MURALHAS DO CONHECIMENTO...
ARQUEOLOGIA
Israel - Uma antiga muralha foi encontrada por arqueólogos israelenses durante escavações em Jerusalém. Segundo os pesquisadores, a muralha se localiza além dos limites antigos de Jerusalém, mostrando que a cidade, construída pelo bíblico rei Davi, pode ter sido muito maior do que se pensava até agora.
Fonte: Terra - 05/12/07.
PROFESSOR X
BRASIL É REPROVADO EM MATEMÁTICA E LEITURA
Brasil é reprovado, de novo, em matemática e leitura. Exames realizados em 57 países colocam os alunos brasileiros entre os piores. Comparando o desempenho no exame de 2003, que já era ruim, com o de 2006, as notas pioraram em leitura e melhoraram em matemática.
A péssima posição do Brasil no ranking de aprendizado em ciências se repetiu nas provas de matemática e leitura.
Os resultados do Pisa (sigla, em inglês, para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), divulgados ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), mostram que os alunos brasileiros obtiveram em 2006 médias que os colocam na 53ª posição em matemática (entre 57 países) e na 48ª em leitura (entre 56).
O objetivo do Pisa é comparar o desempenho dos países na educação. Para isso, são aplicados de três em três anos testes a alunos de 15 anos em nações que participam do programa. O ranking de ciências, divulgado na semana passada, colocava o Brasil na 52ª posição.
Além de estarem entre os piores nas três provas nessa lista de países, a maioria dos estudantes brasileiros atinge, no máximo, o menor nível de aprendizado nas disciplinas.
O pior resultado aparece em matemática. Numa escala que vai até seis, 73% dos brasileiros estão situados no nível um ou abaixo disso. Significa, por exemplo, que só conseguem responder questões com contextos familiares e perguntas definidas de forma clara.
Em leitura, 56% dos jovens estão apenas no nível um ou abaixo dele. Na escala, que vai até cinco nessa prova, significa que são capazes apenas de localizar informações explícitas no texto e fazer conexões simples.
Em ciências, 61% tiveram desempenho que os colocam abaixo ou somente no nível um de uma escala que vai até seis. Isso significa que seu conhecimento científico é limitado e aplicado somente a poucas situações familiares.
Nos três casos, a proporção de alunos nos níveis mais baixos é muito maior do que a média da OCDE, que congrega, em sua maioria, países ricos.
Comparando o desempenho do Brasil no exame 2003 (que já era ruim) com o de 2006, as notas pioraram em leitura, ficaram estáveis em ciências e melhoraram em matemática.
Uma melhoria insuficiente, porém, para tirar o país das últimas posições, já que foi em matemática que o país se saiu pior em 2006, com médias superiores apenas às de Quirguistão, Qatar e Tunísia e semelhantes às da Colômbia.
Como há uma margem de erro para cada país, a colocação brasileira pode variar da 53ª, no melhor cenário, para a 55ª, no pior. O mesmo ocorre para as provas de leitura e ciências. No de leitura, varia da 46ª à 51ª. Em ciência, da 50ª à 54ª.
A secretária de Educação do governo José Serra (PSDB-SP), Maria Helena de Castro, diz que o resultado em leitura é lamentável. "Essa é uma macrocompetência, básica para que os alunos desenvolvam as outras, como matemática, raciocínio crítico." Nos exames, São Paulo ficou abaixo da média nacional nas três áreas avaliadas.
Suely Druck, da Sociedade Brasileira de Matemática, diz que, em geral, os alunos de outros países, assim como os do Brasil, tiveram desempenho pior em matemática na comparação com as outras disciplinas.
"A matemática se distingue das outras porque desde cedo a criança já tem que ter conhecimento teórico e é um aprendizado seqüencial, ou seja, antes de aprender a multiplicar, tem que saber somar." Por isso, defende que se exija um conteúdo mínimo em matemática para o professor dos primeiros anos do ensino fundamental, quando todas as matérias são ainda ensinadas pela mesma pessoa.
O Pisa permite também comparar meninos e meninas. Em matemática e ciências, no Brasil, eles se saíram melhor. Em leitura, elas foram melhor.
Antônio Gois/Angela Pinho - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/12/07.
Abaixo da média, São Paulo perde de Rondônia e Sergipe
O Estado não conseguiu ultrapassar a média nacional em nenhuma das três áreas avaliadas pelos exames do programa. Sindicato das escolas particulares diz desconhecer quem participou; Inep informa que não pode divulgar as instituições.
Os resultados do Pisa, sigla em inglês do Programa Internacional de Avaliação de Alunos, divulgados ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), revelam que o Estado de São Paulo não conseguiu ultrapassar a média nacional em nenhuma das três áreas avaliadas -ciências, leitura e matemática.
Na área de ciências, a média paulista (385 pontos) é comparável à da Tunísia (África). No caso da leitura (392 pontos), eqüivale-se a Montenegro (Balcãs). Já em relação a matemática, com 370 pontos, os paulistas estão no mesmo nível dos vizinhos colombianos.
Para o ministro Fernando Haddad (Educação), o resultado de São Paulo requer "atenção" do governo federal. "Com exceção do Distrito Federal, São Paulo é a maior renda per capita do país. Era de se supor que pudesse trazer as médias nacionais para cima. É um resultado que surpreende, exige alguma atenção e algum diagnóstico do que se passa."
O petista Haddad falou com cautela sobre o Estado governado pelo tucano José Serra, que sucedeu os também tucanos Mário Covas (morto em 2001) e Geraldo Alckmin.
"No geral, os Estados mais ricos se saem melhor do que os mais pobres. Essa é a regra geral. Há exceções à regra", completou o ministro.
Para a secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro, o tamanho do Estado explica o quadro. "Ao mesmo tempo em que temos uma economia forte, temos todos os problemas existentes no Brasil. O fato de termos avançado enormemente na oferta de escolas nos dá agora condições para melhorar a qualidade de ensino", disse.
Na três áreas, São Paulo registrou média abaixo do Sudeste. Em ciências, a média da região ficou em 396 pontos, contra 385 do Estado. Em leitura, o Sudeste teve 404 pontos, ante 392 de São Paulo. Em matemática, a diferença ficou em 378 contra 370. O Distrito Federal lidera os rankings de ciências e de matemática, seguido por Santa Catarina, que lidera a tabela de leitura. No outro extremo ficou o Maranhão, com os piores resultados nas três áreas. Além do Distrito Federal, apenas oito Estados ficaram acima da média nas três disciplinas: Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.
Entre esses Estados, o ministro Haddad destacou Rondônia e Sergipe, que, apesar das baixas médias de suas regiões (Norte e Nordeste), conseguiram manter seus alunos acima da média nacional nas três áreas avaliadas.
Crítica
O presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), José Augusto de Mattos Lourenço, questionou a validade do exame. "Nenhuma escola associada ao sindicato respondeu à pesquisa. Então quem é que respondeu?"
Ele diz que tentou obter a resposta em e-mail endereçado ao Inep há duas semanas, mas teve retorno.
"Acho a comparação com outros países válida e importante, mas eu só poderia falar sobre os resultados se soubesse quais escolas foram consultadas. Daí, poderia até dizer se foram usados bons exemplos ou não."
O Inep informou que escolas privadas de São Paulo fizeram parte do Pisa. Por meio de sua assessoria, o instituto disse que é usado um critério "científico" para definir a amostra das escolas e que, por conta disso, não divulga a lista com os nomes das instituições participantes.
Eduardo Scolese - Fonte: Folha de S.Paulo - 05/12/07.
PROFESSORA PASQUALINA
ABISMO SEPARA REDES PÚBLICA E PRIVADA
Dos 35 países participantes do Pisa, Brasil foi o que apresentou a maior diferença entre os ensinos na prova de ciências. Resultados mostram ainda que elite brasileira tem desempenho fraco, cuja média ocupa apenas a 24ª posição no ranking mundial.
Entre 35 países onde foi possível fazer essa comparação, o Brasil foi o que apresentou a maior distância, em número de pontos, entre os alunos da rede pública e da rede privada na prova de ciências.
O resultado mostra que a elite brasileira, quando confrontada com a de outros países no Pisa, também tem desempenho abaixo da média. Mesmo estando muito melhores do que os jovens das públicas, os estudantes de particulares ocupariam somente a 24ª posição e estariam abaixo da média dos países da OCDE.
Como nem todos os países possuem rede privada em tamanho significativo, essa comparação se resume apenas a um grupo de 35 nações. Em alguns casos, como em Hong Kong, a rede pública é melhor do que a particular, mas é preciso levar em conta que lá, diferentemente do Brasil, a maioria das escolas particulares -onde estão 91% dos alunos- depende de financiamento estatal.
Extremos
Outra maneira de fazer essa mesma constatação é comparar apenas os alunos que estão nos extremos de melhores e piores notas. Nesse caso, a comparação é pode ser feita entre todos os países que participaram do Pisa.
Se as médias fossem comparada apenas pelo desempenho de estudantes que estão entre os 5% melhores, a posição do Brasil seria a 51ª em ciências, a 45ª em leitura e a 53ª em matemática. A posição não é muito melhor do que em uma mesma comparação considerando somente os 5% piores alunos. As posições, nesse caso, seriam a 55ª em ciências, a 51ª em leitura e a 55ª em matemática.
O pífio desempenho da elite brasileira já havia aparecido em outras edições do Pisa. Um estudo feito pelo pesquisador Creso Franco, da PUC do Rio de Janeiro, mostra que, em 2000, os estudantes brasileiros de maior nível sócio-ecônomico ficavam muito atrás dos de nações como França, Coréia, Estados Unidos ou Espanha.
Outra análise que o Pisa permite fazer é o quanto as médias são explicadas pelo nível socioeconômico dos alunos, já que o fator determinante para o desempenho do estudante é sua situação familiar, ou seja, filhos de pais escolarizados e de maior renda tendem a ter melhor desempenho do que os pobres e de famílias menos escolarizadas, ainda que ambas estejam na mesma escola.
Para isso, a OCDE estima qual seria a média de todos os países caso todos os alunos tivessem nível socioeconômico igual. No Brasil, a média em ciências passaria de 390 -que é a média simples- para 424.
Isso, no entanto, pouco alteraria a posição brasileira no ranking em ciências. O país passaria da 51ª posição para a 49ª. Nessa comparação, em vez dos 57 países listados nas médias simples de ciências, entrariam apenas 56, já que as médias do Qatar não foram ajustadas de acordo com o nível socioeconômico dos alunos.
Apesar de o Brasil apresentar uma das maiores desigualdades na distribuição das notas dos alunos, de 2003 para 2006, os dados do Pisa revelam que essa diferença diminuiu.
Nesse período, a média dos estudantes que estavam entre os 5% piores teve ganho de 23 pontos em matemática e de 11 pontos em leitura. Entre os que estavam entre os 5% melhores, a média variou apenas dois pontos em matemática e teve queda de 19 em leitura.
O mesmo acontece quando, são selecionados os 25% melhores e os 25% piores. Entre os piores, as médias avançam 22 pontos em matemática e caem dois em leitura. Entre os melhores, o avanço em matemática é de oito pontos e a queda em leitura, de 19.
Fonte: Folha de S.Paulo - 05/12/07.
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