CARNAVAL NO MUNDO
24/01/2008 -
MARILENE CAROLINA
CARNAVAL EM VIAREGGIO - ITĂLIA
ItĂĄlia - Carro alegĂłrico traz os bonecos que representam o primeiro-ministro Romano Prodi (esq.) ao lado do lĂder da oposição Silvio Berlusconi, durante desfile do carnaval de Viareggio.
Fonte: Terra - 20/01/08.
PORTAL DA CAPES Ă MODELO DE ACESSO Ă CIĂNCIA
http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp
O acesso livre e gratuito a revistas e publicaçÔes cientĂficas tem sido objeto de artigos publicados neste e em outros jornais, sobretudo comparando os modelos de outros paĂses (EUA e Reino Unido) e minimizando os esforços e avanços jĂĄ alcançados pelo Brasil nessa ĂĄrea. A defesa dessa lĂłgica parece razoĂĄvel.
Se a ciĂȘncia Ă© primariamente paga pelo dinheiro pĂșblico, entĂŁo seu resultado deve ser igualmente desse mesmo pĂșblico e, portanto, de livre acesso. Mas publicar tem um custo, mesmo na internet. Quando hĂĄ trabalhos de editoria, avaliação e revisĂŁo de texto, esses custos aumentam.
A inserção brasileira no cenĂĄrio cientĂfico internacional cresceu exponencialmente nos Ășltimos anos. O Brasil ocupa hoje a 15ÂȘ posição no ranking de produção cientĂfica mundial, fruto do esforço da comunidade cientĂfica e da avaliação continuada dos programas de pĂłs-graduação.
O sistema de pĂłs-graduação, que cresce ao redor de 15% ao ano, associado ao sistema de avaliação, foi responsĂĄvel em grande parte pelo incremento qualitativo e quantitativo da nossa produção cientĂfica.
Lançado em novembro do ano 2000, o Portal de PeriĂłdicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de NĂvel Superior) constitui o instrumento mais importante na disseminação da informação cientĂfica no Brasil e um recurso indispensĂĄvel Ă produção cientĂfica e tecnolĂłgica nacional.
A um custo de US$ 35 milhÔes, o portal då acesso a 188 instituiçÔes, das quais 156 o fazem inteiramente de graça. Estas incluem as instituiçÔes de ensino superior federais, os Cefets, as estaduais e municipais com pelo menos um curso de pós-graduação nota quatro e as privadas com pelo menos um curso de pós-graduação nota cinco.
Nessas instituiçÔes, o acesso individual a essa gigantesca biblioteca Ă© permitido a todos estudantes, servidores e professores. Nas bibliotecas dessas instituiçÔes, o acesso Ă© permitido ao pĂșblico em geral.
O portal disponibiliza o conteĂșdo atualizado sobre as descobertas cientĂfico-tecnolĂłgicas mundiais de todas as ĂĄreas do conhecimento, sendo uma das maiores bases de dados eletrĂŽnicas do mundo.
Sua filosofia Ă© Ămpar na comunidade cientĂfica. Seu custo, quando analisado em função da sua distribuição geogrĂĄfica igualitĂĄria e democrĂĄtica, pelo impacto na graduação, na pĂłs-graduação e na extensĂŁo e pela importĂąncia no desenvolvimento cientĂfico e tecnolĂłgico do paĂs, Ă© irrisĂłrio.
Os 51 milhÔes de artigos baixados em 2007 resultaram num custo de US$ 0,72 por artigo, o que estå muitas vezes abaixo do valor que seria cobrado por acessos individuais ou mesmo fotocópias.
Em grandes universidades norte-americanas, como a Ucla, o custo da assinatura eletrÎnica de cerca de 11 mil periódicos e bases de dados atinge US$ 11 milhÔes anuais -restrita exclusivamente aos profissionais dessa universidade. Para Harvard, esse valor atinge US$ 27 milhÔes.
O custo médio para as instituiçÔes brasileiras, levando em consideração somente aquelas de acesso gratuito, atingiu em 2007 o valor de US$ 237 mil/instituição. Os dados mostram que o portal da Capes oferece um acesso semelhante ao de Harvard ou Ucla a um custo 114 ou 46 vezes menor do que aquelas duas instituiçÔes.
O acesso livre, na verdade, envolve pagamento pela publicação. Supondo que toda a produção cientĂfica brasileira indexada em 2007 houvesse sido realizada em periĂłdicos de acesso livre imediato, os cofres pĂșblicos teriam arcado com uma despesa de cerca de US$ 24 milhĂ”es, assumindo um custo mĂ©dio de cerca de US$ 1.000/ trabalho, quase o custo do portal.
Esses artigos estariam abertos ao domĂnio pĂșblico, mas as nossas instituiçÔes, se todo o investimento fosse direcionado para somente "open access", estariam sem acesso Ă maior parte da produção cientĂfico-tecnolĂłgica mundial.
Num mundo ideal, o acesso seria livre e gratuito a todos. No entanto, a realidade Ă© outra. E, se nĂŁo fosse o Portal de PeriĂłdicos da Capes, nosso paĂs como um todo estaria Ă margem do acesso ao conhecimento, e nossa ciĂȘncia, certamente, nĂŁo teria tido o avanço claramente constatado dos Ășltimos anos.
Marco Antonio Raupp, 69, doutor em matemĂĄtica, Ă© presidente da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da CiĂȘncia). Jacob Palis Jr., 67, doutor em matemĂĄtica, Ă© presidente da ABC (Academia Brasileira de CiĂȘncias). Luiz EugĂȘnio AraĂșjop de Moraes Mello, 50, doutor em neurofisiologia, Ă© presidente da FeSBE (Federação de Sociedades de Biologia Experimental).
Fonte: Folha de S.Paulo - 21/01/08.
PERGUNTAR NĂO OFENDE
O Brasil entrou em 2008 com poucas certezas e um mar de dĂșvidas sobre o cenĂĄrio internacional, a economia interna, a febre amarela, o racionamento de energia e o tĂŁo propalado corte de gastos, entre outros. Em resumo:
1) A maior potĂȘncia planetĂĄria vai ou nĂŁo entrar em recessĂŁo, enquanto Democratas e Republicanos prometem aumento de gastos e corte de impostos nas suas campanhas Ă PresidĂȘncia?
2) A ortodoxia de Pedro Malan, AntĂŽnio Palocci e agora Guido Mantega serĂĄ ou nĂŁo suficiente para agĂŒentar o tranco? Ou seja: quais os possĂveis efeitos no Brasil de uma recessĂŁo nos EUA?
3) O investidor em Bolsa vai se esborrachar ou apenas ganhar menos do que na farra de 2007?
4) O tal "nĂvel mĂnimo" de segurança das hidrelĂ©tricas do Sudeste e do Centro-Oeste segura a onda ou vem apagĂŁo por aĂ?
5) Vai dar tempo de o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ler e aprender tudo direitinho até lå? Ou vai ser só um pau-mandado da ministra Dilma?
6) As pessoas devem ou nĂŁo se vacinar contra a febre amarela, que jĂĄ fez pelo menos 11 vĂtimas, com sete mortes, em menos de um mĂȘs?
7) Ou é melhor se trancarem em casa nas férias de janeiro e fevereiro, no Carnaval e na Semana Santa, para fugir do risco? E por que a turma do Planalto se vacinou?
8) E o corte de gastos com o fim da CPMF, era histĂłria do bicho-papĂŁo? Vai ficar no aumento do IOF e da CSLL e nĂŁo se fala mais nisso ?
9) AliĂĄs, por que tanto auĂȘ com o fim desse imposto se a arrecadação aumentou, sem contar a CPMF, mais de R$ 24 bi em 2007?
10) E por que estimular a garotada a gastar seu suado dinheirinho em faculdades de direito se 6.323 vagas eram vagabundas e foram para o lixo? NĂŁo Ă© melhor investir em bons cursos profissionalizantes? As respostas? NĂŁo se anime. Nem quando o Carnaval chegar...
Eliane CantanhĂȘde - Fonte: Folha de S.Paulo - 20/01/08.
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