QUE TAL LER MAIS EM 2008 PARA FAZER DIREITO?
VIRANDO A PÁGINA DE 2007 PARA 2008
Sentindo falta das páginas? Não se preocupe, novas tecnologias vão quebrar esse galho para você.
Uma das principais reclamações dos críticos em relação aos e-readers é que eles não têm páginas para virar, uma das características mais marcantes do livro de papel. O Turnover, aparelho desenvolvido pelo estudante de design Timothy Yeoh, da faculdade Central Saint Martins, em Londres, vai além dos leitores eletrônicos do mercado digital, explorando os dispositivos flexíveis. Segundo Yeoh, isso "humaniza" a experiência de ler um livro ou jornal eletrônico. Quando a tela é virada para trás, a página é atualizada, simulando um livro inteiro com apenas duas páginas. A barra de rolamento acoplada serve para selecionar o livro ou uma página específica, e o dispositivo e touchscreen permite adicionar marcadores em determinados trechos. Tudo isso fez com que o Turnover ficasse em primeiro lugar no concurso "Life is Flexible", da empresa americana Plastic Logic. E talvez um dia ajude a convencer os amantes do livro a experimentarem seu primo digital.
Fonte: Galileu - Número 198.
DIREITO DE ANTIGÜIDADE
Em seu recém-lançado livro de memórias, Paulo Egydio Martins conta que, quando governador de São Paulo (1975-1979), comprou o painel "Tiradentes", de Candido Portinari, para instalar no Palácio dos Bandeirantes. A aquisição despertou a ira de seu velho amigo Aureliano Chaves, então governador de Minas Gerais:
- O quadro vai voltar para Minas de qualquer jeito. É uma cena que se passa em Minas!-, protestou ele.
Ao que Paulo Egydio respondeu:
- Não se esqueça de que Minas pertenceu à capitania de São Paulo. O quadro não sai de São Paulo coisa nenhuma!
Painel - Renata Lo Prete - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/12/07.
ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA
Eleito: o escritório de advocacia Lourival J. Santos, de São Paulo, um dos melhores do mundo. A eleição foi feita pela consultoria jurídica inglesa Chambers and Partners, que destaca anualmente os melhores escritórios de 175 países. O Lourival J. Santos foi reconhecido por sua experiência em direito de imprensa. Dia 15/12, em Londres.
Fonte: Veja - Edição 2040.
OAB INVESTIGA CRIMES CONTRA ADVOGADOS
Os assassinatos, tentativas de homicídios e ameaças contra os advogados registrados na seção paulista da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) fizeram com que a entidade criasse uma comissão especial para auxiliar a polícia nas investigações sobre esses crimes ocorridos no Estado de São Paulo.
Segundo os registros da OAB, entre janeiro de 2004 e o dia 21 de outubro deste ano, 26 advogados foram assassinados no Estado; uma advogada desapareceu e também houve mais quatro casos de ameaças graves a esses profissionais.
Em pelo três dos 26 casos de assassinatos, tanto a polícia quanto a "Comissão Especial de Acompanhamento de Inquéritos dos Advogados Vítimas de Homicídio", da OAB, encontraram elementos que ligavam os crimes, e a suspeita é a de que os advogados foram mortos porque defendiam pessoas ligadas ao crime organizado e à lavagem de dinheiro em postos de combustíveis.
A maior parte dos ataques contra os 26 advogados investi´ gados pela comissão especial da OAB e pela polícia aconteceu dentro ou muito perto dos escritórios das vítimas. Quase sempre, os assassinos se passaram por pessoas interessadas em fazer algum tipo de consulta e, assim que eram recebidos, atiraram nos advogados.
Até hoje, nove dos 26 casos de homicídios contra advogados registrados na OAB paulista foram solucionados, e os outros 16, segundo a direção da comissão, continuam em apuração, a maior parte deles no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).
André Caramante - Fonte: Folha de S.Paulo - 25/12/07.
LIVROS JURÍDICOS 2007
2007: Livros a mancheias.
Não me lembro desde quando escrevo essas notícias de livros jurídicos. Deve passar dos 20 anos. Embora sintéticas, pretendem preservar sua utilidade para que o trabalhador do direito, premido pelo tempo, aqui encontre dados atualizados do mercado jurídico: autoria, individual ou coletiva, assunto, direito envolvido, editora, preço e número de páginas ou de volumes. Também define o tipo (tese ou dissertação), o aprofundamento adotado (manual, temas gerais ou específicos).
Em 2007 divulgamos mais de 500 obras, mas a publicação crescente excede esse limite. Castro Alves cantou em verso a mão que semeia livros a mancheias. Os autores e as editoras cumprem o desígnio do poeta, escrevendo, publicando e os encaminhando para divulgação. Nada sai aqui que não tenha sido verificado pessoalmente. Sou, portanto, o exclusivo responsável pela seleção e também por eventuais erros. Não há preocupação em produzir a valoração plena do escrito, mas a de noticiar a publicação, com a síntese, pelo menos, do esclarecimento necessário.
De alguns anos para cá, a coluna passou a destacar dois livros por semana e a privilegiar pouco mais de cem por ano, dando preferência a ensaios acadêmicos. O objetivo é facilitar o conhecimento do que a universidade brasileira produz nessa área. A idéia não foi minha, mas da editoria de Cotidiano, e teve a melhor repercussão, com o espaço ampliado. Estou contido na casa dos 3.250 caracteres (com os espaços) por coluna. Dá mais ou menos cinco linhas por livro. Os dois primeiros têm entre 10 e 12 linhas.
Sinto que a quantificação dos autores, das empresas e dos livros publicados terminou diluindo, em parte, a média da qualidade deles, ante a necessidade mercadológica de preencher todos os nichos. A avalanche da ampliação numérica compõe um período de adaptação, na evidência de que o ritmo do crescimento diminuirá, comparado aos dez anos precedentes. A dificuldade criada no exame de ordem demonstra aos acadêmicos e a seus pais a insuficiência de só ter o diploma.
Em matéria de qualidade nem tudo está perdido. Destaco, em 2007, a decisão adotada pela Martins Fontes de lançar série de livros na área jurídica, especialmente em filosofia e introdução à ciência do direito. Nem a heterogeneidade das obras e mesmo a seleção dos autores, nem o fato de se tratar predominantemente de traduções interferem no destaque.
Considerei especialmente a opção por publicações jurídicas com textos que inspiram a discussão, como os de Javier Hervada ("O que é o Direito?), William A. Edmundson ("Uma Introdução aos Direitos"). Em linha do pensamento moderno lembro Will Kymlicka ("Filosofia Política Contemporânea"), Carla Faralli ("A Filosofia Contemporânea do Direito"), Richard A. Posner ("Problemas de Filosofia do Direito") e, ainda, os dois excelentes ensaios de Jacques Derrida em "Força de Lei" ou de Marcel Couche, "Fundamento da Moral".
As editoras tradicionais têm publicado obras de filosofia, mas o realce da Martins Fontes filiou-se à sua incursão pelo pensamento jurídico por autores menos freqüentados pelo estudioso nacional que os de pensadores europeus. É um ponto, colhido dentre os muitos que agitaram, em 2007, o universo do direito, no qual estamos retornando ao momento histórico de o repensar filosoficamente.
Fonte: Folha de S.Paulo - 29/12/07.
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