DE OLHO NO MUNDO!
ATENÇÃO: AULAS DE INGLÊS
O domínio da língua inglesa deixou de ser um diferencial. É fundamental para o exercício de qualquer atividade profissional.
Aulas de inglês para pequenos grupos com a Professora Pasqualina e sua parceira Professora Patrícia. No Barreiro e no Eldorado.
Aos interessados: Enviem mensagens para o Faculdade Mental através do Fale Conosco de nosso site.
PROFESSORA PASQUALINA
Estamos aqui novamente, sempre esperançosos por dias melhores: Ano Novo... Vida Nova!
Bem-vindos calouros! Aos veteranos, mais um semestre de contato virtual. Àqueles que estão na reta final, bom trabalho e muito sucesso.
Vamos iniciar o ano de 2007 com a análise de uma redação feita por um leitor da Folha de São Paulo à coluna “Redação do Leitor” - Caderno “Fovest” -, a qual será transcrita na íntegra e na próxima edição farei os comentários pertinentes ao texto.
O tema sugerido para a produção do texto foi: “ Reportagem publicada na revista Veja (23.out.2002) mostra que é cada vez maior o número de meninas que recorrem à pílula do dia seguinte como se ela fosse o único método anticoncepcional existente. Dessa forma, ficam mais expostas a doenças sexualmente transmissíveis, como a Aids. Além disso, a alta dosagem hormonal pode aumentar os riscos de câncer de mama e, ao contrário do que se imagina, a pílula do dia seguinte, às vezes, falha. Faça uma reflexão sobre o comportamento sexual dos jovens no Brasil.”
Prevenção
O comportamento sexual dos jovens tem-se processado de maneira na maioria das vezes irresponsável, a utilização de métodos tais como a pílula do dia seguinte só vem comprovar essa asserção.
A mídia também possui papel fundamental em tais atitudes, o estimulo à práticas sexuais sem compromisso é amplamente disseminado por meios de comunicação nada responsáveis.
A pílula do dia seguinte é um método que não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis além de caracterizar o aborto, que é uma prática que não deve ser aceita pela sociedade séria e responsável do Brasil.
Há a necessidade de tomar-se uma atitude, conduzida pelo governo afim de conscientizar a sociedade em geral, mas em especial as jovens que fazem uso da pílula do dia seguinte.
Faça sua análise.
Até a próxima edição. Boa semana!
Abraços
Professora Pasqualina
PROFESSOR X
Alô galera! Estou de volta. É um prazer voltar com a minha coluna e voltar a manter contato com vocês. O assunto da moda no país é o PAC - Programa de Aceleração do Crescimento e entendo ser oportuno abrir espaço para a matéria abaixo. Leiam e pensem!
SEM INFRA-ESTRUTURA, ACELERAR É ILUSÃO
A primeira regra a ser obedecida é o planejamento responsável e realista. O Governo vinha propagando há algum tempo uma previsão de crescimento de 5% em 2007. Mas a meta não será cumprida. Para o Instituto de Pesquisa Econômica Avançada (Ipea), esse desempenho só poderia ser alcançado em 2017. Os especialistas sabem quem tem razão.
Aos leigos, basta ir a um aeroporto para descobrir que a infra-estrutura atual do País não é capaz de suportar um simples aquecimento no setor de aviação civil. E esse episódio é didático, pois pode ser aplicado a todos os segmentos produtivos. Se o País passar a crescer 4% ao ano, por exemplo, em 2009 faltará energia. Prosperidade acelerada hoje significa caos e, contraditoriamente, prejuízos, como demonstra recente desvalorização das ações de companhias aéreas.
Não existe ângulo de observação (monetário ou estrutural) que justifique as previsões do governo para o PIB. O discurso entoado desde 2004 de que as condições para o desenvolvimento já estão postas não corresponde à realidade e mesmo que, por milagre, o espetáculo do crescimento comece a ocorrer amanhã ele será barrado na semana seguinte.
Apesar de o culpado ser, preferencialmente, o Banco Central (BC), o principal obstáculo para o crescimento sustentado é a falta de infra-estrutura. O modelo de gestão econômica pode se adaptar aos novos ambientes com certa agilidade e, além disso, suas ações não têm efeitos práticos sem contrapartida estrutural. Já criar as condições físicas que sustentem a expansão da economia exige mais esforço e tempo. E deve ter prioridade.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), nos últimos 35 anos, o investimento em infra-estrutura caiu de 5,3% para 2,2% do PIB. Em transporte, nos anos 70, eram empregados 2% da riqueza nacional. Hoje, quando muito, mero 0,5%. Portanto, inicialmente, é preciso destinar mais recursos para a área. E, de imediato, quem deve abrir a carteira é a administração pública.
Hoje a prudência não recomenda aos empresários tornarem-se parceiros do governo em grandes obras. A ausência de marcos regulatórios nos negócios resultou em uma lei das selvas (jurídica, tributária e trabalhista) proibitiva àqueles pouco afeitos a jogar dinheiro fora.
E se o volume de recursos deve voltar aos níveis dos anos 60 e 70, o planejamento do século XXI se impõe mais elaborado. No caso do transporte, há 40 anos foram construídas estradas sem se considerar critérios de eficiência ou necessidades futuras. Embora compreensível, a estratégia mostrou-se equivocada e deve servir como referência para que os erros não se repitam.
No momento, é preciso considerar o conceito de logística integrada na movimentação da produção e sua aplicação depende tanto dos tratores como de prancheta e lápis na mão de um profissional do ramo. Dessa maneira, as futuras obras serão ordenadas pela efetividade, e não magnitude, respeitando características regionais e demandas da economia.
A logística do crescimento exige a construção de alternativas (por ar, água ou trilhos) de locomoção adequada aos bens produtivos locais. E, obviamente, uma integração de todos esses meios para o escoamento em portos e aeroportos modernos.
Essas medidas devem ser acompanhadas por uma mudança na lógica que sempre orientou as grandes obras no Brasil. A principal motivação da administração pública para investir nessa área sempre foi o cálculo de dividendos políticos resultantes das inaugurações. Por conta disso, não existe empenho em ações de infra-estrutura que não possam ser entregues durante o mandato. Essa regra nos brinda com situações patéticas, como a operação tapa-buracos, e trágicas, como esqueletos de obras abandonadas que, em algum momento de sua construção, perderam a importância eleitoral.
Também é bom lembrar que a precariedade da infra-estrutura não vai parar a produção, mas vai tornar o processo mais caro. Exemplo é a movimentação de cargas dentro da cidade de São Paulo, que poderia ser evitada com a conclusão do Rodoanel, que encarece em até 30% o custo do frete dos produtos. E isso é pago pelos consumidores.
A infra-estrutura voltou a ser pauta do governo. No entanto, é perceptível nas declarações uma precipitação publicitária temerária. Também são ouvidas idéias heterodoxas vindas da Esplanada dos Ministérios, que chamam a atenção tanto pela fragilidade como pela fonte de recursos. Contribuintes dos fundos de pensão devem prestar atenção ao possível destino do seu dinheiro e os do FGTS analisar com cuidado as oportunidades oferecidas.
A primeira regra para a revitalização da infra-estrutura é um planejamento responsável e realista. Ao presidente, é recomendável desconfiar de qualquer solução mágica que prometa sustentar os sonhados 5% (ou 4%) de crescimento em 2007. Essa meta, aliás, pode fazer com que os recursos da área sejam investidos em muitos castelos de cartas.
A realidade demonstra que para atingir o desenvolvimento é preciso começar urgentemente a trabalhar em infra-estrutura com seriedade. Porém, os benefícios serão experimentados apenas daqui a alguns anos, como bem observou o Ipea. Se os condutores do processo não admitirem essa premissa, nem em 2017, nem nunca.
(Antônio Wrobleski - Presidente da Ryder Logística para o Brasil) - "Fonte: Gazeta Mercantil".
Leram? Então, pensem bem no assunto.
Um forte abraço a todos e até a próxima semana,
Professor X