DIREITO DE SER MÃE (100%MAMANS)
NOVA LEI DE FAMÃLIA DIVIDE O MARROCOS
English:
http://www.nytimes.com/2009/08/19/world/africa/19tangiers.html
100%Mamans: http://100pour100mamans.com/
Steven Erlanger: http://topics.nytimes.com/topics/reference/timestopics/people/e/steven_erlanger/index.html
Souad Mekhennet: http://topics.nytimes.com/topics/reference/timestopics/people/m/souad_mekhennet/index.html
Tânger, Marrocos — Apesar de uma reforma importante do código de famÃlia do Marrocos feita em 2004, o sexo fora do casamento não é reconhecido no paÃs, nem a homossexualidade.
A nova lei, conhecida como Moudawana, foi imposta a um Parlamento relutante pelo jovem rei Mohamed 6°. Ela não oferece proteção a mulheres como Latifa al Amrani, 21, que está prestes a se tornar mãe solteira. Ela conheceu um homem, Ali, que disse ser policial. Um dia, ele a levou supostamente para conhecer sua tia. Era um apartamento vazio, e eles fizeram amor.
“Ele me disse que queria casar comigoâ€, contou Amrani. “Mas então ele trocou seu número de telefone, e não consegui mais encontrá-lo.†Ela deu queixa à polÃcia, mas não teve retorno. Seus pais lhe bateram, ela disse, por isso fugiu.
Mas Amrani pretende ficar com seu bebê. Um dos motivos de sua confiança é o trabalho de um grupo beneficente chamado 100%Mamans, criado em 2006 por Claire Trichot, 33. Com a ajuda de uma organização não governamental espanhola e de doadores privados, ela oferece alimentação, abrigo e educação para mães solteiras, leva-as a hospitais para o parto e depois as ajuda a cuidar dos bebês e a encontrar trabalho.
A maioria das jovens foi rejeitada por suas famÃlias e abandonada pelos pais de seus filhos, disse Trichot. As mesquitas as ignoram; as famÃlias à s vezes as expulsam; a polÃcia geralmente acha que até as vÃtimas de estupro estão mentindo.
“Queremos garantir que essas mulheres sejam tratadas com justiçaâ€, disse Trichot.
A lei Moudawana foi muito elogiada, porque deu às mulheres direitos iguais aos dos homens no casamento, incluindo o direito de pedir divórcio; aumentou a idade legal para o casamento de 15 para 18 anos; e deu às primeiras mulheres o direito de recusar se seus maridos quiserem ter uma segunda cônjuge. A lei tornou o divórcio um procedimento legal, eliminando a tradição de o marido se divorciar da mulher simplesmente entregando-lhe uma carta.
Mesmo cinco anos depois, a lei é bastante polêmica, e muitos juÃzes de famÃlia são suscetÃveis à corrupção, segundo grupos que promovem os direitos femininos, como a Associação para o Desenvolvimento das Mulheres, de Casablanca. “Você não pode esperar uma mudança rápida de mentalidade e de hábitos em apenas cinco anosâ€, disse Touria Eloumri, presidente da associação.
Há casos em que o consentimento da primeira mulher a um segundo casamento é forjado, ou uma mulher aparece diante do juiz fingindo ser a esposa de um homem, disse Eloumri. Há longas demoras, e o sistema de tribunais familiares começa a ser instituÃdo. Muitas mulheres querem mais mudanças.
Em uma recente pesquisa feita pela revista marroquina “TelQuel†e pelo jornal francês “Le Mondeâ€, 91% tinham opiniões favoráveis sobre o rei. Mas a mesma pesquisa, que foi proibida pelo governo, revelou que 49% disseram que a Moudawana dá “direitos demais à s mulheresâ€, enquanto 30% disseram que dá “direitos suficientes à s mulheres†e não deveria ir além.
Hinde Taarji, 52, escritora e jornalista divorciada, recentemente adotou um filho. “É evidente que a nova lei não pode ser implementada da maneira como deveria, por enquantoâ€, ela disse. “Mas é um sinal importante.â€
Ela falou sobre uma amiga que dirigia um hotel e estava separada há 15 anos, mas não podia obter o divórcio porque seu marido o recusava. Sob a nova lei, ela finalmente se divorciou.
“Mesmo com a melhor lei do mundo, a corrupção do sistema judiciário ainda é um problema muito grande aquiâ€, disse Taarji. “Mas muitas coisas mudaram para melhor no Marrocos.â€
Ainda assim, o maior problema para as jovens é a falta de educação; há pouca educação sexual, mesmo em casa, e quase 70% das mulheres que procuram a 100%Mamans são analfabetas. “Elas saem de casa, vão para as cidades trabalhar e ganham liberdadeâ€, disse Trichot. “Depois, conhecem rapazes, mas ainda não estão prontas.â€
Steven Erlanger e Souad Mekhennet - Fonte: Folha de S.Paulo – 14/09/09.
Reportagem original em inglês:
http://www.nytimes.com/2009/08/19/world/africa/19tangiers.html
100%Mamans: http://100pour100mamans.com/
Steven Erlanger: http://topics.nytimes.com/topics/reference/timestopics/people/e/steven_erlanger/index.html
Souad Mekhennet: http://topics.nytimes.com/topics/reference/timestopics/people/m/souad_mekhennet/index.html
DECRETO - GOVERNO FEDERAL REGULA EDITAIS DO PODER EXECUTIVO
O Poder Executivo publicou, em agosto, o decreto nº 6.944, que regula os seus concursos e define as informações mÃnimas dos editais, como as prováveis datas das provas, a enunciação precisa das disciplinas exigidas nos exames e a metodologia de classificação. O decreto também veta a exigência de comprovação de escolaridade no dia do exame. Veja o texto no link http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D6944.htm.
Fonte: Folha de S.Paulo - 13/09/09.
NOVAS REGRAS PARA MINERAR
Vem aà um novo código de mineração. Em vigor há quarenta anos, o atual está defasado. Suas leis permitiram que se formasse um mercado negro de alvarás de lavra. Hoje, o governo concede esses tÃtulos a qualquer pessoa, sem que ela precise ser capaz de explorar a área requerida. A nova legislação exigirá que os pretendentes provem que têm como investir na mineração. O prazo máximo para pesquisa também deve cair de sete para três anos. Mais: as licenças deixarão de ser concedidas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral. Serão uma prerrogativa do ministro de Minas e Energia. O titular da pasta, Edison Lobão, abrirá o projeto a consulta pública em outubro.
Panorama - Holofote - Felipe Patury - Fonte: Veja - Edição 2130.
Departamento Nacional de Produção Mineral - http://www.dnpm.gov.br/
Ministério das Minas e Energia - http://www.mme.gov.br/mme
NÚMERO ÚNICO PARA CPF, PASSAPORTE E CARTEIRA DE MOTORISTA
A existência de um número único para documentos como CPF (Cadastro da Pessoa FÃsica), passaporte e CNH (Carteira Nacional de Habilitação) foi aprovada pelo Senado, faltando agora ser sancionada pelo presidente Lula.
O projeto diz que esses documentos e os outros "necessários ao cidadão" deverão ter o mesmo número do registro de identidade, algo previsto em lei de 1997 e atualmente em implementação pelo Executivo.
Também determina que tipo e fator sanguÃneos constem do registro, assim como um carimbo que identifica a pessoa como deficiente fÃsica, se for o caso e da vontade do indivÃduo.
O projeto aprovado pelo Senado pode receber parecer do Ministério da Justiça pedindo que ele seja vetado, mesmo que parcialmente.
Fonte: Folha de S.Paulo – 18/09/09.
Mais detalhes: http://www.senado.gov.br/agencia/verNoticia.aspx?codNoticia=95411&codAplicativo=2
PARLAMENTO ALEMÃO
Anuladas pelo Parlamento alemão as condenações por traição de cidadãos alemães decididas pelos tribunais nazistas durante a II Guerra Mundial. Sessenta e quatro anos depois do fim do conflito, a decisão faz justiça aos 30 000 alemães punidos por se opor ao regime de Adolf Hitler, desertar do Exército e ajudar judeus, ciganos e outros perseguidos. A pena para tais atos era a execução. Estima-se que 20 000 pessoas tenham tido esse destino.
Panorama - Datas - Fonte: Veja - Edição 2130.
O ADVOGADO TEMIDO PELOS RICAÇOS BRITÂNICOS
“Um tal de sr. Tooth quer falar com o sr. ao telefone.â€
Durante anos, bastava a notÃcia de que o mais famoso advogado de divórcios de Londres, Raymond Tooth, estava ao telefone para espalhar medo entre uma certa classe de homens britânicos endinheirados. O mais provável era que fortuna alguma, por mais bem protegida que fosse, ficaria intacta.
Agora, sob a pressão da crise econômica, cada vez mais mulheres estão procurando Tooth quando se divorciam, visando assegurar-se do máximo possÃvel de riqueza enquanto a fortaleza da fortuna de seus maridos desaba.
“Nunca antes tive tanto trabalhoâ€, disse Tooth recentemente, sentado atrás de uma escrivaninha gigantesca na qual mal cabiam as pastas de seus clientes, abarrotadas de papéis.
Raymond Tooth (o sobrenome significa dentes), 69, é baixo, tem fala macia e ar de cavalheiro. Mas clientes e adversários o conhecem como Jaws (mandÃbulas).
Quando se trata da defesa do princÃpio fundamental para sua clientela, predominantemente feminina —de que cada cônjuge tem direito igual à riqueza do outro—, Tooth não desiste. “Está claro que a parceria entre marido e mulher é uma parceria de iguaisâ€, disse.
Tooth trabalha num mundo em que os homens, muitos deles financistas ricos ou celebridades, frequentemente ganham fortunas.
Um homem de destaque que foi “mordido†recentemente por “MandÃbulas†foi o financista sul-africano Brian Myerson.
Depois de descobrir que Myerson mantinha uma amante e outro filho —que viviam na casa ao lado—, Ingrid Myerson, sua mulher havia 26 anos, pediu o divórcio. O patrimônio de Myerson foi avaliado em 25,8 milhões de libras, ou cerca de R$ 77,7 milhões. Representada por Tooth, Ingrid optou por receber 11 milhões de libras (R$ 33 milhões) em alguns imóveis, enquanto seu marido ficava com 14 milhões de libras (R$ 42 milhões) em ações do fundo de investimentos que administra, o Principle Capital Investment Trust, cujas ações são negociadas em bolsa.
Quando as ações da Principle Capital caÃram 90%, no ano passado, Myerson causou espécie nos cÃrculos legais de Londres ao pedir a um tribunal de apelações não apenas para ser absolvido de suas obrigações financeiras remanescentes para com sua ex-mulher, como também para obrigá-la a lhe devolver os 11 milhões de libras. O pedido foi indeferido.
Raymond Tooth sorri ao lembrar-se da audácia de Myerson. Uma coisa é pedir a um tribunal para ser liberado da obrigação de fazer pagamentos futuros em função de uma perda financeira sofrida, mas é outra coisa, disse ele, solicitar a revogação de um acordo inteiro só porque você fez uma interpretação equivocada das tendências do mercado.
Os advogados britânicos dizem que a decisão do tribunal em relação a Myerson criou um precedente legal importante, impedindo o que poderia ter sido uma avalanche de pedidos semelhantes, caso sua apelação tivesse sido aceita.
“Myerson ficou guloso; ele quis ficar com o bolo inteiroâ€, disse Tooth. “E agora queimou os dedos.â€
Tooth exerce sua profissão desde a década de 1960 e chegou a declarar certa vez que “nenhum homem rico e em sã consciência deveria se casarâ€. É um conselho que ele próprio não conseguiu seguir: já se divorciou duas vezes.
Mas é exatamente essa experiência, somada ao jeito calmo de um psiquiatra, que o leva a criar uma conexão com suas clientes. Entre estas figuram as mulheres de Jude Law e Eric Clapton e também, especula-se, do bilionário oligarca russo Roman Abramovich. Sua assistência não custa pouco: Tooth cobra 500 libras (R$ 1500) por hora de trabalho.
Ele começa dando a suas clientes um conselho simples: vá com calma. “Esta é a decisão financeira mais importante que um cônjuge terá que tomar na vida.â€
Ele rejeita a ideia de se aposentar. A vida é boa para Tooth: ele tem 50 cavalos de corrida, uma casa de campo em Warwickshire e uma residência em AntÃgua. “As pessoas não permanecem juntas em tempos difÃceisâ€, disse ele, sorrindo. “É a natureza humana.â€
Landon Thomas Jr. - Fonte: Folha de S.Paulo – 14/09/09.
LIVROS JURÃDICOS
A PolÃcia no Estado de Direito
ANTÔNIO FRANCISCO DE SOUSA
Editora: Saraiva (0/ xx/11/3613-3344) Preço: R$ 98, 456 págs.
Ensaio apresentado no doutorado da Universidade do Porto (Portugal) deu origem ao livro, escrito segundo regras da ortografia portuguesa. A composição é bem ajustada, de "precisão da ideia de polÃcia" e "fundamentos e princÃpios de atuação policial". Discute perturbação e perturbador, ao referir prevenção ao perigo policial, sua tipologia e atuação. Define ação isolada e em concurso de perturbações. Estabelece estágios do "controle de identidade" e de documentos de permissão, comprobatórios de autorização ao policial para ato que pratique. Abandono de local, revista e busca pessoal e de mercadorias são indicados. O último capÃtulo traz "coacção policial, uso da força" e de armas de fogo, para detectar sinais de mudança no uso delas pela polÃcia.
Organização Criminosa
ANTÔNIO S. ALTIERI DE MORAES PITOMBO
Editora: Revista dos Tribunais (0800-702-2433) Preço: R$ 43, 236 págs.
O prefácio de René Ariel Dotti valora a tese de doutorado de Pitombo, em particular quando, aludindo ao recrudescimento punitivo, o vê agravado pela enfermidade do julgamento de muitos, desprovidos de conhecimento sobre o que julgam, além da desordem legislativa. Pitombo dá tratamento preciso ao tema da organização criminosa, da codelinquência, ao questionar o art. 288 do Código Penal. A espinha dorsal do texto compreende concurso de pessoas, quadrilha ou bando, para desaguar na organização criminosa no direito brasileiro, quando vai dos pretensos paradigmas de explicação às evidências da concreção do fato. Ao fim, traça nova perspectiva do tipo legal de organização criminosa e, nessa, do concurso de pessoas.
Colaboração no Processo Civil
DANIEL MITIDIERO
Editora: Revista dos Tribunais Preço: R$ 34, 184 págs.
A contar de tese de doutorado (UFRS), o livro desenvolve pressupostos sociais lógicos e éticos, no processo em colaboração.
O Habeas Corpus no Brasil
DANTE BUSANA
Editora: Atlas (0/xx/11/3357-9144) Preço: R$ 41, 182 págs.
Busana serviu-se de sua larga experiência e de pesquisas, em obra útil em cada momento da atividade jurÃdica em nosso paÃs.
Estágio e Relação de Emprego
SERGIO PINTO MARTINS
Editora: Atlas Preço: R$ 26, 113 págs.
A Lei n. 11.788 levou Martins a criar este volume com utilidade jurÃdica e prática, no campo dos recursos humanos.
Preparação para a Aposentadoria - Você já pensou sobre isso?
OBRA COLETIVA
Editora: LTr Preço: R$ 35, 165 págs.
A pergunta do tÃtulo tem resposta de Juliana P. Pereira Netto, a organizadora e de mais doze colaboradores.
Os Acidentes no Trabalho e a sua Reparação
EVARISTO DE MORAES
Editora: LTr (0/xx/11/3826-2788) Preço: R$ 35, 179 págs.
Edição fac-similar da obra pioneira de Evaristo de Moraes, em 1919, relevante na história jurÃdica do Brasil.
Curso de Direito Tributário
REGINA HELENA COSTA
Editora: Saraiva (0/xx/11/3613-3344) Preço: R$ 89,50, 472 págs.
Constituição e lei são suportes sobre os quais a autora, com longa experiência no magistério, traça o curso.
Justiça Social e Distributiva
RICARDO CASTILHO
Editora: Saraiva Preço: R$ 48, 136 págs.
Visão filosófica compõe desafios de neutralidade, legalidade e dignidade para ver justiça social e distributiva.
Introdução ao Biodireito
CLAUDIA REGINA MAGALHÃES LOUREIRO
Editora: Saraiva Preço: R$ 60, 240 págs.
Dissertação de mestrado (PUC-SP) propõe questões fundantes do biodireito e analisa aresto do STF na ADI 3510.
Fonte: Folha de S.Paulo – 19/09/09.
Não deixem de enviar suas mensagens através do “Fale Conosco†do site.
http://www.faculdademental.com.br/fale.php