pessoas que são orgulhosas, ranzinzas, individualistas, pessimistas, ruins, infelizes, de mal com a vida e consigo mesmas, pessoas estas recheadas de amarguras, rancores e revoltas. Estas pessoas constroem aos poucos uma couraça que toma conta de seus próprios seres, transformando o coração delas num coração de pedra e a mão em mão de ferro. Não são capazes de amar e nem permitem que sejam amadas. Não são capazes de desejar o bem ao próximo, muito menos de servir a quem necessite algo, o que as leva a sempre se incomodarem com outro, a cobiçarem e a bisbilhotarem a vida alheia, criando assim uma barreira que as impede de enxergarem a gratidão, de se desenvolverem e de crescerem.
Outrossim, fechados e dotados de uma tamanha insensibilidade, os ingratos são pessoas que constantemente demonstram certo descontentamento e normalmente reclamam até mesmo da própria sombra. Assim, parecem vendar os próprios olhos diante das oportunidades e belezas da vida.
Somados a isso, sĂŁo pessoas amargas, que parecem se esquecer do bem, dos favores e benefĂcios a elas concedidos, para se lembrarem e se torturarem vinte e quatro horas por dia com o ressentimento e as ofensas porventura vivenciados, fixando na prĂłpria mente pensamentos ruins que irĂŁo aos poucos corroer suas almas e provocar suas prĂłprias ruĂnas. Dessa maneira, quase sempre diz ânĂŁoâ ao reconhecimento, a humildade, a empatia e a sabedoria, o que as leva a nĂŁo enxergar saĂdas em meio a qualquer tempestade vivida.
Nessa trilha, pode-se dizer que a energia negativa do ingrato é tão notória e perversa que o contagia, provocando pensamentos e sentimentos negativos, além da famosa desarmonia, causando em todos ao seu redor uma tremenda sensação de mal-estar.
Importante dizer que a ingratidĂŁo anda sempre atrelada Ă inveja e ao sentimento de rejeição. Logo, quem Ă© beneficiado esquece-se da ação recebida e cerca de pensamentos ruins a pessoa que o beneficiou, lançando sobre ela seus raios de pensamentos nocivos. Deste modo, o ingrato inicia o choro e as lamentaçÔes, fazendo-se de vĂtima e nĂŁo realizando de coração os agradecimentos, desapontando totalmente quem o beneficiou.
Nesse contexto, a petulĂąncia, o egoĂsmo, a rebeldia, a arrogĂąncia, o descaro, o atrevimento, a falta de educação, a insolĂȘncia, o desequilibro emocional evidenciado, juntamente com a falta de amor prĂłprio, o rancor, a crueldade e o Ăłdio arrojados na face do ingrato, tornam a convivĂȘncia insuportĂĄvel em meio a um ambiente que se torna desagregador.
Vale ressaltar que a ingratidão impede a pessoa de olhar para frente e seguir adiante em meio às adversidades da vida, uma vez que o ingrato sempre fique remoendo e se torturando o tempo todo com o passado, negando-se a viver o presente e a enxergar um futuro promissor, fazendo com que sua vida fique ainda mais desordenada. O passado o aprisiona, portanto, é preciso retirar as algemas e libertar-se, dando-se uma nova chance para a vida e assim começar de fato a viver.
Neste Ănterim, torna-se necessĂĄrio salientar que rancor, lĂĄgrimas, angĂșstias, querelas e sofrimentos nĂŁo poderĂŁo nos contaminar a tal ponto de gerar em nĂłs um sentimento de revolta e destruição, o que acabaria desencadeando sucessivas maldades, pois colhemos o que plantamos e, atravĂ©s da dor, teremos a oportunidade de amadurecermos, desenvolvermo-nos e crescermos. Assim, o passado deve servir de lição para quem deseja ser um ser humano melhor.
A despeito, porém, dessa situação, é preciso dizer que todos nós devemos fazer uma autoanålise para verificarmos se em alguma circunstùncia fomos ingratos com alguém, pois a ingratidão dói, e muito, para o beneficiador. Olvidar um ato de gratidão, além de ser lamentåvel, é prejudicial aos relacionamentos, seja em ùmbito profissional ou pessoal.
Ademais, torna-se de suma importĂąncia destacar que o beneficiador nĂŁo deve guardar nenhuma mĂĄgoa do beneficiado ingrato por tal destrato, pois isto farĂĄ mal para ele mesmo. Tenha piedade e compaixĂŁo dessa criatura ingrata, que Ă© digna de dĂł por ter molestado seu prĂłprio carĂĄter.
Enfim, ao ingrato resta-nos dizer que o universo começarå a conspirar a favor dele quando deixar de lado a ingratidão. Desta forma, concentre-se em suas atitudes e em seus comportamentos diante da vida e saiba que estes podem tanto levar-nos a ascender quanto a sucumbir, tanto no plano pessoal como no profissional.
Diante dessas tristes constataçÔes, ainda Ă© possĂvel lobrigar que existe possibilidade de mudança. Basta vocĂȘ querer. Tudo depende de vocĂȘ.
15/01/2011 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. à Administradora, Consultora de Empresa, Coach, Professora, Articulista, Colunista , Escritora e Palestrante.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br.
PROFESSOR X
MAIS MATEMĂTICA
Proposta, em estudo pelo governo de SP, de reduzir a carga horĂĄria de disciplinas fundamentais, como portuguĂȘs, Ă© equivocada.
Causa repulsa o projeto, em estudo no governo de SĂŁo Paulo, de reduzir a carga horĂĄria de portuguĂȘs e matemĂĄtica do ensino mĂ©dio no Estado.
A proposta de reforma curricular teria como objetivo tornar a escola mais atraente, oferecendo aos estudantes a possibilidade de escolher uma ĂĄrea de especialização no Ășltimo ano do curso secundĂĄrio.
AlĂ©m de se dedicarem com maior ĂȘnfase, nos meses finais de sua formação, ao estudo de ciĂȘncias humanas, por exemplo, os alunos teriam acesso, ao longo de todo o ensino mĂ©dio, a uma oferta maior de diferentes disciplinas -como sociologia, fĂsica e espanhol.
O projeto erra o diagnĂłstico. Um dos principais problemas no currĂculo do ensino mĂ©dio Ă© o excesso de tĂłpicos disciplinares. Obriga-se o aluno a percorrer em velocidade uma extensa gama de assuntos. O resultado Ă© muito tempo desperdiçado com conteĂșdo inĂștil e, do outro lado, conhecimento rarefeito de disciplinas estruturantes, como portuguĂȘs e matemĂĄtica.
Sem o domĂnio adequado do cĂĄlculo e da linguagem, aliĂĄs, o ensino dos demais conteĂșdos se torna ineficaz. Ă impensĂĄvel que um estudante inĂĄbil ao lidar com os nĂșmeros ou incapaz de interpretar corretamente um texto possa tirar o proveito adequado de um curso de quĂmica ou de filosofia.
O que se vĂȘ hoje Ă© um desempenho frustrante dos alunos nessas disciplinas. No ensino mĂ©dio da rede paulista, 38% dos alunos ficam abaixo do esperado em portuguĂȘs, e 58%, em matemĂĄtica.
Tampouco o objetivo de tornar a escola mais "atraente" pode ser atingido com uma deficiĂȘncia tĂŁo gritante em matĂ©rias bĂĄsicas. Depois que o debate surgiu, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) jĂĄ se disse contrĂĄrio Ă diminuição das aulas dessas duas disciplinas fundamentais. Menos mal.
De fato, o ensino mĂ©dio brasileiro falha gravemente ao propor uma Ășnica via para todos os estudantes. Ele funciona, na esmagadora maioria dos casos, como se todos os egressos estivessem apenas se preparando para cursar uma universidade depois. Deixa de atender Ă s demandas profissionais de jovens que querem trabalhar no final da adolescĂȘncia -o que estimula a evasĂŁo escolar.
Aumentar o conteĂșdo profissionalizante Ăștil, em especial nos Ășltimos anos do ensino mĂ©dio, Ă© portanto uma diretriz emergencial para a reforma do ensino dos jovens no Brasil. Mas, se alguma alteração vier a ser feita no currĂculo tradicional, deveria ser no sentido de reduzir a excessiva variedade de conteĂșdos e de reforçar a ĂȘnfase em cĂĄlculo e linguagem.
Menos "sociologia" e "filosofia". Mais matemĂĄtica e portuguĂȘs.
Editoriais - Fonte: Folha de S.Paulo - 30/09/11.
PROFESSORA PASQUALINA
INĂDITO DE SARAMAGO EM E-BOOK
"Claraboia", um romance inĂ©dito que JosĂ© Saramago escreveu nos anos 1950, estĂĄ disponĂvel desde sĂĄbado em formato digital, duas semanas antes de sua publicação em papel. A obra, editada em portuguĂȘs pela editora Caminho, chegarĂĄ em 17 de outubro Ă s livrarias de Portugal e do Brasil, enquanto sua versĂŁo em espanhol, catalĂŁo e italiano terĂĄ que esperar atĂ© o ano que vem, segundo um comunicado da Fundação Saramago.
Fonte: O Tempo - 03/10/11.
Detalhes:
http://ebookportugal.net/2011/10/ebook-claraboia-de-jose-saramago-em-formato-ebook/
Fundação Saramago - http://www.josesaramago.org/
NĂŁo deixem de enviar suas mensagens atravĂ©s do âFale Conoscoâ do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php