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BORÁ - A MENOR CIDADE DO BRASIL
English:
http://www.brazilianideas.com/?p=497
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=1wmE_ycP9a4
As noites já não são as mesmas na pracinha da pequenina cidade paulista de Borá. E o motivo é a internet. Borá é considerado o menor município do Brasil, com 805 habitantes. Na praça, as pessoas se encontravam e permaneciam um tempão conversando. Agora todo mundo se recolhe cedo para ficar na frente do computador. Tudo bem. É justamente graças a ele que Borá acaba de conquistar um recorde: em todo o mundo: ela é a cidade que tem, proporcionalmente ao índice demográfico, o maior número de cidadãos cadastrados na rede social Facebook. São 93% da população.
Antonio Carlos Prado e Juliana Dal Piva - Fonte: Isto É - Edição 2155.
Mais detalhes:
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Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=1wmE_ycP9a4
Mais detalhes:
http://www.qualedigital.com/blog/index.php/2010/12/bora-quer-ser-a-1-cidade-100-presente-no-facebook/
CHARRETE STREET VIEW
Borá, a menor cidade do país, com 800 habitantes, foi filmada por uma câmera acoplada a uma charrete; veja http://www.youtube.com/watch?v=2JYtIxUZOkc&feature=channel.
Mundo Digital – Notas da Semana - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/03/11.
DE RUI.BARBOSA @EDU PARA DILMA @GOV
Estimada Presidenta, o que a senhora quer fazer com a Casa de Rui, nome dado hoje ao que foi a Vila Maria Augusta, onde vivi de 1895 a 1923, é um caso de filhotismo republicano. Daqui, sei de tudo. O professor Emir Sader pleiteava o Ministério da Cultura. Perdido para d. Ana de Hollanda, acomodaram-no na ubre desse animal multimâmio que ora se chama governo. Coube-lhe a direção da casa que leva meu nome e cuida tanto de uma humilde memória, como do nosso idioma. Essa não foi a primeira escolha da ministra, nem escolha dela foi.
Eu nada poderia dizer de Sader, pois, assim como pouco deve saber a meu respeito, pouco sei dele. Numa entrevista, o professor anunciou o propósito de transformar a Casa de Rui num centro de debates. Consiga um exemplar do livro "Rui Barbosa em Perspectiva", de Rejane de Almeida Magalhães e Marta de Senna, e a senhora verá como sacudi este Brasil fazendo conferências. Aceitei convite até do Abrigo dos Filhos do Povo, na Bahia.
Debates fazem bem ao país e está aqui o Raymundo Faoro dizendo-me que nossa última restauração democrática deveu mais ao Café-Teatro Casa Grande, no Leblon, do que à Casa de Rui.
Creio que ele tem razão. Cada coisa no seu lugar. Não é próprio querer transformar um café-teatro num centro de pesquisas, nem um centro de pesquisas em café-teatro.
A Casa de Rui conserva minhas roseiras, meus 35 mil livros e outros 100 mil que foram acrescentados à biblioteca. Guarda acervos preciosos, como o do Plinio Doyle e o de Afonso Arinos, que ainda não foi catalogado. Chamemo-la torre de marfim. Que o seja. Essa instituição custou R$ 28 milhões no ano passado e tem 184 servidores (87 dos quais terceirizados).
Ela prepara a edição das crônicas de Carlos Drummond de Andrade, cuida da minha obra e atualiza o vocabulário de português medieval, trabalho internacionalmente reconhecido. Ademais, estimula a pesquisa literária e, neste ano, ampara 18 monografias. No dia 15, discutiremos um livro que trata das palavras usadas para designar as moradas das gentes, coisas como bairro, condomínio, apartamento, comunidade ou periferia.
É esse patrimônio que corre risco numa reciclagem para café-teatro. Debates, fazem-se em espaços públicos. Pesquisas, em centros de estudo. Aviso-lhe que um terço do quadro de pesquisadores da casa poderá se aposentar. Balance o arbusto e lá se irão as flores.
Em 2007, a casa organizou um seminário sobre o filósofo francês Jean-Paul Sartre e convidou o professor Fernando Henrique Cardoso que, ainda jovem, o acompanhou na visita que fez a Araraquara. O ex-presidente não pôde comparecer, mas enviou o texto de sua palestra. Houve um protesto contra o convite. De quem? Do professor Sader.
Ele diz que pretende levar para a casa a discussão do "Brasil para todos". Meu receio é que esse Brasil seja o dele ou, quem sabe, o vosso. A instituição que funciona no que foi a vila de minha amada Maria Augusta pode ser de valia para estudarmos a obra de Clarice Lispector ou a correspondência de João Cabral de Melo Neto.
Sua utilidade para "pensar os limites, as contradições e os potenciais" do aparelho teórico do poder de hoje é apenas física, imobiliária. Na magnífica construção do deputado Romário, peço-lhe: "Inclua-me fora dessa".
Do seu patrício,
Rui
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 02/03/11.
NÓS, OS JUÍZES
Outono de 1982. Sete horas da manhã. Beijo a minha esposa, que fazia a mamadeira da nossa primeira filha, e dirijo-me à praça 15 para pegar a barca com destino a Niterói; minha primeira comarca. Acabara de ser aprovado no concurso da magistratura.
Verão de 2011, dia 3 de março, beijo a minha família, agora integrada pelo meu primeiro neto, e preparo-me para ingressar no recinto do Supremo Tribunal Federal para ocupar a 11ª cadeira, vaga. Fui nomeado para a mais alta corte do país. Um sonho realizado, que me leva às lágrimas enquanto escrevo.
A presente digressão, longe do ufanismo, revela testamento de fé aos juízes de carreira; esses nobres trabalhadores que dedicam suas vidas ao mais alto apostolado a que um homem pode se entregar nesse mundo de Deus: a magistratura.
Os juízes, na tarefa árdua de julgar as agruras da vida humana, suas misérias e aberrações, devem ser olímpicos na postura, na técnica, na independência e na sensibilidade, além da enciclopédica formação cultural que se lhes exige.
São altos e raros os predicados que o povo espera de seus juízes: nobreza de caráter, elevação moral, imparcialidade insuspeita, tudo envolto na mais variada e profunda cultura. Os juízes têm amor à justiça: enfrentam diuturnamente com a espada da deusa Têmis o conflito entre a lei e o justo, tratam os opulentos com altivez e os indigentes com caridade.
Nesse mister, assemelhado às atividades sacras, cumpre ao juiz substituir o falso pelo verdadeiro, combater o farisaísmo, desmascarar a impostura, proteger os que padecem e reclamar a herança dos deserdados pela pátria.
O símbolo da justiça plena, ajustada a esses nobres magistrados brasileiros, é a vinheta com que o editor Paolo Barile homenageou Piero Calamandrei na sua obra "Eles, os Juízes, Vistos por um Advogado". A vinheta era composta de uma balança com dois pratos, como todo equipamento semelhante. Num deles havia um volumoso código; noutro, uma rosa; ela, a balança, pendia mais para o prato em que se debruçava a flor, numa demonstração inequívoca de que, diante da injustiça da lei, hão de prevalecer a beleza, a caridade e a poesia humanas.
Assim são os juízes do meu país, essa pátria amada, Brasil, que acolheu meus ancestrais exilados da perseguição nazista, esse Brasil que é o ar que respiro, o berço dos meus filhos e do meu neto e, infelizmente, o túmulo de meu querido e saudoso pai, que merecia viver esse meu momento que se aproxima.
Senti-me no dever de transmitir aos juízes de carreira do meu país que é possível alcançar o sonho que nos impele dia a dia a perseguir a nossa estrela guia.
Senhores juízes brasileiros! Lutem incessantemente pelos seus ideais, porque eu, nessas horas que antecedem a minha posse, acredito que a vida é feita de heroísmos.
Agradeço o estímulo espiritual que me emprestaram com a força do pensamento de que agora era a nossa hora: a dos juízes de carreira.
Pronto. Chegou a hora. A Banda dos Fuzileiros Navais acabou de entoar o nosso hino nacional, vou emocionado para o "juramento de fidelidade à Constituição Brasileira", não sem antes deixá-los, nas palavras de Chaplin, uma última mensagem: "É certo que irás encontrar situações tempestuosas novamente, mas haverá de ver sempre o lado bom da chuva que cai, e não a faceta do raio que destrói.
Tu és jovem.
Atender a quem te chama é belo, lutar por quem te rejeita é quase chegar à perfeição.
A juventude precisa de sonhos e se nutrir de lembranças, assim como o leito dos rios precisa da água que rola e o coração necessita de afeto.
Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais.
Teus passos ficaram.
Olhes para trás, mas vá em frente, pois há muitos que precisam que chegues para poderem seguir-te".
Luiz Fux - no dia da posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (03 de março) - Fonte: Folha de S.Paulo - 03/03/11.
STF - http://www.stf.jus.br/portal/principal/principal.asp
LIVROS JURÍDICOS
EFICÁCIA DAS NORMAS AMBIENTAIS
AUTOR Patrícia Bianchi
EDITORA Saraiva (0/xx/11/3613-3344)
QUANTO R$ 65 (446 págs)
No prefácio desta tese de doutorado (UFSC), Vladimir Passos de Freitas diz que a escritora expressa "angústias com o modelo da sociedade atual", as distorções do mundo pós-moderno e os paradigmas tecnológicos. Com pesquisa cuidadosa, ela propõe diretrizes para o âmbito social e o desenvolvimento do Estado de Direito Ambiental.
A RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO EMPREGADOR NOS ACIDENTES DE TRABALHO
AUTOR Fernando J. Cunha Belfort
EDITORA LTr (0/xx/11/2167-1100)
QUANTO R$ 40 (173 págs)
Tese de doutorado (PUC-SP) tem sete capítulos, antes das conclusões. Responsabilidade civil e meio ambiente do trabalho dão a base do enunciado, precedendo acidentes do trabalho. Definição da responsabilidade no dano ambiental e reparação nos acidentes do trabalho completam a obra.
ELEMENTOS DE DIREITO ELEITORAL
AUTOR Carlos Mário da Silva Velloso e Walber de Moura Agra
EDITORA Saraiva
QUANTO R$ 84,50 (536 págs)
A obra tem a participação de dois autores consagrados: Velloso foi ministro do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral, que também presidiu; Moura Agra é professor da Universidade Católica de Pernambuco e doutor em direito. Criaram 19 capítulos de doutrina e jurisprudência.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL INTERPRETADA
AUTOR Gabriel Dezen Junior
EDITORA Impetus (0/xx/21/2621-7007)
QUANTO R$ 149 (1.512 págs)
O autor optou pela avaliação de dispositivos da Carta, com interpretação, definições infraconstitucionais e jurisprudência. Cada título e capítulo recebe introdução própria, seguida pela exegese geral de suas disposições. Os direitos e garantias fundamentais ocupam, por exemplo, 265 páginas.
MANUAL DE PRÁTICA FORENSE CIVIL
AUTOR Luis F. Rabelo Chacon
EDITORA Saraiva
QUANTO R$ 45 (144 págs)
Cinco etapas do manual incluem noções processuais, conceitos gerais, técnica da petição inicial, esquema de elaboração e explicações para o modelo indicado.
PODER DE CONTROLE E OUTROS TEMAS DE DIREITO SOCIETÁRIO E MERCADO DE CAPITAIS
AUTOR Obra coletiva
EDITORA Quartier Latin (0/xx/11/3101-5780)
QUANTO R$ 76 (287 págs)
Avalia muitas das inúmeras transformações que têm marcado o direito societário.
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/03/11.
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