CRIATIVIDADE NO MARKETING
PROPAGANDAS INTELIGENTES (SALTON – UM MUNDO A EXPLORAR)
“The unexplored was here before us. It's up to you to decipher it while you're there. Salton, a world to explore.”
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“Há mais de 100 anos, produzimos vinhos e espumantes pelo simples prazer de encontrar novos sabores, aromas e sensações. Uma tradição que se mantém graças a mesma inspiração diária: a vontade de explorar cada vez mais. Queremos que a nossa inspiração seja também a sua. Explore com a Salton”
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PROFESSOR X
A EXTINÇÃO DO PROFESSOR
Os professores são uma espécie em extinção. Nossos jovens não querem sofrer o que veem seus professores sofrendo - esta é a verdade. Uma profissão que não é respeitada socialmente e não possui nenhum status, muito ao contrário. Qualquer educador já passou pela situação de, ao dizer que é professor, receber em troca a frase: meus pêsames.
Ser professor não é uma missão: é uma profissão, e das mais difíceis, principalmente porque não se trata somente de ensinar, mas de educar. Não somos só professores, somos educadores numa sociedade em que os valores e os princípios se esfarelam no ar. E tentamos educar a todos, como bem deve ser num país sério, democrático, e numa sociedade de direito.
Se fôssemos um país sério, não trataríamos nossos educadores como os temos tratado, a ponto de se tornarem uma espécie quase extinta. E, se ainda não o são completamente, nada se deve às autoridades e aos legisladores, mas à estirpe humana que insiste em acreditar no homem e às pessoas que, apesar da descrença e dos desafios, continuam convictas de que educar é uma das profissões mais nobres.
Mas nossos jovens não querem ter uma profissão que passa pelo que vemos em sala de aula: desrespeito, desvalorização, agressões verbais e físicas de alunos, pais e mães etc. Não querem um ofício em que o profissional leva para casa provas para serem corrigidas em fins de semana e recebe turmas com alunos que se sentem no direito de xingar, vilipendiar, ameaçar (muitas vezes cumprindo tais ameaças, como temos visto de forma recorrente na mídia) seus professores, como, infelizmente, a maioria de nós já experimentou em alguma vez no exercício da docência. Enquanto digito este texto, leio na internet que duas salas de aula foram incendiadas em Ribeirão Preto (SP).
Numa pesquisa recente da Fundação Victor Civita, apenas 31 (2,06%) de 1.501 alunos entrevistados disseram ter vontade de lecionar ou de seguir a carreira. As notas de avaliação dos cursos de pedagogia e de licenciatura estão entre as mais baixas entre todos, o que se repete em qualquer parte do Brasil.
Tirar o mote de sacerdócio é essencial para atrair jovens para a docência. Pagar bons salários iniciais e ter bons planos de carreira também. Na carreira docente, só evoluímos saindo da sala de aula, indo para a coordenação, a direção ou para algum órgão da gestão. Melhorar as condições de trabalho, ofertando tempo para a formação em serviço, planejamento e, sobretudo, apoio dos órgãos centrais de gestão no acompanhamento das escolas, é essencial. Resgatar os valores social e profissional do professor é uma tarefa urgente.
Países com bons resultados escolares fazem coisas diferentes de nós. A Noruega atrai seus melhores alunos para a docência com salários atrativos, tornando concorrida a profissão. Singapura valoriza professores que assumem mais responsabilidade no trato com alunos mais desafiadores, escolas mais "difíceis" etc. Em países como o Japão, os professores estão entre as pessoas mais respeitadas socialmente. Na Coreia do Sul, o professor tem três meses de férias anuais, e a carreira (não só a profissão) é cobiçada e concorrida.
Sérgio Eustáquio da Silva - Professor da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte – Fonte: O Tempo – 11/04/13.
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