O BRASIL FALANDO NA EUROPA
30/01/2008 -
FALOU NO FM? TĂ FALADO!
BRASIL REPRESENTADO NA ESPANHA
Espanha - Um homem joga futebol em frente ao estande que representa o Brasil na 28ÂȘ edição da Feira Internacional de Turismo, que começou em 30/01 em Madrid. O evento aglutinou mais de 13,3 mil empresas de 170 paĂses.
Fonte: Terra - 30/01/08.
MENSAGENS DE NOSSOS LEITORES E COLABORADORES
"Bom dia! Amei a matĂ©ria 'Uma viagem diferente - Diminuindo emissĂ”es globais de CO2'⊠Vou atĂ© usar este exemplo na minha teseâŠ. Como o aquecimento global pode incentivar a busca de novas tecnologias mais ecologicasâŠ. Amei mesmoâŠ. Sempre que vocĂȘs encontrarem algo assim, disponibilizem por favorâŠ. Abraços" FM: Ok! Abraços para vocĂȘ e para a nossa querida Paris.
"Vejam e confirmem: este cara é muito criativo e doido de mais também. Estå mais para o sem ter o que fazer..." FM: Muito criativo. O link para "Animator X Animation" estå na coluna "Eu Digital".
"Eu nĂŁo gosto de mensagens melosas, mas...Eu li um artigo em uma revista, entĂŁo eu achei minha paz interior...Ele dizia: "O caminho para encontrar a paz interior Ă© terminar todas as coisas que vocĂȘ começou." EntĂŁo eu olhei ao meu redor para ver todas as coisas que eu nĂŁo tinha começado e nĂŁo havia acabado. EntĂŁo, hoje eu terminei com uma garrafa de vodka, 2 garrafas de vinho tinto, uma de Jack Daniel's, uma pequena caixa de chocolates e uma caixa de cerveja... vocĂȘ nĂŁo tem idĂ©ia o quĂŁo bem eu me senti... bem alto....pisando nas nuvens......tente voce tambĂ©m!!" FM: Ok, Tadeu, mas deixe alguma coisa para quando o FM visitar Curitiba.
"Gostaria de saber se, nĂłs internautas, temos um cantinho, onde possamos usar para mandar recados e anĂșncios (tipo empresa ou produtos com os quais trabalhamos) para os nossos outros amigos internautas? Um abraço e obrigado!" FM: CarĂssima! O Faculdade Mental Ă© um jornal que presa as oportunidades de trabalho e nĂŁo necessariamente as de ganho das pessoas. Assim, para vagas de emprego, estĂĄgios, oportunidades profissionais e assunto relacionados Ă educação de um modo geral, sempre temos espaço para isso. Mas para a promoção de serviços profissionais, pessoais, vendas e demais assuntos comerciais, como qualquer outro jornal, temos espaços publicitĂĄrios pagos, na forma de Banners. Se ainda assim for do seu interesse, faça um novo contato e teremos o maior prazer em enviar os preços de nossos banners.
"SEGUE ARQUIVO DA MARCHINHA DO BOLSA FAMĂLIA, DE AUTORIA DO BRASILIENSE VASCO VASCONCELOS, INTERPETRADA PELO CANTOR PERNAMBUCANO ALMIR ROUCHE, MAIOR SUCESSO DO CARNAVAL DO RECIFE DE 2007 E A MARCHINHA MAIS EXECUTADA NA INTERNET PELOS INTERNAUTAS" FM: JĂĄ saiu na semana passada, mas nunca Ă© demais repetir, pois Ă© muito boa. E agora com a letra.
http://youtube.markacadey.net/video/marchinha/iqDPFSjEw2s/MARCHINHA_DE_CARNAVAL_DO_FOME_ZERO
Marchinha do bolsa-famĂlia, de Vasco Vasconcelos Canta: Almir Rouche Rouche - Recife-PE
Eu tambĂ©m quero entrar na bolsa-famĂlia
No baile do siri na lata
Chega de trabalho
Basta de tanto lero-lero
NĂŁo vou mais encher minhas mĂŁos de calo
Vou viver da bolsa do fome-zero
Minha mulher estĂĄ muito feliz
JĂĄ pediu dispensa do trabalho
NĂŁo quer mais ser uma faxineira
PrĂĄ viver dessa bolsa brasileira
Por isso eu canto
Obrigado, presidente
Por o senhor ter estendido a mĂŁo
Distribuindo esmola via cartĂŁo
RetribuĂdo com a sua reeleiçao
Este Ă© o paĂs que vai prĂĄ frente
Com essa massa ociosa e contente
Vivendo na ociosidade
Ainda diz que isso Ă© brasilidade
Por isso eu canto
Obrigado, presidente
Por o senhor ter estendido a mĂŁo
Distribuindo esmola via cartĂŁo
Contrariando o nosso Rei do BaiĂŁo
(Colaboração: Vasco)
DIA NACIONAL DOS QUADRINHOS (30/01)
Que o desenho Ă© uma das mais antigas formas de expressĂŁo do homem, nĂŁo Ă© novidade para ninguĂ©m. Os primeiros rabiscos nas paredes das cavernas devem ter feito o maior sucesso. De lĂĄ para enquadrĂĄ-los, botar falas nos balĂ”es, imprimir e distribuĂ-los nas bancas de jornal, levou tempo - alguns milĂȘnios, certamente. Mas Ă© evidente o poder de atração que essa conjunção de traços, cores e diĂĄlogos exerce sobre nĂłs, a despeito da idade do apreciador.
A produção em sĂ©rie de histĂłrias em quadrinhos sĂł tornou-se viĂĄvel no sĂ©culo 19, muito antes, portanto, de batizarem-nas de HQs. Conhecidas inicialmente como âliteratura em estampasâ ou âromances caricaturadosâ, surgem como suplementos humorĂsticos de jornal. E catapultam as vendas. HĂĄ detratores, claro. E sempre houve. JĂĄ as acusaram de prestarem-se a funçÔes ideolĂłgicas e polĂticas; de serem alienantes; de possuĂrem intençÔes imperialistas. E nĂŁo sem razĂŁo. Ao longo da histĂłria, elas serviram para os mais variados fins, assim como livros, filmes e obras de arte. Nelas podem caber tudo de bom e de pior, como no mundo. Felizmente, temos defensores. Para Carlos Patati, roteirista e autor de Almanaque dos Quadrinhos, elas apenas âretratam uma Ă©poca especĂfica em que estĂŁo inseridasâ. Mas como, afinal, definir o que Ă© uma histĂłria em quadrinhos? Uma revista, uma tira, uma charge? Para outro especialista no assunto, Ălvaro de Moya, todos esses formatos sĂŁo HQ: âĂ uma narrativa que conta uma histĂłria a partir de elementos grĂĄficosâ. Moya defende que trata-se de uma forma de arte de alcance extraordinĂĄrio: âĂ uma coisa muito importante. No mundo inteiro, bilhĂ”es de pessoas lĂȘem. AlguĂ©m lembra da Briggite Bardot? Mas todos lembram do Super Homem. Chega a ser mais importante do que cinema ou televisĂŁoâ. Vamos descobrir, entĂŁo, qual Ă© a nossa HistĂłria em Quadrinhos.
HISTĂRIAS INFANTIS QUE MUDAM O MUNDO DE ADULTOS
Nos idos de 1869, na Revista Ilustrada, uma historinha retrata um caloteiro e seu algoz, o sĂĄdico credor. Era o Ătalo-brasileiro Ăngelo Agostini esboçando o primeiro personagem em quadrinhos do PaĂs: NhĂŽ Quim. A primeira revistinha brasileira viria sĂł em 11 de outubro de 1905: O Tico-Tico. Em quase 60 anos, por ali passaram alguns dos nossos melhores desenhistas, como J. Carlos, MaurĂcio de Sousa e Ziraldo. O periĂłdico publicou histĂłrias internacionais e nacionais, como Reco-Reco, BolĂŁo e Azeitona, Kaximbown, Carrapicho e Lamparina. Fez-se presente na infĂąncia de gente graĂșda como Rui Barbosa, JosĂ© Mindlin e Carlos Drummond de Andrade.
Em 1950, MaurĂcio de Sousa trabalha como repĂłrter policial no Jornal da Tarde. SĂł depois de nove anos publica sua primeira tira, com o cachorrinho Bidu. NĂŁo demora para dar forma Ă meninada mais famosa do Brasil, a Turma da MĂŽnica, traduzida para os quatros cantos do mundo. A receita? O criador confessa: âEstamos falando quase que uma lĂngua universal. VocĂȘ coloca no conteĂșdo o essencial, as emoçÔes bĂĄsicas. Ă a velha frase: escrevendo a sua aldeia, vocĂȘ escreve o mundoâ.
Artista polivalente, Ziraldo jĂĄ trabalhou como pintor, cartazista, jornalista, teatrĂłlogo, chargista, caricaturista e escritor. Em 1960, publica a Turma do PererĂȘ, a primeira revista em quadrinhos brasileira feita por um sĂł autor. Para o pesquisador Moacyr Cirne, a obra de Ziraldo Ă© a mais instigante e a mais criativa de todas as nossas publicaçÔes infantis.
VOCà SABIA? A editora Abril foi fundada em 1950 por Victor Civita, e a primeira revista que lançou foi uma HQ, a do Pato Donald. Com o passar do tempo, além das revistas Disney, veiculou também os heróis da Marvel e DC Comics, e Luluzinha, da editora Western.
DISPUTA ENTRE AIZEN E MARINHO GERA AVALANCHE DE LANĂAMENTOS
Considerado o âpai dos quadrinhos brasileirosâ, o jornalista de O Globo Adolfo Aizen viajou aos Estados Unidos em 1933. Na volta, procurou o chefe, Roberto Marinho, para relatar o fenĂŽmeno da multiplicação das HQs nos jornais. Como a resposta foi pouco receptiva, Adolfo resolveu contratar profissionais de calibre e lançar, no ano seguinte, o Suplemento Juvenil. Diante do sucesso do colega, Marinho percebe que nĂŁo podia perder esse filĂŁo. Lança O Globo Juvenil. Por anos, os dois ex-colegas travaram uma luta para ver quem saĂa na frente, em uma verdadeira guerra de gibis. Quem ganha com isso sĂŁo os leitores, que assistiram a uma avalanche de lançamentos: Mandrake, Flash Gordon, Popeye, Tarzan, Dick Tracy, Roberto Sorocaba e Gibi, publicação de Marinho que acabou apelidando o gĂȘnero.
DE SHAKESPEARE A JOSĂ LINS DO REGO
No final dos anos 1940, com o aprimoramento das HQs, as histĂłrias ficam mais elaboradas, ganham mais dramaticidade e herĂłis mais complexos. Nos Estados Unidos, clĂĄssicos como Moby Dick, O Corcunda de Notre Dame, e autores como DostoiĂ©vski e Shakespeare ganham adaptaçÔes nos quadrinhos. No Brasil, coube ao pioneiro Adolfo Aizen publicar Os TrĂȘs Mosqueteiros em versĂŁo ilustrada. Sua editora lança 30 quadrinizaçÔes literĂĄrias por ano. O autor mais adaptado Ă© JosĂ© de Alencar. Outro JosĂ©, o Lins do Rego, teve seu Menino de Engenho quadrinizado por AndrĂ© Le Blanc. E escreveu: Leio o meu prĂłprio romance, Menino de Engenho, com as figuras que Le Blanc idealizou e chego a me emocionar como se estivesse num universo alheio Ă minha criação.
VOCĂ SABIA? Em 1943, a revista O Cruzeiro cede Ă onda dos quadrinhos e passa a publicar O Amigo da Onça, de PĂ©ricles MaranhĂŁo. O desenhista pernambucano cria uma histĂłria de sĂĄtira e crĂtica de costumes, em que hĂĄ sempre alguĂ©m colocado em uma situação embaraçosa. Mas a cria vira seu prĂłprio amigo-da-onça. PĂ©ricles reclamava que seu nome nĂŁo era mencionado, que sĂł lembravam dele por causa do personagem. Acabou se suicidando.
OS QUADRINHOS QUENTES DO FUNCIONĂRIO PĂBLICO
O mito grego do vento ZĂ©firo (FavĂłnio) diz que ele fecundava as Ă©guas de certa regiĂŁo da LusitĂąnia, tornando os cavalos dessa zona incrivelmente velozes. PseudĂŽnimo apropriado escolheu o insuspeito funcionĂĄrio pĂșblico Alcides Caminha. Entre as dĂ©cadas de 1950 e 1970, ele desenhou as disputadas histĂłrias pornĂŽ em preto e branco que ficaram conhecidas como âcatecismosâ. Frutos Proibidos, A Virgem Esperta, LĂșcia, a Pecadora, Domada pelo Sexo, FĂ©rias e Amor e Boas Entradas sĂŁo alguns dos inusitados tĂtulos.
O sucesso era tĂŁo grande que os revisteiros, pressionados pela molecada, escondiam os catecismos dentro de outras revistas para vendĂȘ-los sem levantar suspeita. AlĂ©m de ilustrador, Alcides Caminha foi compositor, parceiro de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho em clĂĄssicos como A Flor e o Espinho. Sua identidade sĂł foi revelada em 1991, quando Juca Kfouri, entĂŁo editor da revista Playboy, procurou-o sob o pretexto de uma entrevista sobre samba. Ao ouvir a pergunta âSeu Alcides, e o ZĂ©firo?â. Caminha quase morreu de susto. âFoi a matĂ©ria que eu mais gostei de ter feito na vidaâ, diz Juca.
TRĂS â OU QUATRO â AMIGOS MEXICANOS, MAS BRASILEIROS
RĂȘ Bordosa, Overman e GeraldĂŁo. Personagens de trĂȘs dos maiores cartunistas brasileiros: Angeli, Laerte e Glauco. Em 1991, os amigos decidem reunir sua produção individual em uma histĂłria cujos personagens sĂŁo eles mesmos. Unem lĂĄpis e idĂ©ias para criar a revista Los Tres Amigos. Angel Villa, Laerton e Glauquito (AdĂŁo Iturrusgarai se junta Ă turma em 1994, mas o nome nĂŁo muda) destilam humor com seu âportunholâ em andanças pelas terras do âViejo Mexicoâ. Fazem sucesso com o bordĂŁo âsexo, drogas e guacamoleâ.
VOCĂ SABIA? Em 1968, o italiano Nico Rosso se uniu a Rubens Lucchetti para fazer um quadrinho que fugisse do esquema europeu das histĂłrias de horror ambientadas em bosques e vilas. Eis que surge a idĂ©ia de adaptar a obra de JosĂ© Mojica Marins para os quadrinhos. O resultado foi um terror brasileiro, ambientado em becos e cemitĂ©rios, onde bruxas desdentadas assombram as histĂłrias do Estranho Mundo de ZĂ© do CaixĂŁo. Mojica aparece em fotografias, narrando a histĂłria. O cineasta Ivan Cardoso, famoso por seus filmes de terror, referenda: âPara os leitores de quadrinhos era o mĂĄximo; e para os aficionados no terror, nem se falaâ.
SAIBA MAIS:
Almanaque dos Quadrinhos, de Carlos Patati e FlĂĄvio Braga (Ediouro, 2006).
Fåbrica de Quadrinhos, com desenhos de Fåbio Moon, Fernando Gonsales, Gabriel Bå, Gualberto Costa, Jal, José Mårcio Nicolosi, Lélis, Luke Ross e Marcelo Caribe (Devir, 2001).
www.universohq.com
Gibiteca Henfil: www.centrocultural.sp.gov.br/gibiteca/index.html
Texto: Danilo Ribeiro Gallucci - Fonte: Almanaque Brasil - NĂșmero 105.
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http://www.faculdademental.com.br/fale.php