DIREITO AO MEMORIAL
VIDAS PUNGENTES
English:
http://blogs.ngm.com/blog_central/history/
The Memorial:
http://www.national911memorial.org/site/PageServer?pagename=New_Home
Os objetos são um testemunho da vida e dos edifícios destruídos em 11 de setembro de 2001.
Se todo objeto conta uma história, aqueles resgatados do Marco Zero, o local onde ficava o World Trade Center, em Nova York, simbolizam um drama que teve um mesmo triste fim: o de um homem da Geórgia cuja esposa deixou em sua roupa um bilhete de amor antes de ele partir para Nova York; o de uma mulher com rosário que trabalhava no 98º andar; e o de um marido que levava uma nota de 2 dólares, pois ela o lembrava da sorte que tivera ao conhecer sua segunda mulher.
Reunidos no Museu e Memorial Nacional do 11 de Setembro, os objetos falam de amor, fé (páginas da Bíblia fundidas no metal), rotina (chave de um carro Mercedes e bola de golfe) e trabalho (teclado de computador). Com inauguração prevista para setembro de 2012, o museu já conta com 3 mil objetos.
Um sapato feminino é um dos artigos que pertecem a sobreviventes. Os saltos de 10 centímetros carregaram sua dona por 62 andares até a rua, depois para longe da torre sul (que desmoronava), até ela se sentir em segurança.
Por Luna Shyr - Fonte: National Geographic - Número 126.
O Memorial:
http://www.national911memorial.org/site/PageServer?pagename=New_Home
DIREITO DOS ANIMAIS
Desde a antiguidade, animais são utilizados como cobaias. Dessa prática resultaram grandes avanços técnicos e científicos. Hoje, no entanto, defensores de direitos dos animais e a própria comunidade científica discutem quais cuidados e limites devem ser observados no uso de cobaias.
Especialistas falam sobre o assunto:
http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/utilizar-animais-em-pesquisa-cientifica-certo-ou-erradoo.
Kátia Perin - Fonte: Veja - Edição 2187.
A BLOGUEIRA DA DOR
A médica Thaís Saron transformou a dor física na inspiração para criar um blog. Queria apenas explicar, didaticamente, os mecanismos da dor crônica, um mal que afeta milhões de brasileiros que sofrem com fortes incômodos musculares nas articulações e na cabeça.
Até então, não tinha a menor ideia sobre como se criava uma página. Acostumada aos atendimentos nos hospitais e consultórios, ela conheceu o poder da internet a tal ponto que, agora, só pensa em se reinventar como médica.
Graças à internet, ela descobriu um jeito que as pessoas pudessem, além de se informar, economizar dinheiro no tratamento -ou, em alguns casos, não gastar nada.
"Vi como posso ajudar, sem muita dificuldade, no tratamento de muita gente."
A experiência começou quando ela fazia residência no Hospital das Clínicas, da USP (Universidade de São Paulo), em fisiatria -especialização da medicina focada na reabilitação. "Vi que gente com dores crônica sofre com a falta de informação e de compreensão."
Thaís notou a inquietação, que rumava para a irritação, dos médicos que atendem pacientes de dores crônicas. Uma das razões: esses pacientes são, muitas vezes, difíceis.
"Com o tempo, essas pessoas se tornam psicologicamente cansadas, ansiosas, depressivas, com pouca paciência."
O desconhecimento sobre as doenças era generalizado. "Li uma pesquisa dizendo que, quando o paciente tem informações precisas sobre as doenças, o tratamento é mais fácil e as dores diminuem."
Para Thaís, além de fisioterapia, essas pessoas também precisam de um divã de analista.
Constatou rapidamente um problema: as informações disponíveis estavam numa linguagem inacessível aos leigos. "Foi aí que tirei a ideia de explicar num blog tudo didaticamente, de um jeito bem simples."
Para aprimorar sua linguagem, foi procurar ajuda entre os especialistas em telemedicina da USP para poder produzir e publicar blogs. Passou a responder a perguntas dos leitores.
Para ajudá-los a tentar se recuperar sem gastar nada ou muito pouco, além dos endereços de hospitais públicos, montou uma lista de entidades, muitas delas em universidades, que oferecem fisioterapia e psicoterapia gratuitas na cidade de São Paulo. Até então não havia nenhuma lista que reunisse todos esses endereços.
Ao descobrir os encantos da comunicação e da telemedicina, Thaís resolveu pelo menos uma dor pessoal. Está convencida de que já encontrou sua tese de doutorado: o uso da internet na saúde pública.
PS - O endereço do blog da médica Thaís Saron é www.adoratual.wordpress.com.
Gilberto Dimenstein (www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo - 20/10/10.
DRAMA DO PRAZO RAZOÁVEL
A constituição diz que qualquer processo, judicial ou administrativo, deve terminar em prazo razoável (art. 5º, inciso LXXVIII). O dispositivo impõe "meios que garantam a celeridade de sua tramitação".
Razoável indica, na Carta, o que qualquer ser humano comum aceita como próprio de quem tem bom-senso. Há pouco espaço para a definição precisa, mas se a Constituição trata do assunto como direito fundamental, sua imposição é dever e drama do aplicador.
Para transformar o inciso LXXVIII em realidade, temos que saber da existência de processos não decididos com 10, 20, 30 anos de duração, principalmente quando o particular enfrenta a administração pública. Não são a regra, mas existem quando o prazo minimamente razoável não subsiste, por mais que o cidadão tenha direito. O célebre caso dos precatórios não quitados fala por si mesmo.
A dificuldade de interpretação não é desculpa para esperar menos que o razoável para ter justiça digna. Ressalvo que o Poder Público não é o único protelador. Na área do direito privado, o prazo deixa de ser razoável quando interessa ao mais poderoso. Cabe reconhecer, por outro lado, que prazos rígidos não funcionam nos vários ramos do direito, dadas suas peculiaridades.
O modo de sair do cipoal da dificuldade está em atingir o bolso do protelador injusto, agente privado ou público.
A proposta de solução surgiu no número 48 da revista "CEJ", do Centro de Estudos Judiciários do Superior Tribunal de Justiça, dirigido pelo ministro Francisco Falcão, em artigo de Francisco Wilde de Lacerda Dantas, desembargador federal do Tribunal da 5ª Região. Deu a fórmula para estimular o bom caminho.
Diz ele: "demonstrado que a parte suportou um dano moral ou material em decorrência de o processo ter-se desenvolvido com expressivo retardo, por culpa exclusiva da máquina judiciária, em desobediência a essa exigência do tempo razoável, e em que se observe a existência de uma relação de causa e efeito entre a injustiça da demora e o dano causado, fica ela autorizada a exigir uma indenização".
O prazo razoável será verificado caso a caso, fixada a duração aceitável, quando a tipicidade dos fatos exigir tempo maior que o razoável, fazendo cessar o dano injusto, havendo excesso da demora. É uma pena que Lacerda Dantas não dispusesse, quando escreveu seu comentário, da estatística do Tribunal de Justiça de São Paulo definindo o rol dos maiores litigantes.
Neste Estado, onde tramita o maior número de ações do país, a maioria dos processos, cuja decisão toma mais tempo que o razoável, é de órgãos públicos ou prestadores de serviços de natureza pública.
Não estão preparados (ou não querem preparar-se) para conter o acervo de ações não julgadas.
Nesta capital, a Telefônica tem um saldo atualizado de 4.547 processos enfrentados. No interior, a Nossa Caixa, agora sob controle do Banco do Brasil, lidera a estatística, seguida pelo Bradesco. Em segunda instância, o INSS perde para a Fazenda do Estado de São Paulo pelo placar de 255.388 processos contra 136.032.
Não tenho a estatística da Justiça Federal, mas é de crer que órgãos da União contribuam expressivamente para ter processos fora do que se pode considerar um prazo razoável neste Estado.
Walter Ceneviva - Fonte: Folha de S.Paulo - 23/10/10.
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Os autores incluíram textos do processo eleitoral como complemento a interpretação do Código Eleitoral, até a página 423, antes das leis especiais. A técnica adotada compreendeu o padrão usual de reproduzir o dispositivo em sua forma atualizada, seguido por comentário e interpretação dos tribunais, em especial o Tribunal Superior Eleitoral.
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Dissertação de mestrado (PUC-MG) destaca Luiz Renault.
Fonte: Folha de S.Paulo - 23/10/10.
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