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PUBLICIDADE EM CELULARES É NOVO DESAFIO DO FACEBOOK
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http://www.nytimes.com/2012/02/06/technology/facebooks-mobility-challenge.html?pagewanted=all
Muitas pessoas adoram seus celulares. O Facebook, até agora, não é grande fã desses telefones.
Em meio às cifras financeiras espantosas que a empresa revelou em 1° de fevereiro, quando registrou sua oferta pública de ações, estava uma confissão interessante. Embora mais de metade de seus 845 milhões de membros se conecte ao Facebook por um aparelho móvel, a empresa ainda não encontrou uma maneira de ganhar dinheiro com isso.
"No momento, não geramos nenhuma receita significativa com o uso do Facebook em produtos móveis, e nossa capacidade de fazê-lo não foi comprovada", disse a empresa em sua revisão de riscos.
Num mundo que avança rapidamente para uma era de computação móvel, esse é um problema preocupante para o Facebook, a estrela mais brilhante do Vale do Silício -mais ainda porque boa parte do crescimento dela neste momento está se dando em países como Chile, Turquia, Venezuela e Brasil, onde as pessoas acessam a internet em grande medida através do telefone celular.
O Facebook não é a única empresa que luta para traduzir seu sucesso na internet para aparelhos móveis, onde o espaço na tela é valioso e onde as pessoas têm pouca paciência para superlotação da tela ou para demoras em carregar informações. Esse é um problema que aflige companhias tão diferentes quanto jornais e o serviço de streaming radio Pandora, e é provável que se intensifique. Em 2011, segundo relatório da empresa de pesquisas Canalys, foram vendidos no mundo mais smartphones que computadores.
Mas a questão parece ganhar urgência especial para o Facebook, que é tremendamente popular entre seus usuários e é visto como o empreendimento do futuro, um híbrido de ponto de encontro social e canal de informações, plataforma e editora. Em outras palavras: se o Facebook não encontrar uma resposta, quem poderá?
"Esse é um enorme calcanhar de Aquiles para o Facebook", disse Susan Elinger, consultora do Altimeter Group, que presta assessoria de tecnologia. "Existe um movimento claro em direção a mais consumo de mídia social em aparelhos móveis, e o Facebook não tem uma estratégia para conseguir receita com isso. Ele ainda não encontrou uma resposta."
O Facebook se negou a comentar antecipadamente sua oferta de ações, mas a empresa fez uma revisão de suas preocupações no registro da oferta, afirmando prever que seus usuários em aparelhos móveis "superem o ritmo de crescimento de nossos usuários ativos totais no futuro previsível". E, se os executivos não conseguirem mapear um caminho que leve à lucratividade nas plataformas móveis, "a receita e os resultados financeiros da empresa poderão ser negativamente afetados".
De acordo com especialistas, está em jogo uma parcela importante de receita publicitária. Segundo pesquisa da eMarketer, os gastos totais com publicidade em aparelhos móveis nos Estados Unidos devem chegar a US$ 2,6 bilhões neste ano. Mas isso ainda será apenas uma parte pequena de um mercado de publicidade on-line que deve chegar a US$ 39,5 bilhões.
O Google, concorrente do Facebook na internet, foi o maior participante do mercado de anúncios em celulares no ano passado, com receita de US$ 750 milhões, e a Apple ficou em segundo lugar, com mais ou menos US$ 90 milhões, segundo a eMarketer.
Um problema sério da publicidade em aparelhos móveis é que os usuários são menos receptivos a anúncios intrusivos quando estão com a atenção focada sobre um objetivo, como postar uma atualização de status rapidamente ou buscar um endereço. "Temos anúncios em nossos computadores há 15 anos e já estamos acostumados", disse Noah Elkin, analista da eMarketer. "Mas, na tela menor do smartphone, os anúncios são incômodos."
É claro que a evolução do marketing em aparelhos móveis ainda está em fase relativamente inicial, e é possível que o Facebook esteja demorando propositalmente a investir nessa área. Analistas dizem que a empresa pode estar focando aumentar o tráfego para seu site e aplicativos para aparelhos móveis, mais ou menos como, inicialmente, manteve seu web site original livre de anúncios.
Mas, segundo especialistas, também é possível que o Facebook esteja de posse de uma reserva não explorada de receita publicitária. Seus anúncios para aparelhos móveis poderiam ser altamente rentáveis se a empresa começasse a mostrar aos usuários anúncios ou cupons ligados aos lugares que visitam e as empresas que frequentam.
Em vista de como a atividade em aparelhos móveis é crucial para o futuro do Facebook, muitas pessoas ficaram surpresas pelo fato de a empresa aparentemente ter demorado a lançar um aplicativo para o iPad, como fez finalmente em outubro. Alguns criticam o app da companhia para o iPhone, dizendo que é repleto de bugs.
Isso levou algumas pessoas a perguntar se o Facebook terá demorado propositalmente a investir em seus aplicativos para celulares, enquanto define uma estratégia mais ampla. Se os usuários chegarem ao Facebook através de um browser para aparelho móvel, ao invés de um app, a empresa poderá evitar o pedágio da Apple.
O fato de direcionar usuários para páginas da web nos aparelhos móveis permite que o Facebook evite criar um app para cada tipo de telefone, disse Joe Hewitt, que criou um app para iPhone para o Facebook e deixou a companhia no ano passado. "É sempre vantajoso para o Facebook deixar que a web seja seu sistema operacional", disse ele. "Você pode desenvolver na internet e reutilizar o máximo possível de código."
Por Jenna Wortham - Colaborou Brian X. Chen - Fonte: Folha de S.Paulo - 13/02/12.
Matéria original em inglês:
http://www.nytimes.com/2012/02/06/technology/facebooks-mobility-challenge.html?pagewanted=all
DE SAÚDE, CONSTRUÇÕES E LEIS
Os profissionais que trabalham com leis têm condição de dar a estrutura legal das práticas médicas que acolhem próteses prejudiciais à saúde das clientes e roupas de camas hospitalares contaminadas dos pacientes, construtoras cujos prédios desabam, viadutos que se partem em poucos anos, conforme se tem visto? Perguntaram-me: as profissões clássicas da engenharia, da medicina e da aplicação das leis conseguirão jeito e protegerão a cidadania no mundo turbulento da cidade atual?
Sempre houve quem precisasse de alguém que curasse, que construísse abrigos e estruturas resistentes, que decidisse discordâncias geradas pelos desafios da vida moderna. Como enfrentar a complexidade da situação atual?
No plano da Constituição os juízes integram o Poder Judiciário de nível igual, em tese, ao Legislativo e ao Executivo em direitos e poderes (art. 2º). Advogados e promotores exercem funções essenciais à Justiça (arts. 127, 131, 133 e 134). A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) é referida em vários dispositivos da Carta (93, I, 84, 103 - VII), com seus inscritos. É compreensível que os perguntantes se mostrassem mais interessados nas respostas do que no exame da situação encontrada. Insistiram na pergunta: vistas a profissões clássicas, no desenvolvimento das ciências, na acumulação urbana das populações, na complexidade das leis, como enfrentar o aumento geométrico das populações e a ampliação dos espaços habitados?
Perturbada a vida das pessoas pela instabilidade, há o risco de sacrificar o mínimo ideal da dignidade humana. A diversidade das leis reguladoras e os modos pelos quais são aplicadas na convivência atual, sob o ataque ao físico e ao espírito e em universo ambiental sempre modificado, complicam a busca da lei a criar e a aplicar.
No tumulto dos grandes centros urbanos, até a saúde mental se embota na pessoa que se vê só, embora na multidão. O universo da aplicação das leis é cada vez mais complexo. Assustam as insuficiências no combate ao crime, às vezes gerado pela própria polícia. A contenção das ofensas civis e a preservação dos direitos individuais tropeçam na falta de segurança pessoal e nas falhas da preservação individual, sejam quais forem as leis dominantes. Também a pluralidade confusa das religiões conflitantes, que se dividem nas questões da fé, impõe a busca salutar do equilíbrio. Como tirar maior proveito, espiritual ou material, da situação é um problema em si mesmo até na determinação do direito a preservar as famílias e seus entes.
Nada é definitivo. A velocidade do processo perturba a avaliação, instante após instante. No mundo dos engenheiros de prédios que caem, no mundo dos médicos das doenças complicadas por aparelhos e técnicas ainda não comprovadas, no mundo da dificultosa decifração das leis, a distância entre os extremos é grave, e outras comprovadas e salvadoras.
A lei é apenas uma das garantias para o direito de cada um. Temos de pagar o preço da transição no rumo de novas espécies, até na passagem para outras formas de vida. Quando a instabilidade se consolidar em estabilidade assentada na tomada de consciência de um novo equilíbrio, continuaremos alternando até novo descarrilamento da paz nos ciclos da vida. Em nova etapa de confusão, as alternâncias, inevitáveis, são para todo o sempre.
Walter Ceneviva - Fonte: Folha de S.Paulo - 11/02/12.
LIVROS JURÍDICOS
DIREITO CONTEMPORÂNEO DO TRABALHO
AUTOR Amauri Mascaro Nascimento
EDITORA Saraiva (0/xx/11/3613-3344)
QUANTO R$ 90 (550 págs.)
Mestre respeitado, o autor distingue o direito contemporâneo de sua versão clássica, na sequência da história. Na primeira das cinco partes vê o direito contemporâneo propriamente dito. A perspectiva da segunda tem tipos de ordenamentos, seguida por normas jurídicas, tipos de contrato e a experiência do Brasil.
MODULAÇÃO EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA
AUTOR Fábio Martins de Andrade
EDITORA Quartier Latin (0/xx/11/3101-5780)
QUANTO R$ 112 (494 págs.)
Tese de doutorado na UERJ suscita, no dizer de Misabel Abreu Machado Dersi, reflexão sobre consequencialismo judicial e a modulação dos efeitos judiciais. Avalia decisões do Supremo Tribunal Federal. Propõe o afastamento do argumento pragmático e, como conclusão, regra para sistematizar o cunho econômico em matéria tributária.
UMA SISTEMATIZAÇÃO SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR
AUTOR Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira
EDITORA LTr (0/xx/11/2167-1100)
QUANTO R$ 75 (437 págs.)
O subtítulo da obra "Do exótico ao esotérico" propõe, ao leitor, o indispensável percurso da nota do autor, na pág. 21. A obra sustenta concepções novas sobre a saúde do trabalhador, de sua proteção constitucionalmente indispensável, para a garantia efetiva da sociedade e dos trabalhadores.
PRINCÍPIOS JURÍDICOS DO DIREITO DO TRABALHO
AUTOR Carlos Zangrando
EDITORA LTr (0/xx/1/2167-1100)
QUANTO R$ 130 (685 págs.)
Zangrando percorre sua avaliação com fidelidade ao título da obra: situa o temário envolvido, sob a ótica principiológica que tem por essencial. Por isso vê a teoria geral dos princípios jurídicos, para, mais à frente, os situar no quadro geral e no específico do direito do trabalho. Cuida, ao fim, dos elementos do processo.
DIREITO PENAL, VOL. 3
AUTOR André Estefam
EDITORA Saraiva (0/xx/11/3613-3344)
QUANTO R$ 98 (502 págs.)
O terceiro e penúltimo volume percorre os arts. 184 a 285 da parte especial. O volume 4 se destina a completar o desenvolvimento da obra, a contar do art. 286, até ao 359-H.
DIREITO ECONÔMICO DO PETRÓLEO E DOS RECURSOS MINERAIS
AUTOR Gilberto Bercovici
EDITORA Quartier Latin (0/xx/11/3101-5780)
QUANTO R$ 114 (397 págs.)
Professor titular da Fadusp, Bercovici traz tese oferecida na conquista da titularidade, a dizer, por si mesmo, do relevo da obra.
Fonte: Folha de S.Paulo - 11/02/12.
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