CRIATIVIDADE NO MARKETING CVII
A MÃQUINA DA FELICIDADE
PROPAGANDAS INTELIGENTES CVII (A MÃQUINA DA FELICIDADE)
English: http://adland.tv/commercials/coke-coca-cola-happiness-machine-2010-200-usa
Video: http://www.youtube.com/watch?v=lqT_dPApj9U.
Uma grande marca mundial de refrigerantes investiu pesado em suas propagandas pela internet. Seu último viral foi o mais visto e propagado pela internet na semana passada. Uma máquina de refrigerantes foi colocada em uma universidade com várias câmeras ocultas voltadas para ela. Só que, em vez de uma máquina comum, essa fazia coisas como soltar garrafas sem parar e, além de bebida, dava pizzas, sanduÃches e até um buquê de flores aos estudantes. A campanha, chamada Máquina da felicidade, teve 1 milhão de acessos e centenas de tweets e posts em blogs.
Confira o vÃdeo: http://www.youtube.com/watch?v=lqT_dPApj9U.
Rafael Pereira – Bombou na Web (http://www.bombounaweb.com.br/).
Leia mais:
http://www.brainstorm9.com.br/2010/01/13/coca-cola-happiness-machine/
http://comunicadores.info/2010/01/13/coca-cola-happiness-machine/
PROFESSOR TOM COELHO
www.tomcoelho.com.br www.setevidas.com.br.
Aplicando 5S na Vida Pessoal
* por Tom Coelho
“Com organização e tempo, acha-se o segredo de fazer tudo, e fazer bem-feito.†(Pitágoras)
Em Administração, utilizamos um expediente importado lá do Oriente, mais precisamente do Japão pós-guerra, chamado de “5 Sâ€. Este nome provém de cinco palavras japonesas iniciadas pela letra “sâ€: Seiri, Seiton, Seisou, Seiketsu e Shitsuke.
Os cinco sensos constituem um sistema fundamental para harmonizar os subsistemas produtivo-pessoal-comportamental, constituindo-se na base para uma rotina diária eficiente.
Praticar os 5S significa:
- Seiri (senso de utilização): separar as coisas necessárias das desnecessárias;
- Seiton (senso de organização): ordenar e identificar as coisas, facilitando encontrá-las quando desejado;
- Seisou (senso de zelo): criar e manter um ambiente fÃsico agradável;
- Seiketsu (senso de higiene): cuidar da saúde fÃsica, mental e emocional de forma preventiva;
- Shitsuke (senso de disciplina): manter os resultados obtidos através da repetição e da prática.
A aplicação dos 5S numa empresa deve ser efetuada com critérios, inclusive com supervisão técnica dependendo do porte da companhia. Mas meu convite, neste instante, é para você praticar os 5S em sua vida pessoal.
Assim, que tal aproveitar estes primeiros dias do ano para fazer uma pequena revolução pessoal?
Aplique Seiri em sua casa e em escritório. Nos armários, nas gavetas, nas escrivaninhas. Tenha o senso de utilização presente em sua mente. Se lhe ocorrer a frase: “Acho que um dia vou precisar disto...â€, descarte o objeto em questão, pois você não o utilizará. Pode ser uma roupa que você ganhou de presente ou comprou por impulso e nunca a vestiu, por não lhe agradar o suficiente, mas que acalentará o frio de uma pessoa carente. Podem ser livros antigos, hoje hospedeiros do pó, que contribuirão com a educação de uma criança ou um jovem universitário. Seja seletivo. Elimine papéis que apenas ocupam espaço em seus arquivos, incluindo revistas e jornais que você acredita estar colecionando. Organize sua geladeira e sua despensa – você ficará impressionado com o número de itens com prazo de validade expirado.
Na próxima fase, passe ao Seiton. Separe itens por categorias, enumerando-os e etiquetando-os se adequado for. Agrupe suas roupas obedecendo a um critério pertinente a você, como por exemplo, dividir vestimentas para uso no lar, daquelas destinadas para trabalhar, de outras utilizadas para sair a lazer. Organize seus livros por gênero (romance, ficção, técnico etc.) e em ordem de relevância e interesse na leitura. Separe seus documentos pessoais e profissionais em pastas suspensas, uma para cada assunto (água, luz, telefone...). Estes procedimentos lhe revelarão o que você tem e atuarão como “economizadores de tempo†quando da busca por um objeto ou informação.
Com o Seisou, você estará promovendo a harmonia em seu ambiente. Mais do que a limpeza, talvez seja o momento para efetuar pequenas mudanças de layout: alterar a posição de alguns móveis, colocar um xaxim na parede, melhorar a iluminação.
Agora, basta aplicar os últimos dois sensos já mencionados, o Seiketsu, que corresponde aos cuidados com seu corpo (sono reparador, alimentação balanceada e exercÃcios fÃsicos), sua mente (equilÃbrio entre trabalho, famÃlia e lazer) e seu espÃrito (cultive a fé) e o Shitsuke, tão simples quanto fundamental, e que significa controlar e manter as conquistas realizadas.
Faça isso e eu desafio você a ter pela frente doze longos e prósperos meses!
* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados por mais de 400 veÃculos da mÃdia em 15 paÃses. É autor de “Sete Vidas – Lições para construir seu equilÃbrio pessoal e profissionalâ€, pela Editora Saraiva, e coautor de outros quatro livros. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br.
ADM. MARIZETE FURBINO
http://www.marizetefurbino.com/ (Confira o logo do FM - http://www.marizetefurbino.com/parceiros.asp)
Enxergue e valorize seus VETERANOS!
Por Adm. Marizete Furbino
"Os únicos limites são os da sua própria visãoâ€. (James Broughton)
Além de fazer da empresa a sua vida, portanto, amando-a em demasia, os colaboradores com longo tempo de “casa†se dedicam, se envolvem e se comprometem ao extremo com o exercÃcio de sua função, pois possuem um carinho todo especial para com a empresa, como se a empresa fosse o seu “chãoâ€; assim, procuram agregar valor em tudo que fazem.
Outro aspecto importante que não podemos deixar de ressaltar é a “bagagem†de conhecimento que tais veteranos carregam consigo, pois diante de uma vasta experiência, possuem um conhecimento da empresa como um todo. No decorrer de longos anos, se familiarizaram com vários departamentos, conhecendo assim a empresa como a palma de suas mãos, o que contribui e muito, se explorado tal conhecimento, para que a empresa nunca “naufrague†no mercado, mas permaneça firme, em meio a qualquer turbulência que venha a enfrentar.
Não é preciso muito esforço para perceber que, se o profissional está há longos anos em uma determinada empresa, o motivo maior de sua permanência chama-se resultado, sinal de que este profissional desempenha muitÃssimo bem suas atribuições; caso contrário, o mesmo não permaneceria, pois, em meio a um mercado altamente competitivo, a empresa inteligente não se permite mais ficar com um profissional mais ou menos, sendo este mais um motivo para valorizá-los.
Uma vez dito isto, é preciso enxergar e dar oportunidade de desenvolvimento e crescimento aos profissionais “veteranosâ€, como se dá aos profissionais “calourosâ€, pois estes têm muito a contribuir para que a empresa faça seu diferencial e não somente conquiste, mas se solidifique no mercado; portanto, não devem ser tratados como “cartas fora do baralho†porque têm “cabelos brancosâ€, pois seu conhecimento e sua experiência valem “ouroâ€. Pensando assim, o empreendedor deve conscientizar-se que da mesma forma que investe no profissional “calouro†deve investir no profissional “veteranoâ€.
Se você parar para pensar perceberá que os veteranos são profissionais que vivem para a empresa. Habitualmente eles pensam não apenas em seu departamento, mas amam tanto a empresa que se preocupam e pensam na empresa como um todo, sendo extremamente conscientes de seu papel dentro da empresa; desta forma, é muito comum pensarem globalmente e agirem localmente, fazendo isso de forma bem natural.
De certo é que quase todos eles são conscientes de que o pré-requisito para a ascensão da empresa no mercado é que todos os departamentos da mesma devem agir de forma imbricada, inter-relacionada e integrada. Igualmente é imprescindÃvel manter uma comunicação transparente e um ambiente, cujo clima organizacional seja propÃcio à produtividade, agindo com muito “amadurecimento†e tranqüilidade, tendo um invejável equilÃbrio emocional. E isto facilita todo o andamento do processo.
Inegável dizer que o veterano é um profissional que enxerga a empresa, ou seja, trabalha de fato em prol da empresa. Assim, não possui nenhum interesse em “puxar tapete†de qualquer outro profissional, qualquer que seja, cujo interesse seria baseado em sua própria ascensão; ao contrário, interessa a este profissional veterano o bem-estar da empresa, interessa a ele que a empresa esteja bem perante o mercado; assim, suas atitudes e seus comportamentos são baseados na sinceridade, na honestidade, na transparência, na soma de sua experiência, conhecimento e talento.
Por outro lado, verifica-se que os profissionais veteranos são mais tradicionais, são mais resistentes às mudanças. E isto precisa ser repensado, pois vivemos em um mundo onde a competição se tornou global e nossa única certeza no mercado denomina-se incerteza. Qualquer profissional que deseje permanecer neste mercado terá que se adaptar e bem rápido, pois a flexibilidade conta muito, caso contrário, correrá um sério risco de ser esmagado.
Importante ainda salientar que a empresa deve ser inteligente e fazer com que tais profissionais veteranos acabem se tornando mentores, não somente dos profissionais “calourosâ€, digo dos recém-contratados, mas também dos demais colaboradores; assim, estes irão repassar, além da experiência, ensinamentos valiosos no que tange ao desempenho de suas funções, agregando valor e contribuindo desta maneira para que a empresa faça a diferença e cresça.
De qualquer forma, vale ressaltar que em nenhum momento menosprezo os profissionais “calourosâ€, apenas saliento a todo o momento que a empresa de hoje deve mais do que nunca enxergar, valorizar e investir no colaborador veterano, assim como faz com o profissional “calouroâ€, não devendo jamais considerar os veteranos “descartáveisâ€, pois, estes, assim como os profissionais calouros, têm muito a contribuir para com a empresa.
23/08/2008 - Marizete Furbino, com formação em Pedagogia e Administração pela UNILESTE-MG, especialização em Empreendedorismo, Marketing e Finanças pelo UNILESTE-MG. É Administradora, Consultora de Empresa e Professora Universitária no Vale do Aço/MG.
Contatos através do e-mail: marizetefurbino@yahoo.com.br
Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado a autora e o site www.marizetefurbino.com e comunicada sua utilização através do e-mail marizetefurbino@yahoo.com.br
PROFESSOR X
O QUE VOCÊ VAI SER QUANDO CRESCER?
Quem se depara com Mário Gatica, óculos escuros, terno preto, alto, musculoso, lutador de artes marciais, cuidando da segurança de uma casa noturna da rua Augusta, jamais poderia imaginá-lo como professor de filosofia de escola pública. "Gostaria de apenas dar aulas", conta -apesar de, algumas vezes, ele se sentir mais vulnerável fisicamente dentro de uma escola do que evitando brigas ou assaltos na madrugada.
O magistério é seu grande projeto desde a adolescência, mas Gatica se vê obrigado a complementar sua renda na noite. Na condição de temporário, ele passou na prova de conhecimentos aplicada pela rede estadual de São Paulo: 40% dos candidatos foram reprovados, mesmo com o benefÃcio de usar o tempo de serviço como parte da nota.
Muitas gorjetas superam o que ele recebe por hora em sala de aula -o que acabou interessando também a colegas da escola. Professoras pediram um bico de garçonete.
Mesmo que não fosse dublê de segurança e professor, Gatica, que se graduou em história e está no último ano de uma faculdade de filosofia, já seria uma raridade. É o que se vê num alarmante levantamento inédito com jovens brasileiros sobre os desejos profissionais.
Idealizada pela Fundação Victor Civita e realizada pela Fundação Carlos Chagas, a pesquisa integra um relatório sobre a atratividade da carreira do professor. As entrevistas foram focadas apenas em jovens que estão concluindo o ensino médio e decidindo sua carreira: apenas 2% deles querem ser professores.
Entre os que estão nas escolas privadas, a taxa cai para próximo de zero. Suas opções são, pela ordem, direito, engenharia e medicina.
Um terço dos alunos até pensou em ser professor, mas desistiu pelos seguintes motivos: 1) falta de valorização social; 2) salários baixos; e 3) rotina desgastante. É o que se traduz na diferença entre a gorjeta que Gatica recebe como segurança e o valor da hora-aula.
Note-se que a pesquisa não pergunta especificamente se ele gostaria de ser professor de uma escola pública -se fosse assim, o resultado seria ainda pior.
Não é de admirar, portanto, que 55% das vagas de pedagogia e licenciatura não sejam preenchidas. Nem que 40% dos professores temporários da rede paulista tenham sido reprovados -nem que o governo paulista, por falta de alternativa, seja obrigado a mantê-los dando aula. Há no paÃs um deficit de 700 mil professores no ensino médio e nos anos finais do fundamental.
É de mais de 35% a taxa de evasão nos cursos que formam professores.
A pior notÃcia, porém, é a seguinte: os futuros professores são recrutados entre os alunos com as piores notas no ensino.
Não consigo ver informação mais alarmante para uma nação do que o fato de que se recrutam entre os piores quem vai cuidar da cabeça das crianças e dos adolescentes. Entende-se por que muitos cursos de reciclagem não funcionam bem -ou por que os alunos saem da escola sem saber ler e escrever direito.
Também se entende por que, em muitos casos, exista pouca diferença entre escolas públicas e privadas.
Como se não bastassem as deficiências de formação, eles vão trabalhar num ambiente hostil e violento, com salas lotadas e famÃlias omissas.
Há fatos novos interessantes. Novas normas de crédito estudantil garantem gratuidade a quem cursar um curso de licenciatura ou de pedagogia; a contrapartida é ir para uma escola pública.
Na semana passada, professores paulistas se submeteram a uma prova que garantirá a parte deles o aumento do salário, não só com base no tempo de serviço, mas em boas notas. Já existe em São Paulo o bônus a partir do desempenho dos alunos e a obrigatoriedade de se passar por um curso -mesmo aos aprovados em concurso.
Aumenta a oferta de cursos a distância oferecidos pelas melhores universidades.
Mas, pelo tamanho do problema, é ainda pouco e vai exigir o melhor da inteligência da elite polÃtica -inteligência para, por exemplo, usar os recursos digitais, criar espaços educativos nas cidades, integrar os meios de comunicação ao aprendizado.
Daà que a principal questão social brasileira seja colocar a resposta "professor" quando alguém perguntar aos jovens coisas do tipo "o que-você-vai-ser-quando-crescer?".
PS - O relatório é um dos documentos mais profundos que já li sobre a carreira de professor no Brasil. Leitura obrigatória -coloquei a Ãntegra no site do Catraca Livre (www.catracalivre.com.br).
Gilberto Dimenstein (http://www.dimenstein.com.br) - Fonte: Folha de S.Paulo – 31/01/10.
PROFESSORA PASQUALINA
RODA-LETRAS
Congonhas terá uma biblioteca itinerante. O Roda-Letras - um ônibus equipado com livros, jornais e revistas, além de TV e DVD - vai aproximar os congonhenses de publicações, manifestações culturais e palestras sobre temas variados. Nos primeiros seis meses, o Roda-Letras vai circular por dez comunidades, de segunda a sexta-feira, na parte da manhã. Depois o programa deverá ser ampliado.
Élder Martinho - Fonte: O Tempo – 31/01/10.
Mais detalhes:
http://www.congonhas.mg.gov.br/?pg=noticia_ver¬icia_cod=1138
A BIBLIOTECA DE SÃO PAULO – PAVILHÃO DAS LETRAS
Uma nova categoria de livrarias mudou o cenário cultural de São Paulo nos últimos anos. São lojas acolhedoras, que nasceram com a ambição de ser mais que simples locais de venda de livros, e, rapidamente, foram adotadas pelos paulistanos como pontos de encontro.
Fazem parte desse grupo a Livraria Cultura, que ocupou com uma loja de três andares o espaço do antigo cine Astor no Conjunto Nacional; e a Livraria da Vila da alameda Lorena, na qual o afamado arquiteto Isay Weinfeld criou um ambiente sofisticado, com café, auditório e uma área dedicada às crianças.
No dia 8 de fevereiro, a cidade ganha outro endereço do gênero: a Biblioteca de São Paulo. Só que, desta vez, trata-se de um equipamento público. Instalada no parque da Juventude, na área da antiga Casa de Detenção do Carandiru, a nova biblioteca se inspirou no conceito das grandes livrarias da cidade para conquistar seus leitores. "A ideia é que ela pareça uma 'megastore' pública", diz o secretário de Cultura do Estado, João Sayad. "Ela deve ter tudo aquilo que essas lojas oferecem, mas estará aberta para atender a todos."
A biblioteca custou cerca de R$ 12,5 milhões (R$ 10 milhões do Estado e R$ 2,5 milhões do Ministério da Cultura). E, para atrair seus futuros usuários, não investiu apenas na compra de novos livros. Além de dispor de outras mÃdias, como CDs e DVDs, o projeto centrou esforços na decoração do prédio, na oferta de tecnologia e em uma estrutura completamente acessÃvel e preparada para atender aos deficientes fÃsicos.
Iguais, mas diferentes
Os serviços especiais para deficientes incluem mesas reguláveis, que se adaptam a qualquer tamanho de cadeira de rodas, folheadores automáticos de páginas, para aqueles que perderam os movimentos das mãos, e também computadores com telas, teclados e mouses adaptados.
Usuários cegos terão ainda mil tÃtulos de "audiobooks" e um equipamento que, instantaneamente, é capaz de transpor obras literárias convencionais para faixas de áudio ou placas em braile. "Isso deve ampliar muito as opções de livros para cegos", afirma Adriana Ferrari, gestora do projeto e assessora da secretaria de Cultura.
Uma equipe de atendentes também está sendo treinada para recepcioná-los. "Não dá para ser um atendimento padrão. Não pode ser invasivo nem muito distante", diz ela. "Temos que tratar a diferença para que eles sejam incluÃdos." A tentativa de satisfazer necessidades e predileções de todos os públicos levou o projeto a abarcar itens normalmente deixados de lado. Em uma sala reservada, o visitante terá acesso a um material proibido para menores de 18 anos. São livros e periódicos com conteúdo violento ou de teor erótico. "Não queremos censurar nada. As pessoas devem encontrar aqui tudo o que estão buscando", afirma Adriana. "Por isso, tem que ter a 'Playboy' também." A inspiração para este e muitos outros serviços oferecidos pela instituição, ela explica, veio da Biblioteca de Santiago, no Chile.
Assim como na congênere sul-americana, a Biblioteca de São Paulo dedica grande parte de seus 4.200 m2 aos mais jovens. Todo o andar térreo está dividido em alas para três faixas etárias: até três anos, de quatro a 11 anos e de 12 a 17 anos. Ali, poltronas coloridas e pufes se misturam a estantes baixas -projetadas sob medida- nas quais livros, discos e filmes ficam misturados e expostos diretamente ao público.
Também estarão à disposição cem computadores, com livre acesso à internet, dezenas de jogos eletrônicos e um aparelho Kindle, o livro digital da Amazon. "É uma tentativa de atrair o não leitor", afirma Sayad. "Se o hábito de ler voltar a ser moda algum dia, podemos fazer uma biblioteca escura, austera. Hoje, para conquistar o público de não leitores, ela precisa ser assim."
Estratégia de sedução
O esforço para seduzir os frequentadores pautou a escolha do espaço -próximo ao metrô- e o projeto arquitetônico, que contemplou um café, uma varanda com espaço para shows e saraus e um auditório. "Teremos uma programação de cursos e oficinas voltada, inclusive, para temas que não estão ligados à literatura, como o grafite", conta a diretora da biblioteca, Magda Montenegro.
Ela também promete um horário expandido de atendimento - pelo menos até as 21h de segunda a sexta, e até as 19h, aos sábados, domingos e feriados. "Não dá para fechar na mesma hora da repartição pública. A intenção é que as pessoas venham para cá depois do trabalho."
A busca pelo público não parou por aÃ. Para selecionar o acervo de 30 mil livros e 4.000 CDs e DVDs, a equipe da biblioteca levou em conta, essencialmente, a popularidade das obras.
Os cânones literários foram contemplados. Mas, assim como ocorre nas livrarias comerciais, Victor Hugo e Fernando Pessoa terão que dividir as prateleiras e as atenções com os best-sellers e os lÃderes das listas dos mais vendidos.
Não ficaram de fora os controversos livros de autoajuda, os romances de temática espÃrita nem os recentes hits do mercado editorial, como os volumes da saga "Crepúsculo". Jornais e revistas, nacionais e estrangeiros, completam a oferta.
"Não dá para medir por quantos Paulo Coelho uma pessoa precisa passar para chegar a um Machado de Assis", pondera a coordenadora do projeto. "Queremos que todos leiam aquilo que tiverem vontade."
Após a inauguração, explica o secretário, a intenção é que a instituição passe a funcionar como uma central para as 961 bibliotecas públicas dos municÃpios paulistas. Sua administração ficará a cargo da Poesis, a mesma organização social que está à frente do Museu da LÃngua Portuguesa e da Casa das Rosas.
Cerca de R$ 1 milhão será investido anualmente na aquisição de novas obras. "Não se trata de acumular muitos livros, mas de renová-los constantemente", defende Sayad. "O segredo do sucesso dessa biblioteca é saber comprar os livros sem nenhuma intenção professoral." Oferecer obras para todos os gostos e em todos os formatos para fisgar o inquieto leitor do século 21.
como ser sócio
Para fazer a carteirinha da Biblioteca, basta apresentar documento de identidade e comprovante de residência. Aqueles que não têm domicÃlio fixo, caso dos moradores de rua, também poderão fazer empréstimos de livros. "Acreditamos que as pessoas irão devolver", diz Adriana Ferrari, gestora do projeto.
no lugar do carandiru
A nova biblioteca foi construÃda no parque da Juventude. A área, onde já funcionou o antigo Complexo Penitenciário do Carandiru, foi transformada em parque em 2007. Hoje, oferece dez quadras poliesportivas, pista de skate, alamedas e bosque. Fica no bairro de Santana e tem acesso pelo metrô Carandiru.
Maria Eugênia de Menezes - Fonte: Revista Folha – 31/01/10.
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