DIREITO AO CORO DOS ESCRAVOS HEBREUS
OITO MINUTOS DE HISTÓRIA E POESIA
Video:
http://www.youtube.com/watch?v=G_gmtO6JnRs&feature=youtu.be
Nabucco - Va, Pensiero - http://www.youtube.com/watch?v=snvHpFRO0hA
Riccardo Muti - http://www.riccardomuti.com/cover.aspx
Scalla - http://www.teatroallascala.org/en/index.html
Opera di Roma - http://www.operaroma.it/
Em março de 1842, na noite de estreia da ópera "Nabucco", de Giuseppe Verdi, a plateia do Scala de Milão transformou os aplausos ao "Coro dos Escravos" numa manifestação política pelo ressurgimento da Itália, parcialmente ocupada pelos austríacos. Nos meses seguintes as paredes das cidades apareciam pichadas com "Viva Verdi". Elas queriam dizer "Viva Vittorio Emanuele Re d'Italia". Do glorioso momento do Scala restaram memória e melodia.
Passados 150 anos, a cena repetiu-se, mas desta vez foi gravada e está na rede. Depois de reger o coro do terceiro ato na Ópera de Roma, o maestro Riccardo Muti respondeu aos aplausos com um breve discurso contra os cortes orçamentários de programas culturais, bisou a peça e pediu à plateia que o acompanhasse. Da torrinha, atiravam-se pedaços de papel. São oito minutos de poesia e história capazes de alegrar qualquer domingo, sobretudo sabendo-se que o primeiro-ministro Silvio Berlusconi estava no teatro.
O coro dos escravos hebreus é o lamento de um povo que chora pela "pátria minha, tão bela e perdida". Quando o bis de Muti terminou, enxugavam-se lágrimas no palco e na plateia.
Elio Gaspari - Fonte: Folha de S.Paulo - 28/08/11.
Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=G_gmtO6JnRs&feature=youtu.be
Nabucco - Va, Pensiero - http://www.youtube.com/watch?v=snvHpFRO0hA
Riccardo Muti - http://www.riccardomuti.com/cover.aspx
Leia mais e confira a letra italiano e português:
http://masofi.wordpress.com/2011/05/01/opera-de-roma-ameacada-de-morte-riccardo-muti/
Scala de Milão - http://www.teatroallascala.org/en/index.html
Ópera de Roma - http://www.operaroma.it/
CRIME E CASTIGO
Uma pessoa merece ser condenada pela Justiça porque roubou um xampu ou um pote de margarina? Em 52,2% dos casos que chegaram ao Supremo Tribunal Federal entre 2005 e 2009, a corte decidiu que não. Aplicou, assim, o princípio da insignificância -quando a lesão ao patrimônio não justifica a repressão penal.
CRIME E CASTIGO 2
Quando os crimes são fiscais ou contra a administração pública, o percentual salta para 72% dos casos.
PESOS E MEDIDAS
Os valores também diferem. Na maior parte dos crimes patrimoniais, o STF julgou irrelevantes furtos na faixa entre R$ 1 e R$ 100. Nos crimes contra a administração pública, foram considerados irrelevantes crimes entre R$ 3.000 e R$ 5.000. A pesquisa foi realizada pela Faculdade de Direito da USP, sob coordenação do professor Pierpaolo Bottini.
Mônica Bergamo - Fonte: Folha de S.Paulo - 30/08/11.
EDUCAÇÃO PARA A PAZ
Em poucas semanas, a eventual criação de um Estado palestino será discutida na Assembleia Geral das Nações Unidas. O pleito suscitará, sem qualquer dúvida, uma enxurrada de artigos a serem publicados pela imprensa internacional, especulando sobre a legitimidade da pretensão palestina e sobre a adequação do momento e do instrumento escolhidos.
Desde o assassinato de Yitzhak Rabin, então primeiro-ministro de Israel, em 1995, pouco se avançou no processo israelo-palestino de paz. Pelo contrário.
Nos últimos anos, a direita israelense se fortaleceu e a liderança palestina se dividiu. Foi constituído o quarteto para o Oriente Médio, formado por Rússia, Estados Unidos, União Europeia e ONU; apesar de sua imensa representatividade, pouco contribuiu para o avanço de tais negociações.
Recentemente, ônibus israelenses foram atacados por terroristas perto da fronteira do Egito. O extremismo de todos os lados terá de ser enfrentado com coragem. A maior parte dos israelenses, judeus e não judeus, assim como a maioria dos palestinos, quer apenas viver em condições de segurança e normalidade.
Quando vistos sob a perspectiva da história, muçulmanos e judeus viveram muito mais momentos de aproximação do que épocas de distanciamento. Assim foi, por exemplo, na chamada idade de ouro do judaísmo. Entre os séculos 8 e 15, muçulmanos, judeus e cristãos viveram em harmonia na península Ibérica medieval.
Ainda hoje, as discussões são políticas, nunca religiosas. A religião é acionada, algumas vezes, de forma dissimulada, para justificar aquilo que os interesses políticos pretendem conquistar.
Religião alguma prega a destruição ou a morte. Cânones judaicos, muçulmanos e cristãos valorizam a vida acima de tudo.
A escolha da Congregação Israelita Paulista de comemorar os seus 75 anos de existência com a apresentação de um coral multiétnico, formado por jovens cristãs, muçulmanas e judias, é uma demonstração de seu compromisso de olhar as dificuldades da realidade à sua volta com coragem.
O projeto "Voices of Peace" já seria uma conquista caso tratasse apenas de jovens de religiões diferentes que cantam junto em uma sociedade em conflito. No entanto, o projeto do qual esse coral faz parte é bem mais amplo.
Trata-se de uma visão segundo a qual superamos conflitos por meio de uma educação para a paz.
Essas crianças, que têm a oportunidade de conviver com colegas de outras religiões e etnias desde pequenas -num país em que isso é quase uma exceção-, crescerão muito mais equipadas para viver em uma sociedade plural.
É dessa forma emblemática que se decidiu celebrar as sete décadas e meia de uma congregação que vê na postura crítica e no diálogo os grandes legados do povo judeu.
O filósofo Martin Buber (1878-1965) defendia que apenas nas interações do tipo "eu-tu", em oposição ao "eu-isto", deixamos de enxergar o outro como mero objeto para a conquista dos próprios objetivos e passamos a escutar as vozes alheias. Penso que é somente nas relações dialógicas que temos a oportunidade de superar preconceitos e de construir um caminho compartilhado.
A convivência harmoniosa entre árabes e israelenses será conquistada apenas por meio de um empático diálogo no estilo "eu-tu", construído por meio de uma corajosa educação para a paz.
Michel Schlesinger, 34, advogado formado pela Faculdade de Direito da USP, é rabino da Congregação Israelita Paulista, ordenado pelo Instituto Rabínico Schechter, de Jerusalém. Fonte: Folha de S.Paulo - 30/08/11.
Faculdade de Direito da USP - http://www.direito.usp.br/
Congregação Israelita Paulista - http://www.cip.org.br/index.jsp
Instituto Rabínico Schechter - http://www.schechter.edu/
LIVROS JURÍDICOS
ADEUS TRIBUNAIS!
AUTOR Pedro Paulo Filho
EDITORA J. H. Mizuno (0/xx/19/3571-0420)
QUANTO R$ 63 (351 págs.)
Pedro Paulo Filho dedicou-se a personagens e eventos do direito que se afastaram das lides jurídicas, brilhando fora delas, conforme Antonio Cláudio Mariz de Oliveira assinala no prefácio. Dos literatos aos esportistas, dos professores aos músicos e aos jornalistas revivem, entre muitos outros, nos doze capítulos de suas páginas.
DIREITO E JORNALISMO
AUTOR Vidal Serrano Nunes Júnior
EDITORA Verbatim (0xx/11/ 5533-0692)
QUANTO R$ 48 (160 págs)
Vidal tem longo convívio com o tema do título. Agora retoma, em parte, temas antigos, de que já cuidara no passado. Centrou sua preocupação nos elementos fundamentais da informação e da crítica, no jornalismo e seus limites. No último capítulo, examina a decisão do STF que deu pela inconstitucionalidade da Lei de Imprensa.
A PSICOLOGIA DO JUIZ
AUTOR Luiz Guilherme Marques
EDITORA Letras Jurídicas (0/xx/11/3107-6501)
QUANTO R$ 35 (162 págs.)
Juiz com mais de 20 anos de carreira, o autor apresenta nesta obra a sua avaliação dos juízes em face de advogados, psicólogos e até juízes. Busca a originalidade na "'inciência' das forças interiores que influem no dia a dia profissional do juiz". O caminho está no acesso ao autoconhecimento, pelo estudo na canalização do próprio inconsciente.
A DECISÃO DO JUIZ E A INFLUÊNCIA DA MÍDIA
AUTOR Artur César de Souza
EDITORA Revista dos Tribunais (0800-702-2433)
QUANTO R$ 78 (368 págs.)
Em texto aprovado no pós-doutrado da Universidade de Milão, Souza fez, conforme escreve Carlo Enrico Paliero, na apresentação, "escolha prospectiva de especial interesse". O autor detecta a posterior analogia estrutural entre direito penal e "mass media". Mostra o perigo do mau uso da liberdade de informar.
ESTUDOS DE CASOS EM BALÍSTICA
AUTOR Domingos Tocchetto
EDITORA Millennium (0/xx/19/3229-5588)
QUANTO R$ 86 (363 págs.)
Em casos concretos, Tocchetto pugna pelos cuidados do perito. No prefácio, Tales Castelo Branco vê os estudos como verdadeira aula sobre balística e sua perícia.
OPINIÕES
AUTOR Josenir Teixeira
EDITORA edição do autor
QUANTO Não informado (324 págs.)
O terceiro setor predomina em parte da obra, com estudos publicados na revista "Notícias Hospitalares". O autor enfrenta, depois, temas relativos à advocacia. Inclui medicina, pacientes e temas variados.
Fonte: Folha de S.Paulo - 27/08/11.
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